“Um Mundial sem Itália, mas
sobretudo, uma Itália sem Mundial. Adeus às noites mais ou menos mágicas, aos
torcedores com um pedaço de pizza ou uma cerveja gelada, à ilusão de ter peso
em algo, pelo menos em futebol” (jornalista
Massimo Gramellini, em sua coluna no jornal Corriere
della Sera, comentando a eliminação da Itália da Copa do Mundo de 2.018 na
Rússia).
Amigos,
O goleiro Bufffon, campeão mundial com a Itália em -
2.006, chora a eliminação da sua Seleção e se despe
de. Imagem emprestada de mil notícias.
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Roberto Baggio preparando-se para a cobrança do quinto e
último penalti na final da Copa de 1.994. A imagem foi em-
prestada de globoesporte.com.
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O que me pareceu mais importante, sem dúvida, foi a dificuldade que a
seleção canarinho encontrou para sair da marcação sempre eficiente, à la moda européia, a sinalizar que será
preciso criar alternativas que possam
surpreender o adversário, o que não se viu ontem quando a seleção brasileira,
em 90 minutos, meteu uma bola na trave em chute de fora da área de Fernandinho e outro de William no corpo do goleiro Hart, num dos únicos lances em que os defensores não
conseguiram interceptar os lançamentos. É muito, muito pouco, claro, para as
pretensões de vencer seleções como a
alemã, a própria Inglaterra, a Espanha, a França e até mesmo Portugal, de
Cristiano Ronaldo. É isso. Encerradas as eliminatórias europeias ontem, a
grande surpresa ficou por conta da desclassificação da tradicionalíssima
Seleção Italiana, tetracampeã mundial e que há quase 60 anos vai a todas as
Copas do Mundo, jogando futebol nem sempre vistoso, mas inegavelmente competente e um dos nossos adversários mais
duros e inesquecíveis, sobre o qual fizemos duas finais e ganhamos dois títulos
mundiais, o tetracampeonato no México, em 1.970, quando a seleção de Pelé, Jairzinho, Gerson e Rivelino venceu
pelo largo placar de 4 a 1, e em 1.994, com a equipe de Bebeto e Romário, no tetra ganho no sufoco, nos pênaltis, o último dos quais isolado por
Roberto Baggio, naquela cena que a
televisão brasileira, para desgraça do atleta, repete com constância, para não cair no
esquecimento. A Copa do Mundo de 2.018, certamente estará menos brilhante sem a
Itália, sem a Holanda, e até mesmo sem os Estados Unidos que,
sem o brilho e a tradição das duas europeias, tem estado nas últimas copas desde a que sediou e se esforçado para entrar,
um dia talvez, no rol dos seletos campeões mundiais de futebol.
Até breve amigos,
P.S. (1) Roberto Baggio
afirma que aquele pênalti isolado na Copa do Mundo de 2.014, nos Estados
Unidos, e que deu números finais e o título à Seleção Brasileira ainda o
assombra pelas noites da vida. Se é verdade que é ele apontado como o responsável
pela perda da Copa, não foi o único. Barezzi e Massaro também erraram suas
cobranças, mas nunca são apontados como responsáveis ou co-responsáveis pela
derrota. O Brasil venceu nos pênaltis por 3 a 2. A ordem das cobranças foi a seguinte: Barezzi abriu a série e perdeu. Marcos Santos também errou pelo Brasil.
Depois Albertini fez 1 a 0 e Romário empatou em 1 a 1. Evani fez para Itália e
e, em seguida, o lateral Branco novamente empatou em 2 a 2. Aí vem o pênalti defendido
por Taffarel: o de Massaro. Em seguida, Dunga converteu (3 a 2 para o Brasil).
Aí na quinta cobrança de cada lado é que Baggio isolou e deu números finais ao
placar. Se Baggio tivesse feito e o Brasil convertesse a quinta cobrança também
seria campeão, por 4 a 3 na cobrança de pênaltis.
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