Boa noite
amigos,
Denner dando entrevista ao canal Sport TV. Imagem em-
prestada de diariodabola.com.br.
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Aquele volante
tradicional, rebatedor, tipo “segurança” à frente da zaga, já não faz sucesso no futebol moderno. O esporte evoluiu e hoje
os grandes clubes dependem fundamentalmente da capacidade de seus treinadores de montar um esquema para cada
jogo, em função das características do adversário e de saber motivar e aproveitar
as virtudes de seus atletas, em benefício do conjunto e da proposta de resultado,
sobretudo considerando que poucos são, no mundo, os jogadores “fora de série”
como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, capazes de decidir uma partida numa
jogada individual, num lance mágico. Por isso a ordem é esquecer a posição em
que se joga, segundo as formações clássicas (hoje os atletas abandonaram até os
números tradicionais das respectivas posições). É preciso saber confundir o adversário, ter mobilidade para
girar e fazer a bola girar, trocar de lado, atrair marcadores, abrir espaços para os companheiros, e, especialmente, ser fiel à ordem geral de
que todos são obrigados a atacar, quando a equipe estiver com a bola, e a
defender, quando o time é atacado. Pensei nesse assunto hoje de manhã depois do
jogo em que o Guarani venceu a Penapolense, no Brinco de Ouro, pelo placar de 4
a 2 e selou sua classificação antecipada, na antepenúltima rodada, para as
semi-finais do Campeonato Paulista da série A-2. A equipe titular vinha jogando
sistematicamente com dois volantes típicos: Baraka e Ricardinho. Este último,
no entanto, recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalcaria a equipe no jogo de
hoje, gerando um certo temor dos
torcedores, por causa de seu bom desempenho na campanha do alviverde
campineiro, com regularidade. Ricardinho tem sido aquele jogador
incansável no combate ao adversário, que corre 90 minutos com a mesma intensidade
e garra. Para o seu lugar, o treinador escalou o jogador Denner. O atleta de 23
anos, 1,80 metros de altura, já passou por outros clubes, incluindo o Grêmio
Portoalegrense e veio do Red Bull. Veloz e de boa condição técnica, é destro e
de seu currículo consta ser meia, atuando também de segundo volante. No jogo, mais adiantado, infernizou a defesa da
equipe adversária, construindo jogadas ao lado dos laterais Marcílio e Lenon e
dos atacantes Bruno Nazário, Rondinelly e Bruno Mendes. Em 25 minutos de jogo, o Bugre já
aplicava um 3 a 0 na equipe de Penápolis, com dois gols dele. Isso mesmo. De
Denner, que substituía e fazia, teoricamente, a função de segundo volante, inúmeras jogadas, assistências e finalizações. E dois dos quatro gols.
Volante? Lá na escalação era essa a sua função antes do jogo. Para confundir o
adversário? Talvez. Mas, quem é que não quer hoje um volante capaz de, sem
prejuízo de sua função de dar cobertura à defesa, mostrar intimidade com a
“redonda”, capacidade para construir, criar e finalizar bem para as redes
adversárias? Como diria minha avó, se fosse viva: - “Até eu, que sou mais boba.”
Ate mais amigos.
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