Boa noite amigos,
Depois de temporada de sucesso no Teatro Folha em São Paulo, está em cartaz em Campinas,
no Teatro Amil do Shopping Center D.
Pedro, a peça “A Banheira”, que
segundo, o diretor, Alexandre Reinecke
é uma
comédia nacional de autor, uma modalidade que vem se perdendo em num momento em que os
comediantes andam escrevendo seus próprios textos. No enredo, um
respeitável cidadão, (Anderson Miller),
cedendo às tentações de sua fantasia sexual, e aproveitando a ausência
temporária da mulher (Carol Mariottini) ,
leva para sua própria casa um travesti, cujo nome de guerra é Melissa (Wilson de Santos), pretendendo fazer sexo com ele na própria cama
do casal. São, porém, surpreendidos por
um ladrão, Romis Ferreira, que
depois de assaltá-los, decide trancá-los num dos banheiros da casa. Com a
chegada da mulher e de uma vizinha (Sara
Freitas) e o retorno do ladrão, a confusão se estabelece, provocando a
trama encontros e desencontros, expectativas sombrias e desastrosas, como a ameaça de cair por terra a fama de machão e de homofóbico do chefe de família e a
revelação do segredo da esposa, que tem
um irmão gay, nunca revelado ao marido. O roteiro dinâmico e muito bem
conduzido pela sempre segura direção de Alexandre, garante a atenção da plateia durante todo o tempo da peça, cerca de
75 minutos. Por outro lado, a linguagem simples e coloquial de que se
vale o autor, torna o espetáculo
acessível a qualquer pessoa, independentemente da classe social e do grau de
instrução. Todos os atores do elenco executam bem os seus papéis, mas o
impagável Wilson de Santos, no
papel do travesti Melissa é o grande
responsável pelo diferencial dessa comédia. O próprio Wilson, que integrou o grupo de teatro Cia. Baiana de Patifaria, durante mais de 15 anos, grupo esse que
se tornou notável pela utilização de atores em papéis femininos, dá o tom de
seu personagem: A Melissa é uma grande surpresa e o espetáculo é daqueles feitos para o
público se acabar de tanto rir. É a pura verdade. A diversão é
garantida. E mesmo com um roteiro sem grande originalidade e um texto com alguns clichês, como a utilização de linguagem escatológica em certa medida e do estereótipo do “gay” ou “travesti”, que faz
piada de sua própria condição, é
indiscutível a qualidade da peça, que agradou o público e também a crítica.
Fomos no último domingo e gostamos do espetáculo. Se puder não deixe de ver. A
peça fica em cartaz até o dia 02 de agosto
na temporada campineira.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Ficha
Técnica: A Banheira. Texto: Gugu Keller.
Direção: Alexandre Reinecke. Elenco: Anderson Mulller, Wilson de Santos, Carol
Mariottini, Romis Ferreira, Sara Freitas e Mauro Felix. Recomendado para
maiores de 14 anos. Teatro Amil – Shopping Center D. Pedro, Campinas, S.P.,
sessões: às 6ªs. feiras e sábados, às 21,00 horas. Domingos, às 19,00 horas.
Até 02 de agosto de 2.015;
P.S. (2) A primeira imagem da coluna de hoje, da propaganda oficial do
espetáculo, com todo o elenco dentro da banheira, foi emprestada de www.ingressos.com.br. A segunda imagem é de cena da peça com o ator Wilson de Santos no papel da travesti Melissa e foi emprestada do site vejasp.abril.com.br.
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