Amigos,
O Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da mulher, -
Michelle Bolsonaro, encaminhando-se para o discurso
de posse. Imagem emprestada de Exame-Abril.com.
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Hoje, primeiro dia do
ano de 2.019 marca mais um momento histórico
do nosso país. Tomou posse, em cerimônia agora há pouco no Palácio do
Planalto, o novo presidente da República, Jair Bolsonaro, um homem com nítido
perfil de direita, com uma campanha dura e extrema contra a esquerda, feita
praticamente pelas redes sociais, prometendo
resgatar o país da profunda crise econômica, política e moral, em que se vê envolvido ao menos nos últimos
quatro anos. Termina agora um ciclo em que o Partido dos Trabalhadores, por sua
mais importante figura, o ex-Presidente, Luis Inácio Lula da Silva, manteve a
hegemonia de 16 anos no governo, com altos e baixos, mas que chegou ao segundo
governo da Presidente Dilma, fragilizado por crise econômica sem precedentes e,
ainda, pelas denúncias e condenações de
seus políticos mais importantes, por crimes de corrupção ativa e passiva,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O mandato-tampão do Presidente
Temer pouco conseguiu, no curto espaço
em que complementou o mandato de Dilma, alterar significativamente esse quadro,
ainda porque também teve que se defender avidamente contra denúncias de corrupção
que ganharam as manchetes e os Tribunais. Afirmar que o novo Presidente vai
resolver o grave problema da nação, nas áreas da saúde, da infra-estrutura, da
segurança, da educação e do alto desemprego, a curto ou médio prazo, é quase uma utopia, diante dos desafios políticos que envolvem o
sucesso pleno de uma empreitada desse montante. A reforma da previdência, prioridade absoluta,
ainda está longe de ser consenso em pontos estratégicos e efetivamente indispensáveis
à redução da drástica dívida pública que se eleva a cada ano. O Presidente
necessitará do apoio incondicional da maioria do congresso, já avisou que não
adotará a velha prática do “troca-troca”, mas não se sabe inclusive como se
comportarão grande parte dos deputados e senadores que renovarão as casas
legislativas, agora na nova legislatura que começa em fevereiro. E, ainda, a
posição dos partidos de centro, ausentes da posse presidencial no dia de hoje,
o que pode ser, além de mera cautela, algum recado de que não ficará neutro nas
questões políticas que reputar relevantes ao cumprimento das correspondentes
ideologias. Algumas medidas polêmicas antecipadas pelo Presidente, na área das
relações internacionais, como a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém,
agradando e aproximando Israel,mas criando um atrito com organismos
internacionais de direitos humanos, que defendem o direito a um Estado à enorme
nação palestina espalhada pelo mundo, não podem ser avaliadas nas suas consequências positiva ou
negativamente, nem do ponto de vista político, nem mesmo do comércio exterior.
Há ainda, a polêmica liberação de armas, como direito do cidadão à chamada
legítima defesa, como considera a Constituição dos Estados Unidos, por exemplo,
como também a inserção na legislação de uma tal “legítima defesa” genérica de
policiais quando em confronto com bandidos, que grande parte dos juristas e
especialistas não entenderam o alcance e muito menos se predispõem a advogar
mudança nesse sentido. De qualquer maneira, os discursos de posse do
Presidente, ainda se assemelham aos da campanha eleitoral, em que se fala no
que fazer, sem aludir a como fazer, ou aponta quais seriam os obstáculos a
serem superados e como superá-los. O governo, portanto, começa amanhã, com
medidas concretas, que virão certamente. Por ora, quero dizer aos amigos que
tudo neste momento, no governo que ora se inicia, é um grande e imprevisível
jogo de xadrez. O Presidente e sua equipe econômica terão o imenso desafio de
jogar, com calma, movendo cada pedra do tabuleiro, o que nem depende de intenções,
mas de habilidades, de apoio de governadores e prefeitos, do Congresso, do
Supremo Tribunal Federal e até de ventos favoráveis internos e externos, para
que esse governo ao menos, no curto espaço do mandato presidencial, recoloque o
país no rumo do crescimento econômico, melhorando o nível de emprego, a saúde
pública, e a qualidade da educação, justificando a sua inclusão dentre os
países efetivamente emergentes.
Até amanhã amigos.
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