Boa
noite amigos,
Fabricio Carpinejar escreveu um
dia que “Na infância... Bastava sol lá
fora e o resto se resolvia”. O
pensamento é pertinente para o assunto de hoje. Dentre proteínas, sais minerais
e vitaminas, substâncias de que dependemos para viver de forma saudável, a
vitamina D é conhecida como “A vitamina
do Sol”. Sua deficiência provoca
alteração na mineralização óssea. É fundamental para a manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no sangue.
É curioso observar que hoje se acredita que, ao contrário de outras vitaminas,
a Vitamina D é sintetizada pela pele
e essa síntese teria relevância maior do que aquela relacionada à ingestão
alimentar. Mas há quem garanta que a vitamina D não é realmente uma vitamina e
sim um hormônio, o colecalciferol. Dentre suas várias finalidades, ela possui papel mediador em processos
inflamatórios, autoimunitórios e de
controle de níveis de pressão, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer e
colabora no desempenho de músculos, nervos e na coagulação do sangue. Em mulheres
na fase pós-menopausa o baixo estado nutricional relativamente à vitamina D provoca a osteoporose, que se caracteriza pela
fragilidade dos ossos, uma enfermidade de graves consequências na terceira
idade. Mas a verdade é, independentemente do estágio da osteoporose, a dieta à base de cálcio e a reposição da
vitamina pela síntese da pele pelo sol são capazes de reverter completamente o
processo. Conversei hoje com uma senhora que foi diagnosticada com severa
osteoporose atingindo a coluna vertebral e que, em dois anos, com essa dieta,
está absolutamente curada, segundo me garantiu. Agora o mais importante: é
indispensável o sol. Afirma John Cannell, no site Vitamin
D Council: “... diferente de outros sistemas
esteróides, o sistema da vitamina D necessita de ambos, colesterol e luz solar
para iniciar. O corpo não tem nenhuma maneira de obter vitamina D a menos que
você entre em contato com o sol ou tome suplementos. Lembre, diferentemente de
todos os outros hormônios esteróides, o corpo não pode fabricar sua própria
vitamina D a partir do colesterol. Ele necessita de raios de sol também”. Em razão disso, é desejável, senão indispensável a qualquer pessoa, a exposição ao sol, todo dia, durante pelo
menos 10 minutos, ainda que seja naquele horário recomendado pelos
dermatologistas, para evitar câncer de pele: entre 8,00 e 10,00 da manhã e após
às 16,00 horas. Essa exposição deve ser feita, SEM A UTILIZAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE DE PROTETOR se pretendermos evitar a hipovitaminose
(deficiência da vitamina), deficiência que pode ser observada em pessoas que
tenham pouca exposição ao sol e naquelas com problemas de absorção de lipídeos
e má dieta alimentar no que tange aos alimentos ricos nessa vitamina. Em
resumo, a síntese da vitamina D que
existe na nossa pele e em determinados alimentos se dá pela RADIAÇÃO do
ULTRAVIOLETA B. Por isso esse negócio de
que devemos usar protetor solar todos os dias, em todas as situações, evitando
qualquer contato da pele exposta com o sol, é um exagero e, se de um lado nos
livraria de um hipotético câncer de pele, de outro nos causaria problemas de
síntese de vitaminas ou hormônio relevante, como a D, com consequências graves também para nossa saúde.
Afinal, como asseverou num dia qualquer Antoine de Saint-Exupéry: “ É o mesmo sol que derrete a cera e seca a
argila” e, de remate, São Francisco de Assis: “Apenas uma raio de sol é suficiente para afastar várias sombras”. Viva o Sol,
portanto. Mas, como tudo na vida, sem exageros.
Até
amanhã amigos.
P.S.
(1) As principais fontes de vitamina D
são os óleos de fígados, peixes e alimentos derivados do leite,
especialmente manteiga, margarida enriquecida e queijos gordurosos. E,
para variar, o ovo, que já foi no
passado grande vilão e, de repente, virou um dos alimentos mais completos de
que se tem notícia, indispensável, pois, no cardápio de todos nós.
P.S.
(2) A carência de vitamina D na
população de Curitiba, tem sido relacionada
com a ausência de sol, por causa do clima da cidade, que em grande parte do ano
coleciona dias frios, nublados e chuvosos. Já pensaram então em Londres?
P.S.
(3) A dose certa de vitamina D, no caso de carência, varia de pessoa para pessoa. Daí
porque é o médico especialista que deve fixar e prescrever. Tem a ver com a
exposição ao sol, fatores ambientais como estação do ano, latitude, hora do dia
e hábitos da pessoa.
P.S. (4) “Uma vez que poucos de nós vivemos desnudos
sob o sol, nossos sistemas de vitamina D estão secos, nossos tanques de
calcidiol estão sempre com o ponteiro na reserva, nossos tecidos estão famintos
por mais desse hormônio esteróide, o mais potente do corpo, e, talvez por isso,
as doenças de nossa civilização estejam cada vez mais disseminadas.” (....). (JOHN CANNELL, M.D., no site VITAMIN D COUNCIL);
P.S. (5) A imagem de hoje foi emprestada de retratosdaalma.com.br.
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