Boa
tarde amigos,
Começaram
os campeonatos regionais por todo o país. Em São Paulo, dentre os grandes, a estréia foi do Palmeiras. Um Palmeiras
surpreendente, antes mesmo de entrar em campo, em razão dos patrocínios
milionários que conseguiu acertar, em tempos de vacas magras, e das inúmeras contratações que fez, dentre as
quais a do argentino Allione e do veterano meia Zé Roberto, ex-seleção brasileira. Jogando em sua Arena, embora o mando fosse do caçula Audax, o Verdão mostrou a que veio,
vencendo a partida pelo placar de 3 a 1,
numa ótima e entusiasmada apresentação. Resta acompanhar a sequência, que tem
tudo para ser muito boa, credenciando a equipe como uma das favoritas ao título
do Paulistão e do próprio Campeonato Brasileiro, o que, diga-se
de passagem, não acontecia há muito tempo, desde a memorável época da patrocinadora Parmalat, no começo dos anos 90. Fui ao
Brinco de Ouro acompanhar o novo Guarani que também fez sua estréia, mas
na Série A-2 contra o Monte Azul, adversário que venceu pelo placar de 1 a 0. Com 18 novos
jogadores, contratados mediante indicação ou autorização do técnico Marcelo Veiga, a missão do Bugre, neste ano de 2.015, não será
fácil. Os sofridos torcedores, já amargando uma série de rebaixamentos neste
século, instabilidade na administração do clube, marcado por sucessivas
renovações e renúncias de Presidentes e diretores, e por uma crise financeira
que parece não ter fim, o Bugre
ontem, em campo, mostrou um futebol muito razoável para o primeiro jogo. Ainda um tanto desentrosado, é certo, com
algumas peças não funcionando a contento, mesmo porque alguns contratados para
serem titulares não puderem entrar em campo, ficou a impressão de que o grupo
foi constituído com critério, mesclando a experiência de alguns rodados
atletas, como é o caso do zagueiro Preto
Costa e do centroavante Nunes, ao
lado de Fumagalli, que é, sem
dúvida, a despeito dos 37 anos, uma referência, com a juventude de alguns
contratados, como o lateral esquerdo, Bruno
Pacheco, contratado ao Vitória da Conquista, e de Watson,
atleta da base bugrina e que fez uma partida excelente, com muita
personalidade, perdendo gols e participando do único tento da partida, marcado
pelo centroavante Nunes. Os quase
5.000 torcedores que foram ver o novo Bugre,
no Brinco, depois de quase 1 ano sem
receber os jogos do Guarani, saíram
com uma boa impressão no geral. Mas querem mais. Querem estabilidade, luta,
empenho e um compromisso sério de que o acesso nos dois campeonatos que
disputará esse ano (Paulista e Brasileiro da Série C) será o mínimo
aceitável para a tradição da única equipe Campeã
Brasileira do Interior do Brasil e duas vezes vice-campeã do maior campeonato do mundo. Destaque também para a boa estréia da
campineira Red Bull, no grupo de
elite,que venceu o também caçula Capivariano,
na casa do adversário, ontem à noite, pelo placar mínimo. Hoje, ocorrem as
estreias de São Paulo, Corinthians, Santos e Ponte Preta.
Até
amanhã amigos,
P.S.
1: Antes da partida de ontem no Brinco,
o clube fez uma homenagem a Hélio Miguel,
nome de batismo do goleiro Neneca,
campeão brasileiro pelo Guarani no
memorável título de 1.978. Neneca faleceu no último dia 25 de
janeiro, aos 67 anos e é o segundo jogador daquela extraordinária equipe que já
não está entre nós (o outro é o lateral Mauro,
que morreu assassinado em um incidente de bar). Neneca também trabalhou no clube nas equipes de base e deixa muita
saudade. A homenagem prestada foi emocionante. Familiares do jogador estiveram
presentes no campo, vestiram a camisa do Guarani
e foram aplaudidos pela torcida, que também gritou o nome do atleta, agradecendo
a sua decisiva participação naquele campeonato. Zenon e Gomes foram dois atletas da equipe de 78, amigos de Neneca, presentes à homenagem. Depois, os atuais jogadores
entraram em campo carregando uma faixa
com a inscrição: "CAMPEÕES NUNCA MORREM. NENECA ETERNO";
P.S.
2: Antes e depois do Bugre, Neneca jogou por várias equipes. O
destaque foi a sua participação, como goleiro do Náutico, em 1.974, ano em que conquistou o campeonato pernambucano.
O goleiro ficou 1.636 minutos sem tomar
gol. Foram 18 partidas inteiras. Um recorde, sem dúvida;
P.S. 3: Uma incrível coincidência. No mesmo instante em que o Bugre homenageia Neneca, cujo passamento se verificou no domingo passado, o Guarani entra em campo com um novo goleiro. Seu nome: Neneca. Oxalá esse nome dê sorte para o alviverde campineiro na atual temporada.
P.S. 4: A imagem que abre a coluna de hoje (emprestada de globoesporte.globo.com.) é do goleiro Neneca, já maduro, em 2.013, durante as comemorações de 35 anos do título brasileiro de 1.978, pelo Guarani, levantando a réplica da taça de campeão.
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