quinta-feira, 28 de setembro de 2017

COPA DO BRASIL 2.017 - O CRUZEIRO É PENTACAMPEÃO.

Boa noite,

Imagem emprestada de guerreiro dos gramados.com. de 

Fábio, goleiro do Cruzeiro há 14 anos e que defendeu a
penalidade batida pelo meia atacante, Diego, dando o penta
campeonato da Copa do Brasil para o seu clube.



O  Mineirão, do fatídico 7 a 1 da Alemanha sobre a Seleção Brasileira na Copa de 2.014,  mas um belíssimo e tradicional estádio, foi hoje palco de mais uma final da Copa do Brasil. Flamengo (3 vezes) e Cruzeiro (4 vezes) campeões do torneio considerado o mais democrático do país, por reunir equipes das quatro divisões  e outras quase amadoras, buscaram incessantemente, durante o tempo normal de jogo,  o gol e a vitória que daria a qualquer deles, o título e, ainda, de quebra, uma vaga diretamente na fase de grupos da Copa Libertadores da América do ano que vem. Ambas as equipes fizeram, ao seu modo e com o esdrúxulo regulamento na mão,  jus à classificação para a final. A decisão ficou para as penalidades depois de um intenso 0 a 0 no tempo normal, repetindo a competividade do primeiro jogo no Maracanã, quando também empataram, mas pelo placar de 1 a 1. O Cruzeiro converteu todas as cinco. O Flamengo, de Diego, perdeu uma,  justamente com Diego, uma de suas grandes e mais caras estrelas. O Cruzeiro, assim, é o grande campeão da  Copa do Brasil de 2.017 e esteve na competição desde o começo. 

Imagem da Copa do Brasil 2.017.
O Flamengo, desclassificado na Libertadores e, depois, na Sulamericana, só entrou no torneio nas oitavas de finais. A equipe mineira disputou 12 jogos. Foram 7 vitórias (6 a 0 no São Francisco;  2 a 0 e 3 a 0 no Murici; 2 a 1 no Volta Redonda; 1 a 0 na Chapecoense; 2 a 0 no São Paulo; e 1 a 0 no Grêmio), 3 empates (0 a 0 com a Chapecoense;  e 1 a 1 e 0 a 0 contra o Flamengo) e 2 derrotas (2 a 1 para o São Paulo; e 1 a 0 para o Grêmio). O Mengão, em 8 jogos, teve 3 vitórias (2 a 1 contra o Atlético Goianiense; 2 a 0 contra o Santos; e 1 a 0 contra o Botafogo), 4 empates (0 a 0 contra o Atlético Goianiense e contra o Botafogo;  e 1 a 1 e 0 a 0 contra o Cruzeiro) e 1 derrota (4 a 2 para o Santos). O Cruzeiro é, assim, pentacampeão do torneio que é considerado o caminho mais curto para a Libertadores. Ao Flamengo, resta ignorar o ano em que foi desclassificado da Libertadores e da Sulamericana, perdeu a final da Copa do Brasil nos pênaltis para o Cruzeiro  e só chegou a mais um título do fraco Campeonato Carioca.
O meia atacante Diego Ribas, que teve seu auge no Santos

Futebol Clube, quando jogou ao lado de Neymar, forman-
do uma dupla inesquecível. Contratado pelo Fla para o-
Campeonato Brasileiro, perdeu hoje a penalidade que -
deu o título ao adversário, o que não elimina a sua im-
portância para a equipe atual do Flamengo.
Ah! Há ainda o Campeonato Brasileiro. Bom, pretender o título a esta altura parece mesmo impossível. A 13 rodadas da final, está em 7º lugar e a uma diferença de 15 pontos do líder Corinthians. Considerando que o Grêmio ainda pode ser campeão da Libertadores e o Cruzeiro já assegurou sua vaga, se o campeonato terminasse agora o Fla estaria classificado para a Libertadores de 2.018. É o que parece mais viável perseguir neste final de ano. O resto é para esquecer. O Flamengo montou uma boa equipe, equilibrada nos três setores, mas ainda assim não rendeu o que poderia para dar à sua fanática e imensa torcida, a maior do Brasil, um título compatível com a sua tradição e com os recursos que o clube recebeu no ano de 2.016. Para se ter uma ideia, no ano passado, só a verba que recebeu pela transmissão de seus jogos na série A do Brasileiro (quase 180 milhões de reais) foi três vezes superior àquela paga ao Cruzeiro (60 milhões de reais) seu adversário desta final. A mesma diferença se verifica em patrocínios. No campo, porém, essa sensível superioridade não apareceu. Coisas da vida. E do futebol. 



Até amanhã amigos. 


P.S. (1)  Fábio Deivson Lopes Maciel é o nome completo do goleiro Fábio, 1,88 metros e que está no Cruzeiro há nada menos que 14 anos. Prestes a completar 800 jogos pela equipe da Toca da Raposa, renovou seu vínculo com o clube até final de 2.018, por cerca de 600 mil reais por mês, o maior salário pago a atletas de sua posição no Brasil, segundo o Presidente. É muito dinheiro, né. Mas dizem que ele merece.

P.S. (2) O técnico Mano Menezes estava há 8 anos sem ganhar título na sua carreira. O último foi o da Copa do Brasil  com o Corinthians em 2.009. Esta noite terminou o incômodo jejum.

P.S. (3) Piada que corre nas redes sociais: Até a Alemanha ganhou a Copa do Brasil. O São Paulo continua virgem. Maldade!


terça-feira, 26 de setembro de 2017

OPHELIA REINECKE - TÍTULO DE CIDADÃ CAMPINEIRA




/Sei que amanhã, quando eu morrer/Os meus amigos vão dizer/ Que eu tinha um bom coração/ Alguns até hão de chorar/ E querer me homenagear/Fazendo de ouro um violão/ Mas depois que o tempo passar/ Sei que ninguém vai se lembrar/ Que eu fui embora/ Por isso é que eu penso assim/ Se alguém quiser fazer por mim/ Que faça agora/ Me dê as flores em vida/ O carinho, a mão amiga/ Para aliviar meus ais/ Depois que eu me chamar saudade/ Não preciso de vaidade/ Quero preces e nada mais/


 (NELSON CAVAQUINHO - QUANDO EU VIRAR SAUDADE)


Bom tarde amigos,


Ophelia Reinecke durante o seu

discurso de agradecimento na

Câmara Municipal de Campi

nas. A imagem é do celular

de Daniel Blikstein.
No último dia 19 de setembro, em cerimônia concorridíssima na Câmara Municipal de Campinas, transmitida ao vivo pela TV Câmara, a nossa estimada amiga Ophelia Amorim Reinecke recebeu o título de Cidadã Campineira. Oriunda de Campina Grande na Paraíba, Ophelia traz em seu currículo uma rica participação na advocacia, profissão que desempenha com competência e desenvoltura há quase 60 anos, bem como militância intensa em movimentos sociais e políticos, tendo participado e advogado, ainda recém-formada, para a Liga Camponesa da Paraíba, movimento de extrema esquerda, que lhe rendeu perseguição do regime da ditadura militar. Foi fundadora do S.O.S. Mulher, associação que na década de 80, em Campinas,  desenvolveu projetos voltados para a defesa judicial e extrajudicial da mulher, na luta pela sua dignidade e igualdade no casamento, na família e na sociedade. A iniciativa da láurea foi do vereador Gustavo Petta,  por sugestão que me permitiu fazer, em ofício de junho de 2.016, no qual relato a intensa atividade social e profissional da Dra. Ophelia, revertida em benefício dos cidadãos campineiros, na cidade em que ela elegeu para viver e trabalhar desde a década de 70. À solenidade se seguiu simpático jantar, no salão do Hotel Vitória, que os amigos ofereceram, por adesão, à homenageada, seus filhos, noras e netos.

Até amanhã amigos,

P.S. (1) À solenidade de entrega do título de cidadã campineira acorreram, além dos filhos, Marcos e Alexandre Reinecke, noras e netos, Juízes, Desembargadores, Procuradores e Promotores de Justiça, advogados, da ativa e aposentados, assim como políticos, clientes e ex-clientes e uma infinidade de amigos e simpatizantes;

Foto enviada por Daniel Blikstein de meu dis-

curso durante a homenagem à amiga Ophe-

lia.
P.S. (2) Além do vereador Petta, que presidiu a solenidade, por ter sido o autor do projeto de lei que concedia a honraria, estiveram presentes, integrando a mesa, o vereador e advogado, Marcos Bernardelli; o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sub-Seção de Campinas, Daniel Blikstein; o Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, Aderbal Bergo. Fui convidado para integrar a mesa, por delicadeza do Presidente, considerando a iniciativa da sugestão da concessão do título, a amizade com a homenageada e o fato de ter sido destacado para saudar a amiga de tantas décadas. Todos os integrantes da mesa fizeram questão de usar da palavra para relembrar as virtudes da antiga profissional e amiga, dispensando-lhe elogios e merecidos afagos;


P.S. (3) A comprovar o prestígio da Dra. Ophelia perante o seu órgão de classe, três ex-Presidentes da Sub-Seção de Campinas da OAB fizeram questão da presença e do uso da palavra: o atual Daniel Blikstein e os exs, Marcos Bernardelli e Aderbal Bergo;


P.S. (4) Ophelia foi Secretária dos Negócios Jurídicos da Prefeitura Municipal de Campinas durante a administração do Prefeito Jacó Bittar, entre janeiro de 1.989 e dezembro de 1.992;


P.S. (5) Durante a solenidade, em clima de muita emoção, pediu para usar a palavra, Alexandre Reinecke, filho da Dra. Ophélia, hoje  renomado diretor de teatro, tendo em seu currículo, peças que foram sucesso de público e crítica. Alexandre agradeceu autor da honraria e aos amigos e clientes, destacando a figura da mãe dedicada e  lutadora, que criou os filhos praticamente sozinha, depois do divórcio, ao mesmo tempo em que desempenhava suas atividades fora do lar. Em síntese: A força do exemplo em consonância com o discurso.

P.S. (6) A demonstrar que a honraria entregue à Dra. Ophelia foi um evento meta-político, a presença e aplauso de dois vereadores rivais: Gustavo Petta, do PCdo B, oposição, e, Marcos Bernardeli, do PSDB, atual líder do Prefeito, Jonas Donizetti, na Câmara Municipal de Campinas. E também do amigo e atual Secretário da Saúde do Município,  o médico e professor, Carmino Antonio de Souza.   



segunda-feira, 25 de setembro de 2017

MORRE BOZÓ - TORCEDOR SÍMBOLO DO BUGRE

Boa noite amigos,

Bozó nos últimos tempos em foto do site oficial  Guarani Fu-
tebol Clube
Volto a escrever para o blog depois de exatos dois meses. E o faço nesta segunda-feira, longe de Campinas, para falar de uma pessoa muito querida dos campineiros e dos bugrinos, em especial. Nas primeiras horas desta manhã, meu sobrinho Silvano, sempre bem informado, me comunicou o falecimento de José Carlos Roque de Oliveira (quem?), conhecido  como Bozó (assim eu sei), um dos torcedores-símbolo do Guarani Futebol Clube, conhecido em toda a cidade. Sem idade confirmada (dizem que os mágicos não contam idade, pois são atemporais), Bozó era o retrato da alegria e da paixão pelo futebol e pelo  seu clube de coração. Uma paixão que se manifestava com leveza e mansidão, com respeito às divergências, sem que dele ou contra ele se tenha notícia de qualquer episódio de violência. Por isso era bem recebido e respeitado por todos os torcedores e cidadãos, indistintamente. Sua alcunha não vinha, como seria natural, daquele famoso ponta esquerda campeão brasileiro de 1.978, e que formava o badalado trio de  atacantes  com Capitão e Careca, ao lado de Renato e Zenon.


Imagem emprestada de R7 Diversões. O ator Vlademir Brich

ta, à esquerda, vivendo o protagonista, Arlindo Barreto, em

Bozo - O Rei das Manhãs, filme brasileiro indicado para

representar o Brasil no Oscar 2.018.
Nem decorre de um variação de "Bozo" (paroxítona com acento tônico na penúltima sílaba e não na última), palhaço que marcou a arte circense de muitas gerações e que tem até filme em cartaz, indicado como representante do Brasil no Oscar 2.018. O Bozó veio mesmo do personagem de Chico Anysio, gago e dentuço, com quem o nosso era parecido, que  propalava prestígio por trabalhar na Globo, para azarar  as gatinhas de plantão. Sempre animado, Bozó menos famoso comandava os torcedores no Brinco de Ouro, dando ritmo aos Olas,  nos grandes jogos e viu o clube, depois do apogeu dos anos 70/80, mergulhar em crise permanente e profunda, com rebaixamentos seguidos em todos os campeonatos dos quais participava, perdendo a gloriosa 13ª. colocação no ranking do futebol brasileiro.


O personagem Bozó, imortalizado por Chico Anysio. Imagem

emprestada de Diário gaúcho.com.
Essa vertiginosa queda de prestígio e de posição,  não foi motivo suficiente para abalar  sua paixão. Ao contrário, seguia o time na 2ª. e 3ª. divisões do Paulista e Brasileiro,  com o mesmo entusiasmo e otimismo do passado.


imagem recente do jogador Bozó, campeão brasileiro pelo -
Guarani Futebol Clube em 1.978. Foto emprestada de ter-

ceiro tempo. uol.
Nos últimos anos Bozó já não esbanjava a vitalidade da juventude. Muito mais gordo, tentava driblar algumas doenças sérias. No dia do jogo do Guarani com o Internacional pelo campeonato da série B deste ano, sofreu um infarto, que ontem se repetiu. Desta vez, o coração levou Bozó para sempre. E por certo com ele um pouco da pureza do torcedor símbolo que afirmava, a cada momento da vida e em todos os lugares por onde passava,  a sua paixão incondicional pela equipe de seu coração, vestindo a camisa verde e branca com o G no centro e duas estrelas laterais, a qual exibia com orgulho, mas sem arrogância. Fica o exemplo de uma pessoa doce, cordata, simples e que, por isso mesmo, simbolizava a alegria do futebol, esse esporte que é paixão nacional, embora muitas vezes lamentavelmente seja o pretexto para  discórdias, violências e mortes. Hoje o Brinco de Ouro amanheceu mais triste, pobre  e vazio. Descanse em paz caríssimo Bozó. E que Deus o proteja e conforte sua família e amigos, os muitos que fez por aí nesse nosso mundinho de passagem.

Até amanhã amigos.
  


P.S. (1) O Guarani Futebol Clube, no seu site oficial, lamentou a morte de seu torcedor símbolo, ressaltando a sua importância para a história do clube e deve a ele prestar homenagens justas nos próximos jogos e eventos;

P.S. (2)  Conversei pela última vez com o Bozó lá no Tonico’s Bar, em uma noite de muito samba, com a presença da neta de Dorival Caymmi, Juliana, e um time respeitável de sambistas, encontro que noticiei em postagem do dia 25 de junho de 2.011;  sambista também  foi o pai de Bozó,  no humilde bairro Manoel da Nóbrega, aqui em  Campinas

P.S.(3) Bozo - O Rei das Manhãs, é o nome da cinebiografia de Arlindo Barreto (Vladimir Brichta), o palhaço Bozo e seu drama. O filme foi indicado para representar o Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro do ano que vem;