sexta-feira, 18 de setembro de 2015

AMOR À TODA PROVA - DELICIOSA COMÉDIA ROMÂNTICA

Boa noite amigos,

Crazy, Stupid, Love é o título originário da comédia romântica americana de 2.014, traduzida fielmente em Portugal para Amor Estúpido e Louco, mas que no Brasil se converteu, num versão menos literal e mais suave em  Amor à Toda Prova. Em 1 hora e 58 minutos de duração, o segundo longa dirigido pela dupla Glen Ficarra e John Requa (O Golpista do Ano – 2.010, foi o primeiro), com roteiro de Dan Fogelman consegue fugir dos clichês da maioria dos filmes do gênero, tão comum e de tanto sucesso entre o público jovem pouco exigente, muitos dos quais imerecido, claro. Não é o caso de Amor à Toda Prova, que surpreende mesmo explorando um roteiro pouco original,  pela excelência do desempenho dos atores e por uma sequência divertida e intercalada de diálogos, humor e ação,  desenvolvidas  linearmente durante toda a sua exibição,  sem  apelo ao escracho e às costumeiras piadas de conotação sexual ou  tipo pastelão de que se servem as suas similares. Uma comédia, enfim, inteligente e gostosa de se ver, que agradou por isso, público e crítica, o que também resvala para a linha das honrosas exceções atuais do gênero. Depois de ouvir da mulher, Emily (Juliane Moore), com quem está casado há 25 anos e três filhos, que o casamento entrou em rotina entediosa e que ela finalmente o traiu,  envolvendo-se com Kevin Bacon (representado pelo ótimo David Lindhagen em papel quase de figurante),  o quarentão Cal Weaver (Steve Carell) pede o divórcio e passa a lamentar-se pelos bares da vida, confessando seu amor pela ex-mulher e sua frustração por ter sido traído. Nas suas andanças noturnas encontra o jovem Jacob (Ryan Gosling), um boêmio boa-pinta e mulherengo, que resolve ajudá-lo a retomar sua auto-estima e voltar a atrair as mulheres, com um estilo mais moderno de trajar-se e de comportamento. Com isso, o executivo, que até então tinha tido apenas experiência sexual com a própria mulher, que conhecera na adolescência e com quem se casara jurando amor eterno, passa a uma nova vida, marcada por badalações, noitadas, conquistas e relacionamentos descompromissados, sem, no entanto, conseguir esquecer o seu verdadeiro e único amor, que busca reconquistar. Paralelamente Jacob que sempre discursara contra o amor e o  casamento, conhece a advogada,  Hannah (Emma Stone) ligada ao novo amigo mais velho,  e por ela se apaixona, gerando situações surpreendentes, cômicas e patéticas.  Vi o filme optando aleatoriamente entre dez outros títulos, em viagem entediosa, de classe econômica, num voo de mais de 8 horas, e me diverti verdadeiramente. Não deixe de ver. É diversão garantida, com destaque, como disse, pelo desempenho do ótimo, Steve Carell, impagável como o rejeitado marido Cal, apaixonado pela família, pela mulher e pelos filhos, e por  sua respeitável história de amor.


Até amanhã amigos.



P.S. (1) Steve Carell, ator americano de 53 anos, chamou a atenção quando, num papel quase de figurante, representou o âncora de telejornal que infernizava a vida de Jim Carrey, na comédia Todo Poderoso. De sua filmografia, não muito vasta, podem ser citados O Virgem de 40 Anos (2.005), Ligeiramente Grávidos (2.007) e Pequena Miss Sushine (2.006);

P.S. (2) Juliane Moore é um atriz anglo-americana, de 54 anos, respeitada em Hollywood. Na sua vasta filmografia, destacam-se papéis importantes em filmes antológicos como As Horas (2.001), ao lado do mito Mary Streep; Hannibal (2.001) com outro monstro sagrado, Antony Hoppkins e que virou série de TV;  Minhas Mães e Meu Pai (2.010) e,  recentemente, Para Sempre Alice (2.014), onde representa uma mulher com Alzhaimer,  o que lhe conferiu o Oscar de Melhor Atriz, este ano, depois de cinco indicações nessa categoria;

P.S. (3) Ryan Gosling, mais novo, com apenas 34 anos, é outro ator já consagrado por atuações como  o motorista que auxilia a máfia em Drive (2.012), e no papel de ambicioso Promotor Público em Um Crime de Mestre (2.007);

P.S. (4) Emma Stone é uma jovem atriz norte-americana de 26 anos, que já ganha elogios rasgados da crítica pelas suas boas e até surpreendentes atuações em filmes de destaque. Dentre eles, Histórias Cruzadas, em 2.012, e Magia ao Luar (2.014);

P.S. (5) A imagem da coluna de hoje é do cartaz de publicidade mais freqüente do filme e foi emprestada de filmow.com.;

P.S. (5) Sobre Minhas Mães e Meu Pai (2.010), num dos ótimos desempenhos da atriz Juliane Moore, dei minhas impressões em postagem deste blog,  datada de 22 de dezembro de 2.012. Sobre os filmes Histórias Cruzadas e Magia ao Luar, da filmografia de Emma Stone, vide comentários que fiz em postagens de 9 de julho de 2.012 e  de 04 de abril de 2.015,  respectivamente.


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