Bom dia
amigos,
À esquerda Tom Hanks no papel de Fred Rogers em Um Lindo dia na Vizinhança. À direita, o próprio Fred. |
O longa UM
LINDO DIA NA VIZINHANÇA, tradução fiel e literal de seu título em
inglês, A BEAUTIFUL DAY IN HE NEIGHBOURHOOD, não foi feito para
emocionar em tempos de isolamento e de pandemia, de que não se cogitava quando
ele foi concebido pelos roteiristas Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpter e rodado no set de
filmagem em 2.019. Mas sem essa
intenção, o filme, que não cuida propriamente de realizar uma cinebiografia do apresentador,
Fred Rogers, animador de programa
infantil de grande sucesso nos anos 60 nos Estados
Unidos, investido em papel
secundário (?), na pele de Tom Hanks consegue
transmitir mensagem de amor, bondade,
humildade, humanidade e respeito nesses tempos de incerteza e
desesperança, quando mais se torna visível e acentuado o abismo social entre
pobres, ricos e miseráveis num mundo globalizado. Na ficção, Lloyd Vogel (Mattheus Rhys),
jornalista investigativo cético, amargo e rancoroso, com sérios problemas de relacionamento com o
velho pai, Jerry (Chris
Cooper) e com a mulher, Andrea (Susan Kelech), é escalado pelo
jornal em que trabalha para traçar um perfil do apresentador, Fred Rogers (Tom Hanks), pauta essa
que ele abomina, mas é obrigado a aceitar. Irritado por não acreditar na
bondade do homem e do personagem, começa a reportagem com o firme propósito de
desmascarar, tanto um, quanto o outro. À espera de entrevistas, porém, é
obrigado a assistir a gravações do programa, tomando conhecimento da dedicação
de Fred que, pessoalmente, dá voz a vários bonecos infantis e às canções que
conferem ao programa todo o seu conteúdo mágico e lúdico, que encantou durante
décadas a crianças e adultos. Observa, ainda, como Fred se relaciona de forma carinhosa, com
toda a equipe de produção e a sua atenção para com os adultos e crianças que o procuram para
autógrafos ou apenas para contar alguma história de vida. Durante as entrevistas Fred manifesta
interesse pela vida pessoal do
jornalista, que se irrita com o que
considera uma invasão à sua privacidade e que, por isso, chega a desistir do
trabalho. Mas aos poucos, porém, é convencido a continuar e vai refletindo,
paulatinamente, sobre as lições de vida
que o apresentador vai lhe transmitindo, com cuidado e sinceridade, como que
adivinhando os seus dramas pessoais, que ele teima em não revelar. O carisma e talento de Tom Hanks, no papel de um também carismático apresentador de
programa infantil do século passado nos Estados
Unidos, garantem a diferença que o espectador percebe entre esse e outros
tantos filmes do gênero. Só para sessão da tarde na Globo em época de férias? Não, não. Meu neto, Rafael, de 8 anos,
adorou. E mamãe e papai, de mais de 40 cada um, também. Eu e minha “patroa” com
mais de 60 também. São quase duas horas de um “oásis” regado a pipoca ou a uma taça de vinho
durante a quarentena para fugir especialmente das notícias ruins que inundam os
programas de jornalismo ou de entretenimento (????) de agora. Experimente!
Até mais
amigos.
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