sábado, 4 de abril de 2015

CINEMA - MAGIA AO LUAR

Boa noite amigos,


Stanley (Colin Firth) é um respeitado ilusionista que, além da reputação pelos seus truques que encantam e intrigam os seus espectadores, também ganhou fama como um especialista em desmascarar videntes e espiritualistas que apregoam a existência de um outro mundo e a possibilidade de contato com o além. Ateu convicto e narcisista, Stanley é contratado para desmistificar a jovem Sophie (Emma Stone), que surge como uma grande médium, capaz de se comunicar com os mortos e de obter informações sobre fatos passados e futuros e particularidades a respeito de qualquer pessoa,  de forma espetacular e inadmissível para ele. Certo de que se trata de uma fraude, Stanley se aproxima da moça e nesse convívio vai se convencendo de que se cuida efetivamente de algo extraordinário, o que lhe provoca sérias e fundadas dúvidas sobre aquilo que sempre teve certeza: existiria efetivamente uma outra dimensão, um ser superior, um Deus criador de todas as coisas e que comanda o universo? Haveria alguma outra realidade além daquela nua e crua que a sua razão e seus sentidos revelam,  enfim? Durante o convívio, Stanley e Sophie acabam se apaixonando,  o que ele não admite absolutamente de início, mas essa nova experiência é capaz de provocar mudanças profundas na sua maneira de encarar a vida e a realidade. Do original Magic in the Moonlight, Magia ao Luar é uma comédia romântica  escrita, roteirizada e dirigida por Wood Allen, naquele estilo abraçado  de tempos para cá, muito menos complicado e mais óbvio, porém o mesmo Allen de  textos primorosos e personagens marcantes pela dose de sarcasmo e ironia. Destaque para Firth  (O Discurso do Rei), bom como sempre no papel do mágico protagonista, caçador de embusteiros, e para a graciosa Emma Stone, muito bem no papel da jovem médium Sophie. Enfim, uma comédia delicada que trata com simplicidade de temas profundos e universais como o propósito da vida, a vida depois da morte, a existência de Deus ou de um ser superior. Ah, ia me esquecendo: e da paixão, uma paixão transformadora da realidade, ingrediente indispensável na obra do incorrigível romântico, Wood Allen. Experimente! 


Até breve amigos,

P.S. (1) A imagem da coluna de hoje, uma cena do longa metragem em que se vêm os protagonistas, Stanley e Sophie foi emprestada de athenacinema.com









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