segunda-feira, 16 de julho de 2018

COPA DA RÚSSIA E SUAS LIÇÕES


Caros  amigos,

Na imagem emprestada de www.pulse.ng. o campeão Antoine

Griezmann, atacante da Seleção da França, que fez 4 gols na
Copa. O atleta joga na Espanha pela equipe do Atletico de
Madri e teve seu passe indiscutivelmente valorizado  depois
da Copa e do título.
A Copa do Mundo de Futebol terminou neste domingo com uma final improvável e empolgante, cheia de alternativas, reunindo as seleções da França e da Croácia. O evento reservou a torcedores, atletas, confederações e aos amantes do esporte bretão, muitas surpresas, lições, inovações, tudo a revelar, especialmente, as novas tendências do futebol e que devem provocar muitas reflexões e dores de cabeça aos treinadores de todo o mundo.  O futebol é o único esporte capaz de fazer de seu Mundial uma festa absolutamente universal, um momento em que o nacionalismo e o orgulho patriótico de cada cidadão se manifesta de forma escancarada, mas, em regra,  sem ódio, passionalidade, sem agressão aos oponentes, embora se possa registrar, aqui e acolá, algumas condutas censuráveis, tanto do ponto de vista esportivo, quanto do ético. A Seleção Francesa, que não estava entre as favoritas, foi crescendo durante a competição e acabou campeã, com absoluta justiça. Jogou o melhor futebol entre todos os participantes, eliminando, no mata-mata, as tradicionais seleções da  Argentina, do Uruguai e da Bélgica, até chegar à grande final. E que Bélgica, meus amigos!

Eden Hazard, meia e ponte esquerda do Chelsea e da Seleção
Belga. Futebol refinado e que encanta com dribles sucessi-
vos em velocidade. Sou grande fã de seu talento. 
A nossa desafeta merecia estar na final pelo futebol envolvente, verticalizado, de grande velocidade e que matou o nosso futebol clássico, exageradamente cadenciado e lento, cuja leitura tem sido feita com facilidade pelos técnicos e jogadores adversários. A Copa mostrou que o futebol atual e futuro vai exigir, além de uma boa equipe, técnica, preparo físico, equilíbrio emocional, força, superação,  velocidade, explosão e coração. Um conjunto de elementos que faltou não só ao Brasil, como também à Argentina e a um Uruguai, com Luisito Suãres, mas sem Cavani, quando da dupla mais se necessitava.  E quanto ao VAR? Bem, uma experiência que foi mais positiva do que negativa, mas que interferiu, sem dúvida, nos destinos das seleções nesta Copa do Mundo, mudando decisões da arbitragem de campo, nem sempre de forma oportuna e justa, a mostrar que a interferência tecnológica no futebol não é tão simples, quanto nos outros esportes, nos quais não há disputa corpo-a-corpo, de regras dependentes de interpretação. Outro dia qualquer, amigos, voltamos a esse assunto polêmico. Em breve resumo, a Copa da Rússia mostrou uma Croácia surpreendente, viva,  coordenada pelo experiente atleta Luka Modric, eleito o melhor jogador da competição.

O melhor jogador da Copa eleito pela FIFA, Luca Modric -
foi a alma e o equilíbrio da seleção da Croácia. Imagem
emprestada de www.acritica.com.
Também consagrou  Mina, ex-Palmeiras,  que saiu direto da reserva para  classificar a sua Colômbia para as oitavas; que mostrou uma Inglaterra muito melhor que as das edições anteriores com o oportunista   Harry Kane, o artilheiro do torneio, com 6 gols; um Mundial que revelou a maturidade e segurança de Antoine Griezmann, na sua melhor forma, comandando a França,  e Eden Hazard, ditando o ritmo da belíssima seleção belga. E que dizer do menino MBappé que encantou o mundo com um futebol moleque, alegre, abusado, divertido e não menos eficiente e forte. Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar não luziram. Foram embora antes da festa final, junto com suas equipes. Tempo de renovação ou apenas surpresas do surpreendente futebol?



Até mais amigos.

    


domingo, 1 de julho de 2018

MOACYR FRANCO EM CONVERSA COM BIAL


Boa noite amigos,

Cartaz publicitário do show que o can-
tor apresenta pelo Brasil, ao lado da-
jovem Paola Karime, cantora serta-
neja. Imagem emprestada de Itunes
Apple.
É tão calma a noite. A noite é de nós dois. Ninguém amou assim, nem há de amar depois.” Esses versos serenos marcavam o início de uma canção que ouvi, lá atrás, na década de 60, gravados porém para sempre na minha memória afetiva de menino-adolescente. O cantor era um mineiro com forte presença cênica e que enquanto cantava chacoalhava a cabeça para todos os lados, uma marca das muitas que ilustrariam a sua carreira versátil: cantor, compositor, humorista, comediante, ator, apresentador. Um dos homens que inauguraram a televisão neste país.  E certamente um artista popular,  a quem não se fez plena justiça, diante de sua estatura e importância para a televisão, o cinema e a música. Moacyr Franco, mineiro de Ituiutaba é uma das minhas referências mais significativas de profissional completo e relevante para a cultura brasileira. O artista, hoje com 82 anos bem vividos, foi entrevistado nesta semana no programa Conversa com Bial, da Rede Globo.
O cantor e compositor em foto recente. Imagem emprestada
de Polemica Paraiba.
Cantou como  nossos velhos tempos, contou episódios de sua vida pessoal, de sua formação autodidata, de suas experiências e reviu conosco momentos importantes de sua participação no cinema e na televisão,  em videos editados pela direção do talk show de Pedro Bial. Com a simpatia e o carisma de sempre,  encantou a plateia e o público presente à gravação, que muitas  vezes, como o artista e o apresentador, se emocionou, chegando às lágrimas. Por causa de um passado gostoso de se recordar. Um passado que faz parte da história da minha geração e que nos remete para muitos momentos e episódios, aos quais Moacyr inspirou, suavizou, fez rir,  dramatizou ou embalou com canções românticas recheadas de poesia e ternura. E quem não se lembra da marchinha manjada de carnaval,  cantada por mais de quatro gerações?: Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí. Não vai dar, não vai dar não, você vai ver a grande confusão. Eu vou fazer beber até cair. Me dá, me dá, me dá oi, me dá um dinheiro aí.” Obrigado Moacyr pela  sua luz a serviço do nosso entretenimento, de nossa reflexão, de nossa inspiração e ânimo para enfrentar as mais diferentes sensações e situações experimentadas nesta vida terrena. E obrigado a Bial e à sua direção pela boa lembrança de incluí-lo entre os seus convidados ilustres e relevantes.

Até mais amigos.

Contrastes, LP`de 1.963. Imagem emprestada de Mercado
Livre.
P.S. (1) Nas suas aventuras pelos vários ritmos que cantou ou compôs merece destaque a canção Tudo Vira Bosta, gravada pela rainha do rock in roll nacional, Rita Lee;

P.S. (2) Ninguém chora por mim, samba canção da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, gravada por Moacyr Franco em 1.963, foi um sucesso retumbante, frequente nas paradas daquele ano e o final “Mas se um dia eu tiver que chorar, ninguém chora por mim” virou carta de apresentação do cantor nas suas aparições públicas, ou em programas de TV da época;

Um dos personagens humorísticos de Moacyr na Praça

da Alegria, humorístico tradicional, ao lado de Carlos-
Alberto da Nóbrega.
P.S. (3) A música Suave é a Noite é um versão brasileira de Nazareno de Brito para a canção homônima americana “Tender is the Night” de Sammy Fain e Paul Francis Webster.  Foi gravada por muitos cantores, dentre os quais os saudosos Agostinho dos Santos, Luiz Melodia e Nelson Gonçalves. Nenhuma das gravações, porém, superou, em vendas e fama, a de Moacyr.