domingo, 1 de julho de 2018

MOACYR FRANCO EM CONVERSA COM BIAL


Boa noite amigos,

Cartaz publicitário do show que o can-
tor apresenta pelo Brasil, ao lado da-
jovem Paola Karime, cantora serta-
neja. Imagem emprestada de Itunes
Apple.
É tão calma a noite. A noite é de nós dois. Ninguém amou assim, nem há de amar depois.” Esses versos serenos marcavam o início de uma canção que ouvi, lá atrás, na década de 60, gravados porém para sempre na minha memória afetiva de menino-adolescente. O cantor era um mineiro com forte presença cênica e que enquanto cantava chacoalhava a cabeça para todos os lados, uma marca das muitas que ilustrariam a sua carreira versátil: cantor, compositor, humorista, comediante, ator, apresentador. Um dos homens que inauguraram a televisão neste país.  E certamente um artista popular,  a quem não se fez plena justiça, diante de sua estatura e importância para a televisão, o cinema e a música. Moacyr Franco, mineiro de Ituiutaba é uma das minhas referências mais significativas de profissional completo e relevante para a cultura brasileira. O artista, hoje com 82 anos bem vividos, foi entrevistado nesta semana no programa Conversa com Bial, da Rede Globo.
O cantor e compositor em foto recente. Imagem emprestada
de Polemica Paraiba.
Cantou como  nossos velhos tempos, contou episódios de sua vida pessoal, de sua formação autodidata, de suas experiências e reviu conosco momentos importantes de sua participação no cinema e na televisão,  em videos editados pela direção do talk show de Pedro Bial. Com a simpatia e o carisma de sempre,  encantou a plateia e o público presente à gravação, que muitas  vezes, como o artista e o apresentador, se emocionou, chegando às lágrimas. Por causa de um passado gostoso de se recordar. Um passado que faz parte da história da minha geração e que nos remete para muitos momentos e episódios, aos quais Moacyr inspirou, suavizou, fez rir,  dramatizou ou embalou com canções românticas recheadas de poesia e ternura. E quem não se lembra da marchinha manjada de carnaval,  cantada por mais de quatro gerações?: Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí. Não vai dar, não vai dar não, você vai ver a grande confusão. Eu vou fazer beber até cair. Me dá, me dá, me dá oi, me dá um dinheiro aí.” Obrigado Moacyr pela  sua luz a serviço do nosso entretenimento, de nossa reflexão, de nossa inspiração e ânimo para enfrentar as mais diferentes sensações e situações experimentadas nesta vida terrena. E obrigado a Bial e à sua direção pela boa lembrança de incluí-lo entre os seus convidados ilustres e relevantes.

Até mais amigos.

Contrastes, LP`de 1.963. Imagem emprestada de Mercado
Livre.
P.S. (1) Nas suas aventuras pelos vários ritmos que cantou ou compôs merece destaque a canção Tudo Vira Bosta, gravada pela rainha do rock in roll nacional, Rita Lee;

P.S. (2) Ninguém chora por mim, samba canção da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, gravada por Moacyr Franco em 1.963, foi um sucesso retumbante, frequente nas paradas daquele ano e o final “Mas se um dia eu tiver que chorar, ninguém chora por mim” virou carta de apresentação do cantor nas suas aparições públicas, ou em programas de TV da época;

Um dos personagens humorísticos de Moacyr na Praça

da Alegria, humorístico tradicional, ao lado de Carlos-
Alberto da Nóbrega.
P.S. (3) A música Suave é a Noite é um versão brasileira de Nazareno de Brito para a canção homônima americana “Tender is the Night” de Sammy Fain e Paul Francis Webster.  Foi gravada por muitos cantores, dentre os quais os saudosos Agostinho dos Santos, Luiz Melodia e Nelson Gonçalves. Nenhuma das gravações, porém, superou, em vendas e fama, a de Moacyr.


Nenhum comentário:

Postar um comentário