Boa noite, meus
amigos.
Para o futebol este é um domingo especial. Para o Brasil
também. O título que o alvinegro do Parque São Jorge acaba de conquistar no
Japão, se soma a outros, de igual importância, incrementando as nossas
estatísticas internacionais, tanto da Seleção Brasileira, já consagrada, quanto dos clubes brasileiros, que
indiscutivelmente precisam ganhar o respeito do mundo futebolístico,
especialmente da Europa, o grande centro e o coração do esporte criado por
Charles Miller no final do século XIX. Com exceção do Santos de Pelé, que na década
de 60, conseguiu ganhar títulos internacionais importantes, como a Libertadores
e o Mundial de Clubes, em duas versões (1962 sobre o Benfica, e 1.963 sobre o
Milan), só depois de 1.980, quando o Flamengo logrou conquistar o campeonato
sul-americano e o Mundial versão 1.981 (sobre o Liverpool), é que as equipes brasileiras começaram a ser
conhecidas e, de certa forma, respeitadas. Queiram ou não, o Mundial de Clubes,
que até alguns anos atrás não era propriamente um campeonato mundial ,
mas intercontinental, uma espécie
de “tira-teima” para saber quem é o melhor dentre os melhores, reunindo apenas o campeão europeu e o campeão
sul-americano, ganhou desde 2.005, quando a Fifa passou definitivamente a
organizá-lo, a ter uma importância adicional também para os europeus. Acabou aquela
história de que o Mundial não passava de uma grande festa patrocinada pela
Toyota em homenagem ao povo japonês e aos esportistas do mundo inteiro. O
Chelsea queria muito esse título e prova disso foi que a derrota para o Corinthians,num jogo
extremamente disputado, calou fundo, como se pôde observar pelo semblante
contrariado das estrelas da equipe inglesa, algumas delas chegando até ao
choro discreto, e as declarações pós-jogo de seu técnico. O nosso ótimo
David Luis, uma das principais estrelas da equipe inglesa, que dizem se confessou corintiano,
ressaltando a sua intenção de encerrar a carreira jogando no time “do bando de
loucos”, foi um dos que mais sentiu a perda do título, sem dúvida, relevante
para coroar o bom ano do time inglês. O mesmo empenho se viu na final do ano
passado quando o badaladíssimo Barcelona, de Messi e Companhia, chegou ao Japão
e jogou todas as fichas para a conquista do título, numa final com o Santos de
Neymar, que sofreu um apagão inacreditável e, em consequência, uma goleada histórica e
incomum na competição, justamente para a grande equipe catalã. A presença de toda a cúpula da FIFA,
incluindo o seu Presidente e a repercussão internacional da partida final,
testemunham o nosso ponto de vista: foi sim, mas hoje o Mundial de Clubes, não
é mais só uma festa japonesa, um amistoso desprezado pelos europeus. É um
campeonato de grande visibilidade, uma vitrine com sua importância, ainda que
relativa, mas que traz à equipe campeã dinheiro e prestígio, uma interessante
“dupla” de que ninguém quer abrir mão. E, de quebra, aos torcedores das equipes
vitoriosas, a convicção inabalável de
que o seu time é o melhor do Mundo, pelo prazo de 1 (um) ano, ainda que não o seja. Daí o grande
significado da conquista do Timão, que
deve mesmo ser comemorada por sua imensa nação, e os respectivos dividendos colhidos, de forma profissional e eficiente, pela sua Diretoria.
Até amanhã amigos.
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