Boa noite amigos,
Em imagem emprestada de JC-Uol, o velho Zagallo receben
do o abraço do jogador Neymar, em visita à Granja Coma-
ry, onde a Seleção Brasileira se preparava para a Copa da-
Rússia.
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Mais um domingo dentro do apartamento
cumprindo a quarentena recomendada pela pandemia do coronavírus. Mas não tenho
absolutamente do que me queixar. Converso diariamente com minha filha, meu genro
e meu neto, virtualmente e, às vezes eles passam aqui no edifício, onde nos encontramos
pessoalmente na parte externa, mas observando a distância recomendada e dá para matar saudades.
De resto, tenho muito trabalho interno e daqui oriento os advogados do
escritório, reviso petições, dou consultas por videoconferência e também as
minhas aulas, na mesma base, em duas manhãs semanais, com o auxílio do meu
caríssimo assistente, Evandro. Em casa, sou acompanhado, durante vinte e quatro
horas, pela "patroa" e estamos nos entendendo bem até aqui. Uma ou outra ameaça
de discussão por qualquer motivo idiota, porém sabiamente um não se anima a responder a
provocação do outro. E a coisa morre ali mesmo na base do vamos mudar de
assunto. De resto o apartamento é amplo e
praticamente todos os cômodos são dotados de pequenas sacadas, além da sacada
principal da sala, que é ampla e nos permite respirar um pouco
do ar externo e observar o que se passa nos prédios e ruas do entorno. Bom, mas o tema não é esse.
Assistindo à reprise do jogo final da Copa América de 2.005, escolhido pelo
público para retransmissão no horário do futebol da TV Globo, me lembrei da
famosa frase do velho Zagallo, tetracampeão mundial por ter participado como
atleta de duas vitoriosas Copas do Mundo e de duas outras como treinador. A
frase, que entrou para a antologia e que é reproduzida por gregos e troianos,
nas mais diversas e adversas situações traz em si algo de desabafo, provocação e vingança: - VOCÊS VÃO TER QUE ME ENGOLIR!
Não me lembrava mais quando e em que situação do Velho Lobo Zagallo, a
teria pronunciado. Nem a quem ou a quais pessoas estava a se referir. Fui consultar.
Bem, a frase foi dita após o apito do árbitro no jogo da final da Copa América
de 1.997, edição que teve como sede a Bolívia, que também foi a adversária
vencida naquela oportunidade e na qual o Brasil, com Zagallo como técnico, se
sagrou campeão invicto, apesar das críticas que parte da imprensa dirigia ao
trabalho do treinador, considerado ultrapassado. Correndo pelo gramado junto
com os jogadores e eufórico pela conquista pronunciou a célebre frase nos
microfones dos repórteres Tino Marcos, da Globo e Osvaldo Pascoal da TV Bandeirantes.
Depois explicou a quem estava se dirigindo: ao jornalista Juca Kfouri e ao
repórter esportivo, Juarez Soares, aos quais Zagallo acusava de patrocinar a sua
demissão em favor de Vanderlei Luxemburgo. O episódio foi superado, inclusive
perante os acusados e eles voltaram a se entender tempos depois. A frase, no
entanto, ganhou repercussão e convenhamos quando foi criada e pronunciada, o
seu autor, o velho Lobo Zagallo, não imaginava que ela tinha inclusive um
caráter de vaticínio. Sim, com a internação dos casais, especialmente os mais
idosos, dentro de suas casas, sem direito a receber ninguém, um dependendo do
outro, no isolamento social decretado pela pandemia do coronavírus a condição,
ainda que velada, para a convivência, é a tolerância recíproca. E aí resolvi
desafiar a patroa que, distante das minhas elucubrações não entendeu
imediatamente quando a abordei, dizendo: - Você vai ter que me engolir. Pensou um
pouco e rapidamente devolveu: - Em compensação, a recíproca é verdadeira, tá? Tá!
Coisas de regime fechado domiciliar (existe
esse regime no Código Penal?)
Até mais amigos.
CAMPANHA DO BRASIL NA COPA AMÉRICA 1997 - Brasil 5 x 0 Costa
Rica (1ª rodada da fase de grupos) Gols: Djalminha, Gonzalez (contra), Ronaldo
(2) e Romário - Brasil 3 x 2 México (2ª rodada da fase de grupos) Gols:
Leonardo, Aldair e Camilo Romero (contra) - Brasil 2 x 0 Colômbia (3ª rodada da
fase de grupos) Gols: Dunga e Edmundo - Brasil 2 x 0 Paraguai (quartas de
final) Gols: Ronaldo (2) - Brasil 7 x 0 Peru (semifinal) Gols: Denílson, Flávio
Conceição, Romário (2), Leonardo (2) e Djalminha - Brasil 3 x 1 Bolívia (final)
Gols: Denílson, Ronaldo e Zé Roberto OS CONVOCADOS DO TÉCNICO ZAGALLO Goleiros:
Taffarel e Carlos Germano Laterais: Cafu, Roberto Carlos, Zé Maria e Zé Roberto.
Zagueiros: Aldair, Márcio Santos, Gonçalves e Célio Silva Meio-campistas: Mauro
Silva, Dunga, César Sampaio, Flávio Conceição, Giovanni, Leonardo e Djalminha
Atacantes: Ronaldo, Romário, Denílson, Edmundo e Paulo Nunes.
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