Boa tarde.
O povo do interior de São Paulo, sobretudo os que ainda vivem
e convivem na rica zona rural, conserva costumes e valores que a gente das
grandes metrópoles há muito abandonou. O respeito aos mais velhos, a separação
entre a linguagem que os homens podem
usar entre si e o que é proibido dizer perto das mulheres, novas ou velhas,
especialmente o que se convencionava ser “palavrão” ou expressão imoral são
princípios absolutos. Pois bem. Esta vem lá das bandas da “Varge”, que é como o
pessoal da simpática cidade de Vargem Grande do Sul, próxima da divisa com o
sul das Minas Gerais, costuma se referir à terra natal. E com o testemunho do
meu querido amigo Dr. Cortez. Certa vez, pelas bandas de um sítio, a molecada
toda brincando e correndo pelo campo aberto, parou para conversar com o tio Zé,
parente da maioria deles e muito querido
pela atenção e dedicação que dispensava a meninos e meninas da grande família
que lá vivia e trabalhava. Enquanto conversavam, aponta ao longe, e caminha em
direção a eles, uma velhinha, tia-avó dos garotos e que sempre manifestava exagerado afeto por eles.
Estes odiavam a forma com que ela os
apertava nos calorosos abraços e abominavam os seus beijos molhados, cheios da
baba vazada das bocas incontroláveis da respeitável dama da terceira idade. Ao avistarem a velhinha a criançada toda correu e tratou de se esconder onde podia. O tio permaneceu lá
e não pretendia “dedar” os meninos para a anciã, sempre ávida de amor e baba
para distribuir. Ocultos, atrás de um curral, os meninos permaneciam em silêncio
absoluto, quando o tio gritou: - Agora podem sair, ela já foi. Como ele gostava
de “pregar peças” e zoar a molecada, o Zé duvidou de sua sinceridade. Mas ele insistiu: - Saiam
meninos, ela já foi embora, estou falando. Diante da insistência, mas ainda
receoso de estar sendo enganado pelo tio o Zé gritou: - Oi tio, ela saiu mesmo?
E o tio: - Foi embora, já falei. E o moleque para se garantir: -- Se ela não
tá aí mesmo, então fala “CU” bem
arto.
Kkkkkkkkk adorei,kkkkkk muito boa. Amo seus causos Dr Jamil. Fã de mais um obrigada!
ResponderExcluirQue ótima forma de prova!
ResponderExcluirMárcia e Paulo, agradeço pelo prestígio à coluna. Abraços.
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