Boa tarde, amigos.
A última - e para muitos a melhor - ópera do grande compositor italiano,
Giácomo Puccini foi Turandot,
baseada numa peça de Carlos Gozzi,
de 1.762, e adaptação de Friedrich Von
Shiller. Trata-se da história de uma princesa chinesa que, forçada pelo pai a
contrair matrimônio, mas no intuito de evitá-lo por causa da lembrança de uma
tragédia familiar, lança a seus pretendentes um desafio mortal: deverão submeter-se a um jogo em que ela lança três enigmas que cada interessado terá que desvendar. O pretendente que não os solucionar, porém, estará condenado à morte, enquanto aquele que desvendá-los fica com o direito
de desposá-la. O Princípe Calaf se oferece para o jogo como pretendente comum anônimo e consegue o que ela
considerava improvável, ou seja, elucidar
os tais enigmas. Agora ela terá que cumprir a promessa. Mas o
príncipe lança um novo desafio: se a princesa descobrir sua identidade
verdadeira até o dia seguinte, pela manhã, não só estará livre do compromisso assumido, como terá
direito de decidir sobre a vida ou morte do noivo. Desesperada, põe-se a buscar a tal identidade, movimentando, para tanto, todos os empregados da Corte que ficam proibidos de dormir naquela noite até que a tal identidade seja descoberta. Daí a ária mais famosa da
peça,
Nessum Dorma (Que ninguém durma),
popularizada por Pavarotti e seus convidados em 1.990,
quando se apresentou com os cantores líricos espanhóis, José Carreras e Plácido Domingos, na véspera do início da Copa do Mundo de Futebol em 1.990, na Itália. O concerto gravado vendeu mais
de dez milhões de cópias, o álbum de música clássica mais vendido no mundo até
então. A ária se tornou trilha sonora da Copa e com a grande audiência do evento foi ainda mais difundida e popularizada. Puccini morreu em 1.924,
antes de terminar a ópera, e essa
tarefa coube a Franco Alfano, cuja versão
não agradou ao maestro Arturo Toscanini, sob cuja regência a
ópera estreou para o público em 1.926, no Scalla
de Milão. A partir daí há vários finais escritos para a narrativa. Puccini afirmava que seria praticamente
impossível a um tenor entoar o canto uma oitava acima.
Contam que apenas Pavarotti tinha
superado esse desafio. Mais recentemente outro tenor conseguiu entoar um “Vinceró” permanecendo durante 23
segundos sem respirar, durante um concerto em homenagem a médicos e
trabalhadores da saúde, que atua, na linha de frente de combate ao
Coronavírus, na Itália. Veja o resultado no vídeo acima. E abaixo acompanhe com a letra.
Nessum Dorma.
/Nessum Dorma!/Nessum dorma! Te pure, oh principessa/Nella tu
fredda stanza/guardi le stelle che
tremano/D’amore e di speranza. Ma Il mio mistero é chiuso in me/Il nome mio
nessum saprà/No, no,sulla tua bocca ló dirò/quando la luce splenderà/Ed Il mio
bacio scioglierà/Il silenzio che ti fa mia/Il nome suo nessun saprà/E noi
dovrem, ahimè, morir, morir/Dilegua, oh notte/tramontate, stelle/tramontate,
stelle/All’alba vinceró/Vincerà, Vincerò./
Nenhum comentário:
Postar um comentário