segunda-feira, 25 de junho de 2012

MUSICA BRASILEIRA - MULTISHOW AO VIVO - SKANK NO MINEIRÃO

Bom dia amigos,

Domingo frio de inverno, mas sem chuva, que durante a semana esteve muito presente, fazendo despencar a temperatura. Dia bom para gingar, cantar, agitar.  Pra lembrar de rock brasileiro. As mais badaladas bandas. As que nós temos de melhor e não são poucas. Enumero algumas: Paralamas dos Sucesso, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Jota Quest, Ira, Sepultura. Vou falar de uma banda maneira e mineira. Mineiríssima. No vocal e na guitarra, de sobrancelhas negras e cerradas, o bom Samuel Rosa. Henrique Portugal no teclado, Lelo Zaneti no baixo e na bateria Haroldo Ferretti. Pronto: este o quarteto da banda que é sucesso no Brasil e no exterior. O nome: Skank, em homenagem a Bob Marley e ao álbum dele de sucesso “Easy Skanking”. No dia 19 de junho de 2.010, o Skank gravou, ao vivo,  no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, santuário dos músicos mineiros fanáticos por futebol,  o CD/DVD e Blu Ray denominado “Multishow ao Vivo- Skank no Mineirão” (capa acima na imagem que ilustra a coluna hoje). Trata-se de um projeto de parceria da banda com a Sony Music e o canal Multishow. O espetáculo contou com mais de 50.000 pessoas e foi o último evento antes do fechamento do Mineirão para reforma visando a Copa do Mundo de 2.014. Houve participação especial da cantora Negra Li que, com Samuel Rosa, cantou “Ainda Gosto Dela”.Dois CDs compõem o álbum. São 17 músicas no primeiro CD e 14 no segundo. Uma  viagem pela carreira da banda que começou a fazer sucesso em 1.991, ainda em BH, tocou em barzinhos e churrascarias e depois do sucesso no Brasil viajou pelo mundo (França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Suiça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha, são alguns dos países visitados). São mais de 6 milhões, entre CDs. E DVs. vendidos. O álbum tem o que de melhor o Skank produziu nestes anos todos em discos, dvds. e clipes. São três músicas inéditas: Presença, De Repente e Fotos na Estante. Seis músicas do álbum Calango de 1.994 (Esmola, Jack Tequila, Pacato Cidadão, É Proibido Fumar, O Beijo e a Reza e Te Ver).  Do disco Samba Paconé (1996), as composições É Uma Partida de Futebol, Garota Nacional e Tão Seu.    Do álbum Siderato (1998), as músicas Resposta e Saideira. De Maquinarama (2000), Balada do Amor Inabalável, Três Lados, Canção Noturna e Ali.  Do Skank ao Vivo na MTV (2001), Acima do Sol e  a versão Tanto (I Want You). As ótimas e marcantes Vou Deixar e Três Rios, são do álbum de 2.003, Cosmotron. A versão Vamos Fugir (Give Me Your Love), Um mais Um e Amores Imperfeitos constavam do CD Radiola  (2004). Mil Acasos e Uma Canção é Pra Isso do álbum Carrossel, lançado em 2.006. De Estandarte, o CD de 2.008, a banda cantou e gravou os hits, Ainda Gosto Dela, Sutilmente e Noites de Um Verão Qualquer. Para quem gosta da banda, quem aprecia o seu som, é efetivamente uma grande aquisição, exatamente por reunir os maiores sucessos da carreira do Skank. Além disso,  se você, como eu, gosta de gravações ao vivo de rock,  pra sentir e compartilhar da vibração do público e da entrega dos profissionais a um improviso que sempre acrescenta às antigas composições e interpretações, tem aí mais uma razão para adquirir o CD ou DVD, ainda que possua os álbuns anterioes. Vale a pena comprar e dar de presente.
Até amanhã amigos
 
P.S. (1) A banda, quando estreou em São Paulo, cantou para rigorosos 37 espectadores. Era noite de final de Copa do Mundo. Se você já reuniu uma galera de uns 40 amigos que permaneceram ali fiéis, noite adentro, ouvindo a sua banda, pode crer que você pode fazer sucesso internacional;
P.S. (2) O Skank vai participar do Rock in Rio Buenos Aires 2012. O evento vai acontecer, de 27 de setembro a 06 de outubro,  no famoso Parque da Cidade, na capital portenha;
P.S. (3) Algumas bandas de rock que fizeram sucesso e impuseram estilo nesses 60 anos de rock brasileiro: LEGIÃO URBANA, PARALAMAS DE SUCESSO, TITÃS, LOS HERMANOS, CAPITAL INICIAL, ENGENHEIROS DO HAWAII, RAIMUNDOS, IRA, PATO FU, JOTA QUEST, DETONAUTAS, CHARLIE BROWN JUNIOR, BARÃO VERMELHO, CPM 22, OS MUTANTES.
P.S. (4) O primeiro rock em versão brasileira foi gravado nos anos 50, imaginem por quem? Pela cantora NORA NEY, célebre interpréte de samba-canção. Depois, também gravaram: CAUBY PEIXOTO, JERRY ADRIANE, CELI CAMPELO, RONNIE VON, ROBERTO CARLOS, RITA LEE, CÁSSIA ELLER, dentre outros.



sábado, 23 de junho de 2012

FUTEBOL É COISA SÉRIA - SEMIFINAIS DA LIBERTADORES E DA COPA DO BRASIL

Amigos, boa noite:
O futebol é paixão. Uma paixão lúdica e mágica. Vinte e dois marmanjos correndo atrás de uma bola para ficar com ela,  passear com ela pelo campo, driblando os obstáculos e os adversários, com o objetivo de guardá-la ali na meta, no gol, seriamente  vigiado pelo dono da casa, o goleiro e seus seguranças fixos– os zagueiros, ou eventuais – qualquer dos outros que estiverem por ali, naquela hora. Os dribles, os chapéus ou lençóis, o peixinho, o gol olímpico, o pênalti, o gol de falta, o gol contra, o gol impedido, o impedimento inexistente que impede a validade do gol, tudo isso faz parte de um mundo que se resume numa partida, depois num campeonato e, por fim, num título, num descenso ou num acesso. Esse esporte é capaz de provocar suspiros, gritos, choros. Despertar amor, fúria e ódio, dentro ou fora das quatro linhas. Por isso futebol é coisa séria. Seríssima. E como tal deveria ser tratado por todos aqueles que participam dessa engrenagem que movimenta empregos, publicidade, paixões e milhões de reais, de dólares, de euros. Já passou da hora de afastar todos os inimigos do futebol e resgatar o que ele tem de mais puro, competente e verdadeiro. Vou falar mais, qualquer dia, desse assunto.
A SEMANA NO BRASIL
O futebol de meio de semana emocionou muitas torcidas e outros amantes do esporte, cujos times de coração não estavam competindo. Na Copa do Brasil, os vencedores das semifinais foram o Coritiba e o Palmeiras, que vão disputar o título em duas partidas, a primeira no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, e a última, em São Paulo (Pacaembu, Morumbi ou Barueri?). O São Paulo acabou desclassificado, embora tendo vencido o primeiro jogo no Morumbi, semana passada, pelo magro placar de 1 a 0,  em mais um golaço do inconstante Lucas, mesmo jogando pelo empate. Enfrentar o Coxa em seu campo não é tarefa fácil para time algum do Brasil ou do exterior. A força de uma torcida apaixonada e vibrante ajuda a vencer os obstáculos. Foi assim. Em duas cabeçadas, o Coritiba marcou dois gols, segurou o tricolor paulista e venceu a partida de volta por 2 a 0. O São Paulo não jogou mal, mas é um time que ainda não se encontrou. Luiz Fabiano perdeu chances e demonstrou extremo nervosismo, repetindo o que vem acontecendo nos últimos tempos, a ponto de chamar a atenção da diretoria e da comissão técnica, que precisam intervir urgentemente para saber o que acontece com o atleta, pois afinal já jogou no exterior, é extremamente experiente e nada justifica as sucessivas irritações, faltas violentas e reclamações contra árbitros e colegas, que já renderam um punhado de cartões amarelos e expulsões. Sempre achei que Leão não era técnico ideal para o clube do Morumbi e acredito que, com a série de insucessos nos últimos campeonatos, o ex-goleiro não terá vida longa no clube. O Palmeiras eliminou o Grêmio, mas foi no primeiro jogo, quando venceu, surpreendentemente, diga-se de passagem, no Olímpico, pelo placar de 2 a 0, levando para São Paulo, uma considerável vantagem, tendo em vista o regulamento da Copa do Brasil. Com chuva ininterrupta que caiu sobre a Capital e Barueri ontem, conseguiu segurar o empate em 1 a 1,  liquidando a fatura. Esse empate de ontem se deve a todo o time que se esforçou consideravelmente, mas especialmente a dois atletas, ambos estrangeiros. Ao argentino Barcos, que fez uma grande partida, e ao chileno Valdivia, que entrou no segundo tempo, mudou o panorama, que mostrava um Grêmio atrevido e um Palmeiras recuado e medroso, sem criatividade. Pois Valdivia tabelou, puxou contra-ataques, criou a jogada e fez o gol que decretou o empate na Arena Barueri. A torcida comemorou como se fosse uma final. São 12 anos de jejum em títulos de campeonatos nacionais. Mas a partida mais importante aconteceu na quarta-feira no Pacaembu, com o clássico Corinthians e Santos, valendo vaga na final da Taça Libertadores da América. Um jogo de causar arrepios, pela importância e tradição dos dois competidores. O Timão vencera em Santos, pelo placar de 1 a 0. E mais uma vez fez prevalecer a força de seu conjunto, anulando os dois principais articuladores santistas. Alessandro neutralizou Neymar que não ganhou praticamente nenhuma disputa com o corintiano. E Ganso não jogou bem, errando passes e lançamentos. Mesmo assim Neymar, com oportunismo, fez o gol santista, entusiasmando sua pequena torcida presente ao Estádio Paulo Machado de Carvalho. Mas o iluminado Danilo, que é artilheiro do Corinthians no ano, livre de marcação, aproveitou um cruzamento de Alex para a área santista, para marcar no começo do segundo tempo, o gol do timão, empatando a partida e decretando a eliminação do adversário. O que se viu foi uma vibração intensa de corintianos e corintianas. Estas sorriam, enquanto os marmanjos choravam feito crianças, cantando o hino do clube, que pela primeira vez em sua existência centenária, consegue se classificar para a final da Taça Libertadores da América, que existe desde 1.960. E sabem contra quem: Contra o argentino Boca Junior, o maior ganhador dessa Copa, com dez finais e seis títulos. Tinha que ser contra o Boca. E contra uma equipe argentina, para colocar mais lenha nessa final que será, sem dúvida, histórica. E que vença o melhor. Não, que vença o Timão. O Brasil agora é alvinegro. Não vai ser fácil, não. Como diz o ex-jogador e comentarista Caio Ribeiro, sobre o Timão: Esse time não tem estrelas, mas seus jogadores se matam em campo. Verdade.
Até amanhã.
P.S. (1) Para ver o empate entre Palmeiras e Grêmio, mais de 17.000 palmeirenses foram à Arena Barueri, onde aconteceu o espetáculo, driblando todos os obstáculos, inclusive a torrencial chuva que caiu sobre a Capital nesta 5ª. feira. E aplaudiram muito o time e o chileno Valdívia que sofreu há dias, junto com a mulher, seqüestro relâmpago em São Paulo. A mulher de Valdivia afirmou a uma emissora de televisão chilena que não pretendia mais voltar ao Brasil e o atleta chegou a afirmar que não pretendia mais jogar no Palmeiras. Depois, voltou atrás.
P.S. (2) Quase 40.000 torcedores foram na quarta-feira ao Pacaembu, lotando as dependências do Estádio Paulo Machado de Carvalho, para ver Corinthians e Santos;
P.S. (3) A imagem da coluna de hoje foi extraída do site bloghs.lancenet.com.br




quarta-feira, 20 de junho de 2012

DIREITO - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - NOVAS SÚMULAS

Boa noite amigos,

O Superior Tribunal de Justiça, por sua Segunda Seção de Direito Privado, publicou no dia de hoje, as suas mais novas Súmulas. As súmulas representam a síntese de entendimento uniforme de um  Tribunal Superior acerca de um determinado assunto de direito. O teor da súmula é chamado de “verbete”. Muito se discutiu no país, sobre se era desejável ou não a existência de súmulas vinculantes, isto é, de súmulas que não poderiam ser ignoradas, nos julgamentos, pelas instâncias inferiores, numa espécie de engessamento do entendimento do juiz ou desembargador, ainda que ele pensasse contrariamente. Prevaleceu em parte a proposta, isto é, apenas para o Supremo Tribunal Federal, cuja competência preponderante é de decidir a respeito de temas constitucionais, como consta da Emenda Constitucional n. 45, que tratou da reforma do Judiciário. O Superior Tribunal de Justiça, ao qual incumbe agora a tarefa de decidir e uniformizar a jurisprudência nacional sobre interpretação de  lei federal, embora podendo editar súmulas, não se reconhece o caráter vinculante delas, embora se saiba que o Juiz ou Tribunal inferior não devem decidir de forma diversa, para evitar Recurso Especial,  obrigando o interessado a percorrer um caminho mais longo para ver o reconhecimento de seus direitos. Pois bem, as novas súmulas são as de números 472 a 478, cujos verbetes seguem abaixo, especialmente para os colegas advogados ou operadores do direito, que devem se manter permanentemente atualizados,  embora não faça mal algum a ninguém o conhecimento de  entendimentos ou interpretações de normas que podem afetar a sua vida e de seus familiares,  de uma forma ou de outra.

Súmula n. 472: “A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios,  moratórios e da multa contratual”.

Súmula n. 473: “O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a instituição financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada”

Súmula n. 474: “A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau de invalidez”.

Súmula n. 475: “Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas”.

Súmula n. 476: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”.

Súmula n. 477:  A decadência do artigo 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas para obter esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários”.

Súmula n. 478: “Na execução de crédito relativo a cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.”

Até amanhã amigos.

P.S. (1) A súmula vinculante foi criada em 30 de dezembro de 2.004, com a Emenda Constitucional n. 45, que adicionou o artigo 103-A à Constituição Brasileira, cujo texto é o seguinte: “O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e á administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei”.

P.S. (2)   O Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi criado pela Constituição Federal de 1.988 e é a Corte responsável por uniformizar a interpretação de lei federal em todo o Brasil.

P.S. (3) A imagem da coluna de hoje retrata o edifício do Superior Tribunal de Justiça em Brasília e foi emprestada do site institutonacionaldedireito.com.br.




domingo, 17 de junho de 2012

EEUU - VISTO DE TRABALHO PARA OS HISPÂNICOS. MAIS REMAKE DE GABRIELA

Boa noite amigos,
A medida adotada pelo Presidente Barack Obama, de permitir vistos de trabalho a jovens latinos que imigraram de forma ilegal, quando crianças,  é, sem dúvida, eleitoreira, tendo em vista a proximidade das eleições americanas e a sua candidatura à recondução. O mandatário americano quer atrair para si a simpatia e, por via de consequência, os votos dos hispânicos, em grande número especialmente em certos estados como o Novo México e a  Flórida. Apesar desse caráter, não resta dúvida que a providência é extremamente humana e regulariza a dramática situação de cerca de 800 mil imigrantes, que não podem trabalhar de forma regular naquele país. Obama assegura que esse política de abertura é temporária,  não corresponde a “uma anistia” e que, portanto, “não é um passo para a cidadania nem para a residência permanente”. Mas considerou “injusta” a deportação daqueles que, vivendo nos Estados Unidos desde a infância, tenham que voltar para “um país que não conhecem, com uma língua que não falam”. Lá como aqui o objetivo de acesso ao poder, ou sua manutenção, por parte de políticos, tem historicamente, corrigido algumas injustiças sociais. Não importa que seja por essa estúpida razão. Importa o resultado de políticas públicas que, com ou sem hipocrisia, com ou sem comprometimento efetivo, acabem por acertar a vida dos cidadãos num prisma de efetiva justiça e paz social. Sempre narro aos meus alunos da Faculdade de Direito que o primeiro passo para o reconhecimento dos filhos ilegítimos no Brasil, foi dado em plena ditadura do Estado Novo, por meio de um malfadado Decreto-Lei de 1.942, que foi baixado para permitir que um político de grande prestígio, desquitado de sua mulher, pudesse reconhecer um filho bastardo, na época chamado de “adulterino”, porque concebido na vigência do casamento, mas com parceira que não a mulher do pai. Esse decreto depois, em 1.949, se converteu na Lei n. 883/49, abrindo a porta para que filhos havidos fora do casamento, pudessem ser reconhecidos ou pleitear a investigação de paternidade ou maternidade, e seus conseqüentes direitos de natureza alimentar, social e sucessória. Enfim reformou-se a lei para beneficiar ou privilegiar certa pessoa, mas o caráter genérico da norma estendeu os mesmos efeitos a todos aqueles, poderosos, pobres ou miseráveis que se encontravam na mesma condição, observando, na sua pureza e inteireza, a aplicação do princípio da igualdade.
GABRIELA
Para viver o papel de Maria Machadão, a dona do Bataclan no remake da Novela Gabriela, que tem início amanhã  pela TV Globo, a cantora IVETE SANGALO, novamente convocada para atriz,  tem se esforçado bastante, sendo obrigada a rever sua vasta pauta de shows. Por causa de Ivete, uma consagrada cantora, o roteiro adaptado da obra de Jorge Amado, reservará cenas em que ela, exercendo o que melhor tem a demonstrar de sua arte, cantará no Bataclan. Uma versão diferente do livro e da telenovela de 1.975. Mas a Ivete merece a adaptação. E nós, telespectadores, também, por certo.
JOSÉ WILKER
José Wilker é o único ator que participou da versão da novela em 1.975 e que voltará a representar no remake de 2.012. No original, ainda jovem, Wilker encarnou o personagem Mundinho, um intelectual que chegou a Ilhéus para fazer política de  oposição a uma situação formada pelos coronéis do cacau e que se apaixonou, e também provocou a paixão, da bela e rebelde Malvina, neta do coronel Tonico Bastos. Agora, Wilker, evidentemente muito mais velho, será o ator que representará o Coronel  Jesuíno,  marido da doce Sinhazinha, que terá um caso com o dentista Dr. Osmundo Pimentel,  e será assassinada pelo marido. A personagem Sinhazinha, vivida pela atriz  Maria Fernanda, será agora representada pela atriz Maitê Proença.
FICÇÃO E REALIDADE
Muito embora a obra de Jorge Amado seja rotulada de um romance ficcionista, o que efetivamente é, não se discute que o escritor baseou a sua ficção em situações e personagens da vida real. Fui a Ilhéus há cerca de três anos e posso confirmar aos leitores, que lá existiu a tal Gabriela, o sírio Nacib, o Bataclan e o Bar Vesúvio. Visitei a casa onde a jovem que inspirou o romance, do qual é a protagonista teria morado. Comi e bebi no Vesúvio, um bar que pertenceu a um sírio, que teria inspirado o Nacib. Também me mostraram um prédio onde supostamente teria funcionado uma casa de prostituição,o  Bataclan. É a ficção que toma por base e fundamento personagens e fatos da vida real, transformados pela competência e criativadade do escritor.
Até amanhã.
P.S. (1) A imagem que ilustra a coluna foi emprestada do site ultimosegundo.ig.com.br e mostra criança hispânica nascida nos Estados Unidos.
P.S. (2) Segundo reportagem publicada em 17 de maio de 2.012, no jornal THE NEW YORK TIMES, o Censo de 2.010, pela primeira vez na história dos Estados Unidos da América, apontou que o nascimento de brancos, em 12 meses, não foi a maioria naquele país. Foram 49,6% de brancos não hispânicos, contra 50,4% das minorias (negros, hispânicos, asiáticos e mestiços). Isso teria, segundo especialistas, decorrido do aumento da imigração nas três últimas décadas. Fato é que os EEUU, em  alguns anos, até que isso tenha repercussão, vai ser um país de multiplicidade cultural e étnica, tendo que rever seus valores e conceitos, inclusive políticas sociais e os planos econômicos.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

GABRIELA CRAVO E CANELA - JORGE AMADO E O REMAKE DA GLOBO



Boa noite amigos,
Neste ano de 2.012, completa-se o centenário de nascimento de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos: O baiano Jorge Amado que foi cantado em prosa e verso e considerado o mais importante escritor tupiniquim  na categoria romance ficcional. Amado nasceu em Itabuna em 10 de agosto de 1.912 e morreu em Salvador no dia 06 de agosto de 2.001. É, sem dúvida, o autor que mais teve obras adaptadas para o cinema, o teatro e a televisão e foi até enredo de escola de samba no Rio de Janeiro. Escreveu  romances,crônicas e poesias,  que foram traduzidos para 49 idiomas e vendidos em 55 países, com exemplares até em braile. Viveu exclusivamente de direitos autorais e, em matéria de literatura brasileira,  só foi superado, em vendas, em todo o mundo, por Paulo Coelho. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1.961, ocupando a cadeira n. 23, cujo patrono era o escritor José de Alencar. Nem por isso poupou a Academia, cujo formalismo e costumes satirizou no romance “Farda Fardão, Camisola de Dormir”. Tornou-se comunista e entrou para a política tendo sido eleito deputado federal pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro). Viveu fora do país,  desde 1.941,  na Argentina, no Uruguai, em Paris e em Praga, até 1.952 quando retornou ao Brasil e não mais deixou a sua querida Bahia.  Nos seus romances abordava temas brasileiros, como o folclore, as injustiças sociais, a política, as crenças e tradições e especialmente a sensualidade de nossas mulheres. Recebeu prêmios importantes em vários países do mundo, como Portugal, Espanha, França, Rússia, destacando-se o Prêmio Camões de Literatura.
GABRIELA CRAVO E CANELA
Em 1.975, o seu romance GABRIELA CRAVO E CANELA (1.958), foi adaptado para a televisão. A TV Globo transformou-o em novela cujo título foi simplificado para GABRIELA apenas. Assim como o livro, foi um grande sucesso na época. O roteiro adaptado ficou por conta de Walter George Durst.  A ótima trilha sonora, começava com Gal Costa, cantando a música Modinha Para Gabriela, de outro baiano, Dorival Caymi, feita especialmente para o folhetim:/Quando eu vim pra esse mundo/ Eu não atinava em nada/Hoje eu sou Gabriela/Gabriela êe, meu Camarada/. E lá vinha o estribilho: /Eu nasci assim/Eu cresci assim/Eu sou mesmo assim/Vou ser sempre assim. E o agudo final: Gabrieeela. Pois bem, surgiam na ocasião jovens atores que se tornariam grandes profissionais, dentre os quais, Sonia Braga, a protagonista Gabriela,  sensualíssima, com a seu corpo moreno  explorado em cenas picantes e que prendiam o espectador. As jovens Elisabeth Savala e Nívea Maria, vivendo duas amigas inconformadas com os costumes e as tradições de Ilhéus, na época dos coronéis do cacau. Os também jovens Fúlvio Stefanini (magrinho, magrinho),  José Wilker e Marco Nanini, aliados aos já consagrados atores mais experientes como Paulo Gracindo, Armando Bogus, Angela Leal, Luísa Mafalda e a inesquecível Dina Sfat.
O ANUNCIADO REMAKE
Segunda feira próxima começa o remake daquela que foi uma das telenovelas mais importantes, bem feitas e de sucesso da televisão brasileira, derivada também de um dos melhores e dos mais populares livros de Jorge Amado. A expectativa, portanto, é grande, notadamente porque conhecemos a capacidade da TV Globo de realizar grandes produções, agora com tecnologia ainda mais moderna e ousada. É também ocasião para esta geração de jovens  ter contato mais direto com a obra de Jorge Amado, no ano de seu centenário, circunstância que como educador e cultor das artes, considero especialíssima. Para quem não leu, sugiro que também aproveite para ler a obra GABRIELA CRAVO E CANELA, um dos livros mais incluídos no rol daqueles cuja leitura é exigida para a prova de Literatura Brasileira, nos múltiplos  vestibulares das Universidades do país.
O ROTEIRO
Gabriela, Cravo e Canela é um romance que se passa em Ilhéus, na Bahia, uma terra na ocasião dominada por grandes fazendeiros e coronéis que controlavam toda a política e o poder. Casamentos arranjados, filhos dominados, impunidade e injustiça social eram temas freqüentes, assim como o poder e o sexo. Gabriela  uma jovem belíssima e ingênua, pobre e simples, surge na cidade atraindo a atenção de todos os machos do lugar. Arruma um emprego no bar Vesúvio, de propriedade do sírio Nacib, que por ela se apaixona e tenta dominá-la na sua espontânea maneira de ser como mulher e fêmea. A vida desse par romântico e de outros personagens que perifericamente desenvolvem seus tramas, constitui a essência da obra que, calcada embora em raízes nacionais, trata de questões universais como a relação do ser humano com a política, o poder, o ciúme, o sexo, a vingança etc.
OS ATORES DO ORIGINAL E DO REMAKE
Aqui seguem os principais personagens da trama com os artistas que os encarnaram na versão de 1.975  e os que participarão agora do remake:
GABRIELA (Sônia Braga)  -JULIANA PAES
NACIB (Armando Bogus) -  HUMBERTO MARTINS
CEL.RAMIRO BASTOS (Paulo Gracindo)- ANTONIO FAGUNDES
MUNDINHO FALCÃO (José Wilker) – MATEUS SOLANO
TONICO BASTOS (Fúlvio Stefanini) – MARCELO SERRADO
OLGA (Angela Leal) – FABIANA KARLA
MALVINA (Elisabeth Savala) – VANESSA GIÁCOMO
GERUSA (Nívea Maria) – LUZIA VALDERATO
JOSUÉ (Marco Nanini) –  ANDERSON DI RIZZI
CEL. JESUÍNO (Francisco  Dantas) – JOSÉ WILKER
SINHAZINHA (Maria Fernanda) – MAITÊ PROENÇA
OSMINDO PIMENTEL (João Paulo Adour)- ERICK MARMO
CEL. COROLIANO (Rafael de Carvalho) – ARY FONTOURA
MARIA MACHADÃO (Eloísa Mafalda) – IVETE SANGALO
ZAROLHA (Dina Sfat) – LEONA CAVALLI.
Voltaremos ao assunto nos próximos dias falando de peculiaridades da novela e seu remake, bem assim e toda a obra deixada pelo baiano  Jorge Amado.
Até amanhã, amigos.

P.S.(1) A imagem que ilustra a coluna é da atriz Sonia Braga, que interpretou Gabriela na versão de 1.975 e foi emprestada do site veja.abril.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012

RIO MAIS 20 - PARDAL E PARDALZINHO E FOTO DE FACULDADE

Boa noite amigos
Hoje, dia 13 de junho de 2.012, dia de Santo Antonio, o nosso santo casamenteiro, tem jogo importante aqui no Brasil, por uma das semifinais da Taça Libertadores da América. Corinthians e Santos fazem, na Vila Belmiro, a primeira da duas partidas das quais sairá um dos finalistas da competição. No Rio de Janeiro, com forte e destacado esquema de segurança, começa o Rio mais 20, evento que pretende reunir governantes, empresários, políticos e militantes, para uma nova etapa de discussão da Biodiversidade. E tem papo de botequim e assunto de Faculdade.
RIO MAIS 20
A idéia de “crescimento sustentável”, uma expressão que virou chavão de discursos políticos e de ambientalistas nasceu na ECO 92, com o significado decrescimento econômico, com preservação do social e do ecosistema”. Começa hoje no mesmo palco, ou seja, na Cidade Maravilhosa, um novo encontro. Vinte anos depois. Daí o nome Rio mais 20. São quase duzentos países representados. Muitos palcos dentro da cidade,  onde o assunto será debatido separadamente: Dos Chefes de Nações, de empresários, de políticos, de jovens universitários, de ONGs. Todos discutindo a preservação do meio ambiente. Que bom! A expectativa é grande.
A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E RIO MAIS 20.
Voltei há menos de um mês de Nova York e lá vi uma grande divulgação do evento. O Rio mais 20 estava anunciado com grande destaque na porta principal do Prédio da Organização das Nações Unidas, promotora do evento.  O Brasil também está na moda por lá.  A badalada Macy’s de Nova York promoveu a Semana Brasileira, com retrato de baianas  e bananas por todos os cantos. E propaganda também  nas sacolinhas plásticas de mercadorias adquiridas, que por lá ainda correm solta, enquanto aqui já deixaram de ser fornecidas nos supermercados, em nome da maior consciência ambiental.  Que esse encontro badalado pela mídia internacional possa produzir frutos maiores e melhores do que aqueles colhidos nos últimos 20 anos, desde o encontro de 92.
PARDAL E PARDALZINHO
Estávamos conversando animadamente sobre futebol,  no café do Mall da Nova Campinas, com o Rogério, bugrino de quatro costados, dono do estabelecimento e outros amigos. Falou-se de  Eurocopa, Santos, Corinthians, Ponte, Guarani,  Messi, Neymar, da Seleção sub-20, até que eu fiz uma observação sobre o jogo de ontem em Salvador, em que o Vitória ganhou do Guarani por 1 a 0, reclamando da falta de categoria dos reservas que estão jogando nas vagas de titulares entregues ao departamento médico, cuja relação é grande:  Neto, Oziel, Wellington Monteiro, Fumagalli, Bruno Mendes, Clebinho....  Lá pelas tantas, mandei essa: - Vejam vocês esse tal de Max Pardalzinho. Veio como jogador para ser titular mas é fraquinho. O próprio nome é até uma contradição. É como uma transa abortada.  Começa com Max, sugerindo o Máximo, e depois, vai para o diminutivo: Pardalzinho. Decepcionante, como o futebol que tem jogado.   Um dos interlocutores fez observação: - Olhe eu garanto que não tenho nenhum filho por aí.  Demorou para cair a ficha. Era o Pardal, lembram dele, o que foi treinador da Ponte Preta, estudou comigo no Ginásio do Taquaral, amigo de décadas. Só daí me dei conta de que o Pardalzinho podia ser filho do Pardal, o que seria natural. Mas o fato é que ele não quer ou não reconhece esse filho de jeito nenhum. Compreensível.
FACULDADE DE DIREITO DA PUCC
Por falar em pai e filho, a coluna hoje traz a imagem de três grandes professores da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas: Profs. Luiz Arlindo Feriani, Luiz Arlindo Feriani Filho e Fabrício Pelóia. Na primeira foto, o Dr. Feriani Filho passa para as mãos do Dr. Fabrício, depois de exaustivas cobranças,  uma nota de R$100,00,  para colaborar com o Natal dos clientes da Assistência Judiciária Dr. Carlos Foot Guimarães, serviço que atende à população carente e oferece estágio aos alunos e do qual o Dr. Fabrício é também Coordenador. A foto se justificava, tendo em vista que, na esteira do pai, o Feriani Filho  “não gosta muito de gastar dinheiro”, o que corresponde a um  eufemismo do antigo adjetivo “avarento”. Tirou a nota do bolso, fez menção de entregá-la, mas se recusava a soltá-la, mostrando um arrependimento não considerado muito eficaz pelos colegas.  O momento tinha que ser registrado para a eternidade.  Na segunda foto, o pai Dr. Feriani, logo após "o fato histórico" aparece ameaçando castigar o filho já adulto, pelo péssimo exemplo público que acabava de dar, ainda que contrariado. Brincadeira salutar, por certo que rendeu muito riso e gozação na ocasião na nossa sempre animada sala de professores.
Até amanhã.
P.S. (1) - O Dr. Luiz Arlindo Feriani (pai) é um dos mais notáveis Juízes de Direito que exerceu a judicatura em Campinas, e como tal publicamente reconhecido. Foi Juiz da 6a. Vara Cível da Comarca e também Diretor, em duas gestões diferentes, da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Aposentado na Magistratura, é atualmente um renomado advogado e consultor e leciona a disciplina Direito Processual Civil, tendo concluído o doutorado na área,devendo em breve defender sua tese na PUC de São Paulo, sob orientação do Dr. João Batista Lopes;
P.S. (2) O Dr. Luiz Arlindo Feriani Filho é competente advogado, professor de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito da PUC e Diretor Adjunto do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da PUC- Campinas;
P.S.(3) O Dr. Fabrício Pelóia é também reconhecido advogado, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da PUC, Coordenador da Assistência Judiciária Dr. Carlos Foot Guimarães e do Juizado Especial Cível que funciona no Fórum Central de Campinas, fruto de convênio entre o Tribunal de Justiça e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
P.S. (4) As fotos de hoje são minhas mesmo, acreditem. Tiradas de um celular.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ESPORTE NO MES DE SANTO ANTONIO


Boa tarde amigos,
O final de semana foi marcante em termos de esporte aqui e no exterior. A jovem seleção brasileira, convocada por Mano Menezes para os amistosos internacionais que acontecem nos Estados Unidos, já com vistas às Olímpiadas de Londres, em julho, não se saiu mal diante da poderosa seleção oficial da Argentina, embora derrotada pelo placar de 4 a 3. Não se pode esquecer que a Argentina é líder das Eliminatórias da Copa de 2.014, jogou com todos os seus titulares e vive grande fase, assim como Messi, o melhor jogador do mundo que, finalmente, tem sido convincente e decisivo jogando também pela Seleção de seu país (de origem, por certo, porque a vida e a carreira foram todas construídas na Espanha), o que não vinha acontecendo antes. Se Messi foi decisivo fazendo três dos quatro gols argentinos, Neymar mais uma vez não jogou bem e, o baixo rendimento jogando pela seleção, começa a preocupar e merece ser observado, porque potencial o garoto tem e isso é indiscutível. De boa surpresa, o rendimento do menino Oscar (imagem que ilustra a coluna hoje emprestada do blog ramsessecxxxi.blogspot.com), no meio de campo, construindo as jogadas e marcando, inclusive, um gol. Já se fala nele como substituto de Ganso ou até jogando junto com o atleta santista, pois ninguém seria contrário a dois meias talentosos no meio de campo de uma seleção  que já teve Gerson, Tostão e Rivelino, ou, Junior, Sócrates e Falcão. Na Fórmula Um, vive-se um momento ímpar este ano com sete vencedores diferentes, em suas sete edições. Ontem, foi a vez do inglês Lewis Hamilton (ING/McLaren),  faturar o grande prêmio de Montreal, no Canadá, deixando assim o campeonato mais competitivo, surpreendente e interessante.  A Seleção Masculina de Vôlei  finalmente engrenou e ganhou as três últimas partidas, a mais importante delas, ontem, contra a Polônia (3 a 1),  de quem havia perdido duas vezes anteriormente (ambas pelo placar de 3 a 2).  Agora, na próxima fase de classificação, que será disputada na Finlândia,  precisa melhorar ou ao menos repetir a dose do último jogo. Mas a classificação para as Olímpiadas é certa. Na Eurocopa de Seleções, depois de muitos tumultos envolvendo torcedores e policiais e,  jogando em Gabnsk, a Croácia venceu a Irlanda, pelo placar de 3 a 1, enquanto Itália e Espanha, em partida de muitas alternativas e gols perdidos, empataram em 1 a 1. A Rússia goleou a Republica Tcheca  por 4 a 1, a Alemanha venceu Portugal por 1 a 0 e pelo mesmo placar, no resultado mais surpreendente da rodada, a Dinamarca, que havia perdido o amistoso para o Brasil por 4 a 1, venceu a Holanda.  Pelo Campeonato Brasileiro da Série A, os paulistas continuam decepcionando: o time reserva do Corinthians perdeu mais uma, desta vez para o Grêmio, no Olímpico, pelo placar de 2 a 0 e agora é lanterna da competição. O Santos, também com reservas, foi derrotado pelo  São Paulo, sem  Luis Fabiano, suspenso, mas com Lucas,  no Morumbi, por 1 a 0, gol do zagueiro Paulo Miranda. Santos e Corinthians estão preocupados com a semifinal da Libertadores e se enfrentarão, agora com os times titulares, na grande decisão de uma das vagas para a final, na próxima quarta-feira. A Portuguesa finalmente ganhou. O adversário, Atlético Goianiense, que não vive boa fase, foi derrotado, no Canindé, por 2 a 0. De bom, o primeiro gol de Ricardo de Jesus, que finalmente desencantou e espera-se que ele renda 50% ao menos do que rendeu quando jogava pela Ponte Preta, em Campinas, e ficou próximo da  artilharia  do campeonato brasileiro da série B do ano passado, marcando 19 gols contra 21 de Kiesa. A Macaca, sem vencer ainda, empatou outra, pelo placar de 0 a 0. Desta vez com o Joinville, jogando na casa do adversário, o que poderia ser um bom resultado, se não tivesse perdido em casa para o Atlético Mineiro e tomado o empate, no final do jogo, do Flamengo, no meio da semana, também no Majestoso.  Além disso, o time de Santa Catarina jogou com 10, grande parte do jogo, superioridade que a Ponte não aproveitou. Na série B, destaque para o Bugre que, perdendo de 2 a 0 para o Barueri, na Arena do mesmo nome,  no primeiro tempo do jogo do sábado, acabou empatando em 2 a 2. São muitos os desfalques que o Guarani vem sofrendo desde as partidas finais do Campeonato Paulista. 
Até amanhã amigos.

P.S. (1) O Vasco da Gama vem disparando nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Ontem, venceu o Bahia  por 2 a 1, em outra grande atuação de Diego Souza. Tem  agora 12 pontos em 4 jogos, aproveitamento de 100%;
P.S. (2) Em partida que aconteceu hoje de manhã, adiada por causa das chuvas de ontem, o espanhol Rafael Nadal venceu o sérvio Novak Djokovic em partida espetacular que durou três horas e 49 minutos na final masculina de tênis de Roland Garros. O placar foi de 6-4, 6-3, 2-6 e 7-5. Foi o sétimo título de Nadal em Roland Garros, batendo assim um recorde como o atleta que venceu mais vezes um mesmo prêmio do Grand Slam, juntamente com o americano Peter  Sampras, que venceu também sete vezes em Wimbledon;
P.S. (3) Com a vitória sobre Djokovic, Nadal conservou o segundo lugar no ranking, cujo topo, apesar da derrota, continua com o derrotado Novak.


sábado, 9 de junho de 2012

CINEMA- J. EDGAR, TENIS E MAGIA


Boa noite amigos,

MARIA SHARAPOVA

Tendo conquistado o Aberto da Austrália, Wimbledon e o Aberto dos Estados Unidos, faltava para ela apenas um dos famosos títulos do Gran Slam: o de Roland Garros. Desde 2.008 fora do topo do ranking mundial a russa Maria Sharapova estava na final do torneio contra a italiana Sara Errani, a grande zebra da competição de 2.012. Mas desta vez a favorita venceu por 2 sets a zero,  com 6-3 e 6-2. Vi quase todo o jogo pela ESPN Brasil. Em alguns momentos, ambas proporcionaram uma disputa de alto nível. Mas Sharapova, imprimindo um saque forte no início, quebrando o serviço de Sara no 2º set., e mostrando mais eficiência nos “winners” conseguiu impor a sua superioridade perante a italiana, faturando o título. Maria Sharapova se transforma assim numa lenda do tênis mundial. E cá entre nós: uma loira belíssima, esbelta e jogando um tênis elegante para ninguém botar defeito. Como afirmou essa semana o Ronaldo Nazário, outra lenda, mas do futebol, "se ela não tiver chulé,  é perfeita".

J. EDGAR – CINEBIOGRAFIA CONSISTENTE

Quem não viu no cinema, precisa assistir. É mais um grande trabalho do já amadurecido ator Leonardo Di Caprio (Titanic; Prenda-me se for Capaz; Ilha do Medo),  soberano no papel do protagonista, o famoso agente J. Edgar Hoover (1.895-1.972),  considerado uma das figuras mais poderosas, controvertidas e enigmáticas do século XX, e que, durante 48 anos e 8 Presidentes americanos, chefiou o FBI, usando ou ameaçando usar  informações secretas privilegiadas que obtinha nas escutas e investigações promovidas pelo órgão, sobre a vida privada de presidentes, políticos e poderosos, para obter sucesso e recursos. Com isso conseguiu a federalização do FBI e a concessão de verbas consideráveis, pelo Congresso, para o órgão. O drama americano de 137 minutos teve estréia no Brasil no começo deste ano, não está mais em cartaz nos cinemas,  mas já pode ser visto em DVD. A Direção é de Clint Eastwood, o roteiro de Dustin Lance Black. No elenco, além de Di Caprio como J. Edgar, Armie Hammer como Clyde Tolson, companheiro e amante do protagonista, e Naomi Watts, a leal secretária de Edgar. Excelente o trabalho de maquiagem e transformação dos atores jovens, em velhor senhores. Um filme bom, com uma interpretação magnífica dos atores, o que o valoriza extremamente. Confira. 

A MORTE DE IVAN LESSA

Morreu em  Londres, onde morava atualmente e escrevia crônicas para o BBC Brasil, o jornalista e escritor, Ivan Lessa, aos 77 anos. Ivan era filho do escritor Origenes Lessa e teve grande destaque no Brasil, por ter sido um dos fundadores do famoso jornal “O Pasquim” editado na época da revolução e que enfrentava os militares, quando a imprensa era toda censurada. Sobre a própria morte, o escritor escreveu frases bem humoradas, tais como: (1)  Levo comigo a reputação de meu terapeuta; 2) Pronto, agora não voto mais mesmo! Chegou!”; 3) Aí esta: uma cura definitiva para a calvície; 4)  Maioria silenciosa? Essa agora é comigo; 5) Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta; 6) Custou, mas estou acima de qualquer lei que vocês bolarem aí.


MAGOS E MAGIAS
Há três domingos, participando das comemorações dos 75 anos do Giovannetti, em Campinas, recebemos em nossa mesa, um simpático profissional. O Mágico campineiro Mauro Morenno, campeão brasileiro de mágicas. Ele é especialista na categoria “Close Up”, modalidade que consiste em executar magias e ilusionismos na mesa e bem próximo dos espectadores. Pois Mauro é mesmo um mágico competente. Provocou fogo, escondeu e adivinhou cartas de  baralho, fez com que bolinhas se duplicassem e  aparecessem dentro de nossas mãos, surpresos espectadores.   O homem é bom mesmo. Os amigos que desejarem animar o seu evento com esse extraordinário campeão, poderão contratá-lo pelo fone (19) 8119.0166. Ele atende a confraternizações, feiras empresariais, convenções e eventos particulares e corporativos. Para saber mais acesse o site www.mauromorenno.com, ou envie mensagens pelo e.mail contato@mauromorenno.com. Imaginem o sucesso que ele fará num aniversário de criança ou adolescente. E mesmo entre nós,  adultos, crianças crescidas e admiradas com essa arte de destreza e mistério, sempre desafiadora.
Até amanhã amigos,
 P.S. (1)  No tênis, Winner significa "Ponto vencedor. Bola lançada em local indefensável para o adversário. O winner pode ser dado num saque, voleio, deixadinha, passada ou golpe de fundo de quadra. "

P.S. (2) A imagem da coluna de hoje foi emprestada do site correiodeuberlandia.com.br e mostra o real  J. Edgar Hoover, quando jovem e ao seu lado, o ator Leonardo Di Caprio, que o interpreta no filme “J. Edgar”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

ANDRÉ RIEU NO BRASIL - DO PSEUDO ERUDITO AO "AI, AI SE EU TE PEGO"


Boa noite amigos,
No último domingo, fui  à apresentação do maestro André Rieu e sua orquestra, no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo. Salgados R$320,00 para ocupar a penúltima fileira de cadeiras colocadas sobre o piso principal do ginásio, em posição frontal com o palco improvisado para o espetáculo. Logo na entrada, o que chama a atenção é o número de pessoas participando da organização. Tudo bem planejado.  Há seguranças e orientadores por toda a parte externa do Ginásio. Depois, a cuidadosa conferência dos ingressos (você passa no mínimo por três  conferentes, até que a parte picotada é retirada e você  finalmente é  encaminhado para a sua cadeira). Ao lado do palco há dois telões que exibem o maestro  e uma parte da orquestra e, eventualmente,  focaliza senhores ou senhoras cantando, aplaudindo efusivamente ou distraídos, fazendo alguma coisa que leva o público ao riso. Aliás, provocar riso e alegria parece ser o alvo principal do espetáculo de 2 horas, dividido em dois atos de 1 hora, separados por um intervalo de 15  minutos. Apesar de vários banheiros, o tempo não é suficiente para atender a todos, especialmente as mulheres que têm que enfrentar longas filas que se formam necessariamente ali, nos três ou quatro amplos  banheiros a ela destinados. A ocupação do ginásio é praticamente total, ressalvadas as pontas das duas cabeceiras do lado do palco, com espaços inutilizados porque ali não seria possível ao espectador enxergar nem o palco, nem os dois telões. Assim mesmo são quase 6.000 lugares nas arquibancadas e mais 2.000 aproximadamente sobre o piso principal, onde ficamos. As cadeiras   certamente para que coubesse o maior número possível delas, eram minúsculas. Na maioria, conforme o tamanho do espectador, o assento só acomodava “meia bunda”, razão pela qual, seguramente, as pessoas que não estavam nas pontas, como eu, precisavam se encaixar nesses espaços. Fiquei com saudade dos bancos da classe econômica de algumas Companhias aéreas. Em compensação, enquanto você espera, pode adquirir uma gama de mercadorias (águas e refrigerantes de todos os tipos, cerveja, pipoca, crepes de queijo).  Tudo por R$8,00  (parece que os vendedores combinaram o preço – um verdadeiro cartel). Mas dado o primeiro sinal os vendedores são retirados do espaço e o ambiente é preparado para o início do espetáculo. De repente,  surge, pelo portão dos fundos, o maestro André, provocando surpreendentes gritinhos e “frisson” e são muitos os espectadores que deixam seus lugares e se acotovelam próximos ao local (foi justo encima da gente, acreditem) com suas máquinas fotográficas espetaculares ou celulares para sacar as fotos da personalidade máxima do espetáculo, de todos os ângulos e perspectivas possíveis e imagináveis. Recebí cotovelada, empurrões, e suportes de máquinas na cabeça. Tudo bem. Não há mal que sempre dure. Depois de receber  ovações, ouvir juras de amor e se deixar fotografar com aquele sorriso perene, o nosso herói segue pelo meio do público até o palco e começa o espetáculo. Rieu tenta falar em português, mistura um pouco com o espanhol, mas imediatamente ganha a simpatia da platéia. Lá ao fundo, há uma faixa simpática de recepção “André. Nós te (coraçãozinho, que é para ler “amamos”). E um Welcome, final. No meio da multidão também aparece uma bandeira do Brasil, uma do Corinthians e outra do Palmeiras, que é para não ficar atrás. Suponho que o tal corintiano e o outro, palmeirense, estivessem aproveitando para comemorar a desclassificação dos dois times nas quartas-de-finais do campeonato paulista. Brincadeira.  Mas convenhamos torcedores dos dois clubes de maior torcida de São Paulo, pega bem para receber o maestro  mais popular da história recente da música pop universal. Uma questão de adequação e simetria. O Maestro elogia o Brasil,  o público de São Paulo, a quem ele reiteradamente chama do maior e mais simpático para o qual já se apresentou, para delírio de parte da multidão inebriada com os repetitivos elogios que faz parte certamente do roteiro do espetáculo (ele deve falar a mesma coisa na Argentina, no México, nos Estados Unidos, na França, no Japão). Coisa estranha essa de nós brasileiros sentirmos uma profunda simpatia por artistas que nos elogiam e às nossas coisas, sem reserva, experimentando um momento de acréscimo de "auto-estima" e uma ausência de auto-crítica. O espetáculo vai se desenvolvendo com  um roteiro óbvio: músicas clássicas mais conhecidas, de compositores igualmente conhecidos, mescladas com grandes trilhas sonoras de filmes também majestosos. Aproveitando-se da suposta distração do maestro, músicos deixam por instantes seus instrumentos, para tomar bebida alcoólica, provocando mais risos na platéia. Esses profissionais são mesmo polivalentes. Ao mesmo tempo que dão conta de suas baterias, pratos, saxofones, violinos, violoncelos etc. fazem humor e malabarismo (há um músico que se exibe equilibrando o seu sax no queixo). O objetivo é mesmo de entretenimento. O roteiro traz novidades. Surgem os três tenores da orquesta de Rieu: o australiano, Gary Bennett, o húngaro, Bela Mavrak e o alemão Thomas Grevel se revezam na interpretação de árias  de óperas conhecidas de Verdi, Vivaldi e  Puccini. “Nessum Dorma”, “Ballade pour Adelina”, “O Mio Babbino” de Gianni Shicche de Puccini, Madame Batterfly, etc.   O espetáculo também abre espaço para as sopranos brasileiras,  a paraense Carmem Monarcha, a gaúcha Carla Maffioletti e a sul-africana, Kimi Skota, a mais nova aquisição da Orquestra, responsável pela  bela interpretação de Ave Maria de Gounod (vídeo abaixo),  um dos raros  momentos do espetáculo que me comoveu. As sopranos, munidas de um violão, oferecem um número especial para nós brasileiros. A execução de “Manhã de Carnaval” (viajei para os anos 60, sentindo no ouvido a interpretação magistral dessa canção, pelo saudoso Agostinho dos Santos, uma das vozes mais lindas de que minha memória ainda dá notícia). Não há praticamente música desconhecida do grande público. As populares de trilhas sonoras vão se sucedendo: Lara’s Theme (Tema de Lara), The Godfather Stranger in Paradise, a popular trilha do grande filme O Poderoso Chefão, My Heart Will Go On”, tema de Titanic, que a Celine Dion enjoou de cantar. Já quase no final, a indefectível mais famosa valsa de todos os tempos: Danúbio Azul, tocada pela orquestra, trazendo ao fundo uma imagem do conhecido Rio que banha Viena. Nesse momento, não descobri se é combinado ou espontâneo, um casal se levanta na platéia e começa a dançar ali no corredor entre as fileiras de cadeiras. Logo, outros casais velhos e jovens se encorajam e também seguem o exemplo. Rieu se diverte. Às vezes pára de tocar para ver a reação dos casais e da platéia. Logo retoma. E se diverte. Não são poucas as vezes em que ele participa interagindo, tentando falar com determinado espectador ou saltitando (isso mesmo), no palco. Há momento do espetáculo em que  o cenário atrás do palco mostra neve caindo e, em certo ponto da platéia, blocos de neves artificiais (pedacinhos de plástico branco) descem do teto. E caem em grande volume inundando o chão e principalmente as cabeleiras das moças e senhoras e as carecas de alguns senhores. Não satisfeitos os confetes de plástico penetram nos ousados decotes.  Mas aí tudo  já virou festa. Uma grande festa intencional. Para que tudo seja grande, eterno, bonito e majestoso. O Maestro anuncia o término do espetáculo.  Mas é de mentirinha. Todos sabem que é só charme. Rieu então, a pedido da platéia, vai tocando mais uma, outra e outra. Aí seguem os clássicos nacionais: Tico-Tico no Fubá, Aquarela do Brasil e para encerrar lasca-se um “Ai Ai se eu Te Pego”, o baião do Teló que virou mania internacional por culpa de muitos, mas especialmente do Cristiano Ronaldo. Não há surpresa na platéia. Ao contrário. Enquanto o coral da orquestra, feito de moças naquela altura vestidas de verde amarelo, com chocalhos nas mãos, orientam os espectadores mais desafinados,  o público inteiro canta (e gesticula) com o tal do Ai se eu Te Pego. Respeitáveis senhores e senhoras, de cabelos brancos, algumas ainda com aquele laquê dos anos dourados, não se pecham em fazer aquele gesto que sugere um suposto ato sexual com penetração. Valeu a pena? Não sei.   Não sou grande entendedor de música. Aprecio-a como uma das formas de artes mais significativas e indispensáveis na  vida dos seres humanos. A arte para mim é o que me toca. É, como dizia alguém que eu não me lembro, a propósito dos estilos pictóricos: a arte é para ser sentida, não para ser entendida. Se é isso, para mim não valeu muito  a pena. Foram raros os momentos que me cativaram efetivamente. Na maior parte fiquei indiferente. No palco do Ibirapuera falta aquele clima do DVD, praças e rios, palácios,  príncipes, princesas, cheiro de nobreza.  Neve de verdade. Coisas que misturadas ao espetáculo proporcionado por Rie, seu cantores, seu coral e sua orquestra, alimentam o imaginário especialmente dos que têm  mais de 50 anos, o maior público, acredito,  do fenômeno André Rieu.
Até amanhã amigos.

P.S. (1) André Rieu é um fenômeno de vendas. Já vendeu mais de 30.000.000 (trinta milhões) entre CDS e DVDs. E se apresentou em mais de 30 países;

P.S. (2) O seu sucesso levanta muitos questionamentos dentre os eruditos. Os puristas o acusam de distorcer a imagem da música clássica.   Músicos jovens, ainda que influenciados pela música pop, afirmam que o caminho  de Rieu não deve ser seguido como exemplo por outros, pois, embora considerado como música clássica tradicional, não o é;

P.S. (3)   O compositor e crítico musical Leonardo Martinelli escreveu em um artigo para a revista Concerto, em que afirma em um trecho: “Ele vende uma imagem falsificada da música clássica. A música clássica não é apenas aquilo. Ele distrai o seu ouvido com toda aquela parafernália visual. Tanto que isso é estatístico: ele vende mais DVDs do que CDs., afirma, e propõe um desafio: “Vamos ouvir a música de Rieu de olhos fechados, tirar as luzes, o glitter e os efeitos e ver se a ideia se sustenta”.

 P.S. (4)  A mistura do erudito com o popular  conhecido como Crossover  já acontece há muito tempo. Os três tenores faziam isso. E já teve adeptos dos dois lados, tanto do clássico, quanto do pop (Sting e Roger Waters estão entre eles). No Brasil, cresce o número de orquestras que incluem a música popular em seu repertório. A Orquestra Ouro Preto vem ganhando espaço justamente por apostar na interpretação orquestradas de obras dos Beatles e até do cantor Alceu Valença. Para o jovem maestro Rodrigo Toffolo, de 34 anos, essa mistura é excelente para formar novos públicos, especialmente entre os mais jovens. “Quando apresentamos o concerto dos Beatles pela primeira vez, em 2009, nós tínhamos 300 pessoas na nossa página no Facebook e quatro meses depois, tínhamos 5.500”, contou Toffolo ao site de VEJA.

P.S. (5) Um dos mais importantes regentes brasileiros da atualidade, o maestro Roberto Tibiriçá relativiza a polêmica. “Não sou fã do Rieu, mas acho válido esse tipo de espetáculo. Se é popularização ou não, não importa. O que importa é que as pessoas se sentem felizes e curtem ouvi-lo”;


P.S. (6) a Imagem que ilustra a coluna hoje foi emprestada do blog novablumenau.blogspot.com