Imagem ao lado emprestada de Metrópoles retrata, da esquerda para a direita, os atores Rodrigo Pandolfo, Paulo Gustavo e Mariana Xavier, respectivamente nos papéis de Juliano, Dna. Hermínia e Marcelina, no terceiro filme da série que ganhou o Brasil. Assim como Dona Nenê da Grande Família, a protagonista é uma mulher forte e decidida, que não mede esforços e sacrifícios para proteger sua família, criando empatia com o público em geral. O longa, em poucas semanas de exibição nos cinemas, já levou um público superior a seis milhões (6.000.000) de espectadores, devendo ainda fazer longa história e aproximar-se, senão superar o segundo filme da série, que chegou a mais de nove milhões (9.000.000) de espectadores, um quarto lugar nos filmes brasileiros mais assistidos de todos os tempos.
Boa noite amigos,
Vi os dois primeiros filmes nacionais da
série “Minha Mãe é uma Peça”, em que Paulo Gustavo, inspirado em sua própria
mãe, encarna a Dna. Hermínia e sua problemática familiar e fui ao cinema com a
expectativa de que veria “o mais do mesmo”. Não acreditei que a história da
divorciada senhora de classe média, às voltas com a educação dos dois filhos
adolescentes, pudesse ter rendido uma terceira temporada. Minha expectativa,
porém, não se confirmou. O terceiro longa da série surpreende e supera os dois
anteriores. É mais engraçado, os recursos utilizados são bem superiores, o
andamento do roteiro é dinâmico e interessante, a ponto de não permitir ao
espectador marasmo ou cochilo. A emancipação dos filhos que deixam a casa
materna para viver suas próprias vidas, longe da tutela da mãe, a solidão da
casa vazia, o casamento dos dois filhos, um dos quais em união homoafetiva, a
preocupação com o nascimento e o futuro dos netos são os pontos fundamentais
que movimentam e atormentam o cotidiano da nossa protagonista, envolta nos seus
indefectíveis bobes. No entorno do fio condutor do roteiro, a proximidade
do ex-marido que passa a viver em apartamento ao lado e tenta dividir a
preocupação com os filhos, os arranca-rabos
com as irmãs e a coragem para enfrentar os preconceitos sociais e difundir o
amor entre os membros da família, em quaisquer circunstâncias, geram ensejo
para discursos ideológicos contra a direita radical, a burguesia
falsa e tradicional, e as posições da
Igreja em relação às uniões fora do casamento e os
recursos disponíveis pela tecnologia para a criação de filhos adotivos ou
biológicos. Filme também enfatiza à reiteração do amor de Paulo Gustavo pela
mãe inspiradora e faz inédita homenagem ao pai. E ao marido, o médico Thales Bretas, com quem o artista mantêm um casamento aparentemente sólido e com
o qual divide a criação dos dois filhos. Tudo isso retratado nos ótimos
créditos, no final do longa. Para se divertir, esquecendo as preocupações. Se
você for da classe média, tem mais de 50 anos, não fala inglês, mas tem dinheiro para viajar para os Estados
Unidos e frequentar lugares sofisticados, está reciclando os conceitos e
valores que aprendeu com seus pais e avós e tem horror aos excessos do
politicamente correto vai se ver no filme. E como gosta muito de você certamente vai gostar do
filme. Então por que não ir ao cinema, né?
Abraço.
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