sexta-feira, 16 de junho de 2017

PARIS PODE ESPERAR - CINEMA PARA MOSTRAR A FRANÇA E SEUS ENCANTOS

Boa tarde amigos, 

A charmosa atriz, Dna Lane, no seu personagem Anne, em

cartaz de propaganda do longa Paris Pode Esperar. Ima--

gem emprestada de CinePOP.
Paris Pode Esperar (2.016)  filme americano de  Eleanor Coppola  é uma ode  à França e à gastronomia e cultura francesas. Na linha de Comer, Rezar, Amar (2.010) do diretor Ryan Murphy,  Eleanor, que também responde pelo roteiro, aborda a mesma temática universal tendo como pano de fundo, o drama do homem moderno, envolvido com compromissos e  refém da obstinada busca pelo  sucesso, poder e dinheiro (no longa representado pela cultura americana), o que o torna  carente de profundidade nas relações familiares e afetivas. O anseio agora é o de um novo modo de vida,  que o aproxime da essência das coisas e das relações humanas de compartilhamento da dor e do prazer.  A beleza da natureza, da arte, da gastronomia, da enologia, entendidas e vivenciadas como substratos da vida que merece ser vivida  se misturam como mensagem nesse filme que conta a história de Anne (Dana Lane), esposa e fiel acompanhante do marido, o famoso produtor de cinema, Michael, (Alec Baldwin) e  que, por circunstância de saúde, não viaja de avião com o marido para a capital da França, como inicialmente planejado.  O percurso da rota Cannes-Paris é feito todo de automóvel, na  companhia do amigo e sócio dele, o co-produtor Jacques Clèment (Arnaud Viard),  um francês solteirão e sedutor que a cobre de atenção e gentilezas durante o percurso,  estendido com desvios propositais para ver, sentir e  não perder as preciosidades da rota que remete à Riviera Francesa. Ilustra a diferença das culturas, a crítica contida no diálogo tomado em um dos restaurantes mostrados no filme, em que Jacques, dirigindo-se à companheira americana observa: - Vocês americanos precisam de uma razão para tudo. Nós, ao contrário, comemos o que gostamos. A proposta da diretora, uma documentarista por excelência, é atingida plenamente no seu novo incurso agora pelo gênero da ficção. Sem realizar nenhum grande filme, logra, o entanto, manter o interesse do espectador, que em nenhum momento sente enfado, mesmo em cenas banais e repetidas de restaurantes e explicações sobre comida e bebida. O intento é muito auxiliado pela ótima trilha sonora e especialmente pela fotografia, numa grande contribuição da direção de arte. O espectador viaja com os personagens e flerta com as curiosidades sobre iguarias da cozinha francesa e a imprescindível participação das ervas e dos cheiros na sua famosa gastronomia, com os museus, como o Lumière, que mostra um pouco dos irmãos que fizeram nascer a sétima arte e com a presença da arquitetura romana da idade média. Vá ao cinema como o estudante ou trabalhador que gazeteia. Celebre a vida!  Depois estique a noite com os amigos numa boa cantina, curtindo o prato de sua preferência, regado a um bom vinho francês. E vá dormir tendo certeza de que la vie est rose.

Até breve amigos. 



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