terça-feira, 18 de agosto de 2020

NESSUM DORMA - ÁRIA COM SOM E CHEIRO DE COPA DO MUNDO.

 Boa tarde, amigos.



A última - e para muitos a melhor - ópera do grande compositor italiano, Giácomo Puccini foi Turandot, baseada numa peça de Carlos Gozzi, de 1.762, e adaptação de Friedrich Von Shiller. Trata-se da história de uma princesa chinesa que, forçada pelo pai a contrair matrimônio, mas no intuito de evitá-lo por causa da lembrança de uma tragédia familiar, lança a seus pretendentes um desafio mortal: deverão submeter-se a um jogo em que ela lança três enigmas que cada interessado terá que desvendar. O pretendente que não os solucionar, porém,  estará condenado à morte, enquanto aquele que desvendá-los fica com o direito de desposá-la. O Princípe Calaf se oferece para o jogo como pretendente comum anônimo e consegue o que ela considerava improvável, ou seja,  elucidar os tais enigmas. Agora ela terá que cumprir a promessa. Mas o príncipe lança um novo desafio: se a princesa descobrir sua identidade verdadeira até o dia seguinte, pela manhã,  não só estará livre do compromisso assumido, como terá direito de decidir sobre a vida ou morte do noivo. Desesperada, põe-se a buscar a tal identidade, movimentando, para tanto,  todos os empregados da Corte que ficam proibidos de dormir naquela noite até que a tal identidade seja descoberta. Daí a ária mais famosa da peça, Nessum Dorma (Que ninguém durma), popularizada por Pavarotti e seus convidados em 1.990, quando se apresentou com os cantores líricos espanhóis, José Carreras e Plácido Domingos, na véspera do início da Copa do Mundo de Futebol em 1.990, na Itália. O concerto gravado vendeu mais de dez milhões de cópias, o álbum de música clássica mais vendido no mundo até então. A ária se tornou trilha sonora da Copa e com a grande audiência do evento foi ainda mais  difundida e popularizada. Puccini morreu em 1.924, antes de terminar a ópera,  e essa tarefa coube a Franco Alfano, cuja versão não agradou ao maestro Arturo Toscanini, sob cuja regência a ópera estreou para o público em 1.926, no Scalla de Milão. A partir daí há vários finais escritos para a narrativa.  Puccini afirmava que seria praticamente impossível a um tenor entoar o canto uma oitava acima. Contam que apenas Pavarotti tinha superado esse desafio. Mais recentemente outro tenor conseguiu entoar um “Vinceró” permanecendo durante 23 segundos sem respirar, durante um concerto em homenagem a médicos e trabalhadores da saúde, que atua, na linha de frente de combate ao Coronavírus, na Itália. Veja o resultado no vídeo acima. E abaixo acompanhe com a letra.

 Nessum Dorma.  

/Nessum Dorma!/Nessum dorma! Te pure, oh principessa/Nella tu fredda   stanza/guardi le stelle che tremano/D’amore e di speranza. Ma Il mio mistero é chiuso in me/Il nome mio nessum saprà/No, no,sulla tua bocca ló dirò/quando la luce splenderà/Ed Il mio bacio scioglierà/Il silenzio che ti fa mia/Il nome suo nessun saprà/E noi dovrem, ahimè, morir, morir/Dilegua, oh notte/tramontate, stelle/tramontate, stelle/All’alba vinceró/Vincerà, Vincerò./

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário