Boa noite amigos,
Sou, como tantos outros,
conhecidos e desconhecidos, um
apreciador da cerveja em seus mais diferentes estilos e composições. Digo
tantos e tantos outros, pois a cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no
mundo. E dentre todas, é a terceira, só perdendo para a água e para o chá. Trata-se de uma bebida, que como diz um amigo
meu, equivale a uma super-alimentação. Dá para substituir um variado prato de
comida. Mas como acompanhante de determinadas refeições é ideal e inigualável.
Afinal, não dá para pensar em um churrasco "supimpa" que não seja acompanhado
pela "cerva" geladinha, como estamos acostumados aqui no Brasil, esse país
tropicalíssimo. Tudo bem que temos a
cachaça, o whisky e o vinho. É, no
entanto, a cerveja que vai mais vezes freqüentar o nosso cardápio, em
restaurantes, em casa ou nos piqueniques da vida, durante todas as estações do
ano. A cerveja é produzida a partir da fermentação de cereais,
especialmente da cevada, e foi uma das primeiras bebidas alcoólicas criadas pelo
ser humano. Seus ingredientes básicos são água, uma fonte de amido, como malte
de cevada convertido em açucares e, depois de fermentado, em álcool e dióxido
de carbono, uma levedura para produzir a fermentação e o lúpulo. Uma outra
fonte alternativa de amido pode ser usada, como o milho, o arroz, o milheto, o
sorgo, a raiz de mandioca (especialmente na África), tubérculo de batata e agave. A origem da cerveja é muito
antiga. Era conhecida dos sumérios, dos babilônios e dos egípcios há pelo menos
2.300 anos antes de Cristo. Na civilização romana teve alguma importância, mas
durante a República, o vinho destronou a cerveja como a bebida alcoólica
preferida. A cerveja passou a ser, então, uma bebida própria dos bárbaros, dentre
os quais os povos germânicos. Esse resquício de bebida popular, em
contraposição ao vinho, cuja cultura é reputada mais nobre, se mantém ainda
hoje. Tenho amigos mais sofisticados que não tomam cerveja, nem a oferecem, o
que é pior, nos encontros e festas que promovem. Os mais íntimos, no entanto,
não ousam me convidar para qualquer encontro em que a opção não seja oferecida.
A bebida também está hoje destinada, em
todo o mundo gastronômico, a compor receita de certos pratos, especialmente de
carnes e aves. Parodiando um personagem da novela das 7, diria que “há
prato todo trabalhado na cerveja”. Atualmente existe em todo o planeta, uma
grande variedade de cervejas,com composições e receitas variadas e
experimentais. Virou mania entre os
cervejeiros mais tradicionais e com recursos, a
elaboração de cervejas artesanais para consumo próprio, de parentes e amigos, sem
objetivo de comercialização. Por isso
essa variedade passou a ser infinita. A maior parte, contudo, dos consumidores
de cerveja, preferem a Pielsener (pils
ou pílsen, no Brasil), mais adaptável ao gosto popular brasileiro e ao
clima. Mas é também a cerveja mais consumida, de maneira geral. De vez em quando vamos falar aqui a respeito do assunto, que é um dos
meus prediletos.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Pielsener
(pils ou pílsen), é uma cerveja de baixa fermentação, fabricada com maltes
especiais produzidos na cidade de Pielsen
(Plizen), situada na região da Boêmia,
atual República Checa;
P.S (2) Duas cervejas que considero muito boas, na categoria
acima citada. A “Corona”, servida com uma fatia de limão na boca da garrafa e a cerveja “Sol”, ambas mexicanas. São marcas bem
difundidas no mundo, tanto que elas são comercializadas em boa parte da Europa e nos Estados Unidos. Recentemente, viajando para as ilhas de Aruba, Curaçao e Bonaire constatei que são facilmente encontradas, a preços
acessíveis e populares.
P.S. (3) A Cerveja Sol
Pielsen Premium é uma cerveja clara,
com delicioso aroma, pouco amarga e muito refrescante, de sabor intenso
e vibrante, provocado por sua consistência sedosa que deixa uma sensação de
frescor no paladar que pode ser sentido já no primeiro gole. Sua garrafa
translúcida ressalta sua coloração dourada. Da
família Lager, é vendida em garrafa
de 355 ml. E sua gradação alcoólica é de 4,30%. Seus ingredientes são água,
malte, lúpulo e cereais não maltados.
P.S. (4) Neste ano de 2.013, pela primeira vez, foi
desenvolvido um tipo de sorvete e de ovo de Páscoa a partir da cerveja;
P.S. (5) Segundo pesquisa feita por empresa alemã, o Brasil aparece em 17º lugar entre os maiores consumidores de cerveja, com 62 litros por habitante/ano. É o país sul-americano que mais consome a bebida. O
primeiro lugar ficou com a República
Checa, com média de 143 litros por
habitante. O segundo e terceiro
lugares, ficaram, respectivamente,com a Áustria
(108 l/h) e Alemanha (107 l/h). O último lugar ficou com a Índia (apenas 2 l/h).
P.S. (6) Ramsés III
(1.184-1153 A.C.), um dos faraós do Egito,
chegou a ser conhecido como o “faraó-cervejeiro”.
Chegou a doar, aos seus sacerdotes, 466.308
ânforas (essa era a medida na ocasião) de cerveja, aproximadamente um milhão de litros, saídos de suas
cervejeiras;
P.S. (7) O famoso Código
de Hamurabi estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo da Babilônia: 2 litros para os trabalhadores, 3 para os funcionários públicos, e 5
para os administradores e o sumo sacerdote. O Código também impunha sanções severas para os taberneiros que
tentassem enganar os seus clientes;
P.S. (8) A Cerveja é uma bebida
cujo teor alcoólico fica entre 3 a 6% vol., enquanto os vinhos tem teor entre 8% (alguns vinhos verdes) e
13% (vinhos tintos), sempre em média. O teor
médio do wisky é de 40%, o mesmo do aguardente;
P.S. (9) As quatro bebidas com maior teor alcoólico do mundo
são, nesta ordem: 1) “Everclear”, uma espécie de
cachaça, fabricada pela Luxco nos Estados Unidos. Também conhecida como “pinga
gringa” ou “Spirit”, tem teor entre 75,5% a 95%. É usada na flambagem de certos
pratos culinários e até para acender fogueira; 2) “Utopias” é uma cerveja
fabricada pela Samuel Adams. Como cerveja é atípica, tem sabor complexo
assemelhado ao brandy. Tem 25% de teor alcoólico, o que se tratando de cerveja,
é um disparate. Só foram fabricadas 8.000 garrafas, comercializadas a 100
dólares cada. Hoje a aquisição de alguma delas só pode se dar em leilões ou
sites especializados, ao preço mínimo de 500 dólares; 3) Balkan, é uma vodka
oriunda da Bulgária, triplamente destilada. É comercializada na Inglaterra ao
preço de 45 libras. Seu teor alcoólico chega a 88%; 4) Absinto – composto de
ervas, especialmente da losna, tem teor alcoólico entre 68% a
72% e se suspeita que causa delírios e alucinações. Preferida de artistas como
Toulosse-Lautrec, Rimbaud e do escritor Charles Baudelaire, alguns atribuem ao
seu consumo a loucura de Van Gogh;
P.S. (10) Em muitos países, inclusive no Brasil, a lei proíbe a venda de bebidas que contenham teor
alcoólico superior a 60%. Há uma versão de Absinto
que é vendido no Brasil e possui
apenas 45% de teor alcoólico;
P.S. (11) Informações constantes da coluna de hoje foram
emprestadas do site vidaestilo.terra.com.br.;
P.S. (12) A primeira imagem da coluna foi emprestada do site www.maisestudo.com.br; a segunda imagem (da cerveja Sol Premium) foi emprestada do site www.saoluizdelivery.com.br; a terceira imagem (da cantora Sandy em campanha com a cerveja Devassa), do site www.sensacionalista.com.br; a quarta imagem é do escritor e poeta francês Charles Beudelaire, suposto consumidor do "Absinto". O poeta, autor de Flores do Mal é um dos meus favoritos. Sandy, durante o carnaval, foi alvo de uma brincadeira nas redes sociais, que diziam ter a artista sido hospitalizada com suspeita de cirrose, após tomar dois copos de cerveja. E que Zeca Pagodinho teria se oferecido como doador de fígado, cujo órgão foi recusado, no entanto, pela equipe médica. A cantora ficou danada com a brincadeira. Mas era, claro, só brincadeira mesmo.
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