Bom dia amigos,
Entrada do Bosque com o resgate das cores originais em
amarelo e branco. Fotos do meu celular.
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Há muitos anos que não ia ao Bosque. São muitos os parques pela cidade, mas por Bosque entende-se mesmo, aqui na terrinha, aquele no entorno da Avenida Aquidabã, único a oferecer, além da vasta mata, um mini zoológico,
trenzinho, pista de corrida, aquário e teatro especializado em peças infantis. Encontrei-o com as mesmas características
dos tempos da minha infância, ressalvadas algumas obras novas e outras restauradas.
Gostei de ver a limpeza e a restauração e pintura da sede administrativa. Permaneci na parte de cima onde se situam as
atrações como o aquário municipal, o
teatro infantil, a Casa de Animais Interessantes e as lanchonetes. E, ainda, o play ground, onde
crianças aproveitam os equipamentos para se entreterem, usando o corpo, coisa rara
nos tempos modernos, em que prevalecem as atrações virtuais oferecidas nos computadores,
tablets e celulares da vida.[1]
O menino Artur com os familiares, demonstrando sua
alegria espontânea na visita ao espaço cheio de novida
des e encantamento para os baixinhos. Foto do meu ce
lular.
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O bosque continua com cheiro e jeito da minha
infância dos anos 50/60. Testemunhas desse passado são os bancos de cimento espalhados ao longo da alameda de entrada, cada um deles com a propaganda original de seu patrocinador.
Há referências a lojas e fornecedores extintos hoje, com os
respectivos endereços e telefones. Noto num deles a existência de uma indicação,
ao lado do endereço, de que se situa ao
lado do Rinque.
Banco da época da inauguração com destaque para a
localização da loja (pegado ao Rinque). O número do
telefone da época tinha quatro algarismos apenas. Foto
do meu celular.
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Para quem não sabe o Rinque (ou Rink), era um famoso cinema de Campinas,
cujo prédio desabou sobre centenas de espectadores, no dia 16 de setembro de 1.951, durante
uma disputada sessão matinal, desastre que resultou em 25 mortos e mais de 400 feridos,
protagonizando uma das mais sérias tragédias da cidade de Campinas. Na vasta
área de 110.000 km2. o bosque dos jequitibás continua sendo o segundo maior
parque da cidade, só perdendo para o Parque Portugal (Lagoa do
Taquaral), e recebe cerca de um milhão de visitantes por ano, dentre
os quais jovens, adultos e idosos, que elegem o espaço para as caminhadas e
exercícios físicos rotineiros, ou simplesmente, para lazer e descanso, no que são espionados pelas aves, animais de
várias espécies e os esquilinhos, delicados mas rápidos, parecendo disputar
prova de velocidade com as pessoas.
Barraca defronte à sede administrativa. Foto do meu celu-
lar.
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Tudo com muito verde, com muito ar puro,
com a simplicidade marcante da natureza pouco alterada pelas obras pequenas e
espalhadas e que, por isso mesmo, mantém aquele precioso cheiro e gosto da
infância perdida, conservada, porém, na
nossa memória afetiva. Se nunca foi, vá. E curta. Não precisa dinheiro, senão
para comprar um lanchinho ou refrigerante, que você pode, se preferir ou não
puder gastar, levar de casa. Não prive as crianças desse programa. E da
democracia absoluta desse espaço para todos os bolsos e até para quem não tem
bolso nenhum.
Bom final de semana.
Vista da belíssima Avenidade (Alameda) principal. Foto do
meu celular.
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P.S. (1) O Bosque dos Jequitibás foi inaugurado em 1.884, mas
adquirido pelo Poder Público em 1.915. Trata-se de um fragmento da mata nativa
preservado em pleno centro urbano de Campinas, com área verde de 110 mil metros
quadrados de reserva florestal. Abriga cerca de 400 espécies de plantas e 200
de animais, entre aves, répteis e mamíferos;
P.S. (2) O Bosque dos Jequitibás foi tombado pelo Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
(Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Cultural de
Campinas (Condepaac);
Placas indicativas do acesso aos vários instrumentos de
diversão. Foto do meu celular.
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P.S. (3) A última grande reforma aconteceu nos anos de 2.015/2.016,
ao ensejo do centenário de sua inauguração, pelo Prefeito atual, Jonas Donizetti,
ocasião em que a fachada readquiriu as cores originais e foi criado o Centro de
Educação Ambiental. O Bosque se situa na Rua Coronel Quirino, n. 02, Centro –
Tel: (19) 3231-8795. Permanece aberto das 6,00 às 18,00 horas de segunda a
domingo. A entrada é franca.
[1] O
sedentarismo em que vivem essas crianças e adolescentes nos dias que correm tem
sido responsável pelo significativo aumento de obesidade e suas consequências
nessa faixa etária, um problema mundial.
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