Boa noite amigos,
Do meu celular imagem de uma-
das árvores floridas da rua -
Cel. Quirino, próximo do Tê-
nis Clube de Campinas. O ipe
rosa de todos os outonos.
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A luz do Sol ao meio dia bate generosamente no rosto e nas
costas, quebrando o gelo da baixa
temperatura desta semana em todo o sudoeste brasileiro. Deu pra descer e, sem
sair do prédio, movimentar--me um pouco olhando para um céu mais infinito do
que nunca, me convidando para viajar pelas nuvens brancas que caminham sem
fronteiras, renovando a esperança de que
um dia, passada a quarentena de mais de sessenta dias (não seria sessentena?),
ainda voltaremos a nos encontrar por aí, sem máscaras, saudando a vida, a amizade e a força do
abraço fraterno, que aquece os nossos corações. Aproveitar o isolamento é
sempre uma forma positiva para reflexão interior sobre o nosso passado,
presente e futuro, quanto a nossa forma de relacionamento com o mundo, as
pessoas, a natureza, o meio ambiente e os nossos valores. E adaptar-se a esses
novos e tenebrosos tempos fazendo, se possível, tudo o que nos proporcionava
bem estar e auto-estima, conquanto de
outro jeito. Um grande segredo para manter a alegria, a mente ocupada, o
trabalho, a renda e a contribuição social. Aqui na minha esquina o ipê rosa,
ignorando a pandemia e a exemplo do que costuma fazer nos outonos, se abriu
majestoso e belo, como a dizer que nada mudou. Que tudo passa e a vida
reciclada é necessária à continuidade. Amante e grato pela vida e sem pressa
alguma para deixá-la lembrei e fiquei a cantarolar baixinho aquele sambinha
porreta da Velha Guarda da Mangueira que reclama de nossa finitude: “O dia
se renova todo dia/ Eu envelheço cada dia e cada mês/ O mundo passa por mim
todos os dias/ Enquanto eu passo pelo mundo uma vez.” (O Mundo é Assim).
Bom noite meus amigos queridos.
Abraço fraterno.
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