sexta-feira, 17 de junho de 2022

SOBRE DRONES E POMBOS-CORREIO - A AMEAÇA VEM DO CÉU?

 

Boa noite amigos,



Pombo correio/voa depressa/E esta carta leva para o meu amor/Leva no bico/Que eu aqui fico esperando/Pela resposta que é pra saber se ela ainda gosta de mim/. Esses os primeiros versos da canção romântica que Moraes Moreira cantava no final dos anos 70.  Pombos-correio ou pombos-correios, dois plurais considerados igualmente corretos pelos melhores dicionários de língua portuguesa,  são espécies de aves capazes de levar mensagens de um ponto para onde são transportadas para o caminho de volta. Eles sempre voltam para casa. E por via aérea. Os pombos-correios, já se prestavam a essa finalidade cerca de 3.000 anos A.C., no Antigo Egito e reis e rainhas, amigos e inimigos e, especialmente, amantes se serviram deles como transportadores eficientes, leais e especialmente baratos. Aliás, gratuitos, pois nunca se soube que qualquer deles tenha cobrado para executar o serviço. Ao menos em pecúnia. 


Passaram os tempos e o avanço da tecnologia aposentou esse grande protagonista das interlocuções impossíveis ou improváveis, românticas ou não. E agora surgiram os drones, maquinas estranhas que, de forma controlada e com a eficiência de um míssil, cumprem a função de transportar mensagens e objetos no interesse do seu senhor ou dono entre dois pontos: a origem e o destino. Sem dúvida o drone é o sucessor do pombo-correio. Sem beleza, sem naturalidade, sem romantismo e por cima de caráter duvidoso. Não conta com a lealdade e a confiança de seu ancestral. E ainda serve para realizar tarefas ilícitas e escusas, como levar celulares para dentro dos presídios. Acabo de ler numa plataforma digital que, em Uberlândia, enquanto simpatizantes e correligionários de candidatos do PT e do PSD aguardavam um encontro político entre o ex-Presidente Lula e o Prefeito de Belo Horizonte,  um drone sobrevoou o espaço, lançando sobre ele e os presentes fezes e urina. Muita correria e indignação geral foi o resultado dessa merda que caiu do céu e que nada teve a ver com a ira divina ou, até onde se sabe, com o antagonista político ora instalado no Planalto.   Sugiro que façamos um movimento pela volta do pombo-correio. Nem que seja só para cantar como o fazia o saudoso Moraes Moreira: Pombo correio/ se acaso um desencontro acontecer/ não perca nem um só segundo/ Voar o mundo se preciso for/ O mundo voa mas me traga uma notícia boa.  

Até mais amigos.

 

P.S. - A imagem de hoje é de um drone do tipo utilizado em Uberlândia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário