Boa noite amigos.
Sophia Loren e Marcelo Mastroianni em Matrimônio à
Italina, grande sucesso de público e crítica. O longa -
teve a competente direção de Vittorio de Sica e foi --
lançado em 1.964.
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O nosso mundo caiu. Lembram-se daquela música que dizia: Pare o mundo que eu quero descer. Pois bem, o problema agora não é parar o mundo que está parado. É onde descer. A pandemia do covid-19
não é um pesadelo não. É uma realidade que exige de cada um, e de todos, cuidados consigo e com toda a comunidade,
lealdade com amigos e inimigos e uma quarentena forçada dentro de casa. A rua,
o mundo está interditado para nós. A casa, seja ela um lar, um céu ou um inferno,
conforme o caso, passa a ser a exata dimensão dos limites da nossa esfera de
atuação e movimentação. Já se vislumbram o agravamento de problemas emocionais,
psiquiátricos e psicológicos, sobretudo para os que vivem só. Estou recluso no
meu apartamento com minha mulher, ambos sexagenários, portanto integrantes do
chamado grupo de risco. A luta dos reclusos agora é para manter a sanidade. No
meu caso para preservar a minha insanidade, que tanto prezo e me mantém vivo. A
Internet neste momento e as possibilidades da comunicação virtual funcionam
como um potente antidepressivo e um remédio para aplacar, em parte e para
alguns, os deletérios efeitos da solidão e do distanciamento dos beijos e
abraços dos queridos filhos, netos, irmãos, pais, amigos.
Para os casais hora de dialogar, conviver 24
horas por dia e descobrir o que existe - e se existe - aquela chama e
identidade que um dia marcou o já distante momento de encontro de almas. E de união e renúncia por
amor à família e aos amigos. Ah, considere também um pouco de apreço pela
humanidade como um todo. Faz bem nessas horas difíceis nas quais não há mais diferença entre os homens.
Até mais amigos.
P.S. (1) Algumas sugestões: Sabe aquela
gaveta abarrotada de vídeos cassetes de filmes que você comprou ou ganhou um
dia, com medo de que eles nunca mais pudessem estar à disposição. Tenho duas
dessas gavetas bem grandes. Ali descobri vídeos de filmes que eu vi ou nunca
vi, conforme o caso, mas todos objeto de minha curiosidade que não foi
satisfeita por falta de tempo. Agora, tenho todo esse tempo. Então mandei ver
“MATRIMÔNIO À ITALIANA”, um clássico no melhor estilo do cinema italiano dos
anos 60, com direção de Vittório de Sica e dois monstros sagrados do cinema
universal, a eterna SOPHIA LOREN, belíssima até hoje no alto de seus 83 anos e
do finado MARCELO MASTROIANNI, galã de tantos filmes, dentre os quais, o
ítalo-brasileiro, GABRIELA CRAVO E CANELA, da obra de Jorge Amado e no qual contracenou com a nossa SONIA BRAGA, encarnando
o turco Nassib. O filme é imperdível, tratando, já naquela época (1.964) de temas
como o amor e o machismo e a ferrenha luta das mulheres por respeito e espaço num mundo
dirigido por homens e seus preconceitos.
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