Boa noite amigos,
Voltando ao tema da cerveja é impressionante constatar como muitos apreciadores estão se dedicando,
geralmente por mero diletantismo, à produção dessa bebida, em casa, ou em
pequenas propriedades, com receitas variadas e experimentais, gerando
multiplicidade de tipo das chamadas cervejas
“gourmet” (artesanais). Uma dessas cervejarias que estão na moda e que produzem
cerveja artesanal é a Invicta, de Ribeirão Preto. Os proprietários,
devagar, devagar, já geraram 80 empregos
diretos e indiretos, investiram cerca de R$1.000.000,00 em maquinários, reforma
e ambientação, e hoje mantêm, por lá, além da fábrica, um bar com música ao
vivo, em espaço de 600m2. Na categoria clássica, Pilsener
(ou pilsen, como se diz no Brasil), a German Pilsiner Invicta é
uma belíssima cerveja e é comercializada em muitos pontos do Estado. É apresentada
como uma cerveja persistente, fabricada sob processo "dry hopping" de lúpulo, o
que lhe confere aroma e amargor de média intensidade bastante marcante. Sabor é
leve e refrescante dos maltes Pilsener
Viena e Trigo, que também proporcionam
sua cor dourada e a espuma cremosa. O tipo harmoniza bem com carnes grelhadas,
frutos do mar, caldos, petiscos de boteco, saladas e queijos. A bebida obteve
medalha de prata no concurso brasileiro de Cerveja
de Blumenau. É também considerada a melhor German Pilsiner do Brasil. No rótulo traz a estampa da Estação Barracão (imagem n. 1 da coluna emprestada de screamyell.com.br), construída no final
do século XIX pela Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, e que logo se tornou a porta de entrada de Ribeirão Preto para os europeus que
buscavam vida nova. Seu nome vem de um barracão próximo, que era utilizado para
cadastrar os imigrantes. Seu teor
alcoólico (ABU) é de 4,5%.
É vendida em embalagem de garrafa não retornável de 500 ml. A Invicta, nos
seus variados tipos, pode ser encontrada, aqui em Campinas, no Empório
Santa Terezinha, do Shopping Center
D. Pedro.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) O mercado de cerveja no país tem crescido a cada
ano. Mas, enquanto as cervejarias tradicionais cresceram 7% no último ano, as artesanais cresceram o dobro, ou seja, 14%. Foram dois milhões de litros/ano,
uma marca inédita e que revela a tendência e a consagração desse mercado
específico;
P.S. (2) A fábrica e o
bar da Invicta ficam na Avenida do Café, n. 1.365, Vila Tibério, Cep.
14.060-220. Ribeirão Preto (SP). Telefone (016) 38781020. O bar da
indústria oferece porções para harmonizar com as cervejas, todos os produtos da
marca Invicta e ainda 40 tipos de cervejas nacionais e estrangeiras dos mais
diferentes paladares. Na imagem acima (emprestada de www.fullpint.com.br), quatro modalidades da cerveja Invicta.
P.S. (3) O ritual recomendado ao bom cervejeiro é o seguinte:
1) Ao receber a bebida olhe a sua cor e o colarinho; 2) Em seguida cheire a
bebida de forma a detectar os aromas que você já conhece e aqueles que
eventualmente lhe sejam agradáveis, mas desconhecidos; 3) Dê uma golada e
segure a bebida na boca por uns segundos e só depois engula; 4) comente sempre
com os amigos as suas impressões e receba aquelas que possam lhe ser, por eles,
transmitidas;
P.S. (4) Vamos a mais um “beabá” da cerveja, para os que
querem saber algumas coisas essenciais, a respeito: 1) O amargor da cerveja
é decorrente do “lúpulo” um dos seus
ingredientes fundamentais. O lúpulo é
a flor de uma planta chamada “Humulus
Lupulus”. Existe o macho e a fêmea, mas
apenas a fêmea é utilizada na produção da cerveja. O lúpulo é utilizado na
cerveja como fonte de amargor para contrabalancear com a doçura do malte (uma
relação parecida com a existente entre o café e o açúcar); 2) O lúpulo é o ingrediente
mais caro da cerveja. A planta é cultivada na Alemanha, nos Estados Unidos,
na República Tcheca e na Inglaterra e a forma mais comum
utilizada pelos cervejeiros são as flores secas, cortadas e comprimidas (imagem acima numero 3 da coluna emprestada de
www.tuasaude.com);
3) O chamado “IBU”, que significa International Bitterness Unit é a medida de amargor da cerveja adotada pelo mercado
cervejeiro. Porém, a sensação de amargor
ao beber não pode ser medida em IBU,
porque depende da combinação de malte (doce) com o lúpulo (amargo), a proporção
é que vai gerar a sensação de dulçor ou amargor residual. Mesmo que o IBU assinalado no rótulo seja superior
a 100 (que é altíssimo) isso não
quer dizer que a cerveja seja muito amarga, pois vai depender do corpo, da
carga de maltes e do processo de produção; 4) O lúpulo ainda possui outras propriedades: Estabiliza os sabores e
aromas, além de contribuir com aromas que vão do cítrico ao herbal. Possui
ainda um efeito antibiótico na cerveja não fermentada, que favorece a ação do
fermento cervejeiro, ao invés de micro-organismos indesejáveis. Eta plantinha
boa, não?
P.S. (5) A cerveja tem sido acusada constantemente de ser
responsável pelas barrigas rotundas dos
homens. Essa acusação procede? Os testes elaborados garantem que a cerveja só
engorda ou dá barriga se for consumida em excesso. Mas em excesso qualquer
bebida gaseificada também produz o mesmo efeito, assim como o consumo de
petiscos e excesso de alimentos sólidos ou líquidos. No Livro “Falsas Idéias e Questões Verdadeiras Sobre Sua Saúde”, o médico francês, Gèrard Megret assegura que se você
consumir até dois (2) copos de cerveja por dia, não engordará, nem criará “barriga”;
P.S. (6) A técnica conhecida como "dry hopping" consiste no procedimento em que se adiciona lúpulo já na fase de fermentação ou na maturação para incrementar o aroma da cerveja sem aumenta o seu amargor. É bastante usada pelos ingleses e agora pelos americanos. Não agrada, porém, os alemães, que a evitam.
P.S. (6) A técnica conhecida como "dry hopping" consiste no procedimento em que se adiciona lúpulo já na fase de fermentação ou na maturação para incrementar o aroma da cerveja sem aumenta o seu amargor. É bastante usada pelos ingleses e agora pelos americanos. Não agrada, porém, os alemães, que a evitam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário