Boa
noite amigos,
Crazy, Stupid, Love é o título originário da comédia
romântica americana de 2.014, traduzida fielmente em Portugal para Amor Estúpido e Louco, mas que no Brasil
se converteu, num versão menos literal e mais suave em Amor à
Toda Prova. Em 1 hora e 58 minutos de duração, o
segundo longa dirigido pela dupla Glen
Ficarra e John Requa (O Golpista do Ano – 2.010, foi o
primeiro), com roteiro de Dan Fogelman
consegue fugir dos clichês da maioria dos filmes do gênero, tão comum e de
tanto sucesso entre o público jovem pouco exigente, muitos dos quais imerecido,
claro. Não é o caso de Amor à Toda Prova, que surpreende
mesmo explorando um roteiro pouco original,
pela excelência do desempenho dos atores e por uma sequência divertida e
intercalada de diálogos, humor e ação,
desenvolvidas linearmente durante
toda a sua exibição, sem apelo ao escracho e às costumeiras piadas de
conotação sexual ou tipo pastelão de que
se servem as suas similares. Uma comédia, enfim, inteligente e gostosa de se
ver, que agradou por isso, público e crítica, o que também resvala para a linha
das honrosas exceções atuais do gênero. Depois de ouvir da mulher, Emily (Juliane Moore), com quem
está casado há 25 anos e três filhos, que o casamento entrou em rotina
entediosa e que ela finalmente o traiu, envolvendo-se
com Kevin Bacon (representado pelo
ótimo David Lindhagen em papel quase de figurante), o quarentão Cal Weaver (Steve Carell) pede o divórcio e
passa a lamentar-se pelos bares da vida, confessando seu amor pela ex-mulher e
sua frustração por ter sido traído. Nas suas andanças noturnas encontra o jovem
Jacob (Ryan Gosling), um boêmio
boa-pinta e mulherengo, que resolve ajudá-lo a retomar sua auto-estima e voltar
a atrair as mulheres, com um estilo mais moderno de trajar-se e de
comportamento. Com isso, o executivo, que até então tinha tido apenas
experiência sexual com a própria mulher, que conhecera na adolescência e com quem
se casara jurando amor eterno, passa a uma nova vida, marcada por badalações,
noitadas, conquistas e relacionamentos descompromissados, sem, no entanto,
conseguir esquecer o seu verdadeiro e único amor, que busca reconquistar.
Paralelamente Jacob que sempre discursara contra o amor e o casamento, conhece a advogada, Hannah
(Emma
Stone) ligada ao novo amigo mais velho,
e por ela se apaixona, gerando situações surpreendentes, cômicas e
patéticas. Vi o filme optando
aleatoriamente entre dez outros títulos, em viagem entediosa, de classe
econômica, num voo de mais de 8 horas, e me diverti verdadeiramente. Não deixe
de ver. É diversão garantida, com destaque, como disse, pelo desempenho do
ótimo, Steve Carell, impagável como
o rejeitado marido Cal, apaixonado
pela família, pela mulher e pelos filhos, e por sua respeitável história de amor.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Steve Carell, ator americano de 53
anos, chamou a atenção quando, num papel quase de figurante, representou o
âncora de telejornal que infernizava a vida de Jim Carrey, na comédia Todo Poderoso. De sua filmografia,
não muito vasta, podem ser citados O Virgem de
40 Anos (2.005), Ligeiramente
Grávidos (2.007) e Pequena Miss
Sushine (2.006);
P.S. (2) Juliane Moore é um atriz anglo-americana,
de 54 anos, respeitada em Hollywood.
Na sua vasta filmografia, destacam-se papéis importantes em filmes antológicos
como As
Horas (2.001), ao lado do mito Mary
Streep; Hannibal (2.001) com outro monstro sagrado, Antony Hoppkins e que virou série de
TV; Minhas Mães e Meu Pai (2.010) e, recentemente, Para Sempre Alice (2.014),
onde representa uma mulher com Alzhaimer, o que lhe conferiu o Oscar de Melhor Atriz, este ano, depois de cinco indicações nessa categoria;
P.S. (3) Ryan Gosling, mais novo, com apenas 34
anos, é outro ator já consagrado por atuações como o motorista que auxilia a
máfia em Drive (2.012), e no papel de ambicioso Promotor Público em Um
Crime de Mestre (2.007);
P.S. (4) Emma Stone é uma jovem atriz
norte-americana de 26 anos, que já ganha elogios rasgados da crítica
pelas suas boas e até surpreendentes atuações em filmes de destaque. Dentre
eles, Histórias Cruzadas, em 2.012,
e Magia ao Luar (2.014);
P.S. (5) A imagem da
coluna de hoje é do cartaz de publicidade mais freqüente do filme e foi
emprestada de filmow.com.;
P.S. (5) Sobre Minhas Mães e Meu Pai (2.010), num dos
ótimos desempenhos da atriz Juliane
Moore, dei minhas impressões em postagem deste blog, datada de
22 de dezembro de 2.012. Sobre os filmes Histórias Cruzadas e Magia
ao Luar, da filmografia de Emma
Stone, vide comentários que fiz em postagens de 9 de julho de 2.012 e de 04 de abril de 2.015, respectivamente.
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