terça-feira, 1 de janeiro de 2019

JAIR BOLSONARO - O NOVO PRESIDENTE DO BRASIL


Amigos,

O Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da mulher,  -

Michelle Bolsonaro, encaminhando-se para o discurso
de posse. Imagem emprestada de Exame-Abril.com.
Hoje, primeiro dia do ano de 2.019 marca mais um momento histórico  do nosso país. Tomou posse, em cerimônia agora há pouco no Palácio do Planalto, o novo presidente da República, Jair Bolsonaro, um homem com nítido perfil de direita, com uma campanha dura e extrema contra a esquerda, feita praticamente pelas redes sociais,  prometendo resgatar o país da profunda crise econômica, política e moral,  em que se vê envolvido ao menos nos últimos quatro anos. Termina agora um ciclo em que o Partido dos Trabalhadores, por sua mais importante figura, o ex-Presidente, Luis Inácio Lula da Silva, manteve a hegemonia de 16 anos no governo, com altos e baixos, mas que chegou ao segundo governo da Presidente Dilma, fragilizado por crise econômica sem precedentes e, ainda,  pelas denúncias e condenações de seus políticos mais importantes, por crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O mandato-tampão do Presidente Temer pouco conseguiu, no curto espaço em que complementou o mandato de Dilma, alterar significativamente esse quadro, ainda porque também teve que se defender avidamente contra denúncias de corrupção que ganharam as manchetes e os Tribunais. Afirmar que o novo Presidente vai resolver o grave problema da nação, nas áreas da saúde, da infra-estrutura, da segurança, da educação e do alto desemprego, a curto ou médio prazo,  é quase uma utopia,  diante dos desafios políticos que envolvem o sucesso pleno de uma empreitada desse montante.  A reforma da previdência, prioridade absoluta, ainda está longe de ser consenso em pontos estratégicos e efetivamente indispensáveis à redução da drástica dívida pública que se eleva a cada ano. O Presidente necessitará do apoio incondicional da maioria do congresso, já avisou que não adotará a velha prática do “troca-troca”, mas não se sabe inclusive como se comportarão grande parte dos deputados e senadores que renovarão as casas legislativas, agora na nova legislatura que começa em fevereiro. E, ainda, a posição dos partidos de centro, ausentes da posse presidencial no dia de hoje, o que pode ser, além de mera cautela, algum recado de que não ficará neutro nas questões políticas que reputar relevantes ao cumprimento das correspondentes ideologias. Algumas medidas polêmicas antecipadas pelo Presidente, na área das relações internacionais, como a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém, agradando e aproximando Israel,mas criando um atrito com organismos internacionais de direitos humanos, que defendem o direito a um Estado à enorme nação palestina espalhada pelo mundo, não podem ser avaliadas  nas suas consequências positiva ou negativamente, nem do ponto de vista político, nem mesmo do comércio exterior. Há ainda, a polêmica liberação de armas, como direito do cidadão à chamada legítima defesa, como considera a Constituição dos Estados Unidos, por exemplo, como também a inserção na legislação de uma tal “legítima defesa” genérica de policiais quando em confronto com bandidos, que grande parte dos juristas e especialistas não entenderam o alcance e muito menos se predispõem a advogar mudança nesse sentido. De qualquer maneira, os discursos de posse do Presidente, ainda se assemelham aos da campanha eleitoral, em que se fala no que fazer, sem aludir a como fazer, ou aponta quais seriam os obstáculos a serem superados e como superá-los. O governo, portanto, começa amanhã, com medidas concretas, que virão certamente. Por ora, quero dizer aos amigos que tudo neste momento, no governo que ora se inicia, é um grande e imprevisível jogo de xadrez. O Presidente e sua equipe econômica terão o imenso desafio de jogar, com calma, movendo cada pedra do tabuleiro, o que nem depende de intenções, mas de habilidades, de apoio de governadores e prefeitos, do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e até de ventos favoráveis internos e externos, para que esse governo ao menos, no curto espaço do mandato presidencial, recoloque o país no rumo do crescimento econômico, melhorando o nível de emprego, a saúde pública, e a qualidade da educação, justificando a sua inclusão dentre os países efetivamente emergentes.

Até amanhã amigos.

P.S. (1)  Nem o PT, nem o PSOL, nem o PC do B,  compareceram à solenidade de posse do novo Presidente;

P.S. (2) Cerca de 150.000 pessoas estiveram presentes na posse pública do Presidente;

P.S. (3) Logo que terminou o discurso do Presidente Bolsonaro, ele recebeu elogios do Presidente americano Trump e agradeceu. Ambos (elogio e agradecimento) foram feitos via instagram.  
                                                             

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