Caros amigos,
A Copa do Mundo de Futebol terminou neste domingo com uma final
improvável e empolgante, cheia de alternativas, reunindo as seleções da França
e da Croácia. O evento reservou a torcedores, atletas, confederações e aos amantes do
esporte bretão, muitas surpresas, lições, inovações, tudo a revelar,
especialmente, as novas tendências do futebol e que devem provocar muitas
reflexões e dores de cabeça aos treinadores de todo o mundo. O futebol é o único esporte capaz de fazer de
seu Mundial uma festa absolutamente universal, um momento em que o nacionalismo
e o orgulho patriótico de cada cidadão se manifesta de forma escancarada, mas,
em regra, sem ódio, passionalidade, sem
agressão aos oponentes, embora se possa registrar, aqui e acolá, algumas
condutas censuráveis, tanto do ponto de vista esportivo, quanto do ético. A
Seleção Francesa, que não estava entre as favoritas, foi crescendo durante a
competição e acabou campeã, com absoluta justiça. Jogou o melhor futebol entre
todos os participantes, eliminando, no mata-mata, as tradicionais
seleções da Argentina, do Uruguai e da
Bélgica, até chegar à grande final. E que Bélgica, meus amigos!
Eden Hazard, meia e ponte esquerda do Chelsea e da Seleção
Belga. Futebol refinado e que encanta com dribles sucessi-
vos em velocidade. Sou grande fã de seu talento.
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A nossa
desafeta merecia estar na final pelo futebol envolvente, verticalizado, de
grande velocidade e que matou o nosso futebol clássico, exageradamente
cadenciado e lento, cuja leitura tem sido feita com facilidade pelos técnicos e
jogadores adversários. A Copa mostrou que o futebol atual e futuro vai exigir,
além de uma boa equipe, técnica, preparo físico, equilíbrio emocional, força, superação, velocidade, explosão e coração. Um conjunto
de elementos que faltou não só ao Brasil, como também à Argentina e a um
Uruguai, com Luisito Suãres, mas sem Cavani, quando da dupla mais se necessitava. E quanto ao VAR? Bem, uma
experiência que foi mais positiva do que negativa, mas que interferiu, sem
dúvida, nos destinos das seleções nesta Copa do Mundo, mudando decisões da
arbitragem de campo, nem sempre de forma oportuna e justa, a mostrar que a
interferência tecnológica no futebol não é tão simples, quanto nos outros
esportes, nos quais não há disputa corpo-a-corpo, de regras dependentes de
interpretação. Outro dia qualquer, amigos, voltamos a esse assunto polêmico. Em
breve resumo, a Copa da Rússia mostrou uma Croácia surpreendente, viva, coordenada pelo experiente atleta Luka Modric,
eleito o melhor jogador da competição.
O melhor jogador da Copa eleito pela FIFA, Luca Modric -
foi a alma e o equilíbrio da seleção da Croácia. Imagem
emprestada de www.acritica.com.
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Também consagrou Mina, ex-Palmeiras, que saiu direto da reserva para classificar a sua Colômbia para as oitavas;
que mostrou uma Inglaterra muito melhor que as das edições anteriores com o
oportunista Harry Kane, o artilheiro do torneio, com 6
gols; um Mundial que revelou a maturidade e segurança de Antoine Griezmann, na
sua melhor forma, comandando a
França, e Eden Hazard, ditando o ritmo da
belíssima seleção belga. E que dizer do menino MBappé que encantou o mundo com
um futebol moleque, alegre, abusado, divertido e não menos eficiente e forte.
Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar não luziram. Foram embora antes da festa
final, junto com suas equipes. Tempo de renovação ou apenas surpresas do
surpreendente futebol?
Até mais amigos.
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