domingo, 26 de julho de 2015

O LARGO DA CATEDRAL DE CAMPINAS NOS PINCÉIS DE FÁTIMA FREITAS

Boa noite amigos,

O sol ainda era tímido às 12,30 horas deste domingo de inverno. A caminhada quase costumeira dos domingos, pela feira de artesanato do Centro de Convivência Cultural,  hoje  bem mais tarde, por causa do frio, nos levou a uma parada diante de um stand, com apenas três telas, que chamaram a atenção, tanto pelos cenários focalizados (o Largo da Catedral em Campinas, o prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp),  e algumas tomadas de Paris distribuídas numa única tela),  como pela técnica diferenciada da autora, em relação à maioria dos pintores que ali expõem seus trabalhos nos finais de semana.  A assinatura é da artista plástica, Fátima Maria Freitas, com quem conversamos um pouco. Como apaixonado pela cidade de Campinas e por sua história, a tela denominada Catedral de Campinas Nossa Senhora da Conceição, revelando um dos pontos mais bonitos e tradicionais da cidade (o Largo da Catedral), com todo o seu entorno natural e artificial, incluindo o bonde que por ali transitava na época, no trajeto feito a partir da Estação Ferroviária,  no distante ano de 1.963, logo me encantou e, depois de indagar sobre o preço, bati o martelo: o quadro é meu e já o vi, majestoso, embora discreto, numa das paredes do meu escritório da rua Barão de Jaguara, com os seus 60 x 100. A técnica utilizada foi o acrílico e óleo sobre tela, com verniz protetor corfix. O trabalho da artista plástica merece ser observado e conferido. No meu conceito, e especialmente no de minha mulher, que é também artista plástica, formada em Artes e crítica exigente, é considerado bastante bom.

Até amanhã amigos,

P.S. (1) As imagens da coluna de hoje são das telas: 1)  Catedral Nossa Senhora da Conceição, em 1.963; 2) Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriant; 3 e 4), Perspectivas de Paris, a Cidade Luz,  todas de autoria da pintora, Fátima Maria Freitas. A 4ª. e última imagem (emprestada de protestocultural.wordpress.com),  é do Teatro Municipal Carlos Gomes de Campinas,  que foi inaugurado em 1.930 e demolido no ano de 1.965;
  
P.S (2) o trabalho da  artista plástica Fátima Maria Freitas pode ser conferido em kagi Atelier facebook. O telefone de contato  é (019) 993560821 e o e.mail  fatimafreitas7@gmail.com;


P.S. (3) Na época retratada na tela da Catedral, ainda existia, na parte dos fundos do Largo, o famoso Teatro Municipal Carlos Gomes, projeto do arquiteto, Ramos de Azevedo, com capacidade para 1.300 pessoas, demolido na Administração do Prefeito Ruy Novaes, no ano de 1.965, sob alegação de que a construção estava condenada por causa da invasão de cupins. Essa versão é contestada até hoje, e o fato marcou a administração do alcaide, de forma negativa. Desde então, jamais a cidade, apesar de sua importância como a principal do interior do país, capital de uma região metropolitana de grande expressão econômica e cultural, não viu construir, até hoje, um teatro com a mesma magnitude,  importância e a versatilidade daquele. Fala-se nos últimos anos,  na edificação de um teatro municipal  no Parque Ecológico, numa parceria entre a Prefeitura de Campinas e o Governo do Estado de São Paulo. O projeto, porém, continua no papel e, em tempos de "vacas magras", no papel deve continuar por mais algum tempo;



P.S. (4) A artista garante que o estilo da tela Catedral Nossa Senhora da Conceição é o impressionista. Não nos convencemos disso. O quadro retrata a Catedral e a natureza, assim como o bonde e o entorno,  tal como existentes (o modelo, segundo a autora,  foi uma fotografia da Internet), com a intenção manifesta de reproduzi-los, o que não atende ou não atenderia ao critério impressionista, que mais se preocupa com as pinceladas livres e  a ausência proposital de verossimilhança nas suas imagens, fugindo do clássico, ainda que também se enquadre no gênero arte figurinista, que busca retratar o humano e as coisas concretas. A cor preta, que dá um toque especial de envelhecimento e saudosismo em quadros de Fátima, é um outro detalhe que afastaria o seu estilo do dos impressionistas, que nunca faziam uso dessa cor, nos seus trabalhos, porquanto, uma das características marcantes do estilo impressionista consistia na projeção da luz do sol sobre as pessoas e coisas, as iluminando e modificando as suas cores originais. Isso também valia também para as sombras, que haveriam ser sempre luminosas e coloridas.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

TEATRO DE COMÉDIA - A BANHEIRA

Boa noite amigos,
Depois de temporada de sucesso no Teatro Folha em São Paulo, está em cartaz em  Campinas, no Teatro Amil do Shopping Center D. Pedro, a peça “A Banheira”, que segundo, o diretor, Alexandre Reinecke é uma comédia nacional de autor, uma modalidade que vem se perdendo em num momento em que os comediantes andam escrevendo seus próprios textos. No enredo, um respeitável cidadão, (Anderson Miller), cedendo às tentações de sua fantasia sexual, e aproveitando a ausência temporária da mulher (Carol Mariottini) , leva para sua própria casa um travesti, cujo nome de guerra é Melissa (Wilson de Santos), pretendendo fazer sexo com ele na própria cama do casal.  São, porém, surpreendidos por um ladrão, Romis Ferreira, que depois de assaltá-los, decide trancá-los num dos banheiros da casa. Com a chegada da mulher e de uma vizinha (Sara Freitas) e o retorno do ladrão, a confusão se estabelece, provocando a trama encontros e desencontros, expectativas sombrias e desastrosas,  como a ameaça de cair por terra  a fama de machão e  de homofóbico do chefe de família e a revelação do segredo da esposa,  que tem um irmão gay, nunca revelado ao marido. O roteiro dinâmico e muito bem conduzido pela sempre segura direção de Alexandre,  garante a atenção da plateia durante todo o tempo da peça, cerca de 75 minutos.  Por outro lado,   a linguagem simples e coloquial de que se vale o autor,  torna o espetáculo acessível a qualquer pessoa, independentemente da classe social e do grau de instrução. Todos os atores do elenco executam bem os seus papéis, mas o impagável Wilson de Santos, no papel do travesti Melissa é o grande responsável pelo diferencial dessa comédia. O próprio Wilson, que integrou o grupo de teatro Cia. Baiana de Patifaria, durante mais de 15 anos, grupo esse que se tornou notável pela utilização de atores em papéis femininos, dá o tom de seu personagem: A Melissa é uma grande surpresa e o espetáculo é daqueles feitos para o público se acabar de tanto rir. É a pura verdade. A diversão é garantida. E mesmo com um roteiro sem grande originalidade e um texto com alguns clichês, como a utilização de linguagem escatológica em certa medida e  do estereótipo do “gay” ou “travesti”, que faz piada de sua  própria condição, é indiscutível a qualidade da peça, que agradou o público e também a crítica. Fomos no último domingo e gostamos do espetáculo. Se puder não deixe de ver. A peça fica  em cartaz até o dia 02 de agosto na temporada campineira.

Até amanhã amigos.


P.S. (1) Ficha Técnica:  A Banheira. Texto: Gugu Keller. Direção: Alexandre Reinecke. Elenco: Anderson Mulller, Wilson de Santos, Carol Mariottini, Romis Ferreira, Sara Freitas e Mauro Felix. Recomendado para maiores de 14 anos. Teatro Amil – Shopping Center D. Pedro, Campinas, S.P., sessões: às 6ªs. feiras e sábados, às 21,00 horas. Domingos, às 19,00 horas. Até 02 de agosto de 2.015;

P.S. (2) A primeira imagem da coluna de hoje, da propaganda oficial do espetáculo, com todo o elenco dentro da banheira, foi emprestada de www.ingressos.com.br. A segunda imagem é de cena da peça com o ator Wilson de Santos no papel da travesti Melissa e foi emprestada do site vejasp.abril.com.br.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

O CAIPIRA E O FURTO DOS PORCOS - CAUSAS & CAUSOS



Boa noite amigos,

Aqui vai, para alegrar o começo de semana,  um novo "causo" que está no livro "Causas & Causos", o primeiro que escrevi e foi publicado pela Editora Millenium, de Campinas, em 2.006.


"Juiz novo assume pequena Comarca do interior do Estado de São Paulo.
 Jeito sisudo vai logo dando conta do serviço para mostrar à população que não vem p’rá brincadeira.
    Já enfrentando o primeiro processo, que é criminal, depara-se com uma denúncia do Doutor Promotor a respeito de uma tentativa de furto.
 Ali se descreve curiosa situação. Certo sitiante fora apanhado pela polícia, em dia e hora mencionados, na chácara de um outro sitiante, no momento em que tentava consumar o furto de porcos.
 Recebida a denúncia, marcou-se data para o interrogatório.
No dia aprazado, depois de indagar do acusado caipira a respeito dos fatos, pergunta:

 - O senhor confirma ou nega a acusação?

 O réu, tirando respeitosamente o chapéu, se dirige ao Magistrado, dizendo:

- Ôi  Dotô, eu vô falá bem a verdade pro sinhô, porque eu não sô hôme de mentira. Essas coisa que escrevero aí a meu respeito é uma grande calúnia, eu pobre mais honesto, nunca me aconteceu uma coisa dessa, doutô, eu sinto inté vergonha.
 O magistrado intervém:

-  Se o fato não é verdadeiro, qual é a sua versão dele.

E  de novo o caboclo:

 - Dotô. Eu vou contá só a verdade pro sinhô. Nesse dia que está escrito aí nesse paper, eu vinha a pé do meu sítio pra fazê umas compra na cidade. De repente me deu um apertamento de intistino, coisa que não dá pra segurá de braba que é. Aí eu pensei de repente. Eu não posso fazê essas vergonha aqui no meio da rua. Eu vi a cerca do sítio do compadre e arresolvi pulá pra dentro para fazê minhas necessidade no meio do mato. Eu vi memo que tinha uns porco lá. Mas dotô, pelo amor de Deus, eu não sô home de pegá nada dos outros, Deus me livre! Aí doto, quando eu to pronto pra levantar, me chega o dono do sítio com a polícia dizendo que eu ia robá os porco. Por Nossa Senhora Aparecida, nem me passô pela cabeça isso.

O caipira, humilde e respeitosamente,   simplório defendia sua versão com tanta sinceridade e veemência,   que o Juiz registrou o seu depoimento e marcou audiência para início da instrução, não sem ficar impressionado do que ouvira e assistira.
 A primeira pessoa a depor, na seqüência,  era a vítima, por sinal um outro caipira, também simplório e respeitoso, tanto quanto o réu.

O Juiz que se impressionara e muito com a estória contada pelo réu, dirige-se à vítima,indagando:

 - Então o senhor é que é o dono do sítio onde o réu foi surpreendido na tentativa de furto.

 – , sim sinhô.

  - Pois bem, diz o Juiz, no interrogatório ele garantiu que é pessoa honesta e que adentrou a sua propriedade apenas para fazer necessidade fisiológica, tendo ocorrido, portanto, um engano, quanto ao objetivo da invasão. O que é que o senhor acha disso?

 O matuto, segurando timidamente no colo o velho e surrado chapéu de palha , vira-se ao Juiz e responde, surpreso:

 - Doutô, o que eu acho? Quem sou eu pra acha arguma coisa. Se o sinhô que é um homem de muita leitura, curto, tá achando que o home foi injustiçado, não vai sê eu que vô achá arguma coisa.

O Juiz, animado:

- Bem, o senhor acha que pode ter havido mesmo um engano, um erro, uma interpretação equivocada.

 O matuto enfático:

 - Craro, craro seu Juiz. Vai vê que o coitado foi lá memo fazê as necessidade dele e nóis pensamo mar dele, né. Pode sê memo.

O Magistrado já convicto e pronto para ditar o depoimento, remata:

 - Bem, então ao menos podemos assegurar a ele o benefício da dúvida. A tese dele é provável, é possível, é plausível.

O caboclo:

 - Se é prausíve eu num sei, porque nem sei o que é isso.  Mais pode ser memo verdade. Até dotô, eu quero falá uma coisinha pro sinhô,  quando nós cheguemos lá o coitado tava com uma porca debaixo do braço.

Pequena pausa. E o remate:

                                          -  Vai vê que o coitado já tava prontinho pra limpá a bunda quéla, né, doutô."


Até amanhã amigos.

P.S. A caricatura da  coluna de  hoje, denominada "Dois Caipiras" foi emprestada de blogdamamaegansa.blogspot.com.
                                          

                                                            


sexta-feira, 10 de julho de 2015

EL CONQUISTADOR - UM VINHO QUE CONQUISTA

Gente,

Quando se fala em quase R$100,00 (cem reais) para uma garrafa de vinho, não se pode afirmar que se trata de vinho barato, já que é possível adquirir um bom chileno, da linha dos razoáveis, Santa Helena e Casillero Del Diablo,  ou um clássico português Periquita, ou ainda um Tempranillo Pata Negra Oro, espanhol,   por um terço desse valor. Mas o El Conquistador, um excepcional malbec, produzido pela Escorihuela Gascón, de Mendonza, na Argentina, é um exemplar que merece cada centavo que se paga por ele.  É um vinho bem estruturado e de gosto persistente, trazendo aromas de frutas vermelhas e negras, além de baunilha e de uma dupla que sempre  se dá bem: chocolate e café. Só recentemente, jantando com dois casais amigos no Restaurante do Theo, no Cambuí, aqui em Campinas, fui convidado a prová-lo, para acompanhar a refeição principal, à base  de carne vermelha, e, ainda assim,  depois de degustarmos, na entrada, duas garrafas de Veuve Clicquot. Conclusão: Adorei esse  vinho de cor púrpura e tons vermelhos brilhantes, com sabor persistente na boca e recomendo aos amigos para uso próprio ou para presentear alguém especial.  Acompanha bem todos os pratos, mas  especialmente, pela sua boa estruturação, os de carne vermelha variados (pode ser o chorizo argentino) ou condimentados em geral (um risoto por exemplo).

Até amanhã amigos.

P.S (1) Suspeita-se que o primeiro vinho 100% Malbec tenha sido feito pela Escorihuela Gascón, a produtora do El Conquistador, que se situa em Mendonza, na Argentina. A botega remonta 1.880, quando o espanhol Miguel Escorihueal Gascón imigrou de sua terra natal para a Argentina, onde adquiriu, na Província de Mendonza, 17 hectares de terra, iniciando a cultura da uva malbec e a produção de vinhos. Com muito prestígio, a marca continuou sendo explorada pelos herdeiros de Miguel, depois de sua morte em 1.933.   Em 1.993, passou a pertencer a Nicholas Catena, um “winemaker” que investiu pesadamente na modernização do negócio, adequando-o às exigências do mercado atual;

P.S. (2) Você pode adquirir o El Conquistador, dentre outros estabelecimentos, no tradicional e completo Gran Cru, fone 0800-777-8558;


P.S. (3) O Malbec, um tipo de uva francesa e principal variedade da região de Cahors, também presente em Bordeaux, encontrou condições excelentes na Argentina, onde produz vinhos frutados, muito macios, de bom corpo, cor escura e tânicos, para ser consumido ainda jovem. Malbec é utilizado amplamente por vinícolas argentinas, sendo essa produção equivalente a 59% do plantio mundial (www.wikipedia.com.br);

p.s. (4) A bodega Escorihuela Gascón (segunda imagem da coluna de hoje emprestada de seu site),  funciona no mesmo casarão histórico em que teve início a atividade, em 1.880, hoje totalmente reformado e conservado, mantendo, todavia, as características originais. Situa-se no coração da cidade de Mendonza, Argentina, no 1188, Gral. Manuel Belgrado, 5501, Godoy Cruz, tel. (54) 261424-2282. 

A CULPA É..... DO REFLUXO.

Boa noite amigos,

Descobri recentemente que grande parte dos males que podem nos afetar no dia a dia são decorrentes de uma intercorrência anômala, mas hoje muito comum no processo digestivo: o refluxo gastroesofágico (DGRE). O  mal, que atinge cerca de 12% da população brasileira,  pode ser explicado como uma doença digestiva em que os ácidos do estômago voltam pelo esôfago em vez de seguir o fluxo normal da digestão. Quando comemos, a alimentação passa da garganta para o estômago, pelo esôfago. Para evitar que a comida volte atrás, em direção ao esôfago,  o estômago se fecha através de um anel de fibras musculares chamadas de esfíncter esofágico inferior (EEI). Se o esfíncter não fechar por completo, a alimentação ou bebida, ou mesmo o suco gástrico usado na digestão,  pode vazar, retornando para o esôfago, provocando uma série de doenças como úlceras e adenocarcinoma, broncoespasmo, que é uma irritação e espasmo das vias respiratórias devido ao suco gástrico, tosse, rouquidão crônica, úlcera esofágica, inflamação e estreitamento do esôfago, devido à cicatrização da inflamação. O suco gástrico pode vazar para as vias respiratórias, provocando, bronquite, pneumonias sucessivas e até sinusite crônica. E pasmem, até mesmo ser o responsável pelo desgaste excessivo dos dentes, embora seja uma conseqüência que os especialistas consideram menos comum. O estrago pode ser grande, se não diagnosticado ou tratado. São considerados fatores de risco a obesidade, a hérnia de hiato em que parte do estômago se move acima do diafragma, o tabagismo, o ressecamento bucal, a asma e, é claro, a gravidez, embora aqui você tenha uma situação provisória e contingente. Também se atribui o mal ao atraso no esvaziamento do estômago e em distúrbio do tecido conjuntivo. Pode ela também decorrer da chamada Síndrome de Zolinger-Ellison, em que o estômago produz mais ácido clorídrico que  o normal. Alimentos gordurosos ou picantes, frituras, café, chocolate e bebidas alcoólicas não devem ser consumidos em excesso por quem apresenta o  problema, pois são apontados como os seus grandes “vilões”. Dentre os tratamentos indicados estão o medicamentoso, uma dieta alimentar e mudança de posturas diárias. Nos casos mais graves pode haver indicação de cirurgia, dentre as quais, a laparoscopia, intervenção pouco envaziva e que tem revelado grande eficiência no fechamento do esfincter. Como se vê uma imensa gama de problemas  pode advir simplesmente de um refluxo esofágico. Por isso, considere que nem sempre a culpa é das estrelas. Nem da estrela do PT, como andaram divulgando na Internet. A culpa pode muito bem ser.... do refluxo.


Até amanhã amigos.

P.S. (1) Algumas dicas que são benvindas para o problema do refluxo e também para outros males estomacais como gastrite: 1) Evite comer rapidamente e mastigue bens os alimentos; 2) Reduza ou elimine, se puder, alimentos gordurosos, pois as gorduras demoram mais tempo para digerir do que outros alimentos. Essa demora resulta na geração de maiores quantidades de ácido; 3) Não consuma alimentos muito ácidos. Frutas cítricas, chocolates, frituras,  cafeína, alho, pimenta e tomates devem ser evitados no tratamento do refluxo; 4) Coma pequenas refeições de 3 em 3 horas, em vez de três grandes refeições no dia. Grande quantidade de alimentos podem forçar o estômago a produzir mais ácido. (sugestões extraídas do site http://pt.wikihow.com/Tratar-Refluxo-Gastroesof%C3%A1gico-Naturalmente);
 
P.S. (2) O Omeprazol é indicado para tratar esofagite de refluxo, gastrite, úlcera gástrica e úlcera duodenal. Ele também funciona como um protetor gástrico para quem vai usar medicamentos que “machucam” o estômago. O correto é tomar o Omeprazol 15 minutos antes da primeira refeição, porque ele vai servir como um protetor durante todo o dia, evitando que haja uma liberação excessiva de ácido clorídrico, assim que o alimento chegar ao estômago. Recentemente se espalhou a informação de que o uso prolongado do Omeprazol poderia causar demência, porque o medicamento diminuiria alguns nutrientes. A classe médica, no entanto, garante que o medicamento é seguro, mas sugere que o tratamento deve sempre ser indicado e acompanhado por um profissional. (informações emprestadas do site  http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/03/entenda-como-funcionam-o-omeprazol-e-o-acido-acetilsalicilico.html);

P.S. (3) Suco fresco de limão espremido na hora do consumo é a receita dada por muitas pessoas para controle e cura do refluxo. ½ copo de água morna com o suco fresco de limão em jejum, 20 ou 30 minutos antes da refeição matinal,  garantiria alívio absoluto por todo o dia. Os alegres limãos são destaque na primeira imagem da coluna de hoje em charge emprestada de www.docelimão.com.br;

P.S. (4)  A explicação segundo Conceição Trucom das propriedades e vantagens do suco de limão sobre o remédio alopático omeprazol é a seguinte:
"O omeprazol é um remédio alopático cuja função é bloquear prótons (H+ = acidez). O suco do limão, com seu elevado teor de ácido cítrico (5 a 7%), é um agente complexante e tamponante, que funciona como um bloqueador de prótons "natural", neutralizando sites ácidos, estabilizando o meio em pH levemente alcalino. As vantagens do limão sobre o omeprazol são muitas porque ele vai muito além de somente sequestrar prótons.... Assim, comparando somente esta função, o ácido cítrico do limão neutraliza a acidez e ESTABILIZA o meio num pH levemente alcalino, ou seja, o suco fresco do limão é um agente alcalinizante. A esta estabilidade dá-se o nome de "tamponar". E, na condição levemente alcalina ocorre a dificuldade para a presença de bactérias, ou seja, o ácido cítrico acumula a função de ser um antibiótico natural."
"O limão funciona também como um cicatrizante das mucosas agredidas pela acidez, proporcionando um ambiente favorável à cura das úlceras. Por último, o suco natural e fresco do limão atua como um agente adstringente (detergente), dissolvendo gorduras e evitando grandes formações de gases, um fenômeno do refluxo esofágico. E, para alguns médicos naturalistas, o limão é reconhecido como uma 'bilis vegetal', ou seja, um aliado da boa digestão";


P.S. (5) Conceição Trucon (segunda imagem da coluna de hoje emprestada de somostodosum.ig.com.br)   é  Bacharel em Química pela UFRJ desde 1977, atuou por 24 anos na área da ciência aplicada, com projetos em Química Orgânica, Inorgânica e Bioquímica. É uma eterna estudiosa dos mistérios do corpo e da saúde. Participa, desde 1995, de cursos de formação em técnicas de alimentação natural, meditação, terapia do riso e de estudos sobre o poder da mente. Convencida de que para a construção e manutenção de um corpo saudável é necessário o uso de alimentos nobres, resolveu dedicar-se ao estudo dos alimentos que fazem diferença na saúde humana. Veja mais em:www.docelimao.com.br

sábado, 4 de julho de 2015

MEMÓRIA - ESPELHO DE ARTE - A ATRIZ E SEU TEMPO - MOSTRA REGINA DUARTE

Amigos,


A Mostra ESPELHO DE ARTE - A ATRIZ E SEU TEMPO,  que acontece atualmente no Shopping Iguatemi de Campinas, tem, ao menos, dois méritos que merecem destaque. O primeiro deles consiste no próprio projeto idealizado e implementado pelo curador, o ator,  Ivan Izzo, a quem cumprimento,  por trazer ao público em geral a vida e obra de personagem relevante da história cultural do país. Com isso, ressalta  o valor da memória na formação das novas gerações. O outro merecimento está no próprio personagem, no caso, a atriz Regina Duarte, inegável destaque na dramaturgia do Brasil, por dar corpo, vida e popularidade a personagens da literatura e dramaturgia universais e tupiniquins, com talento, coragem e competência, parte das quais numa época em que a liberdade de criação, a crítica política e social estiveram inquestionavelmente comprometidas neste país. Para começo de assunto ninguém da geração de Regina, em qualquer modalidade de arte e cultura, conseguiu permanecer vivo e atuante no cenário cada vez mais competitivo e plural, por tanto tempo, se não tivesse comprovado efetiva qualidade.


Por outro, Regina talvez já tivesse sido esquecida se não tivesse corrido riscos e aceito desafios, abandonando a chamada "zona de conforto" em que se encontrava,  quando foi batizada  de “namoradinha do Brasil” pelos sucessivos papéis de mocinhas ternas e vazias nas primeiras novelas que realizou ainda na TV Excelsior e nos primeiros anos da TV Globo, nas décadas de 60 e 70. Nada contra esse tipo de personagem, obviamente, muito apreciado, na ocasião, pela sociedade brasileira, ainda marcada pelos conceitos singelos e puristas de um povo que migrava do campo para a cidade.

O que releva é exatamente  a consciência da atriz de que seria preciso crescer e abandonar o rótulo que marcara a fase inicial de sua carreira para transitar por novos horizontes, por searas perigosas e incertas como a vida. 
A importância do seriado Malu Mulher que ela protagonizou na TV Globo, ao lado do ator e hoje diretor, Denis Carvalho, foi destaque  no Brasil e no exterior. Da mocinha sonhadora das primeiras novelas,  Regina passou a viver o dia a dia real da fictícia Maria Lucia (Malu),  uma mulher com problemas num casamento em crise e que decidira, a despeito do preconceito que a sociedade ainda nutria contra a mulher desquitada,  abandonar o casamento frustrado, para buscar novos rumos, desafiando tabus e conceitos que a hipocrisia social da família tradicional brasileira ainda conservava.  Méritos também para a Globo e pelo visionário Daniel Filho,  por terem se proposto a produzir e dirigir, respectivamente, um projeto que muito contribuiu para a consciência social da necessidade de se conferir igualdade e dignidade às mulheres, questionando, de certa forma, o status então vigente e  a imposição de se flertar  permanentemente com o Poder Político, fazendo concessões, seja por comodismo, seja  como forma de sobrevivência. 

De qualquer forma, Regina é muito mais que isso. Foram multifacetadas Reginas, sobretudo, as “Reginas” do espetacular e saudoso Dias Gomes, dentre as quais a caricata viúva Porcina, de Roque Santeiro mesmo as Reginas “Helenas” do incorrigível carioca urbano Manuel Carlos, sempre envolvidas com as problemáticas da cidade maravilhosa e renunciando a tudo e a todos em prol da preservação dos laços profundos de família. A Mostra conta, além do vasto material jornalístico,  incluindo notícias e reportagens de jornais e revistas, centenas de fotografias, com roupas e ornamentos usados por personagens da atriz, como o vestido da viúva  Porcina, de Roque Santeiro (novela de Dias Gomes, 1.985),   troféus e láureas como dois exemplares do Roquete Pinto, durante muitos anos considerado o mais importante troféu da TV Brasileira, vídeos reproduzindo propagandas que a atriz fez de vários produtos comerciais (antigamente se chamavam reclames) e o molde utilizado para confeccionar a máscara que Regina usou quando interpretou Chiquinha Gonzaga,  aos 90 anos,  na minissérie do mesmo nome, de grande repercussão e sucesso.

Todo esse material é distribuído por onze ambientes, observada a cronologia, incluindo móveis, artefatos, roupas e utensílios. A Exposição fica no terceiro piso do Shopping Iguatemi de Campinas e pode ser visitada até o próximo dia 26 de julho de 2ª. a 6ª. feira, das 11,00 às 22,00 horas e domingos e feriados das 14,00 às 20,00 horas. A entrada é franca. Não deixe de ver.

Até amanhã amigos.

P.S. (1) Malu Mulher foi vendido para cerca de 50 canais de televisão de vários países. Recebeu inúmeros prêmios. Em 1.979, o Prêmio Ondas (Sociedade Espanhola de Radiodifusão e da Rádio Barcelona). Em 1.980, o Prêmio Iris como melhor produção estrangeira exibida em televisão nos Estados Unidos, ano em que também foi exibido em horário nobre na Suécia, superando audiência de vários programas da BBC da Inglaterra. No ano de 1.982 foi considerado o melhor programa de televisão do ano em Portugal e na Grécia. Em 1.983 foi ao ar em Cuba e em 1.988 exibido pelo canal Antenne 2, da França, com o título de Maria Lúcia. Na Holanda mais de um milhão de telespectadores assistiram ao primeiro episódio e cerca de três milhões acompanharam o seriado durante seis semanas. (notas emprestadas do site Wikipédia);

P.S. (2) a atriz  Regina Duarte, que muitos acreditam ter nascido em Campinas, na verdade nasceu em Franca, interior de São Paulo, no dia 05 de fevereiro de 1.947 (tem, portanto, 68 anos),  mas viveu grande parte de sua infância e adolescência aqui, dos  seis aos dezoito anos. Começou sua preparação no Teatro do Estudante de Campinas. 

Estreou, ainda amadora, na peça A Compadecida, de Ariano Suassuna. Em 1.965  deu início à sua carreira profissional na extinta TV Excelsior de São Paulo, na novela A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro. No mesmo ano, estreou no teatro com a peça A Megera Domada, de Shakespeare.  De sua vasta obra, constam novelas, minisséries, dezenas de peças teatrais e filmes. Uma carreira consolidada e consagrada a justificar a Mostra;



P.S. (3) As imagens da coluna de hoje são todas de meu próprio celular, obtidas durante a minha visita à Exposição.