Boa
noite amigos,
Palmeiras 1, Chapecoense 0. O apito final do árbitro sacramentou o que já era esperado: o Verdão é o grande Campeão Brasileiro de 2.016 e mais de 40.000 torcedores explodiram de alegria, choro e oração na Arena Allianz, a nova casa da Sociedade Esportiva Palmeiras, um clube de enorme tradição, detentor do maior número de
títulos brasileiros, depois da última unificação feita pela CBF. Com o de hoje
são 9 títulos brasileiros. Com uma
rodada de antecedência, o Verdão
conquista merecidamente o campeonato, o primeiro na era dos pontos corridos,
depois de uma abstinência de 22 anos (o último nacional foi em 1.994, ainda no
tempo da patrocinadora Parmalat). O alviverde de São Paulo, depois de anos
formando times de baixa qualidade e experimentando rebaixamentos para a série B, com problemas de
gestão e de ordem financeira, há algum
tempo vem se organizando em termos de
empresa. A diretoria atual, sem grandes loucuras, mostrou competência e
serenidade para administrar a crise que há alguns anos insistia em rondar o Palestra Itália e, depois da construção
do Allianz Parque, uma grande parceria para o clube, logrou formar uma equipe equilibrada,
comandada por dois meninos, como diz o título da postagem de hoje. Um de 19
anos, o Gabriel de Jesus, que também
está brilhando na Seleção Brasileira de
Tite, e surge como uma das mais auspiciosas esperanças do renovado futebol
brasileiro e o “garoto” capitão Zé
Roberto, com sua invejável condição atlética aos 42 anos de idade, mercê
do seu exemplo como profissional e dos cuidados que dedica à sua saúde física e
mental. Claro, que há muitos outros
nesse time campeão. O goiano Dudu, meia atacante destro talentoso, mais maduro e
disciplinado, na melhor fase de sua carreira; Cleiton Xavier, que volta anos depois de sua passagem e que não se importa em ficar na reserva, um
reserva de luxo, pois quando entrou, sempre deu conta do recado; Edu Dracena, zagueiro com
substancioso currículo, no qual se incluem vários títulos nacionais, na reserva do badalado zagueiro, Mina, da
Seleção Colombiana de Futebol e que, segundo se comenta, já teria até um
pré-contrato com o Barcelona. Substituir um dos maiores ídolos do clube, ou
seja, o goleiro Fernando Prass, não
foi motivo de intimidação para o então desconhecido Jailson que nunca antes jogara numa equipe da 1ª. divisão do
futebol brasileiro, mas que mostrou muita personalidade e segurança, além de
competência, em todas as rodadas de que
participou, ajudando o time a sofrer o menor número de gols dentre todos os 20
participantes do campeonato. Também para a láurea contou a estrutura montada
pelo clube, o bom trabalho de toda a comissão técnica, tendo à testa o
palmeirense confesso, Cuca, que passou como jogador pelo clube nos anos 90, sem
nunca, porém, ter tido o privilégio de conquistar um campeonato nacional.
Aos 19 anos, Gabriel de Jesus é grande aposta
do futebol brasileiro para a Copa do Mundo da
Rússia e vai jogar na Inglaterra em 2.017, con-
tratado pelo Manchester City.
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O Palmeiras, meus amigos, não foi uma
equipe de grandes ou inesquecíveis jornadas capazes de empolgar os amantes do
futebol-arte, tão badalado e esquecido. Não, ao contrário. Em muitos jogos
venceu mais pela obediência tática, raça e disposição física, do que propriamente
pela qualidade técnica, até porque não tem um plantel de grandes estrelas. Mas
a sua regularidade foi incontestável. Além disso, montou um elenco igualmente
equilibrado, mesclando jovens promessas com atletas rodados e experientes, o
que é fundamental num campeonato longo como o brasileiro. Atingindo 77 pontos,
resultado de 23 vitórias, 8 empates e apenas 6 derrotas, faltando ainda uma
rodada para o término do Brasileirão de 2.016, ostentando o segundo melhor
ataque e a melhor defesa da competição,o
Palmeiras é um incontestável campeão e a sua imensa e fiel torcida, que jamais
esteve ausente nos estádios em que a equipe jogou, dentro e fora de São Paulo, pode e deve comemorar esse importante título,
pois o Verdão é, agora, eneacampeão. E dá-lhe Porco!
Até
amanhã amigos.
P.S. (1) Registro o elenco palmeirense
responsável pela conquista que já está na história do Verdão: Goleiros:
Fernando Prass, Jailson, V. Silvestre, Vagner; Zagueiros: Edu Dracena, Mina, R.
Carvalho. T. Martins e Vitor Hugo; Laterais: Egídio, Fabiano, Jean, João Pedro
e Zé Roberto; Volantes: Arouca, Gabriel, T. Santos, Matheus Sales, Rodrigo,
Tchê Tchê; Meias: Allione, Cleiton Xavier, Fabrício, Moisés, Vitinho; Atacantes: Alecsandro, Dudu, Erik, Gabriel Jesus, L. Barros, L. Pereira. R.
Marques e Roger Guedes.
P.S.
(2) Os 9 títulos nacionais do Palmeiras,
são os seguintes: 1.960 – Campeonato Brasileiro; 1.967 (Taça Brasil); 1.967
(Torneio Roberto Gomes Pedrosa); 1.969 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa); 1.972,
1.973, 1.993, 1.994 e 2.016 (campeonato brasileiro na versão atual);
P.S.
(3) Continuo contrário a essa unificação de títulos feita pela CBF. Os torneios
e campeonatos supostamente nacionais anteriores a 1.971, não tinham essa característica.
As equipes eram convidadas sem observância de índice técnico, eram poucos os jogos e não
havia cruzamento entre todos os times. Ao contrário depois de uma pequena fase de
classificação, a coisa se resolvia no mata-mata, como na Copa do Mundo, que também não
passa de um torneio como a Copa do Brasil.
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