sábado, 22 de agosto de 2015

LUCAS LIMA 2, CORINTHIANS 0 E O INFERNO TRICOLOR

Boa noite amigos,

°   Assistindo, na última 4ª. feira, ao jogo de ida entre Santos e Corinthians, pelas oitavas de finais da Copa do Brasil, partida disputada na Vila Belmiro, famosa por causa do Santos de Pelé, não pude deixar de me empolgar com o futebol refinado e decisivo, do meia Lucas Lima, da equipe do Peixe. Com 25 anos de idade  (apenas 5 de carreira profissional) e um estilo raro no futebol de hoje, unindo rapidez, precisão e uma leitura de jogo incomum,  o atleta, convocado pelo técnico Dunga, dois dias antes, para a disputa dos dois últimos amistosos da Seleção Brasileira, em setembro, antes do início das Eliminatórias para a Copa de 2.018, o meia “gastou” a bola, como se diz na gíria futebolística. Com extrema habilidade, intensa movimentação e um futebol vistoso de toques rápidos e certeiros, superou, especialmente no primeiro tempo do clássico, todas as tentativas de marcação da melhor defesa do Campeonato Brasileiro de 2.105 até aqui. Sem fazer gols, construiu as jogadas que redundaram nos dois gols santistas. No primeiro, fazendo lançamento milimétrico para o jovem Gabriel vencer a zaga e o grandalhão goleiro Cássio e, de cabeça, abrir o marcador, aos 31  minutos do primeiro tempo. O segundo gol, marcado aos 33 da etapa complementar, surgiu de uma troca de passes entre ele e Marquinhos Gabriel, com conclusão deste último,  que entrara no lugar do bom jogador Geuvânio, outra jovem  promessa  da equipe da Vila.  O Corinthians, por sua vez, perdeu, logo cedo, o concurso do atacante,  Luciano, que saiu com lesão grave,  e ao que parece desarticulou todo o esquema montado pelo técnico Tite.  O resultado, de 2 a 0,  espelha com precisão o que foram os 90 minutos da partida, que mostrou um Santos envolvente, jogando um futebol alegre, de toques rápidos e criativo na construção das jogadas de ataque ou contra-ataque e que, quando atacado, soube segurar sempre o adversário, com uma marcação séria e efetiva, a ponto de não sofrer nenhum chute a gol, durante todo o primeiro tempo;

° A importância do jogador Luciano para a equipe corintiana nos últimos jogos  foi  muito grande. O atleta marcou três dos últimos quatro gols do Timão,  nos jogos finais do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, sendo o responsável direto pelas vitórias que deram à sua equipe o título simbólico de Campeão do 1º Turno do Brasileirão e a manutenção de uma invencibilidade que já durava 11 jogos, antes da derrota de quarta-feira. Pena que a lesão grave do atleta – ruptura dos ligamentos com necessidade de cirurgia para recomposição – o tira do Campeonato Brasileiro deste ano, estimando o Departamento  Médico,  o tempo mínimo de seis meses para o seu retorno;


° O inferno astral vivido pelo São Paulo, que alterna grandes resultados com derrotas inesperadas e acachapantes, deixando a Diretoria, a Comissão Técnica e a torcida tricolor desorientadas e de “cabelo em pé”, sem encontrar uma explicação para essa impressionante “gangorra”, não consegue esconder uma outra realidade bem brasileira no futebol de hoje: a de que esse esporte está nivelado por baixo, não havendo muita diferença entre as equipes grandes tradicionais e outras de menor história e posição. O São Paulo, na última rodada do primeiro turno do Brasileirão, jogando em pleno Morumbi, num jogo teoricamente fácil contra o Goiás, que amargava a zona do rebaixamento, não só perdeu o jogo, como foi goleado pelo placar de 3 a 0. Acidente?  Pode ser. Eles acontecem também no futebol, com muita freqüência, gerando o que no passado chamávamos de “zebra”.   No meio da semana, porém, deixando de lado o Brasileiro, voltou a jogar no seu Estádio, pela Copa do Brasil, contra o Ceará, adversário que disputa a Série B do Brasileiro, onde se encontra na posição de “lanterna” com grandes chances de queda para a Série C. Li, antes do jogo, uma manchete num jornal da capital paulista indicando, de possíveis entrevistas feitas com atletas,  que o São Paulo pretendia golear o Ceará, de forma a facilitar o seu passaporte para as quartas-de-finais, antes do jogo de volta, na "Casa do Vovô". Conclusão: Perdeu, de novo, em pleno Morumbi, por 2 a 1, dando grande chance à equipe cearense de despachá-lo de vez, já na próxima 4ª. feira, quando jogará na sua casa, amparada por sua imensa e fanática torcida e poderá até ser derrotada pelo placar de 1 a 0, para seguir na competição. Como explicar? Preciosismo? Salto Alto? Boicote dos jogadores contra a Diretoria, que confessadamente, ainda não liquidou totalmente os direitos dos atletas, em atraso, o que nunca foi comum no São Paulo? Boicote à Comissão Técnica? Ou, nada disso: apenas a constatação de que nem o São Paulo, nem nenhuma equipe brasileira da atualidade, estaria em nível muito superior a equipes que, disputam qualquer das quatro divisões em que se divide o Campeonato Brasileiro.

Até amanhã amigos.

P.S. (1) O meia Lucas Lima, cujo nome de batismo é Lucas Rafael Araújo Lima, é paulista da cidade de Marília, onde nasceu em 09 de julho de 1.990. Tem 1,75 m. de altura e 70 kg.  Iniciou sua carreira profissional de jogador de futebol em 2.010, na Internacional de Limeira (2.011/2.012). Passou depois pelo Internacional de Porto Alegre (2.012/2.013), tendo sido emprestado ao Sport Recife (2.013). Foi adquirido por um grupo econômico para jogar no Santos em 2.014, onde fez uma grande temporada. Ganhou em 2.015 o Campeonato Paulista com o Peixe, tendo feito o último gol na partida final contra o Palmeiras. Tomara que dê certo na Seleção Brasileira, que está indiscutìvelmente carente de jogadores diferenciados;

P.S. (2) A primeira imagem da coluna de hoje é do meia Lucas Lima, dando entrevista coletiva e foi emprestada de espn.uol.com.br. A segunda e última é do meia-atacante Luciano, do Corinthians, comemorando o seu terceiro gol, na recente goleada de 5 a 2 da equipe do Parque São Jorge,  sobre o Goiás, no Itaquerão. Foi emprestada de esporte.uol.com.br.;

P.S. (3) A "Casa do Vovô" não é a casa do nosso querido vovô, pai do papai ou da mamãe. É a Arena Castelão, onde o Ceará, um dos grandes e tradicionais clubes do Ceará manda os seus jogos. Vovô, por sua vez, é o apelido carinhoso dado pela torcida à equipe. Daí, Casa do Vovô. Sacaram?





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