Prezados
amigos,
O meia-atacante Thiago Ribeiro, um dos principais jogadores
do elenco bugrino que, aos 33 anos, volta a jogar após su-
perar uma longa depressão. Imagem emprestada de Portal
CB.
|
Não
vi o jogo entre Guarani e Ferroviária no Brinco de Ouro, ontem às 21,00 horas. Nem no campo, nem no Sportv que transmitiu a partida.
Cheguei em casa a tempo apenas de ouvir parte dos comentários do pessoal da Rádio Bandeirantes. Soube que o Bugre
fez uma partida abaixo da crítica e o resultado final de empate em 1 a 1 foi um
lucro enorme para a equipe que somou mais um ponto e se manteve, pelo menos até
agora à tarde, na segunda colocação no grupo A, com 14 pontos, dentro da zona
de classificação e assim permanecerá por causa da derrota do Novorizontino
agora à tarde. Os poucos mais de 2.500 torcedores que foram ao estádio não
pouparam a equipe e a comissão técnica. A modesta Ferroviária
da Araraquara, apesar de ser uma boa equipe, não pode impor ao Guarani, dentro de seu estádio, uma supremacia em raça e técnica
que se traduziu em nada menos do que 73% de posse de bola, um gol, duas bolas
na trave e grandes defesas do goleiro Giovanni, considerado o melhor jogador da
partida. O Bugre, segundo os
comentários e as anotações dos repórteres, não conseguiu jogar, não criou, não
marcou e em resumo, foi inferior em todos os quesitos e fundamentos. Na coluna
do observador e crítico de futebol, Carlos
Carcani, do Correio Popular, li
durante a semana que a torcida deveria jogar com o time e não vaiá-lo durante o
transcorrer do jogo, reservando esse
direito incontestável para o encerramento da peleja, quando o resultado
não viesse. Pois bem, a observação é lógica e realmente os apupos que se
verificarem durante o jogo são negativos para a equipe, que conta com o
incentivo do torcedor, especialmente quando joga em casa. Mas isso não pode
servir de desculpa para as péssimas atuações da equipe neste campeonato, muito
embora tenha se salvado quase sempre pela individualidade de um ou alguns
jogadores, em certas partidas, pelas falhas dos adversários, em outras, ou pela sorte. Isso mesmo, o Guarani não pode reclamar da sorte
neste campeonato. Quem olhar a tabela de classificação hoje vai verificar que o
Bugre, com 14 pontos em 09 rodadas, é surpreendentemente a 4ª. melhor equipe entre todas as 16 que disputam o campeonato, só
atrás de Santos, que mostra o
futebol mais ofensivo e vistoso do torneio e pode chegar, no caso de vitória
amanhã, a 22 pontos; do Palmeiras, um dos maiores esquadrões do
país e da ótima e equilibrada equipe do Red Bull Brasil, ambos com 18 pontos. Essa posição não pode ser contestada
pelos números, mas engana no que tange à qualidade do futebol que o alviverde
campineiro está jogando. A equipe, em regra, não tem padrão definido, não joga
com a mesma intensidade e raça os 90 minutos de jogo, erra muitos passes quando
está com a bola e não consegue marcar o adversário com eficiência. Sem verticalidade,
vive dos gols oportunistas de Diego
Cardoso, da categoria do meia atacante, Thiago
Ribeiro, quando assume a condição de protagonista (e nem sempre isso
acontece, pois ontem, por exemplo, esteve abaixo da crítica), da luta
incansável de Ricardinho no meio de
campo, um jogador que se movimenta e ajuda no ataque e na defesa, e, ainda, na fase excelente por que passa o goleiro Giovanni (mérito também para seu
reserva Keven, que, ao substitui-lo
contra o São Paulo, fez uma partida
irrepreensível na vitória bugrina por 1 a 0 em pleno Pacaembu). Vamos considerar todas as contingências: a equipe
voltou este ano para a 1ª. divisão do
Paulista, depois de amargar 4 anos na série A-2, montou a equipe toda
praticamente no começo do ano, sem tempo suficiente para entrosamento e
acondicionamento físico e a esta altura do campeonato está livre de qualquer
risco de rebaixamento e tem chances de passar à fase seguinte. Ótimo, ou tanto
melhor. Mas, gente, o Bugre não
jogou bem praticamente nenhuma das partidas que disputou. Fez partida mais
equilibrada contra o Botafogo (2 a 0), em Campinas, sem convencer, mas ganhou do Corinthians no Brinco, sem jogar bem.
Em São Paulo, foi massacrado pelo tricolor e contou com a sorte e com
o excepcional desempenho do goleiro reserva para acumular a segunda vitória
contra um grande (1 a 0). Venceu o São Caetano, de virada, no Brinco (2 a 1), jogando mal contra um
time praticamente rebaixado. Conseguiu empatar com o Mirassol fora de casa, no
último minuto (2 a 2), graças a um pênalti infantil cometido por um
dos defensores. E perdeu para Bragantino
(1 a 0), fora de casa, Oeste (2 a 1), de
virada no Brinco e para o Santos pelo placar mais elástico (3 a 0). E se nem todas as quatro vitórias foram
merecidas, as três derrotas mostraram melhor a diferença entre o futebol jogado
pelos adversários e o da equipe de Loss, que não foi capaz até aqui de dar ao
time equilíbrio, estabilidade e padrão de jogo. Vi hoje a partida entre Red Bull e Novorizontino, vencida pelo
primeiro pelo placar de 1 a 0. Um
jogo bom, franco, de boa qualidade técnica. O Novorizontino, mesmo derrotado, mostrou um grande futebol e apesar
de estar em terceiro lugar na chave do Bugre,
tem uma equipe superior, pelo menos no que diz respeito ao futebol coletivo que
vem jogando. Como bugrino comemoro os 14
pontos e a campanha que o Guarani
vem fazendo. Como observador e amante do futebol, não há o que comemorar. Até
aqui a equipe e a comissão técnica estão devendo. O sinal vermelho está
acionado no Brinco. O torcedor sabe.
E teme o futuro da equipe se não neste campeonato, no Brasileiro da série B que
vem por aí, porque o retorno à Copa do
Brasil neste ano durou uma partida e uma frustração: a desclassificação na
derrota para o modestíssimo Avenida
do Rio Grande do Sul, que segundo se
noticiou estava, antes do jogo, sumamente honrado por receber um campeão
brasileiro!!!!
Até
mais amigos.
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