domingo, 18 de março de 2018

VOLANTE MODERNO - DOIS GOLS DE DENNER NA VITÓRIA DO BUGRE

Boa noite amigos,

Denner dando entrevista  ao canal Sport TV. Imagem em-
prestada de diariodabola.com.br.
Aquele volante tradicional, rebatedor, tipo “segurança” à frente da zaga,  já não faz sucesso no  futebol moderno. O esporte evoluiu e hoje  os grandes clubes dependem fundamentalmente da capacidade de seus  treinadores de montar um esquema para cada jogo, em função das características do adversário e de saber motivar e aproveitar as virtudes de seus atletas, em benefício do conjunto e da proposta de resultado, sobretudo considerando que poucos são, no mundo, os jogadores “fora de série” como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, capazes de decidir uma partida numa jogada individual, num lance mágico. Por isso a ordem é esquecer a posição em que se joga, segundo as formações clássicas (hoje os atletas abandonaram até os números tradicionais das respectivas posições). É preciso saber confundir o adversário, ter mobilidade para girar e fazer a bola girar, trocar de lado, atrair marcadores,  abrir espaços para os companheiros,  e, especialmente, ser fiel à ordem geral de que todos são obrigados a atacar, quando a equipe estiver com a bola, e a defender, quando o time é atacado. Pensei nesse assunto hoje de manhã depois do jogo em que o Guarani venceu a Penapolense, no Brinco de Ouro, pelo placar de 4 a 2 e selou sua classificação antecipada, na antepenúltima rodada, para as semi-finais do Campeonato Paulista da série A-2. A equipe titular vinha jogando sistematicamente com dois volantes típicos: Baraka e Ricardinho. Este último, no entanto, recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalcaria a equipe no jogo de hoje, gerando  um certo temor dos torcedores, por causa de seu bom desempenho na campanha do alviverde campineiro, com regularidade. Ricardinho tem sido aquele jogador incansável no combate ao adversário, que corre 90 minutos com a mesma intensidade e garra. Para o seu lugar, o treinador escalou o jogador Denner. O atleta de 23 anos, 1,80 metros de altura, já passou por outros clubes, incluindo o Grêmio Portoalegrense e veio do Red Bull. Veloz e de boa condição técnica, é destro e de seu currículo consta ser meia, atuando também de segundo volante. No jogo,  mais adiantado, infernizou a defesa da equipe adversária, construindo jogadas ao lado dos laterais Marcílio e Lenon e dos atacantes Bruno Nazário, Rondinelly e Bruno Mendes. Em 25 minutos de jogo, o Bugre já aplicava um 3 a 0 na equipe de Penápolis, com dois gols dele. Isso mesmo. De Denner, que substituía e fazia, teoricamente, a função de segundo volante, inúmeras jogadas, assistências e finalizações. E dois dos quatro gols. Volante? Lá na escalação era essa a sua função antes do jogo. Para confundir o adversário? Talvez. Mas, quem é que não quer hoje um volante capaz de, sem prejuízo de sua função de dar cobertura à defesa, mostrar intimidade com a “redonda”, capacidade para construir, criar e finalizar bem para as redes adversárias? Como diria minha avó, se fosse viva: - “Até eu, que sou mais boba.”

Ate mais amigos.
 



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