Boa noite amigos,
A COPINHA
Começou o ano para o futebol do
Brasil, desde os primeiros dias de janeiro, com a já tradicional Copinha, ou
seja, a Copa São Paulo de Futebol Junior, um torneio democrático, que este ano começou com 100 equipes, de todos os cantos e divisões do país. A competição se converteu numa grande vitrine para que os
novos valores possam mostrar as suas virtudes no esporte, pois praticamente todos os jogos, a
partir das quartas-de-finais, são transmitidos pelos canais fechados e abertos de televisão.
Neste ano a grande surpresa foi o Goiás que apresentou um futebol eficiente e
talentoso, graças a alguns jovens
atletas, reconhecidos, desde logo, como
grandes promessas para o futuro, em especial o goleiro Paulo Henrique (foto abaixo, defendendo pênalti contra o Bahia), e o
atacante Erik. A equipe goiana, segundo seu Presidente, não faz um grande
campeonato por acaso. Sua campanha, que a coloca na final da competição, em
jogo marcado para amanhã, aniversário da
cidade de São Paulo, no Pacaembu, diante
do Santos, reflete a política de
investimento sério da diretoria nas equipes de base, a grande saída
ainda hoje para que as equipes médias e grandes do futebol brasileiro, logrem recuperar os investimentos na criação e preparação de atletas, e nas altas folhas de pagamentos, num mercado que teima em continuar inexplicável e extremamente inflacionado. Dois
dos nossos atuais grandes craques, Neymar e Lucas, apareceram justamente na
Copinha, embora já fossem jogadores hábeis, com futuro promissor. Mas não me
lembro de nenhum dos grandes craques dos últimos tempos que não tenha jogado
esse tradicional torneio por seu clube e, assim, se apresentado efetivamente ao
grande público paulista e brasileiro. Que a Copinha, nascida em 1.969, continue
tendo vida longa, pois se converteu inegavelmente numa espécie de “batismo” dos
grandes futuros craques do país.
OS CAMPEONATOS REGIONAIS
Os principais campeonatos
regionais, incluindo os do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas
Gerais, já estão em andamento, na
segunda ou terceira rodada, sem grandes novidades. Algumas transações do final
do ano passado e início deste ano, movimentaram um pouco o mercado. O São Paulo
trouxe o veterano zagueiro Lúcio e aposta no futebol de Paulo Henrique Ganso,
contratado no ano passado, sem condições físicas e técnicas ideais, naquela
altura, para jogar 90 minutos e assumir
uma vaga de titular no time. O Corinthians, numa contratação tão milionária,
quanto arriscada, trouxe Alexandre Pato, do italiano Milan e, ainda, Renato
Augusto e Gil. O Santos, na maior contratação de sua história, foi buscar o meio-campista argentino Montillo no
Cruzeiro. De qualquer maneira, o campeonato mais disputado do país, ou seja, o
Paulista, não deve sofrer grandes mudanças.
A fórmula é a mesma. Um único turno, com as 20 equipes se enfrentando,
das quais 8 serão as classificadas para seguir, enquanto as 4 últimas serão
rebaixadas para a série A-2. As 8 classificadas em jogo único decidirão as
semi-finais, que apontará, igualmente em jogo único, as duas equipes que disputarão
o título, em dois jogos. O mando
de jogo do octogonal em diante, com exceção dos dois finais, será da equipe que,
durante o campeonato, esteve melhor classificada. O mando dos dois jogos finais
será da FPF. E se a fórmula é a mesma, os favoritos continuam sendo as quatro
equipes consideradas grandes, pois cresce o abismo entre essas equipes e as
do interior do Estado, na medida em que os recursos de mídia e patrocínio,
especialmente os de TV são, na quase
totalidade, canalizados para aquelas, na guerra por altos índices de audiência. No ano passado, as equipes do Mogi-Mirim, da
Ponte Preta e do Guarani chegaram ao octogonal e as duas de Campinas, às
semi-finais, de forma surpreendente, desbancando Corinthians e Palmeiras. O
Bugre, apesar da eterna crise financeira por que passa, foi além, fazendo a
grande final do campeonato com o Santos F.C., numa campanha irrepreensível e só
não levando o caneco pela natural distância técnica entre os seus elencos. De
qualquer maneira, os campeonatos regionais estão aí, contra a vontade
daqueles que gostariam que eles
acabassem, sob o argumento de que são desinteressantes e acabam restringindo ainda mais o
apertado calendário do futebol brasileiro. Paralelamente a eles, acontecerão
etapas da Libertadores (com São Paulo e Grêmio, disputando a pré, e,
ainda, Corinthians, Palmeiras (último
campeão da Copa do Brasil) e Fluminense (atual Campeão Brasileiro). O Campeonato Brasileiro deve acontecer a partir de maio até dezembro,
mas fica suspenso em parte de junho e julho, para a Copa das Confederações, o grande evento
internacional deste ano. A nós, torcedores, resta selecionar, nesta enxurrada
de torneios e jogos, o que poderá haver de melhor e mais interessante (ao menos
na teoria), para acompanhar. Salvo, obviamente, os jogos do time da gente que,
esses, não podemos perder, por uma única razão que não admite objeção: O time
da gente joga o melhor futebol do mundo. Sempre. É ou não é?
P.S. (1) O atacante Erik do
Goiás, é o artilheiro da Copa São Paulo de Futebol Junior, com 8 gols;
P.S. (2) A final da Copinha,
sempre uma grande festa, será disputada amanhã, dia 25 de janeiro, aniversário
de São Paulo, no Pacaembu, às 10,00 horas da manhã, com ingresso gratuito. O
jogo será transmitido pela ESPN, Rede Globo, Rede TV, Rede Vida e Sport TV,
numa distribuição bem democrática. O site Watch Espn Brasil também transmitirá
a partida, via internet;
P.S. (3) O Campeonato Paulista é
o mais valioso do país. O valor total dos elencos das 20 equipes que o disputam
é de 1,1 bilhão de reais. Em segundo lugar, com quase metade desse valor, vem o
Campeonato Carioca, estimado em 665 milhões de reais;
P.S. (4) A Chevrolet investiu 10
milhões no patrocínio dos campeonatos regionais, adquirindo esse patrocínio
diretamente das Federações. Incluem-se no patrocínio os campeonatos de São
Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, Acre, Alagoas, Ceará, Bahia, Maranhão,
Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Tocantins. A sua marca
aparecerá sempre nos estádios onde os jogos acontecerão. Mas a TV Globo, que já
tem contrato com a concorrente Volkswagen, não exibirá a publicidade nas
transmissões, ao contrário da Rede Bandeirantes, que deverá faze-lo,
normalmente, nas transmissões para todo o Brasil.
P.S. (6) As imagens da coluna de hoje foram emprestadas dos sites goias.jpg. e esporte.uol.com.br, respectivamente.
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