terça-feira, 27 de agosto de 2013

AINDA SOBRE O FUTEBOL DESTE PAÍS

Amigos, 


A torcida do tricolor do Morumbi mostrou sua força nas duas últimas partidas do São Paulo pelo Brasileirão.  Foram mais de 80.000 pagantes somados os públicos dos jogos contra o Atlético do Paraná e Fluminense. E, se contra o primeiro, o empate de 1 a 1 não foi satisfatório, aumentando o número de abstinência de vitórias (foram 12 partidas consecutivas entre derrotas e empates), já contra o outro tricolor (vitória por 2 a 1), os torcedores puderam comemorar a reabilitação do time e especialmente de Ganso (que fez uma de suas melhores partidas pelo São Paulo),  e de  Luis Fabiano, que voltou a marcar, mostrando o seu oportunismo, virtude que nunca perdeu. Alívio para todos, e nomeadamente para Paulo Autuori,  que desde que assumiu a direção técnica não tinha visto sua equipe vencer ainda. Antigamente se dizia que os torcedores do São Paulo, considerados de elite, eram acomodados e não iam aos estádios acompanhar o time, salvo nos grandes jogos ou em jogos decisivos. Será que isso não era verdade, ou alguma coisa mudou de lá para cá? Teria mudado o perfil do torcedor são-paulino? Bem ou mal, o aumento significativo dos torcedores nos dois últimos jogos coincidiu com a campanha que a diretoria fez para convocá-los na fase difícil porque passa a equipe, a várias rodadas na  zona do rebaixamento e que corria, como ainda corre, sério risco de queda para a segunda divisão. Os valores entre R$2,00 a R$10,00 para as arquibancadas e de no máximo R$30,00 para setores mais nobres foi decisivo para a presença maciça do torcedor, em tempos de crise financeira?  Ou teria ele  se sensibilizado com a convocação e sentiu que era o momento de dar o seu apoio incondicional? Coincidência ou não, toda vez que uma equipe considerada “grande” experimenta um revés,  as rendas aumentam e os torcedores, mesmo decepcionados e criticando posturas e composturas de atletas e dirigentes, acabam por dar o ar da graça, transformando-se no 12º jogador. As rendas do Palmeiras, atualmente, na série B, são extraordinariamente maiores do que aquelas que a equipe manteve, nos últimos anos, jogando a primeira divisão. Foi assim também com Corinthians, Atlético Mineiro, Botafogo e Grêmio quando  estiveram visitando a segunda divisão. Coisas do futebol. 



A Ponte Preta joga hoje a partida de volta contra o Criciúma, no Moisés Lucarelli, pela Copa Sulamericana, com amplo favoritismo para conseguir a vaga que a habilitará à fase verdadeiramente internacional e nobre da competição. A vitória a semana passada, em Criciúma, pelo placar de 2 a 1 foi fundamental para dar tranqüilidade ao time, que pode até perder por 1 a 0, nesse jogo de volta.  Mas como a fase no Brasileirão é péssima e a equipe, na zona do rebaixamento,  vem de duas derrotas, em casa, para Goiás e Cruzeiro, respectivamente, a comissão técnica está preocupada com o lado psicológico dos atletas. Não custa lembrar que nessa maluquice  de regras diferentes entre os diversos torneios atualmente em disputa no Brasil e na América do Sul, a Macaca, claramente, teve que dar adeus à sua seqüência na Copa do Brasil, colocando equipe reserva nas duas partidas contra o Nacional de Manaus, o que determinou a sua desclassificação premeditada. É que, se fosse adiante, deixaria de disputar a Sul-Americana, a sua primeira e sonhada  competição internacional.


 E o Guarani, atualmente na série C, conseguiu empatar o seu jogo difícil do último domingo contra o Mogi-Mirim, na casa do Sapão, em 1 a 1, mantendo a sua invencibilidade na competição. Agora ostenta a condição de única equipe invicta nas quatro divisões do Brasileiro e também a que permaneceu 980 minutos sem sofrer gol. Não é muita coisa, mas não deixa de ser um consolo que anima atletas, diretoria e torcedores a continuar lutando para que o clube dê a tão sonhada volta por cima.

Até amanhã amigos


P.S. (1) A primeira imagem da coluna de hoje é do meia Paulo Henrique Ganso, que fez sua melhor partida pelo São Paulo, domingo, na vitória contra o Fluminense e foi emprestada do site caixapretafc.wordpress.com.

P.S. (2) A imagem do meio de coluna é do atacante William da Ponte Preta,que hoje joga a sua sorte, na partida de volta, contra o Criciúma, no Moisés Lucarelli, pela fase nacional da Copa Sulamericana. William é um dos artilheiros do campeonato brasileiro com 10 gols, ao lado de Ederson, do Atlético Paranaense. A foto foi emprestada de planetaesporte.correio.com.br;

P.S. (3) A última imagem é do goleiro Juliano, titular do Guarani F.C., que não sofreu nenhum gol nas 10 primeiras partidas do campeonato brasileiro da série C. Ficou quase 1.000 minutos sem ver sua meta ser vazada. Substituído na partida contra o Mogi-Mirim viu a invencibilidade bugrina ser quebrada com o gol do Mogi-Mirim. A foto foi emprestada do site www.rac.com.br.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CD - OÁSIS DE BETHÂNIA

Boa noite amigos,

“Oásis de Bethânia”  é o  nome escolhido para o álbum. É o 50º da consagrada intérprete, que diz não se sentir cantora.  O Oásis para Maria Bethânia  é o próprio “sertão brasileiro, onde não tem água, falta tudo e a vida é seca.  Para não me perder, preciso sempre lembrar que existe esse lugar no meu país”, desabafou em entrevista coletiva.Foi lançado pela Biscoito Fino em 27 de março de 2.012. É a base da turnê que a baiana levou para todo o Brasil, com o nome  “Cartas de Amor” (uma das composições constantes do CD, com texto de sua própria autoria, musicado pelo consagrado Paulo Cesar Pinheiro). O longo intervalo entre o lançamento do disco (março de 2.012) e a estréia do espetáculo no Viva Rio  (novembro do mesmo ano)  teve duas causas: a) a viagem, em maio, para duas apresentações em Portugal, onde interpretou músicas de Chico Buarque de Holanda e, b)  a necessidade de adaptar o clima intimista do disco ao espetáculo de palco. A cantora, que tem muitos fãs em terras lusitanas, homenageia o país de Camões e Vasco da Gama na faixa em que, bem ao seu estilo, recita Não Sei Quantas Almas Tenho,  de Bernardo Soares,  um dos heterônimos de Fernando Pessoa, e em sequência, interpreta FADO, substituindo a guitarra portuguesa pela viola  caipira e o violão do compositor e músico, Roque Ferreira: /Para quem tu te consomes coração?/ E somes nessas águas de arrebentação/ Rolando ao sal dos sonhos/ vais arrastando dores/ inaugurando mares/ com teu pranto de amores/”. A tônica ou o fio condutor das canções são os amores, não os amores dos contos de fadas, mas  os amores dos fados portugueses, impossíveis, condenados à desgraça e à desdita, à saudade, à dor de cotovelo. Belíssima a faixa Casablanca, com uma espécie de "interlúdio" do sax de Marcelo Martins, entre os dois momentos cantados (experimente fechar os olhos e ouvi-lo deliciosamente), lembrando Louis Armstrong  e a  música tema As Time Goes By,  recopiando o ambiente nostálgico do roteiro do filme do mesmo nome  e  do cinema dos anos 40. Está na letra, aliás: /Era sonhar em preto e branco no cinema. Será que Casablanca ainda vai passar?/ Acho que vou chorar/. A concepção do projeto que originou o álbum, segundo Bethânia, foi diferente do tradicional:Eu não queria voltar ao estúdio com a mesma formação: um maestro, um diretor musical, os arranjos escritos. Eu queria, antes de tudo, que fosse um disco muito nu, que fosse voz e instrumento”.  Deveras: A tônica é mesmo uma execução a nu: a voz firme, mas sempre suave e límpida de uma de nossas maiores intérpretes da MPB, em muitas faixas com  apenas um instrumento (o bandolim de Hamilton de Holanda, na antiga canção Lágrima, de Cândido das Neves, que já foi sucesso outrora na voz de Orlando Silva; o berimbau de Marcelo Costa e Marco Logo, na faixa Calmaria; o piano de Vitor Gonçalves em Barulho (sétima música); o violão de sete cordas de Maurício Carrilho, em Calúnia. Nenhuma música do mano Caetano, uma de Chico, não inédita,  O Velho Francisco, um protesto contra a vida e o destino,  que a cantora interpreta com muita pegada, dando às palavras um tom mais firme e diferente do original. Aqui é acompanhada do velho e bom Lenine, no violão. De Djavan, que também a acompanha no violão,  a faixa Vive (uma espécie  de “Deixa a vida me levar” do Zeca Pagodinho, em tom mais grave): “Vive... Deixa o tempo resolver/. Se tiver que acontecer/Vive/ Desencana, meu amor/Tudo seu é muita dor/Vive/ Deixa o tempo resolver/O que tem que acontecer/Livre/.  A crítica em geral foi altamente positiva,  exaltando projeto e resultado. De qualidade indiscutível, o curial bom gosto na escolha do repertório,  a  musa da MPB mais uma vez repete, sempre inovando e encantando, o bom desempenho de projetos e obras anteriores. Disco para se ouvir sozinho ou acompanhado de alguém especial, muito especial.  E curtir porque a vida com música, com música boa e bem feita e bem interpretada é mais rica e melhor.

Até amanhã amigos.   

P.S. (1) A capa do CD mostra o céu e o chão  do sertão de Alagoas e o projeto gráfico é de  Gingo Cardia, A  direção geral é de Kati Almeida Braga e a direção artística da ótima Olívia Hime;

P.S. (2)  O CD  é para ouvir de olhos fechados e ouvidos apurados para perceber cada nota dos belíssimos arranjos executados por músicos novatos (numa aposta exitosa da artista)  e antigos,  todos porém de muita qualidade,  com seus instrumentos bem tratados (Hamilton de Holanda e seu bandolim, Lenine no violão, Jorge Helder (baixo), Marcelo Costa (percussão),  Marcelo Martins (saxofone), Vitor Gonçalves (piano), Marco Lobo (berimbau), Jaime Alem (violão e violas),  Maurício Carrilho (violão 6 e 7  cordas), Luciana Rabelo (cavaquinho).

P.S. (3) FAIXAS DO CD: 1. LÁGRIMA; 2 – O VELHO FRANCISCO/LENDA VIVA (CITAÇÃO); 3- VIVE; 4- CASABLANCA; 5- CALMARIA/NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO (CITAÇÃO); 6 – FADO; 7- BARULHO; 8- LÁGRIMA (CITAÇÃO)/ CALÚNIA; 9 – CARTA DE AMOR; 10- SALMO;


P.S. (4) A imagem da coluna é da capa do disco e foi emprestada de sabordaletra.blogspot.com.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

TESTAMENTO VITAL OU DIRETRIZES ANTECIPADAS


Amigos,
 I) O escritor francês Michel de Montaigne, discorrendo em sua obra “De como Filosofar é aprender a Morrer”  considera que “meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade”. A despeito dessa evocação à meditação sobre a inevitabilidade da morte e sua função redentora e libertadora, em todos os tempos o homem evita pensar que a sua vida chegará um dia ao final; que a vida é um ciclo e que a história da humanidade é a história de gerações que se sucedem. O escritor Luiz Fernando Veríssimo assinala que a morte dos outros, para nós, é um fato. A nossa morte, no entanto,  é algo absolutamente impensável. E aconselha: o melhor é esquecer dela;

II)   A sociedade moderna, ao contrário das grandes civilizações da antiguidade, transformou a doença e a morte em verdadeiros tabus. E enquanto o cidadão romano, durante o Império, tinha medo de morrer sem deixar testamento, sendo, pois, a sucessão testamentária a regra absoluta, no Brasil, hoje, a cada 10 sucessões, apenas 1 delas é  testamentária;

III)   Graças ao  extraordinário avanço da medicina e de suas ciências auxiliares, os homens estão vivendo mais e melhor.  Já no século XIX, com o aperfeiçoamento do sanitarismo, as causas das doenças infecciosas e fatais foram descobertas e, com isso, os doentes e as mortes foram confinadas ao ambiente hospitalar. E   a partir dos anos 50 do século passado, uma verdadeira revolução se experimentou nessa área, com a criação das primeiras unidades de terapia intensiva e o seu aparato tecnológico, permitindo que se sustentasse  a vida artificialmente, adiando, por assim dizer, a morte do paciente. Hoje com a sofisticação de exames de imagem (ultrassonografia, ecografia, tomografia computadorizada), os medicamentos de uso contínuo e a criação de máquinas para sustentação  da vida, as doenças graves se tornaram crônicas (vide a AIDS)  e os pacientes vivem pelo menos 10 anos mais do que na década de 80, garantem as estatísticas;

IV) A Resolução n. 1.995/2012, do Conselho Federal de Medicina, publicada no Diário Oficial da União em 31 de agosto do ano passado, passou a disciplinar o chamado Testamento Vital, também conhecido como “diretrizes antecipadas”, pelo qual qualquer pessoa maior e capaz pode estabelecer livremente que tipo de tratamento aceita ter, ou proíbe terminantemente, no caso de doença terminal. O testamento vital serve de proteção para as situações em que os avanços científicos que permitem  a manutenção da vida, por meios artificiais (tubos, fios e sondas), se contraponham à vontade do paciente que pretende apenas a possibilidade de uma morte digna e natural;

V) Nos Estados Unidos apenas 40% dos americanos optaram por deixar registrado como pretendem ser tratados no fim da vida.  Lá o testamento vital é previsto e protegido pela lei desde 1.990. Mas foi idealizado pelo advogado americano Luiz Kutner (1908-1993), ativista dos direitos humanos e um dos fundadores da Anistia Internacional (Living Will);

VI) O caso que mais emocionou o mundo e serviu de mote para a lei americana foi o da jovem Nancy Cruzan, que sofreu um acidente de carro, aos 25 anos, entrando em estado de coma vegetativo. Assim permaneceu por 7 anos, alimentando-se por sonda, até que os pais, inconformados com aquela situação, percorreram juízos e tribunais, ate obter, da Suprema Corte Americana, autorização para retirada da sonda, que mantinha Nancy viva, dando-lhe assim uma morte natural e digna;

VII) O testamento vital só pode ser utilizado em casos de terminalidade. Na medicina o conceito de terminalidade é claro e insofismável: “Condição em que a pessoa sofre de um problema grave e incurável e que não responde mais a tratamentos capazes de modificar o curso da doença”;

VIII) Além dos Estados Unidos, também a Holanda, a Suiça, Portugal, Alemanha e Argentina são países que dispõem de medidas semelhantes ao testamento vital. O fundamento jurídico e moral das “diretrizes antecipadas” é o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto como um verdadeiro meta-princípio constitucional na nossa Carta de 1.988;

IX) Já na vigência da Resolução 1.995/12, que tem força de lei em nosso país, a médica geriatra Ana Cláudia Arantes propôs a 100 pacientes com mais de 65 anos a elaboração do testamento vital. Apenas 10 concordaram. A maioria porém foi evasiva: “Ainda é cedo para pensar nisso”;

X) O Presidente do Conselho Federal de Medicina, ao estabelecer a diferença entre eutanásia e ortotanásia, dá um exemplo elucidativo. Se um paciente em estado vegetativo tem os aparelhos desligados, isso pode ser considerado eutanásia, que é crime. Se ele decide e avisa o médico, quando ainda está saudável, que não quer intervenções que prolonguem a vida, o medico não deixaria chegar a um estado vegetativo, a pessoa então morre naturalmente. Isso é ortotanásia;

XI) Três conceitos fundamentais no assunto: Eutanásia, Distanásia e Ortotanásia. Eutanásia: abreviação da morte. O médico desliga os aparelhos de uma pessoa que está em estado vegetativo, dependendo desses aparelhos para viver. Distanásia: prolongação da morte. O médico liga o paciente em aparelhos e usa a tecnologia disponível para prolongar a vida ou atrasar a morte.  Ortotanásia: morte natural. O médico trata o paciente, mas em casos terminais, não utiliza qualquer artifício tecnológico para atrasar a morte do paciente;

XII)  Pela sistemática adotada na Resolução, o testamento vital não reclama  forma especial, embora nada impeça que  a pessoa utilize o instrumento escrito,  público ou particular. Basta, porém, que ela comunique o médico de sua decisão, devendo o facultativo registrar a manifestação no prontuário do paciente. Se vários são os médicos que atendem a pessoa, todos eles podem registrar a intenção manifestada, que terá validade independentemente de assinatura, inclusive;

XIII) A manifestação pode ser revogada a qualquer tempo e a vontade do paciente prevalecerá mesmo contra a da família.  Nesse ponto as diretrizes são soberanas: nem médico, nem familiar, pode impor tratamento diverso daquele pretendido pela pessoa. Vale registrar que, nesse ponto fundamental, estão revogadas disposições em sentido contrário, previstas no novo Código de Etica Médica, de 2.009;

XIV) Ao mesmo tempo em que se estimula a pessoa a aceitar a morte, evitando o prolongamento inútil da vida, com a utilização de meios artificiais, a resolução também incentiva a disseminação de um novo conceito: o dos chamados “cuidados paliativos”, cujo objetivo é dar ao paciente em estado terminal a melhor qualidade de vida possível. Esses “cuidados” estariam a cargo de uma equipe multidisciplinar, compreendendo médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas etc.

XV) Daniel Azevedo, Presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, diz que  a regulamentação da matéria considera a necessidade de fazer com que a sociedade e os médicos voltem a reconhecer que a vida é finita.: “Esta ideia se perdeu, e precisamos reconquistá-la”,  já que “a essência dos cuidados paliativos consiste em permitir que a pessoa e seus familiares possam viver plenamente o tempo que lhes resta. A intenção não é dar anos a vida, mas sim, vida aos anos. Valorizar o tempo que existe”.

Até amanhã amigos,

P.S. (1) O Papa Paulo XII já agitava a polêmica,  na distante  década de 50 do século passado ao asseverar que  ninguém é obrigado a receber tratamentos extraordinários para manter a vida em caso de terminalidade”;

P.S. (2) Portadora de um linfoma não Hodgkin, Jacqueline Kennedy preparou um documento informando o seu desejo de morrer naturalmente ao lado da família, com a dispensa do uso de qualquer recurso artificial para manter a sua vida. Foi atendida.

P.S. (3)  O Ministério Público Federal ingressou com Ação Civil Pública perante a 1ª. Vara da Seção Judiciária do Estado de Goiás, contra o Conselho Federal de Medicina, pretendendo a suspensão liminar da aplicação da Resolução 1.995/2012. O pedido de liminar, no entanto, foi indeferido pelo Juiz Jesus Crisóstomo de Almeida. Na decisão o Magistrado registra que, ao editar a mencionada Resolução,  não vislumbra tenha o CFM extrapolado os limites impostos pela lei que o legitima a regulamentar o assunto.

P.S. (4) A imagem da coluna de hoje foi emprestada do site zerohora.clicrbs.com.br.













domingo, 11 de agosto de 2013

CAUSO - EXAME CLÍNICO INFORMATIZADO



Boa noite amigos,

Registro hoje na coluna, mais um "causo" que está no meu livro Causas & Causos n. II, da editora Millenium: Exame Clínico Informatizado:

"Jubilado pela amaldiçoada aposentadoria compulsória dos 70 anos, o velho e disposto Desembargador comparece à clínica para exames de rotina.
Seu estado de saúde aparentemente era bom, mas o haviam convencido que os tais “chek ups” eram muito importantes, sobretudo a partir de certa idade, para detectar doenças ainda em estágio latente ou embrionário.
As chances de cura, nesses casos, é muito maior, diziam os telejornais e outros programas viciados em matérias relacionadas à saúde da população.
Viu-se, no entanto, defronte a um urologista disposto a realizar um exame inédito em seus longos e distintos 75 anos de benfazeja e discreta existência.
Tratava-se do chamado  toque retal que, ao lado de outro exame de sangue para medir o PSA (Antígeno Prostático), permitiam diagnóstico a respeito da existência de câncer de próstata, cada vez mais numeroso dentre a população masculina de terceira idade.
A enfermeira lhe pedira para entrar numa salinha, tirar toda a roupa, incluindo as cuecas, e vestir uma camisolinha branca que ele achou esquisita.
Realmente, era estranha, porque enquanto ela recobria a parte da frente do corpo, deixava livre, leve e solto todo o respeitável traseiro do desembargador.
Coisa boa é que não devia ser, pensou.
E não era.
O médico entrou na tal saleta.
O Desembargador, constrangido, embora soubesse como era o tal exame e tivesse resistido muito a ele, acabou por ceder aos insistentes pedidos da família:
- Pai, não seja teimoso! Deixa de ser antigo!
- Oh, sogro. Deixe de besteira. O exame é rápido, o médico tem experiência. Não chega a doer.
 - Vô, brincava o neto.
-  Depois se o senhor ficar em dúvida, pode pedir uma segunda opinião.

O doutor pediu delicadamente que ele se deitasse em posição de parturiente.
Que indignidade, pensou.
Antes de atender ao pedido do facultativo, o Desembargador resolveu tentar  um último recurso.
-Doutor?
- Pois não, Desembargador.
- Me diga uma coisa. O Senhor não é apenas um excelente médico, é também professor e pesquisador. Suponho que esteja ciente das últimas novidades e descobertas da ciência.
- Penso que sim.
- Pois bem, certamente deve haver uma maneira mais moderna de realizar esse exame de detecção de câncer de próstata.
- Não há, não senhor, infelizmente.
- Mas doutor não é possível. O progresso vertiginoso da tecnologia, a sofisticação dos equipamentos.
- É, mas não tem jeito. Por gentileza, coloque-se em posição para terminarmos logo, o senhor vai ver que é rápido e não é traumático.
O Magistrado foi-se então se  colocando na tal posição determinada.
E enquanto o fazia, continuava relutante e irresignado:
- Doutor estamos na era da informática, da cibernética, da engenharia genética, da nanotecnologia, hoje se opera à distância,  usando laser. Nada toca no paciente.
E entre inconformado e afirmativo:
- Tem de haver um exame mais moderno em São Paulo ou em Londres. Devem ter desenvolvido nova técnica, por certo.
Surpreendentemente vencido pela insistência, o médico passa a concordar com o paciente ilustre:
- É verdade, Desembargador. Existe sim hoje um método novo que foi desenvolvido pela engenharia da computação e tem um nome bem sugestivo.
E o Desembargador, curioso:
- E qual é esse exame,  então doutor.
- O nome científico desse exame, Excelência, é “Inclusão Digital”.
E sem esperar qualquer comentário ou reação, pediu licença e meteu o dedo no respeitável ânus do Desembargador".

Até amanhã amigos,

P.S. (1) A imagem da coluna de hoje foi emprestada de alosertao.com.br;




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O GUARANI DA CRISE E DA LIDERANÇA DO BRASILEIRO DA SÉRIE "C"

Boa noite amigos,


I) Como é sabido  a instabilidade política, administrativa e principalmente financeira do Guarani Futebol Clube, que já dura algumas décadas, à evidência, vem se refletindo na formação, continuidade e produção das equipes e comissões técnicas, montadas e desmontadas, a cada campeonato, ao sabor das conveniências políticas e dos recursos momentâneos, levantados com eventuais interessados patrocinadores e beneméritos. Isso explica, por exemplo, as grandes oscilações por que passam as equipes de cada ano ou semestre, provocando desvio de padrão inacreditável. No Campeonato Paulista de 2.012, por exemplo, o Bugre fez uma campanha espetacular e sagrou-se vice-campeão, depois de memoráveis vitórias, nas quartas-de-finais e nas semifinais contra Palmeiras e Ponte Preta. Só não venceu, na final,  o Santos de Neymar, por se tratar de uma grande equipe e que vivia uma fase extraordinária, ostentando, na ocasião,  a condição de  bicampeã paulista e  da Libertadores da América, contando, ainda, com outros fatores, como  a contribuição, diga-se, a bem da verdade, dispensável,  da Federação Paulista de Futebol, que negou ao Bugre,  o direito incontestável de mandar um dos dois jogos finais em seu estádio, e ao árbitro Paulo César de Oliveira, que inventou um pênalti em favor do Peixe, no segundo jogo, quando o placar indicava empate em 1 a 1.  No mesmo ano, no entanto, disputando a série B do Brasileiro, o alviverde campineiro caiu para a série C, em novo e inesperado rebaixamento.  Já em 2.013,  ainda  na elite do campeonato regional, o Bugre amarga novo rebaixamento, ficando em último lugar dentre todos os 20 participantes. Como explicar essa gangorra, senão como  reflexo de uma gestão totalmente equivocada e amadora?  Porém, certo é que o clube é maior que os desmandos e incompetências provocados por alguns, e a crise que parece interminável. A atual diretoria, capitaneada pelo empresário Álvaro Negrão, tem, verdade seja dita, acenado com o firme e obsessivo propósito de conduzir a instituição  num outro rumo, uma vereda que permita a  recuperação, em todos os aspectos, o que não se dá, nem se daria, como se sabe, do dia para a noite, mas por meio da fidelidade a  um projeto efetivo de saneamento financeiro, que considere a dura realidade do clube, o seu potencial ditado pelo valor incorpóreo de sua tradição, importância e conquistas,   e o comprometimento de bugrinos competentes,  sérios e focados nesse desiderato. As diversas diretorias e comissões criadas por Negrão têm trabalhado de forma harmônica, no objetivo de auxiliar a Presidência na adoção de medidas  que vão desde a apuração enérgica  de responsabilidade de dirigentes anteriores,  à efetivação de negócios possíveis  que garantam o pagamento das dívidas e  produção de  receitas não eventuais, aptas a assegurar o “crescimento sustentável”, um termo em moda no momento. Vamos acreditar e prestar apoio a essa diretoria, que tem se revelado séria e disposta a trabalhar no exclusivo benefício do Guarani Futebol Clube, de seus sócios e de  sua imensa e apaixonada torcida,  de suas tradições e de sua história.
 
II) Como torcedor apaixonado, mas extremamente cético e realista, um paradoxo que explica a nossa condição humana de contradições, venho acompanhando a campanha do Guarani Futebol Clube, na série C do Brasileiro, conhecida como “terceirona”. A atual diretoria, reduzindo, pela metade, a folha de pagamento dos atletas, que hoje não passa dos R$500.000,00 (quinhentos mil reais), montou uma equipe modesta, apostando num técnico jovem e relativamente desconhecido, cuja experiência mais relevante tinha sido a de dirigir uma equipe do interior de Minas Gerais (a Caldense), no campeonato mineiro, obtendo um expressivo vice-campeonato. Chegando com um discurso também ponderado e sem promessas, o técnico Tarcisio Pugliesi  conquistou os jogadores, os torcedores e a imprensa em geral. Trabalhador, estrategista, formado em Educação Física pela Unicamp, sem nunca ter jogado futebol,  Tarcisio trouxe consigo a base daquele time por ele treinado no campeonato mineiro e indicou a contratação de jogadores para outras posições e, bem assim,  para completar o elenco. O objetivo é óbvio: o acesso, a volta para a série B, do campeonato brasileiro e, posteriormente, o retorno à elite do Brasileirão, que o Bugre freqüentou a não muito tempo, ou seja, em 2.009. Pois bem, decorridas oito rodadas das dezenove previstas para a fase de classificação e o Guarani, até aqui, cumpriu a meta de forma reconhecidamente competente.  Foram 5 (cinco) vitórias  (contra Mogi-Mirim, Macaé, Duque de Caxias, Betim e Vila Nova) e 3 (três) empates (contra Caxias,  BarueriMadureira). Privilegiando a defesa, uma estratégia justificada pela ausência do entrosamento de uma equipe formada às vésperas da competição, o Bugre foi obtendo gradativamente pontos  importantes, dentro e fora de casa. O único resultado  que pode não ser considerado bom foi o empate, no Brinco, contra a frágil equipe do Barueri. Mas essa adversidade foi compensada com duas grandes vitórias fora de casa e dois empates também fora de seus domínios, o que garantiu a invencibilidade da equipe na competição (a única invicta) e a impressionante marca de 8 jogos consecutivos sem sofrer um único gol, embora tenha marcado apenas 6. O que mais anima o torcedor é a subida de produção da equipe que ontem, no Brinco, contra o Vila Nova, um adversário que exigiu muito e que vinha de uma imprevisível vitória sobre a equipe do Caxias, por goleada de 4 a 0, venceu pelo placar  de  2 a 0, mas o fazendo de forma soberana, com grande equilíbrio em todos os setores, a ponto de construir esse placar sem correr  praticamente riscos. Já dá para analisar alguns jogadores. A zaga com Júlio Cesar e Paulão tem sido irretocável, levando vantagem sobre os ataques, em todas as partidas. Aprecio muito o futebol veloz e ofensivo desse lateral direito, Jefferson Feijão, que, sem perder a regularidade na defesa, tem sido uma das opções mais interessantes de ataque, pelo seu setor.  O acerto com o meia Fumagalli  foi, a um só tempo, uma reconhecida homenagem a um jogador que fez história no Bugre, e um prêmio à jovem equipe e ao seu treinador, que passou a contar, no  plantel, com  um atleta marcadamente competente e experiente, perfil que o elenco necessita,  num campeonato de longa duração como o Brasileiro. Destaque-se ainda, com boa produção até aqui, o futebol de Edmilson, como volante, dos meias Rossini e Ewerton Maradona, do experiente e recém contratado, o rodado Fernandinho, que ontem, ainda fora de ritmo, foi o melhor jogador do segundo tempo, abrindo boa perspectiva de que repita boas atuações pelo Bugre e que surja como solução para a falta de meias talentosos, que efetivamente criem  jogadas para o aproveitamento dos atacantes. Digno de registro também um jovem atacante chamado Roninho, que também no jogo de ontem, entrou e pôs fogo na partida, sendo dele a assistência para o primeiro gol do oportunista Henan, centroavante emprestado do Red Bull. Vamos ver daqui para a frente como se comportam esses jogadores, que me impressionam bem, e também  os demais que ainda precisam ser melhor observados para  mostrar virtudes, que eventualmente os habilite a vestir a camisa verde do campeão brasileiro de 1.978 e de outros grandes times como o vice-campeão brasileiro de 1.986 e do Paulista de 1.987.

Até amanhã amigos.


 P.S. (1) Praticamente todos os jogos do Guarani na série C, estão sendo transmitidos por canais de TV,  mais especificamente  pelo SPORTV ou pela TV BRASIL;

P.S. (2)  O centroavante Henan, e isso parece unanimidade entre torcedores e crônica esportiva, deve ganhar a posição de titular de Nena, que até aqui, em 8 jogos, não balançou as redes e perdeu chances incríveis. Com a palavra o técnico Tarcisio Pugliesi;

P.S. (3)  As substituições feitas pelo técnico bugrino têm surtido efeitos. Ontem, por exemplo, com a saída de Ewerton Maradona e Nena e a entrada de Roninho e Henan, Pugliesi revolucionou o jogo e os substitutos garantiram a grande vitória sobre o Vila Nova. Sorte de principiante  ou visão de jogo?

P.S. (4) A fase boa da equipe também contempla o  desempenho do goleiro. Juliano tem garantido a inviolabilidade da meta bugrina,  com boas defesas, sempre que a zaga (o que ocorre raramente) é vencida;

P.S. (5) As imagens da coluna de hoje são do atacante Henan e do meia Roninho e foram emprestadas, respectivamente, dos sites globoesporte.globo.com e guaranifc.com.br.;  





sexta-feira, 2 de agosto de 2013

TURISMO NO CARIBE - ARUBA, CURAÇAO E BONAIRE

Boa noite amigos,

Para quem gosta de clima tropical temperado, mar azul e calmo, prática de  windsurf,  de mergulho, e, além disso, de um boa estrutura de turismo, com hotéis e resorts, centros comerciais, cassinos e boates e opções gastronômicas, vale a pena conhecer as antigas Antilhas Neolandesas,  colônias hoje extintas, mas que se transformaram em países da América Central, com relativa independência política e que têm, no turismo, sua principal e preponderante fonte de economia. O ABC da região é composto pelas ilhas de Aruba, de Bonaire e de Curaçao, que além das características gerais da região, têm peculiaridades próprias.  Lá estivemos (eu, a Mara, e os amigos e sogros de minha filha, Ricardo e Elisete),  no final de abril e  começo do mês de maio.  Em 12 dias pudemos gozar das delícias proporcionadas pela natureza e cultura locais. Das três ilhas, a mais preparada em termos de infra-estrutura turística é Aruba (todas as placas dos veículos locais contêm a inscrição "ONE HAPPY ISLAND" - vide foto n. 9),   embora a beleza da natureza possa ser sentida em todas elas. Em Bonaire, (equivalente a nossa Fernando de Noronha), a que menos infra-estrutura possui, pode-se praticar, em larga escala, o mergulho, sendo essa a principal característica desse pequenino país. Das várias praias de Aruba, a mais badalada é a de Baby Beach, localizada na ponta sudeste da ilha. Essa praia forma uma meia-lua de areia em uma lagoa e conta com um posto de quiosques e cabanas aos visitantes. Suas águas são rasas e calmas  e os banhistas, por causa disso, podem caminhar nas águas, numa longa distância entre o mar e a areia, sem tirar os pés do fundo. Senti uma sensação estranha e ao mesmo tempo formidável, caminhando centenas de metros para dentro do mar, com a água pouco acima do umbigo, considerados os meus "respeitáveis" 1,64 metros,  o que seria impensável nas praias brasileiras (vista dessa praia na foto n. 6). A terra é árida, fruto de erupções vulcânicas e, por isso, não há qualquer espécie de agricultura. Tudo o que ali se consome vem de fora. O cenário é contrastante: um mar azul, azul anil, maravilhoso, e a vegetação é composta de cactus, muitos cactus, vegetação de deserto (confira foto n. 5, abaixo). Não há água doce. Toda a água posta ao consumo é fruto do processo de desalinização da água do mar. Em compensação a água da torneira pode ser consumida pois já está adequadamente tratada, o que dispensa filtros ou o consumo de águas minerais. Em Curaçao (vista da bela capital, Willemstad, a partir da ponte flutuante que separa os dois lados da cidade, chamados de Punda e Otrobanda, foto n. 2,  e uma outra perspectiva, agora das ondas do mar se chocando contra as pedras na foto n. 8) impressiona a visita às salinas e as minúsculas casas habitadas pelos antigos escravos dedicados a esse tipo de extração (vislumbre como eram pequenas essas casas na foto n. 10). A capital de Aruba é Oranjestad, e sua arquitetura lembra muito a cidade de Orlando. Em matéria de compras, Aruba oferece um sem número de joalherias, com destaque para o preço acessível (guardadas as devidas proporções) de diamantes africanos. Destaque também para as jóias, semi-jóias e bijouterias comercializadas nas feiras livres ou nas joalherias com a pedra típica do Caribe (The Gemstone of the Caribbean, como se diz por lá): o Larimar, em tom azul turquesa muito bonito (ver brinco confeccionado com essa pedra na foto abaixo n. 7). Não é necessário visto para visitar esses países e ali permanecer por até 90 dias (o passaporte contudo tem que ter validade mínima de 3 meses). Na imagem n. 3 o belo ocaso em Oranjestad fotografado de barco em alto mar. 
Boa noite amigos.
P.S. (1) A língua local mais falada é o papiamento, uma mistura de holandês, português, inglês e francês; 





P.S. (2) Todos os bons restaurantes das ilhas oferecem no cardápio, o Group, ou seja, a garoupa para nós, um pescado encorpado e de bom sabor.


P.S. (3) Todos os hotéis se levantam ao longo das praias, permitindo aos hóspedes a utilização de piscinas, bares e restaurantes e pedaços de praia particulares. Praticamente todos eles possuem cassinos próprios (conferir na foto n. 1 que abre a coluna, uma vista de uma das piscinas do hotel e na foto n. 4, a praia situada nos fundos do resort). 
Um esquema bem americano, a exemplo do que se vê também em Cancun e outras ilhas da América Central, esquema esse que os norte-americanos criaram e sofisticaram para suas férias, quando perderam a opção de turismo na ilha de Cuba, em razão da revolução cubana;


P.S. (4) A população local é formada por muitos negros, descendentes dos indígenas, primeiros habitantes das ilhas. Mas os nomes, em grande parte, são holandeses, como um simpático garçom que conhecemos no hotel, de pré-nome Derik;

P.S. (5) Lá se pode adquirir as sandálias chamadas de  “arubianas”, uma cópia descarada das Hawayanas brasileiras;

P.S. (6) Apesar da aridez da terra a impedir qualquer espécie de agricultura, há exploração da pecuária caprina. As cabras, aliás, andam por toda a parte, inclusive nas ruas e estradas e dividem os espaços com os veículos e os pedestres. Fato é que as cabras se alimentam de praticamente tudo, inclusive de pedras;


P.S. (7) Há dificuldades no fornecimento de energia elétrica. Normalmente se cobra, na conta dos hotéis, de forma separada e curiosa, taxa de energia elétrica, não incluída nas diárias;

P.S. (8) De janeiro a abril o maior turismo das ilhas é a de norte-americanos. De junho a setembro de europeus e brasileiros;


P.S. (9) O windsurf, windsurfe ou prancha à vela é esporte que consiste em planar sobre a água, utilizando a força do vento, mediante o uso de   uma prancha de surfe e uma vela de 2 a 5 metros de altura. É modalidade olímpica de vela. As praias do Caribe são consideradas ótimas para a prática desse esporte;

P.S. (10)  Aruba se situa ao largo da Costa da Venezuela e sua capital é Oranjestad. Aruba foi descoberta  em 1499 por exploradores espanhóis e adquirida pelos Países Baixos em 1636. A ilha separou-se das Antilhas Neerlandesas em 1º de janeiro de 1986 e tornou-se uma dependência autônoma do Reino dos Países Baixos.Como território dependente do Reino dos Países Baixos, Aruba pode considerar-se parte de uma monarquia constitucional, em que o monarca (a Rainha Beatriz dos Países Baixos) é representada na ilha por um Governador. No entanto, a ilha tem um governo próprio, dirigido por um Primeiro Ministro, nomeado de acordo com as eleições democráticas para o parlamento. As relações exteriores e a defesa estão a cargo do governo central neerlandês.


P.S. (11)  Um dos restaurantes mais conhecidos e famosos de Aruba é o El Gaúcho, uma casa que oferece, como carro-chefe, o ótimo churrasco argentino,  com os cortes tradicionais, em ambiente aconchegante. Não deixe de ir.

P.S. (12) Willemstad, capital do Curaçao é considerada a Amsterdã do Caribe, por causa de suas magníficas e coloridas fachadas em estilo holandês, como se vê da foto n. 2. Por essa razão foi tombada pela Unesco, como patrimônio histórico da humanidade. A cidade se divide a partir da ponte flutuante em dois lados distintos: um deles chamado de Punda é o mais velho, onde antigamente se erguiam as residências dos mais ricos e o outro chamado de Otrobanda, é onde viviam os mais pobres. Enquanto Punda é hoje mais comercial, Otrobanda é mais residencial, embora também tenha comércio e bons restaurantes.