domingo, 24 de novembro de 2013

DE NOVO A RESPEITO DAS CERVEJAS

 Boa noite amigos,




Voltando ao tema da cerveja é impressionante constatar como  muitos apreciadores estão se dedicando, geralmente por mero diletantismo, à produção dessa bebida, em casa, ou em pequenas propriedades, com receitas variadas e experimentais, gerando multiplicidade de tipo  das chamadas cervejas “gourmet” (artesanais). Uma dessas cervejarias que estão na moda e que produzem cerveja artesanal é a Invicta, de Ribeirão Preto. Os proprietários, devagar, devagar,  já geraram 80 empregos diretos e indiretos, investiram cerca de R$1.000.000,00 em maquinários, reforma e ambientação, e hoje mantêm, por lá, além da fábrica, um bar com música ao vivo, em espaço de 600m2. Na categoria clássica,  Pilsener (ou pilsen, como se diz no Brasil), a  German Pilsiner Invicta é uma belíssima cerveja e é comercializada em muitos pontos do Estado.   É apresentada como uma cerveja persistente, fabricada sob processo "dry hopping" de lúpulo, o que lhe confere aroma e amargor de média intensidade bastante marcante. Sabor é leve e refrescante dos maltes Pilsener Viena e Trigo, que também proporcionam sua cor dourada e a espuma cremosa. O tipo harmoniza bem com carnes grelhadas, frutos do mar, caldos, petiscos de boteco, saladas e queijos. A bebida obteve medalha de prata no concurso brasileiro de Cerveja de Blumenau. É também considerada a melhor German Pilsiner do Brasil. No rótulo traz a estampa da Estação Barracão (imagem n. 1 da coluna emprestada de screamyell.com.br),  construída no final do século XIX pela Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, e que  logo se tornou a porta de entrada de Ribeirão Preto para os europeus que buscavam vida nova. Seu nome vem de um barracão próximo, que era utilizado para cadastrar os imigrantes. Seu teor alcoólico (ABU)  é de 4,5%. É vendida em embalagem de garrafa não retornável de 500 ml. A Invicta, nos seus variados tipos, pode ser encontrada, aqui em Campinas,  no Empório Santa Terezinha, do Shopping Center D. Pedro.

Até amanhã amigos.


P.S. (1) O mercado de cerveja no país tem crescido a cada ano. Mas, enquanto as cervejarias tradicionais cresceram 7% no último ano, as artesanais cresceram o dobro, ou seja, 14%. Foram dois milhões de litros/ano, uma marca inédita e que revela a tendência e a consagração desse mercado específico;

P.S. (2) A fábrica e o bar da Invicta ficam na Avenida do Café, n. 1.365, Vila Tibério, Cep. 14.060-220. Ribeirão Preto (SP). Telefone (016) 38781020. O bar da indústria oferece porções para harmonizar com as cervejas, todos os produtos da marca Invicta e ainda 40 tipos de cervejas nacionais e estrangeiras dos mais diferentes paladares. Na imagem acima (emprestada de www.fullpint.com.br), quatro modalidades da cerveja Invicta. 

P.S. (3) O ritual recomendado ao bom cervejeiro é o seguinte: 1) Ao receber a bebida olhe a sua cor e o colarinho; 2) Em seguida cheire a bebida de forma a detectar os aromas que você já conhece e aqueles que eventualmente lhe sejam agradáveis, mas desconhecidos; 3) Dê uma golada e segure a bebida na boca por uns segundos e só depois engula; 4) comente sempre com os amigos as suas impressões e receba aquelas que possam lhe ser, por eles, transmitidas;

P.S. (4) Vamos a mais um “beabá” da cerveja, para os que querem saber algumas coisas essenciais, a respeito: 1) O amargor da cerveja é decorrente do “lúpulo”  um dos seus ingredientes fundamentais. O lúpulo é a flor de uma planta chamada “Humulus Lupulus”. Existe o macho e a fêmea, mas apenas a fêmea é utilizada na produção da cerveja. O lúpulo é utilizado na cerveja como fonte de amargor para contrabalancear com a doçura do malte (uma relação parecida com a existente entre o café e o açúcar); 2) O lúpulo é o ingrediente mais caro da cerveja. A planta é cultivada na Alemanha, nos Estados Unidos, na República Tcheca e na Inglaterra e a forma mais comum utilizada pelos cervejeiros são as flores secas, cortadas e comprimidas (imagem acima numero 3 da coluna emprestada de www.tuasaude.com); 3) O chamado “IBU”, que significa International Bitterness Unit  é a medida  de amargor da cerveja adotada pelo mercado cervejeiro.  Porém, a sensação de amargor ao beber não pode ser medida em IBU, porque depende da combinação de malte (doce) com o lúpulo (amargo), a proporção é que vai gerar a sensação de dulçor ou amargor residual. Mesmo que o IBU assinalado no rótulo seja superior a 100 (que é altíssimo) isso não quer dizer que a cerveja seja muito amarga, pois vai depender do corpo, da carga de maltes e do processo de produção; 4) O lúpulo ainda possui outras propriedades: Estabiliza os sabores e aromas, além de contribuir com aromas que vão do cítrico ao herbal. Possui ainda um efeito antibiótico na cerveja não fermentada, que favorece a ação do fermento cervejeiro, ao invés de micro-organismos indesejáveis. Eta plantinha boa, não?


P.S. (5) A cerveja tem sido acusada constantemente de ser responsável pelas  barrigas rotundas dos homens. Essa acusação procede? Os testes elaborados garantem que a cerveja só engorda ou dá barriga se for consumida em excesso. Mas em excesso qualquer bebida gaseificada também produz o mesmo efeito, assim como o consumo de petiscos e excesso de alimentos sólidos ou líquidos. No Livro “Falsas Idéias e Questões Verdadeiras Sobre Sua Saúde”, o médico francês, Gèrard Megret assegura que se você consumir até dois (2) copos de cerveja por dia, não engordará, nem criará “barriga”;

P.S. (6) A técnica conhecida como "dry hopping" consiste no procedimento em que se adiciona lúpulo já na fase de fermentação ou na maturação para incrementar o aroma da cerveja sem aumenta o seu amargor. É bastante usada pelos ingleses e agora pelos americanos. Não agrada, porém, os alemães, que a evitam.

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