segunda-feira, 6 de julho de 2020

UM LINDO DIA NA VIZINHANÇA - SHOW DE EMPATIA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS


Bom dia amigos,


À esquerda  Tom Hanks no papel de Fred Rogers em Um Lindo dia na Vizinhança. À direita, o próprio Fred.

O longa UM LINDO DIA NA VIZINHANÇA, tradução fiel e literal de seu título em inglês, A BEAUTIFUL DAY IN HE NEIGHBOURHOOD, não foi feito para emocionar em tempos de isolamento e de pandemia, de que não se cogitava quando ele foi  concebido pelos roteiristas Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpter e rodado no set de filmagem em 2.019.  Mas sem essa intenção, o filme, que não cuida propriamente de realizar uma cinebiografia do apresentador, Fred Rogers, animador de programa infantil de grande sucesso nos anos 60 nos Estados Unidos, investido em  papel secundário (?), na pele de Tom Hanks   consegue transmitir mensagem de amor, bondade,  humildade, humanidade e respeito nesses tempos de incerteza e desesperança, quando mais se torna visível e acentuado o abismo social entre pobres, ricos e miseráveis num mundo globalizado. Na ficção, Lloyd Vogel (Mattheus Rhys), jornalista investigativo cético, amargo e rancoroso,  com sérios problemas de relacionamento com o velho pai, Jerry (Chris Cooper) e com a mulher, Andrea (Susan Kelech), é escalado pelo jornal em que trabalha para traçar um perfil do apresentador, Fred Rogers (Tom Hanks), pauta essa que ele abomina, mas é obrigado a aceitar. Irritado por não acreditar na bondade do homem e do personagem, começa a reportagem com o firme propósito de desmascarar, tanto um, quanto o outro. À espera de entrevistas, porém, é obrigado a assistir a gravações do programa, tomando conhecimento da dedicação de Fred que, pessoalmente, dá voz a vários bonecos infantis e às canções que conferem ao programa todo o seu conteúdo mágico e lúdico, que encantou durante décadas a  crianças e adultos.  Observa, ainda,  como Fred se relaciona de forma carinhosa, com toda a equipe de produção e a sua atenção para com  os adultos e crianças que o procuram para autógrafos ou apenas para contar alguma história de vida.  Durante as entrevistas Fred manifesta interesse  pela vida pessoal do jornalista, que  se irrita com o que considera uma invasão à sua privacidade e que, por isso, chega a desistir do trabalho. Mas aos poucos, porém, é convencido a continuar e vai refletindo, paulatinamente,  sobre as lições de vida que o apresentador vai lhe transmitindo, com cuidado e sinceridade, como que adivinhando os seus dramas pessoais, que ele teima em não revelar.  O carisma e talento de Tom Hanks, no papel de um também carismático apresentador de programa infantil do século passado nos Estados Unidos, garantem a diferença que o espectador percebe entre esse e outros tantos filmes do gênero. Só para sessão da tarde na Globo em época de férias? Não, não. Meu neto, Rafael, de 8 anos, adorou. E mamãe e papai, de mais de 40 cada um, também. Eu e minha “patroa” com mais de 60 também. São quase duas horas de um “oásis”  regado a pipoca ou a uma taça de vinho durante a quarentena para fugir especialmente das notícias ruins que inundam os programas de jornalismo ou de entretenimento (????) de agora. Experimente!

Até mais amigos.

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