sábado, 30 de maio de 2020

NUM DIA DE OUTONO DURANTE A PANDEMIA


Boa noite amigos,

Do meu celular imagem de uma-

das árvores floridas da rua -
Cel. Quirino, próximo do Tê-
nis Clube de Campinas. O ipe
rosa de todos os outonos.
A luz do Sol ao meio dia bate generosamente no rosto e nas costas,  quebrando o gelo da baixa temperatura desta semana em todo o sudoeste brasileiro. Deu pra descer e, sem sair do prédio, movimentar--me um pouco olhando para um céu mais infinito do que nunca, me convidando para viajar pelas nuvens brancas que caminham sem fronteiras,  renovando a esperança de que um dia, passada a quarentena de mais de sessenta dias (não seria sessentena?), ainda voltaremos a nos encontrar por aí, sem máscaras,  saudando a vida, a amizade e a força do abraço fraterno, que aquece os nossos corações. Aproveitar o isolamento é sempre uma forma positiva para reflexão interior sobre o nosso passado, presente e futuro, quanto a nossa forma de relacionamento com o mundo, as pessoas, a natureza, o meio ambiente e os nossos valores. E adaptar-se a esses novos e tenebrosos tempos fazendo, se possível, tudo o que nos proporcionava bem estar e  auto-estima, conquanto de outro jeito. Um grande segredo para manter a alegria, a mente ocupada, o trabalho, a renda e a contribuição social. Aqui na minha esquina o ipê rosa, ignorando a pandemia e a exemplo do que costuma fazer nos outonos, se abriu majestoso e belo, como a dizer que nada mudou. Que tudo passa e a vida reciclada é necessária à continuidade. Amante e grato pela vida e sem pressa alguma para deixá-la lembrei e fiquei a cantarolar baixinho aquele sambinha porreta da Velha Guarda da Mangueira que reclama de nossa finitude: “O dia se renova todo dia/ Eu envelheço cada dia e cada mês/ O mundo passa por mim todos os dias/ Enquanto eu passo pelo mundo uma vez.”   (O Mundo é Assim).
Bom noite meus amigos queridos.
Abraço fraterno.


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