Boa noite amigos,
Imagem do estádio Antonio Ribeiro Lins Guimarães, em -
Santa Bárbara D'Oeste, onde o União Agrícola Barba-
rense manda os seus jogos.
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O futebol, como os demais esportes, vive na atualidade, um
grande paradoxo. Enquanto os grandes clubes pagam aos seus atletas salários
milionários, os pequenos clubes do interior, mesmo do Estado de São Paulo,
indiscutivelmente o mais rico da federação, passam por crises financeiras
seguidas, sem receita e com tendência ao desaparecimento. O União Barbarense,
clube tradicional da nossa região, disputando o campeonato paulista da série
A-2, a mesma em que se encontram clubes como o Guarani e a Portuguesa de
Desportos, não tem recursos sequer para pagar os salários dos jogadores ou para
programar as viagens que a equipe tem de fazer quando joga fora de seus
domínios. E olha que o salário médio dos atletas é de miseráveis R$1.500,00, quantia
inferior a dois salários mínimos. Para bancar o custo de viagens a Batatais ou
a Taubaté, municípios distantes de Santa Bárbara, a Diretoria resolveu fazer
uma rifa. Isso mesmo, uma rifa de R$25,00, contando com a imprensa local para
divulgar a promoção e ajudar financeiramente a equipe que está em último lugar
na classificação, namorando seriamente com a terceira divisão do futebol
bandeirante. Pode-se falar em má gestão, na falta de projeto, em amadorismo
etc. Isso, contudo, não justifica a situação de penúria de um clube de tradição
no futebol paulista e brasileiro, que precisa ser socorrido pela rica
Federação. Aliás, a federação tem de garantir aos clubes que disputam todas as
divisões do campeonato regional uma
quantia que assegure a viabilidade
na montagem e manutenção de uma equipe considerada média para a respectiva
divisão e o pagamento das despesas básicas do clube com a disputa do torneio,
ao menos enquanto ele durar. Mas não é só. Cadê os empresários do município?
Onde estão os torcedores mais ricos e que podem contribuir com o clube de forma
mais ou menos permanente? Como anda o projeto de modificação da Lei Pelé?
Até mais amigos.
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