Boa noite amigos,
Que grandes jogos
aconteceram até aqui ainda na fase eliminatória da Copa do Mundo de 2.014! E são surpresas e mais surpresas. E quem apostaria que, antes
mesmo do encerramento da segunda rodada, as tradicionais seleções da Inglaterra
e da Espanha, esta a atual campeã
mundial, estariam eliminadas, depois de um desempenho para lá de pífio, com
duas derrotas cada uma? Quem poderia prever, razoavelmente, que a boa seleção
da Holanda enfiasse um saco de gols
na Espanha, na estréia das equipes
no Mundial, reeditando o clássico da
final da Copa do Mundo da África do Sul, vencida justamente
pelos espanhóis, pelo placar mínimo? E que a Alemanha fosse golear, por 4 a 0, a seleção portuguesa, anulando
completamente o maior jogador do mundo, Cristiano
Ronaldo? Quem acreditaria que a grande zebra, Costa Rica, desgraçadamente alocada, por sorteio, no grupo D,
chamado grupo da Morte, ao lado dos
campeões, Uruguai, Itália e Inglaterra, fosse a primeira classificada, depois
de duas consecutivas vitórias sensacionais sobre Uruguai e Itália e deixando uma destas, na última rodada, também
fora do Mundial? A Copa, por outro lado, já é um sucesso de público e de audiência nos
canais que transmitem as partidas, para todo o mundo. E se a preparação aqui na
terrinha não foi exemplar, por causa do atraso nas obras dos estádios, de
mobilidade urbana nos centros que recebem jogos e até nos aeroportos, os
turistas, de maneira geral, estão elogiando a recepção que recebem dos
brasileiros, em todos os quadrantes do país, o que soa como uma espécie de
compensação pelas nossas conhecidas falhas. Afinal, depois de cinco caipirinhas
e duas feijoadas, uma interminável roda de samba que segue noite a dentro,
regada a cerveja e churrasco, a vista do Corcovado,
do Cristo Redentor, da Cachoeira do Iguaçu, ou das mulheres
brasileiras nas praias da Bahia, de
Vitória, de Recife, não há quem deixe de considerar que nada, nem ninguém é
perfeito. E estamos e seremos sinceramente perdoados pelas falhas e
efusivamente festejados como bons anfitriões. Menos mal. O ponto negativo nesse
início do torneio fica por conta das arbitragens, que erraram muito, em alguns
casos comprometendo o resultado das partidas. O pênalti inexistente em Fred, no jogo de abertura do Brasil contra a Croácia, os dois gols legítimos incompreensivelmente anulados do México sobre Camarões. E os pênaltis não marcados, um deles na partida Holanda e
Austrália, são alguns exemplos de lances equivocados dos seletos
árbitros pertencentes aos quadros da FIFA.
Na segunda rodada, porém, já se nota uma melhora sensível no nível das
arbitragens, para alívio da entidade e bem do futebol. E quem pensou que esta
seria uma Copa de espetáculos circunscritos às equipes tradicionais (Alemanha, Itália, França, Holanda, Argentina, Brasil, Inglaterra,
Espanha, Inglaterra) e de Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo, está vendo grande futebol jogado pelo Chile, pela
Colômbia, pela Costa Rica, pelo México, pela Croácia, por Robbens e
Van Persie, da Holanda, pelo
reabilitado Suárez, do Uruguai, por Rodriguez da Colômbia e Gervinho, da Costa
do Marfim, por Benzema, da França, por
Cuadrado, do Chile e por outros craques
espalhados pelas seleções do mundo.
Não perdi praticamente nenhuma partida. Mesmo aquelas que terminaram em 0 a 0
não foram ruins, como a eletrizante Brasil
e México e Japão e Grécia. Ruim
mesmo, das 60 partidas até aqui, só Irã
e Nigéria. Uma festa de gols e de
lances espetaculares. Viva o futebol jogado pra frente, contrariando a
expectativa do craque Maradona, que,
surpreso, declarou à imprensa, que não esperava tanta ousadia de atletas e
técnicos, num campeonato tão equilibrado e de tiro curto.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) O primeiro gol
da Suiça
contra a França, na incrível
goleada dos franceses sobre os suíços (5 a 2), nesta sexta-feira, 20 de junho,
nasceu da cobrança de falta. O atacante Dzemaili
bateu rasteiro, a bola passou entre as pernas dos jogadores da barreira e
entrou no cantinho da trave esquerda do goleiro Lloris. Esse lance é o que
os jogadores brasileiros tentaram evitar o ano passado e este ano, quando
algumas equipes, posicionaram atleta deitado atrás da barreira, o que gerou
polêmica sobre se essa conduta seria permitida ou não pelas regras explícitas
ou implícitas do futebol.
P.S. (2) As maiores
goleadas da Copa até agora aconteceram coincidentemente no Estádio da Fonte Nova em Salvador: Holanda 5, Espanha 2; Alemanha 4,
Portugal 0 e França 5, Suiça, 2. São 59
gols em 19 partidas, até a jogo entre França e Suiça nesta sexta, às 17,00
horas. Uma média espetacular de 3,10
gols por partida. Uma das maiores médias, senão a maior até esta fase, em
todas as Copas. Vamos ver a sequência.
P.S. (3) A Seleção da
Inglaterra fez muito barulho por aqui. Reclamou do clima de Manaus, onde realizou a primeira
partida contra a Itália,
manifestando excessiva preocupação com a segurança e com a malária.
Depois, seu técnico festejou o fato de jogar contra o Uruguai, em São Paulo,
num clima mais próximo ao de Londres.
Os treinos, lá no Norte, teriam sido
feitos sobre calor intenso visando preparar os atletas para o clima do jogo.
Tanto trololó e pouco futebol. Conclusão: nos dois jogos a Inglaterra foi
derrotada e com a vitória, agora à tarde, da Costa Rica sobre a Itália,
vai para casa, sem chegar sequer às oitavas de finais. Curtir o bom clima e a
segurança do país que inventou o futebol para o mundo;
P.S. (4) A imagem que
abre a coluna é do estádio de Manaus,
a chamada Arena Manaus, inspirada na
floresta amazônica e um dos mais belos estádios levantados para a Copa do Mundo que se realiza no Brasil.
A imagem foi emprestada de radioglobogloboradio.globo.com.
A foto n. 2 é do jogador chileno Cuadrado
e foi emprestada de globoesporte.globo.com;
a 3ª. foto (emprestada de www.theguardian.com.) é de Robin
Von Persie, craque da seleção holandesa e um dos artilheiros da competição
até aqui. A imagem n. 4 é do argelino, naturalizado francês Karim Benzema, que gastou a bola na
goleada da França agora à tarde
sobre a Suiça, por 5 a 2. Foi
emprestada de revistafutebolista.blogspot.com.
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