Boa tarde amigos,
Continua rendendo críticas e
comentários, o projeto de lei de autoria
do vereador campineiro Cid
Ferreira, já aprovado pela Câmara Municipal de Campinas, que cria o Dia da Glória Campineira, em homenagem
ao título de Campeão
Brasileiro de 1.978, feito conquistado pelo Bugre exatamente no dia 13 de agosto
daquele ano. Parte dos vereadores preferiu deixar o plenário antes da votação, para não se incompatibilizar com torcedores da Ponte Preta, evidentemente contrários ao
projeto e, também, com o vereador proponente (sempre houve uma espécie de “acordo de cavalheiros” entre os
vereadores para que propostas de concessão de
títulos, honrarias, moções, etc., sejam aprovadas, sem questionamentos, num “toma lá dá cá”, muito próprio da política brasileira).
A “batata quente” está nas mãos do Prefeito, Jonas Donizetti, mas um de seus Secretários já
adiantou que ele não pretende vetá-lo, para não acirrar ânimos e alimentar embates (!!!!!), como se a polêmica pudesse
cessar, e não reacender, com a sanção do Executivo. Como estamos já há algum tempo sem o
tradicional derbi campineiro, por culpa do Guarani, claro, que amarga a segunda
divisão do Paulista e a terceira do
Brasileiro, enquanto a Macaca, em fase indiscutivelmente melhor
há muito tempo, está na elite, em ambos os torneios, certo é que o clássico foi deslocado, do campo
de jogo, para o plenário da Câmara, as redes
sociais e a imprensa em geral. Basta ver o número de pessoas que estiveram na Câmara, visando aplaudir ou manifestar-se
contrária à proposta. Nesta semana,
sobrou para um motoqueiro que ficou ferido quando passava pela via pública, atingido por estilhaços
de bomba caseira, no momento em que
torcedores baderneiros de ambas as equipes brigavam, defronte ao prédio da
Edilidade. Lamentável o confronto. Lamentável a conseqüência. E lamentável,
obviamente, a iniciativa do Vereador. Sou sabidamente bugrino, acho que o
título de 1.978 foi importante para o Guarani, seus torcedores
e até para a cidade, pela visibilidade
que ganhou, visibilidade essa que pode parecer provocação, mas se estendeu à própria Ponte Preta[1]. Isso
evidentemente não justifica o inoportuno projeto que, ao criar o chamado Dia da Glória Campineira, estende aos
torcedores da equipe adversária uma glória que ela não sente, nem aceita, por razões históricas de rivalidade, e impõe despesas aos cofres públicos.
O sacrificado Erário não pode ser sangrado
ainda mais por esse tipo de iniciativa e há coisas efetivamente relevantes[2] que merecem a
análise, o estudo e projetos efetivos dos nossos vereadores, em função do bem comum e
da população, como a atualização das leis que disciplinam o
uso do espaço urbano, e em áreas sensíveis, como a saúde e a
educação, por exemplo. Sou, pois, contra o projeto e sua aprovação e o
considero inconstitucional, por vício de iniciativa, na medida em que cria
despesas para o Município, sem qualquer contra-partida. Acho que essa seria uma
razão jurídica pela qual o Prefeito
poderia justificar o seu veto, sem entrar
no mérito, prolongar polêmicas e desagradar “gregos ou troianos”, criando impopularidade, que também a ele não interessa, em ano
pré-eleitoral[3]. E ainda há a
alternativa, menos radical, de alterar o projeto para Dia da Glória Bugrina, o que acalmaria, supostamente,
o ânimo dos torcedores da Nega
Véia. Estive pensando no assunto esta semana, depois de ler cartas de leitores no Correio
Popular e comentários na Internet. Aos bugrinos, devo dizer que não precisam da criação
oficial desse dia para se orgulhar do título de 78, conquistado pelos jogadores
inesquecíveis como Zenon,
Renato, Zé Carlos, Mauro, Miranda, e especialmente Careca, que naquela época era um
atrevido centroavante de 17 anos, que depois faria história no Bugre, no São Paulo, na Seleção Brasileira e no exterior.
Recentemente a TV Globo, no quadro
chamado “Campeões do Brasil”, do domingueiro, Esporte Espetacular, homenageou
o título de 78 do Guarani, entrevistando Carlos Alberto Silva, Zenon, Careca e jornalistas da época. Aos
comentários, juntou lances dos
principais jogos, inclusive daquela antológica jogada do meia Zenon, que tabelou consigo mesmo, para
evitar a marcação de impedimento, no terceiro gol do Bugre, em pleno Beira Rio, contra o temido Internacional
de Porto Alegre de Falcão,
Batista e Cia., na goleada de 3 a 0. E há, ainda,
uma emocionada declaração do jornalista Leo Batista, que comenta o desempenho dos
meninos do Bugre, mostra a camisa 9 do Guarani, que foi a ele presenteada, com dedicatória, no
final do campeonato, pelo jogador Careca, afirmando que ele a conserva
com muito carinho. O vídeo, mostrando o
quadro todo do programa, pode ser
acessado a qualquer tempo no youtube. https://www.youtube.com/watch?v=4xhgy8h23VU. Minha Memória, semana passada, viajou no
tempo, até a década de 70, quando, nos finais dos domingos, eu e o Carlinhos Mazoti, pedíamos licença às
nossas namoradas (que moravam na Vila Industrial, uma defronte à casa da outra),
e nos juntávamos só para acompanhar o quadro "Gols do Fantástico", que dava o resultado da loteria esportiva, com aquela famosa "zebrinha" que aparecia para dizer enfaticamente "olha eu aí: Zebra!", sempre que a equipe não favorita, conseguia um resultado inesperado, diante do rival. A parte de esportes do Fantástico, era
apresentada justamente pelo Leo
Batista.
A musa do Fantástico era a jornalista Glória Maria, uma bela unanimidade, no caso, certamente "não burra" para contrariar o Nelson Rodrigues. Glorinha, hoje aparece pouco na telinha, reservada para as reportagens nacionais e internacionais do Globo Repórter, programa que a Globo exibe às 6as. feiras, depois da novela das 9, apresentado pelo jornalista Sergio Chapelin. E me ocorreu uma sugestão: Poderíamos tentar uma
solução ecumênica para a “grave” polêmica que se estabeleceu acerca do assunto de "relevante interesse público". Nem Dia
da Glória Campineira, nem Dia da Glória Bugrina. Que tal, Dia da Glória Maria.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) A primeira imagem da
coluna de hoje (emprestada de caras.uol.com.br) é da jornalista
Glória Maria no começo da carreira,
em 1.971; a segunda, dela mesma, agora
em 2.014 (emprestada de blog.opovo.com.br); a terceira e
quarta imagens são do jornalista, repórter e apresentador Leo Batista, no começo da carreira, e, recentemente, respectivamente.
Fotos emprestadas, ainda respectivamente, de memoriaglobo.com e portalimprensa.com.br);
P.S. (2) Chapelin, Leo Batista e Glória Maria, são antigos companheiros da Rede Globo. Sérgio Vieira Chepelin, nome completo do jornalista Sérgio Chapelin é fluminense de Valença e conta 74 anos de idade. Leo Batista é paulista de Cordeirópolis e tem atualmente 83 anos de idade e, finalmente, Glória Maria, que sempre ocultou sua idade real, tem, na verdade, 66 anos, é carioca e nasceu no dia 15 de agosto de 1.949. Todos em forma exuberante e em atividade, considerada as idades. Muito bom!, como diria o Serginho Grosmann.
P.S. (2) Chapelin, Leo Batista e Glória Maria, são antigos companheiros da Rede Globo. Sérgio Vieira Chepelin, nome completo do jornalista Sérgio Chapelin é fluminense de Valença e conta 74 anos de idade. Leo Batista é paulista de Cordeirópolis e tem atualmente 83 anos de idade e, finalmente, Glória Maria, que sempre ocultou sua idade real, tem, na verdade, 66 anos, é carioca e nasceu no dia 15 de agosto de 1.949. Todos em forma exuberante e em atividade, considerada as idades. Muito bom!, como diria o Serginho Grosmann.
[1] Tenho até hoje um exemplar da folha de
esportes do jornal “Le Monde” da França,
falando sobre o Guarani, a própria Ponte Preta e a cidade de Campinas, interior
de São Paulo, enfatizando o título do Bugre e a boa equipe da Macaca daquela
época, em que a cidade foi considerada a “Capital do Futebol Brasileiro”, para
inveja dos chamados grandes do Rio e São Paulo.
Não é pouco, evidentemente. Sobre detalhes dessa reportagem, pode-se acessar este mesmo blog, postagem de 7 de novembro de 2.012, sob o título "Futebol de Ontem: Bugre e Macaca são Notícia no Le Monde da França".
[2] O futebol é o meu esporte favorito. E é o
grande esporte do povo deste país, cuja Seleção, pese o desempenho pífio das
últimas Copas, ainda mantém a condição do
maior ganhador de títulos da Copa do Mundo de Futebol Masculino. Mas não
vamos confundir as coisas. Futebol é paixão, futebol é lazer, por isso não pode ser fundamento para a prática
de crimes, o uso político, a corrupção e o custeio pelos cofres públicos. Já
basta os superfaturamentos das despesas com as arenas construídas para a Copa do Mundo.
[3] Tudo indica que o Prefeito Donizetti vai
disputar a reeleição no ano que vem.