Boa noite amigos,
Cartaz publicitário do show que o can-
tor apresenta pelo Brasil, ao lado da-
jovem Paola Karime, cantora serta-
neja. Imagem emprestada de Itunes
Apple. |
“É tão calma a noite. A noite é de nós dois. Ninguém amou assim, nem há
de amar depois.” Esses versos serenos marcavam o início de uma canção
que ouvi, lá atrás, na década de 60, gravados porém para sempre na minha memória afetiva de
menino-adolescente. O cantor era um
mineiro com forte presença cênica e que enquanto cantava chacoalhava a cabeça
para todos os lados, uma marca das muitas que ilustrariam a sua carreira
versátil: cantor, compositor, humorista, comediante, ator, apresentador.
Um dos homens que inauguraram a televisão neste país. E certamente um artista popular, a quem não se fez plena justiça, diante de sua
estatura e importância para a televisão, o cinema e a música. Moacyr
Franco, mineiro de Ituiutaba é uma das minhas referências mais significativas
de profissional completo e relevante para a cultura brasileira. O artista, hoje
com 82 anos bem vividos, foi entrevistado nesta semana no programa Conversa com
Bial, da Rede Globo.
O cantor e compositor em foto recente. Imagem emprestada
de Polemica Paraiba.
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Cantou como nossos
velhos tempos, contou episódios de sua vida pessoal, de sua formação
autodidata, de suas experiências e reviu conosco momentos importantes de sua
participação no cinema e na televisão,
em videos editados pela direção do talk show de Pedro Bial. Com a
simpatia e o carisma de sempre, encantou
a plateia e o público presente à gravação, que muitas vezes, como o artista e o apresentador, se
emocionou, chegando às lágrimas. Por causa de um passado gostoso de se
recordar. Um passado que faz parte da história da minha geração e que nos
remete para muitos momentos e episódios, aos quais Moacyr inspirou, suavizou,
fez rir, dramatizou ou embalou com canções
românticas recheadas de poesia e ternura. E quem não se lembra da marchinha
manjada de carnaval, cantada por mais de
quatro gerações?: Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí. Não vai dar, não
vai dar não, você vai ver a grande confusão. Eu vou fazer beber até cair. Me
dá, me dá, me dá oi, me dá um dinheiro aí.” Obrigado Moacyr pela sua luz a serviço do nosso entretenimento, de
nossa reflexão, de nossa inspiração e ânimo para enfrentar as mais diferentes
sensações e situações experimentadas nesta vida terrena. E obrigado a Bial e à
sua direção pela boa lembrança de incluí-lo entre os seus convidados ilustres e relevantes.
Até mais amigos.
Contrastes, LP`de 1.963. Imagem emprestada de Mercado
Livre.
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P.S. (1) Nas suas aventuras pelos vários ritmos que cantou ou
compôs merece destaque a canção Tudo Vira Bosta, gravada pela rainha do rock in
roll nacional, Rita Lee;
P.S. (2) Ninguém chora por mim, samba canção da dupla Evaldo
Gouveia e Jair Amorim, gravada por Moacyr Franco em 1.963, foi um sucesso
retumbante, frequente nas paradas daquele ano e o final “Mas se um dia eu tiver que
chorar, ninguém chora por mim” virou carta de apresentação do cantor
nas suas aparições públicas, ou em programas de TV da época;
Um dos personagens humorísticos de Moacyr na Praça
da Alegria, humorístico tradicional, ao lado de Carlos-
Alberto da Nóbrega.
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P.S. (3) A música Suave é a Noite é um versão brasileira de
Nazareno de Brito para a canção homônima americana “Tender is the Night” de
Sammy Fain e Paul Francis Webster. Foi
gravada por muitos cantores, dentre os quais os saudosos Agostinho dos Santos,
Luiz Melodia e Nelson Gonçalves. Nenhuma das gravações, porém, superou, em vendas e fama, a
de Moacyr.
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