domingo, 31 de maio de 2020

ELIS E EU - JOÃO MARCELLO BÔSCOLI.



Capa do livro de João Marcello 

Bôscoli lançado pela Editora -
Planeta-200 páginas.

Trecho de carta escrita por Elis ao filho João em 1.971, que ele não leu pois tinha apenas 1 ano de idade, mas guardou e agora publica na obra:

“Rio, 14 de junho de 1.971. João. Queria era te dizer que te amo, preciso de você. Quero você mais do que tudo que já quis. Queria te dizer também que não sei como é que achava graça nas coisas antes de você. Quando não está por perto, os troços perdem o sentido e a razão. Outra coisa que você precisa saber é que você construiu pacas. Você me pegou um bagaço daqueles, me ajeitou, me maneirou, me devolveu a risada do ginásio, criou uma fonte de investimentos em minhas áreas menos desenvolvidas.”   

João Marcello sobre Cesar Camargo Mariano.

“Que fique claro: Cesar Mariano é um dos meus maiores amores. Conviver com ele durante o inicio da minha vida foi fundamental; um herói, uma referência. Seu respeito com meu pai foi fundamental para a reconstrução futura do tecido emocional Bôscoli-pai-e-filho.”


Boa tarde amigos,

Filho mais velho e único da cantora Elis Regina com o diretor e compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário e produtor musical João Marcello Bôscoli viveu na companhia e sob a guarda da mãe famosa exatos 11 anos, 6 meses e 19 dias, convívio esse que cessou num triste 20 de janeiro, o do ano de 1.982, quando a cantora foi encontrada morta, vítima da ingestão de uma mistura de cinzano e cocaína, justamente quando vivia uma relação estável com o advogado, Samuel MacDowell.  No dia seguinte São Paulo parou para acompanhar o velório da maior cantora que este país já teve, cujo fanático fã clube, no qual me incluo, jamais deixou de guardar e cultuar a memória da Pimentinha, apelido que lhe deu Vinícius de Moraes e que bem retratava a sua vida intensa e agitada. Bem Elis está aí hoje, em todas as redes sociais e  plataformas do chamado streaming para que essa nova geração possa sentir a força e o peso de suas interpretações em todas as áreas e estilos, a sua musicalidade natural, porta-bandeira de canções que denunciavam com verdade, força e sensibilidade a saga do povo desigual de  um país que, em três décadas, viveu do suicídio de Getúlio Vargas,  à euforia do governo de Jusclelino Kubitschek. Da renúncia do populista Jânio Quadros, à cassação de Jango Goulart e à ditadura militar, com seus estragos e perseguições até a sonhada abertura democrática dos anos 80. Elis nasceu em 1.947 e morreu em 1.982, aos 36 anos, deixando para trás um legado que atravessou o espaço desse esquecido país e que se mantém vivo e atual a despeito da passagem do tempo. Bem não vou falar hoje de Elis, mas do livro de seu primogênito lançado no ano passado pela Editora Planeta. O que se poderia esperar desse novo livro que já não tivesse sido contado com paixão e maestria por Regina Echeverria  em seu “Furacão Elis” (Ed. Leya-1985) ou por Júlio Maria em “Elis Regina – Nada Será como Antes” (Ed. Master Books - 2.015). Foi o que me perguntei ao deparar com o exemplar em livraria do Shopping Iguatemi. Mas como tudo que diz respeito à minha musa inspiradora me interessa, comprei dois exemplares. Um dei de presente para minha irmã Laila no final do ano. Suspeito que ela ainda não leu, por não ter feito qualquer comentário a respeito. Outro para ler quando tivesse tempo. E que grata surpresa! Emocionante surpresa. Na boa e tocante redação de João Marcello não está a história da artista Elis Regina. De sua festejada carreira. De sua relação com amigos e desafetos. De seu envolvimento com a política e com a defesa de músicos e compositores. De sua vida pessoal, de seus amores e desamores, das gravações e das gravadoras, do lançamento de novos e talentosos compositores. Tudo isso já foi contado. Não, absolutamente. Nesse livro o que se lê é o relato das memórias de um menino sobre a sua infância e quase adolescência com uma mãe comum como todas as mães, amorosa e preocupada como qualquer mãe, rígida para educar sem mimar. Aqui é o João Marcello com sua mãe, aquela mulher cuja dimensão como artista só foi sendo sentida aos poucos pelo garoto travesso e que viveu uma infância plena, mas sempre experimentando os valores que lhe foram ensinados e vivenciados pela exigente mãe, depois complementados pelo convívio com Cesar Camargo Mariano, seu pai adotivo e biológico de seus irmãos mais novos, Pedro e Maria Rita. Claro que inevitável a narrativa sobre os ensaios, os eventos,  as glórias e decepções da carreira de Elis porquanto seria impossível separar a vida íntima deles da agitada vida profissional dela. Mas os eventos aqui são contados sob a versão do menino João Marcello e de como ele os sentiu e os guardou por todos esses anos decorridos.  Sob outra ótica, portanto. Daí o ineditismo da obra que vai nos encantando à medida em que é contada pelo autor, de forma habilidosa e emotiva, a evidenciar a essência dessa mulher-mãe, tão admirável quanto a inesquecível cantora Elis Regina Costa Carvalho. O prefácio é de Rita Lee. No Posfácio dele próprio, a confissão insuspeita de que “A dinâmica e o sortimento da minha vida em família com minha Mãe determinaram muito sobre minha personalidade. Trabalho pelo conjunto da obra, ouço conselhos de coração aberto e, confesso, respeito, mas não me norteio pela opinião de estranhos. A busca pela unanimidade é enlouquecedora.” .......  E, de quebra,  cartas e bilhetes escritos por  Elis. Leitura leve e interessante.



Até mais amigos,

sábado, 30 de maio de 2020

NUM DIA DE OUTONO DURANTE A PANDEMIA


Boa noite amigos,

Do meu celular imagem de uma-

das árvores floridas da rua -
Cel. Quirino, próximo do Tê-
nis Clube de Campinas. O ipe
rosa de todos os outonos.
A luz do Sol ao meio dia bate generosamente no rosto e nas costas,  quebrando o gelo da baixa temperatura desta semana em todo o sudoeste brasileiro. Deu pra descer e, sem sair do prédio, movimentar--me um pouco olhando para um céu mais infinito do que nunca, me convidando para viajar pelas nuvens brancas que caminham sem fronteiras,  renovando a esperança de que um dia, passada a quarentena de mais de sessenta dias (não seria sessentena?), ainda voltaremos a nos encontrar por aí, sem máscaras,  saudando a vida, a amizade e a força do abraço fraterno, que aquece os nossos corações. Aproveitar o isolamento é sempre uma forma positiva para reflexão interior sobre o nosso passado, presente e futuro, quanto a nossa forma de relacionamento com o mundo, as pessoas, a natureza, o meio ambiente e os nossos valores. E adaptar-se a esses novos e tenebrosos tempos fazendo, se possível, tudo o que nos proporcionava bem estar e  auto-estima, conquanto de outro jeito. Um grande segredo para manter a alegria, a mente ocupada, o trabalho, a renda e a contribuição social. Aqui na minha esquina o ipê rosa, ignorando a pandemia e a exemplo do que costuma fazer nos outonos, se abriu majestoso e belo, como a dizer que nada mudou. Que tudo passa e a vida reciclada é necessária à continuidade. Amante e grato pela vida e sem pressa alguma para deixá-la lembrei e fiquei a cantarolar baixinho aquele sambinha porreta da Velha Guarda da Mangueira que reclama de nossa finitude: “O dia se renova todo dia/ Eu envelheço cada dia e cada mês/ O mundo passa por mim todos os dias/ Enquanto eu passo pelo mundo uma vez.”   (O Mundo é Assim).
Bom noite meus amigos queridos.
Abraço fraterno.


domingo, 24 de maio de 2020

O PRESIDENTE, O CELULAR, O PENSADOR E O CORONA-VIRÍUS


Bom dia amigos,

Escultura em bronze original de O Pensador, de

Auguste Rodin, exposta no Musée Rodin, em -
Paris. 
A sensação é de inverno antecipado nos treze graus de temperatura alardeados por minha mulher nesta manhã escura de outono. O jeito foi acordar tarde, tomar longo café da manhã e aproveitar para refletir sobre tudo que se passa nos momentos presentes e seus eventuais significados na história da geração "líquida" em, tempos da pós modernidade. Isso mesmo, poesia, música e reflexões filosóficas são lenitivos para esse nosso confinamento ordenado pelas autoridades, mas muito mais imposto pela nossa consciência social e temor de uma pandemia para a qual não há remédio, nem prevenção possível e cujas consequências ainda não são totalmente conhecidas. Nesses dias de chumbo é inevitável comparar a pandemia do covid-19 com as guerras  ou com a chamada gripe espanhola que, na pesquisa que andei fazendo, nem nasceu na Espanha. Mas me conformei logo, logo. Descobri que, diferentemente das guerras, em que não se conhece a estratégia do inimigo ou a surpresa com que ele eventualmente vai nos atacar com bombas e armas, pelo menos estamos seguros dentro de casa. Assim propalam os cientistas do mundo inteiro, até que alguma notícia séria ou um fake news, resolva nos admoestar de que o corona também  costuma se esconder atrás da porta da cozinha. Mas não temos outra alternativa senão acreditar na ciência e nas recomendações da OMS, como afirmam os governadores e os Ministros da Saúde que perderam seus empregos. E relativamente à gripe espanhola, a nossa vantagem é imensa, ditada pela tecnologia inexistente naqueles tempos. Ah, temos um aparelhinho chamado celular que nos permite todo tipo de conhecimento ou comunicação. Viajamos com o Google pelas praias, montanhas, países. Visitamos museus, teatros e as maravilhas da arte e da ciência no mundo inteiro, sem custo,  no simples toque de um dedo. Nunca se viu um veículo mais democrático porque permite a utilização gratuita sem limites a pobres, ricos e remediados, ressalvados os custos da chamada “banda larga”.  E o whatsapp possibilita que façamos ligações com vídeos para ver o rosto, ouvir a voz e a situação em que se encontram os nossos amigos e parentes. Para bater longos papos, chorar as mágoas, contar novidades e vantagens, matar a saudade e driblar a solidão. As plataformas digitais nos reúnem separadamente, porque a presença física está proibida. O toque corporal, tão fundamental para os sentidos e a nossa sanidade emocional, não é possível no momento, sem risco de contaminação. Mas podemos fazer reuniões, dar aulas e trabalhar, enviando as nossas produções para sites e blogs. Os artistas, músicos e cantores, fazem os seus espetáculos de outrora  à distância nas chamadas lives. No tempo da gripe espanhola nada disso foi possível. Aí o nosso consolo, pois se não podemos viver a vida real, podemos vivenciar a digital em sua enorme intensidade. O inimigo agora é o vizinho, o jovem,  o parceiro, o coleguinha, o “brother”. Nem Sartre poderia imaginar que o seu “inferno são os outros” estaria, nesses tempos, resignificado. Bom. Sei que o tal celular é hoje indispensável na vida de qualquer pessoa. De noite e de dia. Ele é o nosso interlocutor silencioso,  veículo de comunicação e contato. Tão essencial como água, comida e sono. Para o bem e para o mal. Quando usamos o nosso celular abrimos a nossa intimidade, sentimo-nos protegidos e fortes para confissões e revelações e frágeis para raciocinar. Entregamos tudo. Incrível como os homens mais sensatos deixam-se enganar pela ilusão de que tudo que dizem ou fazem no celular estará protegido. Por isso entendi a peremptória negativa do Presidente Bolsonaro de que não entregará o seu celular, de jeito nenhum.
Em imagem emprestada de pt.dreamstine.com, homem mo-
derno em momento de evacuação, registrando a "solenida-
de" com o seu indefectível celular. 
E até do Ministro Augusto Heleno, que supostamente falando em nome das Forças Armadas, advertiu o Supremo Tribunal Federal de que determinação nesse sentido colocaria em cheque a harmonia e independência entre os poderes, com graves consequências para a nação. Estou de acordo. Celular é questão de segurança nacional. E basta,como diria o italiano. Que negócio é esse de meter o bedelho no celular dos outros?   Recebí hoje um vídeo desses que compartilhamos no whatsapp e que nos distraem muito durante o isolamento, retratando o Sérgio Moro, ex- juiz, ex-Ministro e atualmente desempregado como diz o Tom Cavalcante, garantindo que ele vai provar até que a Ponte Preta já foi campeã. Não duvido, amigos pontepretanos. O antigo “jogar a merda no ventilador”, cuja tradução era contar, de boca, algum segredo cabeludo de cuja veracidade se duvidava. O jargão “ é a palavra dele contra a minha”, deixou de existir. Hoje o sujeito grava no celular, capta imagem e áudio em tempo real ou então os incautos jovens apaixonados se permitem gravar durante as transas, e depois o filho da puta antagonista, outrora parceiro,   joga  tudo na internet pro mundo inteiro ver. O “não é o que você está pensando” também ficou fora de moda, pois você não pensa nada, você vê e ouve ao vivo e  não tem jeito. Resta a esteriotipada defesa de seu advogado (coitado dos advogados), garantindo que a gravação foi editada, que se trata de um sósia seu, que é montagem, que puseram a sua cara na bunda da Carla Peres, ou com autorização do cliente, que o pinto que aparece na foto é bem maior do que o do seu cliente. Duvido que no celular o Bolsonaro tenha a cautela de tratar os seus filhos como 01, 02, 03 ou 04, como afirma nas entrevistas (Será que é para despistar, a polícia federal?). Afinal, assim não se sabe qual deles estaria sendo investigado pela prática das “rachadinhas” e aqueloutro que andou comendo as meninas do condomínio e aparentemente recusou a filha do porteiro, embora alguns garantam  que tanto o 01, quanto o 04,  apreciam as  “rachadinhas”, cada qual à sua maneira.  Bem chega de comparações escatológicas. Olho para a janela e vejo que agora às 14,30 horas saiu um sol bonito, que me convida para sintetizar a vitamina D. Só para terminar imaginei a emblemática figura do Pensador de Auguste Rodin, que retrata Dante Alighieri olhando para os portões do Inferno de sua Divina Comédia. Nu para retratar o Pensamento, a Poesia e a importância da reflexão. Sem celular para atrapalhar. A posição? A mesma com que nós desta geração nos posicionamos sentados na bacia da privada para defecarmos. Nem aí prescindimos do celular. Talvez para não termos que refletir sobre qualquer coisa séria. Não é à toa que o tal celular tem sido apontado como o mais sujo dos objetos que manipulamos. E que substitui qualquer reflexão mais acentuada, para a qual não temos tempo e, amiúde, "saco".

Até mais amigos.

P.S. (1) Aos meus caros professores, colegas de Faculdade, pergunta que não quer calar: “Por que é que a PF ouviu, em longos depoimentos, quatro Ministros presentes na famosa reunião de 22 de abril para saber o que aconteceu naquele evento se existia a gravação apreendida pelo STF? Agora, com a constatação de algum deles não mencionou com fidelidade o que efetivamente ocorreu seria caso de denúncia por crime de falso testemunho, doutores penalistas?


sábado, 16 de maio de 2020

BRASIL - CRISE POLÍTICA E PANDEMIA


Amigos, boa noite.

Em imagem emprestada de uol.com, Presidente Bolsonaro, 
a transição para a construção de uma nova ordem de direi-
ta conservadora, fundamentalmente constitucionalista, ba-
seada na economia liberal, segundo opiniões abalizadas.


Opinião 1.
@ Em tempos de pandemia e de recolhimento domiciliar, se o corpo tem hoje seus espaços restritos, o espírito, a alma, em compensação, viajam pelas mais longínquas plagas, sem limites. E dá tempo de remoer os acontecimentos diários que hoje dividem a imprensa em dois tempos: um destinado a acompanhar as últimas notícias do Palácio do Planalto, envolvendo as sucessivas crises dos Poderes constituídos; a outra metade fica por conta do avanço ou regressão no mundo - e especialmente no Brasil -  da disseminação  da covid-19, com os reflexos no sistema de saúde:  saturação de leitos de UTI,  falta de respiradores em hospitais públicos para pacientes em estado grave, o numero de  mortes  aumentando em cada um dos estados da federação e no distrito federal e os decretos de autoridades dos diversos níveis da federação para incrementar o isolamento social, seja ele vertical, como preferem algumas autoridades e o Presidente Bolsonaro,  seja ele horizontal, como querem os governadores e prefeitos das grandes cidades. A população vive em estado de perplexidade e medo sem saber como deve agir ou em quem acreditar. O mais grave é a ausência de uma política sanitária definida que possa servir de orientação. Enquanto o Ministério da Saúde insiste no protocolo baseado na ciência comprovada e nos parâmetros da Organização Mundial de Saúde e na experiência de países europeus e asiáticos que também enfrentam a epidemia, mas já superaram  o chamado pico,  o Presidente da República insiste em contrariar os seus ministros, exigindo a mudança de protocolos, seja na questão do modelo de isolamento, seja no uso para pacientes até com sintomas leves, do medicamento cloroquina, indicado para doentes com patologias auto-imunes, como o lúpus. Essa falta de sintonia já custou, em menos de um mês, a queda de dois ministros da saúde. E a pasta agora aguarda, mais uma vez, um novo titular que assuma o compromisso de “rezar na cartilha de Bolsonaro”, porque ele já avisou que o próximo ministro terá que fazer o que ele mandar! Com acusações sérias e pedidos de impecheament no Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro tenta resistir, reclamando da intervenção dos outros Poderes na Administração do País, da imprensa em geral e assegurando que as Forças Armadas estão a seu lado, mesmo que o Ministro do Exército, em nome dos outros Ministérios Militares já tenham declarado que as Forças Armadas cumprem a sua função constitucional de segurança, mas são órgão de Estado e não de Governos.[1]


Opinião 2.
@ Ontem, indaguei de um grande jornalista, meu amigo, sobre se as Forças Armadas pretendem respaldar Bolsonaro  e até que ponto. Vejam a resposta:   “Olha só. O artigo do Mourão, publicado ontem na pg. 2 do Estadão dá o tom: o homem é tosco, rude e tem problemas. Mas a farda está com ele. Para mim fica evidente que há uma nova ordem sendo construída – conservadora, de direita, baseada na economia liberal, fundamentalmente constitucionalista. Até que a obra fique pronta o Presidente Bolsonaro só sai se houver algum episódio disruptivo.”


Abraço.







[1] Dispõe o artigo 142 da Constituição Federal de 1.988: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destiná-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constituídos e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.