Boa tarde amigos,
A charmosa atriz, Dna Lane, no seu personagem Anne, em
cartaz de propaganda do longa Paris Pode Esperar. Ima--
gem emprestada de CinePOP.
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Paris Pode Esperar (2.016) filme americano
de Eleanor
Coppola é uma ode à França e à gastronomia e cultura francesas.
Na linha de Comer, Rezar, Amar (2.010) do diretor Ryan Murphy, Eleanor, que
também responde pelo roteiro, aborda a mesma temática universal tendo como pano
de fundo, o drama do homem moderno, envolvido com compromissos e refém da obstinada busca pelo sucesso, poder e dinheiro (no longa
representado pela cultura americana), o que o torna carente de profundidade nas relações
familiares e afetivas. O anseio agora é o de um novo modo de vida, que o aproxime da essência das coisas e das relações
humanas de compartilhamento da dor e do prazer. A beleza da natureza, da arte, da gastronomia, da enologia, entendidas e vivenciadas como substratos da vida que merece ser vivida se misturam como mensagem nesse filme
que conta a história de Anne (Dana Lane), esposa e fiel acompanhante do marido, o famoso produtor de cinema, Michael,
(Alec Baldwin) e que, por
circunstância de saúde, não viaja de avião com o marido para a capital da
França, como inicialmente planejado. O percurso da rota Cannes-Paris é feito todo de automóvel, na companhia do amigo e
sócio dele, o co-produtor Jacques Clèment (Arnaud Viard), um francês solteirão e sedutor que a cobre de
atenção e gentilezas durante o percurso, estendido com desvios propositais para ver,
sentir e não perder as preciosidades da rota que remete à Riviera Francesa. Ilustra a diferença das culturas, a crítica
contida no diálogo tomado em um dos restaurantes mostrados no filme, em que Jacques,
dirigindo-se à companheira americana observa: - Vocês americanos precisam de uma razão para tudo. Nós, ao contrário,
comemos o que gostamos. A proposta da diretora, uma documentarista por
excelência, é atingida plenamente no seu novo incurso agora pelo gênero da ficção. Sem realizar
nenhum grande filme, logra, o entanto, manter o interesse do espectador, que em nenhum
momento sente enfado, mesmo em cenas banais e repetidas de restaurantes e explicações
sobre comida e bebida. O intento é muito auxiliado pela ótima trilha sonora e
especialmente pela fotografia, numa grande contribuição da direção de arte. O espectador viaja com os
personagens e flerta com as curiosidades sobre iguarias da cozinha francesa e a
imprescindível participação das ervas e dos cheiros na sua famosa gastronomia,
com os museus, como o Lumière, que mostra um pouco dos irmãos que fizeram
nascer a sétima arte e com a presença da arquitetura romana da idade média. Vá ao cinema como o
estudante ou trabalhador que gazeteia. Celebre a vida! Depois estique a noite com os amigos numa boa
cantina, curtindo o prato de sua preferência, regado a um bom vinho francês. E vá dormir tendo certeza de que la vie est rose.
Até breve amigos.
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