terça-feira, 20 de janeiro de 2015

PUC -CAMPINAS - RETRATO DE UMA ÉPOCA E O CAMINHO DO BEM E DO MAL.

Boa noite amigos,

1) O estimado advogado,  Ricardo Ortiz de Camargo, prezadíssimo ex-aluno e grande amigo, seguidor desta coluna, me enviou e.mail  de felicitações para o ano novo e, no mesmo ensejo, transcreveu uma curiosa publicação que consta da coluna Há 50 anos atrás do jornal Correio Popular, edição de 12 de janeiro de 2.015. Como se sabe,  a Pontifícia Universidade Católica de Campinas, antes de receber, do Vaticano, pelo Papa Paulo VI,  o título de Pontifícia, o que se deu no ano de 1.972, se identificava simplesmente como Universidade Católica de Campinas, fundada em 1.955.  O seu primeiro e saudoso reitor, Monsenhor Emílio José Salim, de memória sempre exaltada pelo seu descortino,  inteligência, sensibilidade e visão futurista, há 50 anos atrás,  atendendo ao apelo dos conservadores, baixava uma curiosa portaria, proibindo o uso, pelos universitários,  de cabelos longos e barbas. O Correio Popular, edição de 12 de janeiro de 1.965, publicava então a notícia nos seguintes termos literais: “Repercutiu de forma favorável, notadamente entre os conservadores, a portaria baixada pelo monsenhor Emílio José Salim, proibindo a matrícula e frequência de alunos cabeludos e barbudos na Universidade Católica de Campinas. O ato do magnífico reitor tem por objetivo por um paradeiro ao que se entende péssimo gosto de se apresentar. O documento da Reitoria disciplina, também, o modo de se vestir dos estudantes que não poderão mais trajar-se displicentemente e usar sapatos sem meias. Entendem os conservadores que a medida é de grande alcance, pois, pelo menos os universitários de Campinas, passarão a ter melhor apresentação, deixando de apresentar vastas cabeleiras que, à distância, costuma confundir com elemento do sexo feminino.”;
Retrato de uma época, sem dúvida. A proibição, no entanto, se fundava apenas no bom ou mau gosto, segundo a notícia, e na preocupação de evitar confusão, à distância, entre os universitários do sexo masculino e os do sexo feminino.O curioso é que nem Jesus Cristo teria escapado da proibição e da pecha de mau gosto pelo uso suposto de cabelos longos.
  
2) O Prof. Peter Panutto, atual Diretor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, navegando pelos mistérios da Internet, acabou localizando a imagem de uma placa de rodovia indicando a flecha de "seguir adiante" para o caminho de Brasília e Goiânia,   e, para o acesso a  uma outra desconhecida localidade chamada “Professor Jamil” o ingresso à direita (a foto ilustra a coluna de hoje).  Logo, diz ele, se lembrou aqui do distinto, que dentre as múltiplas atividades, está a de professor da querida Faculdade, como sabem os senhores, há mais de  35 anos.  Daí ter me enviado (acredito, em homenagem), a curiosa placa. Em resposta, sugeri ao culto professor que possibilite o uso didático da  imagem para ilustrar, nas aulas de Filosofia do Direito,  a dicotomia entre o Bem e o Mal.  O Mal, certamente,  representado pelo caminho de  Brasília. Já para trilhar o Bem, segundo minha proposta, bastaria ingressar à direita;


3) Professor Jamil é o nome de um município do Estado de Goiás, que se chamava, no passado, Campo Limpo. Fica localizado no entorno de Goiânia, entre os rios Meia Ponte e Dourados. Sua população, segundo o IBGE, era, em 2.014, de apenas 3.390 habitantes. O prefeito atual é Ney Fábio de Morais, eleito para o quadriênio 2.013-2.016. O gentílico do município é jamilense. A indústria leiteira é a sua principal atividade econômica;

Até amanhã amigos,



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