Boa noite amigos,
° Assistindo, na última 4ª. feira, ao
jogo de ida entre Santos e Corinthians, pelas oitavas de finais da
Copa do Brasil, partida disputada na
Vila Belmiro, famosa por causa do Santos de Pelé, não pude deixar de me
empolgar com o futebol refinado e decisivo, do meia Lucas Lima, da equipe do Peixe.
Com 25 anos de idade (apenas 5 de carreira profissional) e um estilo raro no
futebol de hoje, unindo rapidez, precisão e uma leitura de jogo incomum, o atleta, convocado pelo técnico Dunga, dois dias antes, para a disputa
dos dois últimos amistosos da Seleção
Brasileira, em setembro, antes do início das Eliminatórias para a Copa de
2.018, o meia “gastou” a bola, como
se diz na gíria futebolística. Com extrema habilidade, intensa movimentação e
um futebol vistoso de toques rápidos e certeiros, superou, especialmente no
primeiro tempo do clássico, todas as tentativas de marcação da melhor defesa do
Campeonato Brasileiro de 2.105 até aqui. Sem fazer gols, construiu as jogadas
que redundaram nos dois gols santistas. No primeiro, fazendo lançamento
milimétrico para o jovem Gabriel vencer
a zaga e o grandalhão goleiro Cássio e,
de cabeça, abrir o marcador, aos 31 minutos do primeiro tempo. O segundo gol,
marcado aos 33 da etapa complementar, surgiu de uma troca de passes entre ele e
Marquinhos Gabriel, com conclusão
deste último, que entrara no lugar do
bom jogador Geuvânio, outra jovem promessa
da equipe da Vila. O Corinthians,
por sua vez, perdeu, logo cedo, o concurso do atacante, Luciano, que saiu com lesão grave, e ao que parece desarticulou todo o esquema
montado pelo técnico Tite. O resultado, de 2 a 0, espelha com precisão o que foram os 90
minutos da partida, que mostrou um Santos
envolvente, jogando um futebol alegre, de toques rápidos e criativo na
construção das jogadas de ataque ou contra-ataque e que, quando atacado, soube segurar sempre o
adversário, com uma marcação séria e efetiva, a ponto de não sofrer nenhum chute a gol, durante todo o primeiro tempo;
° A importância do
jogador Luciano para a equipe corintiana
nos últimos jogos foi muito grande. O atleta marcou três dos últimos
quatro gols do Timão, nos jogos
finais do primeiro turno do Campeonato
Brasileiro, sendo o responsável direto pelas vitórias que deram à sua
equipe o título simbólico de Campeão do 1º
Turno do Brasileirão e a manutenção de uma invencibilidade que já durava 11
jogos, antes da derrota de quarta-feira. Pena que a lesão grave do atleta – ruptura dos ligamentos com necessidade de cirurgia para recomposição
– o tira do Campeonato Brasileiro
deste ano, estimando o Departamento Médico,
o tempo mínimo de seis meses para o seu retorno;
° O inferno astral
vivido pelo São Paulo, que alterna
grandes resultados com derrotas inesperadas e acachapantes, deixando a
Diretoria, a Comissão Técnica e a torcida tricolor desorientadas e de “cabelo em
pé”, sem encontrar uma explicação para essa impressionante “gangorra”, não
consegue esconder uma outra realidade bem brasileira no futebol de hoje: a de
que esse esporte está nivelado por baixo, não havendo muita diferença entre as
equipes grandes tradicionais e outras de menor história e posição. O São Paulo, na última rodada do primeiro
turno do Brasileirão, jogando em
pleno Morumbi, num jogo teoricamente fácil contra o Goiás, que amargava a
zona do rebaixamento, não só perdeu o jogo, como foi goleado pelo placar de 3 a 0. Acidente? Pode ser. Eles acontecem também no futebol,
com muita freqüência, gerando o que no passado chamávamos de “zebra”. No meio da semana, porém, deixando de lado o Brasileiro, voltou a jogar no seu
Estádio, pela Copa do Brasil, contra
o Ceará, adversário que disputa a Série B do Brasileiro, onde se encontra
na posição de “lanterna” com grandes
chances de queda para a Série C. Li, antes do jogo, uma manchete num jornal da capital paulista indicando, de possíveis entrevistas feitas com atletas, que o São Paulo pretendia golear o Ceará, de forma a facilitar o seu
passaporte para as quartas-de-finais, antes do jogo de volta, na "Casa do Vovô". Conclusão: Perdeu, de novo, em
pleno Morumbi, por 2 a 1, dando grande chance à equipe cearense de despachá-lo de vez, já na
próxima 4ª. feira, quando jogará na sua casa, amparada por sua imensa e
fanática torcida e poderá até ser derrotada pelo placar de 1 a 0, para seguir
na competição. Como explicar? Preciosismo? Salto Alto? Boicote dos jogadores
contra a Diretoria, que confessadamente, ainda não liquidou totalmente os
direitos dos atletas, em atraso, o que nunca foi comum no São Paulo? Boicote à
Comissão Técnica? Ou, nada disso: apenas a constatação de que nem o São Paulo,
nem nenhuma equipe brasileira da atualidade, estaria em nível muito superior a equipes que, disputam qualquer das quatro divisões em que se divide o Campeonato
Brasileiro.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) O meia Lucas Lima, cujo nome de batismo é Lucas Rafael Araújo Lima, é paulista da cidade de Marília,
onde nasceu em 09 de julho de 1.990. Tem 1,75 m. de altura e 70 kg. Iniciou sua carreira profissional de jogador
de futebol em 2.010, na Internacional de Limeira (2.011/2.012). Passou depois
pelo Internacional de Porto Alegre (2.012/2.013), tendo sido emprestado ao Sport
Recife (2.013). Foi adquirido por um grupo econômico para jogar no Santos em
2.014, onde fez uma grande temporada. Ganhou em 2.015 o Campeonato Paulista com
o Peixe, tendo feito o último gol na partida final contra o Palmeiras. Tomara
que dê certo na Seleção Brasileira, que está indiscutìvelmente carente de
jogadores diferenciados;
P.S. (2) A primeira
imagem da coluna de hoje é do meia Lucas Lima, dando entrevista coletiva e foi emprestada de espn.uol.com.br. A segunda e última é do meia-atacante Luciano,
do Corinthians, comemorando o seu
terceiro gol, na recente goleada de 5 a 2
da equipe do Parque São Jorge, sobre o Goiás,
no Itaquerão. Foi emprestada de esporte.uol.com.br.;
P.S. (3) A "Casa do Vovô" não é a casa do nosso querido vovô, pai do papai ou da mamãe. É a Arena Castelão, onde o Ceará, um dos grandes e tradicionais clubes do Ceará manda os seus jogos. Vovô, por sua vez, é o apelido carinhoso dado pela torcida à equipe. Daí, Casa do Vovô. Sacaram?
P.S. (3) A "Casa do Vovô" não é a casa do nosso querido vovô, pai do papai ou da mamãe. É a Arena Castelão, onde o Ceará, um dos grandes e tradicionais clubes do Ceará manda os seus jogos. Vovô, por sua vez, é o apelido carinhoso dado pela torcida à equipe. Daí, Casa do Vovô. Sacaram?