Boa tarde amigos,
Amanhã haverá reunião entre o Governo do Estado de São Paulo, a Federação Paulista de Futebol e os clubes que disputam o Campeonato Paulista da Primeira Divisão para decidir acerca da paralisação do torneio regional em andamento. O Governo, em princípio, quer manter a paralisação durante os próximos 15 dias, diante dos números assustadores dos casos de covid, da alarmante subida no número de óbitos tanto na Capital, como na região metropolitana de São Paulo e, também, no interior e do colapso iminente da estrutura hospitalar, a maior e a mais preparada do país. Ninguém discute a necessidade de rigorosas restrições no tocante à circulação de pessoas, conjugada com o incremento da campanha de vacinação, se vacina tivermos à disposição, como únicas formas de enfrentar essa segunda onda devastadora, agora com o protagonismo da variante brasileira do vírus, preocupação do mundo todo no momento. Qualquer decisão no que se pode considerar "serviço essencial" é polêmica e exige aprofundada discussão de equipes interdisciplinares de profissionais, ligados, direta ou indiretamente, à área da saúde física e mental e, ainda, de economistas e estrategistas. Academias, por exemplo, fechadas, podem matar ou deixar doidos aqueles clientes que transformaram a ida e volta ao estabelecimento e a prática de exercícios físicos variados e regulares, uma verdadeira razão ou motivação de vida? Não sei, só sei que a essencialidade de qualquer atividade humana é muito mais uma questão casuística e subjetiva, embora ninguém discuta que todos precisam comer e beber como necessidades primárias e vitais. O Campeonato Paulista é o mais prestigiado torneio regional do país e movimenta o maior número de clubes nas várias divisões e o maior volume de empregos e dinheiro. A Federação alega em seu favor que cumpre protocolo rigoroso na testagem de atletas e funcionários e o público está afastado dos estádios há mais de um ano, além do fato notório de que o futebol é o esporte mais popular do país e a sua movimentação auxilia na tarefa, quase inglória, de convencer brasileiros a permanecer em suas casas, para o preconizado isolamento social. Concordo com ambos os argumentos, pois eu próprio, como fã do esporte, confesso que ver os jogos do meu time e de outras equipes tem sido um dos entretenimentos que mais me ajudam a manter a minha saúde mental (se é que eu tenho), diante das notícias diárias de casos e mortes, muitas de pessoas a nós ligadas por vínculo de parentesco, amizade ou admiração. Não vou meter a colher nesse assunto, mas penso que de nada adiante paralisar um campeonato estadual, no qual todas as equipes podem e devem se deslocar por rodovias e ônibus próprios e permitir que a Copa do Brasil, por exemplo, continue em pleno vapor, marcando jogos de Internacional de Porto Alegre com equipes do norte do país, da Ponte Preta de Campinas para Brasília, do Botafogo do Rio para o Nordeste e. assim por diante. Além disso, os campeonatos de tênis, de basquete e de vôlei continuam em franco andamento. Enfim, é esperar que nessa discussão, sempre interminável e polêmica, prevaleça a honestidade dos propósitos, a disposição e o equilíbrio necessários às decisões político-econômico-sanitárias, nesse momento terrível por que passa o país.
Bom domingo amigos.
P.S. A imagem da coluna de hoje é do jogador Gabigol, craque do Flamengo e que, de férias em São Paulo, foi detido ontem quando frequentava, com um amigo Dj,, um cassino clandestino, que funcionava num dos andares de um edifício, e no qual muitas pessoas se aglomeravam, sem uso de máscara. Um péssimo exemplo de um ídolo do futebol.
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