sábado, 23 de junho de 2012

FUTEBOL É COISA SÉRIA - SEMIFINAIS DA LIBERTADORES E DA COPA DO BRASIL

Amigos, boa noite:
O futebol é paixão. Uma paixão lúdica e mágica. Vinte e dois marmanjos correndo atrás de uma bola para ficar com ela,  passear com ela pelo campo, driblando os obstáculos e os adversários, com o objetivo de guardá-la ali na meta, no gol, seriamente  vigiado pelo dono da casa, o goleiro e seus seguranças fixos– os zagueiros, ou eventuais – qualquer dos outros que estiverem por ali, naquela hora. Os dribles, os chapéus ou lençóis, o peixinho, o gol olímpico, o pênalti, o gol de falta, o gol contra, o gol impedido, o impedimento inexistente que impede a validade do gol, tudo isso faz parte de um mundo que se resume numa partida, depois num campeonato e, por fim, num título, num descenso ou num acesso. Esse esporte é capaz de provocar suspiros, gritos, choros. Despertar amor, fúria e ódio, dentro ou fora das quatro linhas. Por isso futebol é coisa séria. Seríssima. E como tal deveria ser tratado por todos aqueles que participam dessa engrenagem que movimenta empregos, publicidade, paixões e milhões de reais, de dólares, de euros. Já passou da hora de afastar todos os inimigos do futebol e resgatar o que ele tem de mais puro, competente e verdadeiro. Vou falar mais, qualquer dia, desse assunto.
A SEMANA NO BRASIL
O futebol de meio de semana emocionou muitas torcidas e outros amantes do esporte, cujos times de coração não estavam competindo. Na Copa do Brasil, os vencedores das semifinais foram o Coritiba e o Palmeiras, que vão disputar o título em duas partidas, a primeira no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, e a última, em São Paulo (Pacaembu, Morumbi ou Barueri?). O São Paulo acabou desclassificado, embora tendo vencido o primeiro jogo no Morumbi, semana passada, pelo magro placar de 1 a 0,  em mais um golaço do inconstante Lucas, mesmo jogando pelo empate. Enfrentar o Coxa em seu campo não é tarefa fácil para time algum do Brasil ou do exterior. A força de uma torcida apaixonada e vibrante ajuda a vencer os obstáculos. Foi assim. Em duas cabeçadas, o Coritiba marcou dois gols, segurou o tricolor paulista e venceu a partida de volta por 2 a 0. O São Paulo não jogou mal, mas é um time que ainda não se encontrou. Luiz Fabiano perdeu chances e demonstrou extremo nervosismo, repetindo o que vem acontecendo nos últimos tempos, a ponto de chamar a atenção da diretoria e da comissão técnica, que precisam intervir urgentemente para saber o que acontece com o atleta, pois afinal já jogou no exterior, é extremamente experiente e nada justifica as sucessivas irritações, faltas violentas e reclamações contra árbitros e colegas, que já renderam um punhado de cartões amarelos e expulsões. Sempre achei que Leão não era técnico ideal para o clube do Morumbi e acredito que, com a série de insucessos nos últimos campeonatos, o ex-goleiro não terá vida longa no clube. O Palmeiras eliminou o Grêmio, mas foi no primeiro jogo, quando venceu, surpreendentemente, diga-se de passagem, no Olímpico, pelo placar de 2 a 0, levando para São Paulo, uma considerável vantagem, tendo em vista o regulamento da Copa do Brasil. Com chuva ininterrupta que caiu sobre a Capital e Barueri ontem, conseguiu segurar o empate em 1 a 1,  liquidando a fatura. Esse empate de ontem se deve a todo o time que se esforçou consideravelmente, mas especialmente a dois atletas, ambos estrangeiros. Ao argentino Barcos, que fez uma grande partida, e ao chileno Valdivia, que entrou no segundo tempo, mudou o panorama, que mostrava um Grêmio atrevido e um Palmeiras recuado e medroso, sem criatividade. Pois Valdivia tabelou, puxou contra-ataques, criou a jogada e fez o gol que decretou o empate na Arena Barueri. A torcida comemorou como se fosse uma final. São 12 anos de jejum em títulos de campeonatos nacionais. Mas a partida mais importante aconteceu na quarta-feira no Pacaembu, com o clássico Corinthians e Santos, valendo vaga na final da Taça Libertadores da América. Um jogo de causar arrepios, pela importância e tradição dos dois competidores. O Timão vencera em Santos, pelo placar de 1 a 0. E mais uma vez fez prevalecer a força de seu conjunto, anulando os dois principais articuladores santistas. Alessandro neutralizou Neymar que não ganhou praticamente nenhuma disputa com o corintiano. E Ganso não jogou bem, errando passes e lançamentos. Mesmo assim Neymar, com oportunismo, fez o gol santista, entusiasmando sua pequena torcida presente ao Estádio Paulo Machado de Carvalho. Mas o iluminado Danilo, que é artilheiro do Corinthians no ano, livre de marcação, aproveitou um cruzamento de Alex para a área santista, para marcar no começo do segundo tempo, o gol do timão, empatando a partida e decretando a eliminação do adversário. O que se viu foi uma vibração intensa de corintianos e corintianas. Estas sorriam, enquanto os marmanjos choravam feito crianças, cantando o hino do clube, que pela primeira vez em sua existência centenária, consegue se classificar para a final da Taça Libertadores da América, que existe desde 1.960. E sabem contra quem: Contra o argentino Boca Junior, o maior ganhador dessa Copa, com dez finais e seis títulos. Tinha que ser contra o Boca. E contra uma equipe argentina, para colocar mais lenha nessa final que será, sem dúvida, histórica. E que vença o melhor. Não, que vença o Timão. O Brasil agora é alvinegro. Não vai ser fácil, não. Como diz o ex-jogador e comentarista Caio Ribeiro, sobre o Timão: Esse time não tem estrelas, mas seus jogadores se matam em campo. Verdade.
Até amanhã.
P.S. (1) Para ver o empate entre Palmeiras e Grêmio, mais de 17.000 palmeirenses foram à Arena Barueri, onde aconteceu o espetáculo, driblando todos os obstáculos, inclusive a torrencial chuva que caiu sobre a Capital nesta 5ª. feira. E aplaudiram muito o time e o chileno Valdívia que sofreu há dias, junto com a mulher, seqüestro relâmpago em São Paulo. A mulher de Valdivia afirmou a uma emissora de televisão chilena que não pretendia mais voltar ao Brasil e o atleta chegou a afirmar que não pretendia mais jogar no Palmeiras. Depois, voltou atrás.
P.S. (2) Quase 40.000 torcedores foram na quarta-feira ao Pacaembu, lotando as dependências do Estádio Paulo Machado de Carvalho, para ver Corinthians e Santos;
P.S. (3) A imagem da coluna de hoje foi extraída do site bloghs.lancenet.com.br




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