Boa noite amigos,
Há muitos anos que não enfrentávamos um
calor escaldante aqui no Sudeste. O final do ano no litoral foi muito quente e
sem chuva, estiagem que tem sido rara nos últimos verões e que também
contribui para as altíssimas temperaturas que experimentamos. Bem, o tema é
propício para falarmos um pouco sobre um artefato que mais do que nunca está na
moda. Virou preferência nacional, como a
cerveja, o futebol ou o pão de queijo.
De que se trata? De sua Majestade o Chapéu Panamá. Apesar do nome ele é fabricado no
Equador, especialmente nas cidades
de Cuenca e Montecristi e também é conhecido como El Fino. Confeccionado de maneira artesanal, a partir da palha da planta Carludovica palmata,. a versão mais
provável para a origem do nome com que
foi batizado e é conhecido é a de que o Presidente
Theodore Roosevelt teria usado esse chapéu de palha, no ano de 1.906, em uma visita ao Canal do Panamá. Inicialmente era um produto exclusivamente
masculino, mas hoje é usado por homens e mulheres, existindo inúmeros modelos
exclusivamente femininos. É uma espécie de símbolo dos ambientes praieiros
tropicais, mas não se pense que é usável apenas nas praias, com trajes
informais. Ele substitui perfeitamente os clássicos chapéus de feltro, em
climas tropicais, podendo ser usado com paletó e gravata, como se pode observar
da imagem do nosso inesquecível maestro
e compositor Tom Jobim, que não o dispensava praticamente nunca.
Também aqui no
Brasil passou a ser um dos símbolos da malandragem carioca. Personalidades do
mundo político e artístico, de ontem e de hoje, daqui e de fora, aderiram à moda: Winston Churchill, Harry Truman, Getúlio Vargas, Humphrey Bogart,
Clarck Gable e Michael Jackson. Santos
Dumont foi um dos precursores, notando-se o indefectível chapeuzinho em
quase todas as fotos que se publicam do inventor do avião. Bem, de minha parte
comprei um e confesso que foi meu companheiro diário nas idas e vindas para a
praia ou nas caminhadas a pé no final do ano passado e começo deste ano,
período que tirei férias com a família e fui para o litoral. Os meus bonés,
inúmeros, adquiridos nas minhas viagens, ficaram lá quietos, semi-aposentados.
E se depender de mim e de meu panamá vão continuar lá. Que tal adquirir um
também? Depois me contem.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) O chapéu Panamá é construído
artesanalmente e leva um dia inteiro, pelo menos, para ficar pronto. A matéria
prima é a planta denominada “Toquilla”, cujo nome científico é Carludovica
Palmata. A palha é cortada e levada para um galpão ou casa dos índios
descendentes dos incas. Tirada a casca a palha interior é levada ao fogo para
ferver. Depois é colocada para secar. Uma vez seca, começa-se a tecê-la em tramas, num
trabalho elaborado, lento e de mestre;
P.S. (2) O chapéu panamá é preferível ao de
feltro em climas tropicais pois são de cor clara, peso leve e respirável. Para
viagens ainda tem a vantagem de que pode ser dobrado e posteriormente volta à
forma original sem problema. Se ficar com vinco ou vincos pode ser passado à ferro;
P. S. (3) São inúmeros os modelos e cores
do chapéu panamá legítimo oferecido para vendas em lojas do ramo: clássico
laranja, clássico laranja claro, clássico onça, clássico roxo, clássico branco
palha, clássico amarelo, clássico indiana, gota aba larga branco e gota aba
larga marrom. Os preços dos autênticos variam entre R$194,00 a R$287,00. Dentre
os femininos vários outros modelos, destacando-se o Tradicional Azul e o Tradicional Branco.
P.S. (4) Em algumas praias do litoral norte de São Paulo, os preços são mais acessíveis (entre R$80,00 e R$120,00 mais ou menos), mas não há garantia de autenticidade.
P.S. (4) Em algumas praias do litoral norte de São Paulo, os preços são mais acessíveis (entre R$80,00 e R$120,00 mais ou menos), mas não há garantia de autenticidade.
P.S. (4) As imagens da coluna de hoje, menos a primeira, foram emprestadas de www.tvdimensao.com., biamoraes.com.br., meusonhodevida.blogspot.com.br.modaparahomen.com.br., de onde também se
obteve algumas informações. Também houve consulta ao www.wikipédia.com.br.;
P.S.
(5) A primeira imagem é de meu neto Rafael com o Panamá do vovô Jamil, fazendo
graça. E o vô babão não resistiu e botou ele logo na abertura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário