terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MODA DE VERÃO - O VELHO E BOM CHAPÉU PANAMÁ

Boa noite amigos,


Há muitos anos que não enfrentávamos um calor escaldante aqui no Sudeste. O final do ano no litoral foi muito quente e sem chuva,  estiagem que  tem sido rara nos últimos verões e que também contribui para as altíssimas temperaturas que experimentamos. Bem, o tema é propício para falarmos um pouco sobre um artefato que mais do que nunca está na moda. Virou preferência nacional,  como a cerveja, o futebol  ou o pão de queijo. De que se trata?  De sua Majestade o Chapéu Panamá. Apesar do nome ele é fabricado no Equador, especialmente nas cidades de Cuenca e Montecristi e também é conhecido como El Fino. Confeccionado de maneira artesanal,  a partir da palha da planta Carludovica palmata,. a versão mais provável para a origem do  nome com que foi batizado e é conhecido é a de que o Presidente Theodore Roosevelt teria usado esse chapéu de palha, no ano de 1.906,  em uma visita ao Canal do Panamá. Inicialmente era um produto exclusivamente masculino, mas hoje é usado por homens e mulheres, existindo inúmeros modelos exclusivamente femininos. É uma espécie de símbolo dos ambientes praieiros tropicais, mas não se pense que é usável apenas nas praias, com trajes informais. Ele substitui perfeitamente os clássicos chapéus de feltro, em climas tropicais, podendo ser usado com paletó e gravata, como se pode observar da imagem do nosso inesquecível maestro e compositor Tom Jobim, que não o dispensava praticamente nunca.

 Também aqui no Brasil passou a ser um dos símbolos da malandragem carioca. Personalidades do mundo político e artístico, de ontem e de hoje, daqui e de fora,  aderiram à moda: Winston Churchill, Harry Truman, Getúlio Vargas, Humphrey Bogart, Clarck Gable e Michael Jackson.  Santos Dumont foi um dos precursores, notando-se o indefectível chapeuzinho em quase todas as fotos que se publicam do inventor do avião. Bem, de minha parte comprei um e confesso que foi meu companheiro diário nas idas e vindas para a praia ou nas caminhadas a pé no final do ano passado e começo deste ano, período que tirei férias com a família e fui para o litoral. Os meus bonés, inúmeros, adquiridos nas minhas viagens, ficaram lá quietos, semi-aposentados. E se depender de mim e de meu panamá vão continuar lá. Que tal adquirir um também? Depois me contem.

Até amanhã amigos. 
 P.S. (1) O chapéu Panamá é construído artesanalmente e leva um dia inteiro, pelo menos, para ficar pronto. A matéria prima é a planta denominada “Toquilla”, cujo nome científico é Carludovica Palmata. A palha é cortada e levada para um galpão ou casa dos índios descendentes dos incas. Tirada a casca a palha interior é levada ao fogo para ferver. Depois é colocada para secar. Uma vez seca, começa-se a tecê-la em tramas, num trabalho elaborado, lento e  de mestre;

 P.S. (2) O chapéu panamá é preferível ao de feltro em climas tropicais pois são de cor clara, peso leve e respirável. Para viagens ainda tem a vantagem de que pode ser dobrado e posteriormente volta à forma original sem problema. Se ficar com vinco ou vincos pode ser passado à ferro;

P. S. (3) São inúmeros os modelos e cores do chapéu panamá legítimo oferecido para vendas em lojas do ramo: clássico laranja, clássico laranja claro, clássico onça, clássico roxo, clássico branco palha, clássico amarelo, clássico indiana, gota aba larga branco e gota aba larga marrom. Os preços dos autênticos variam entre R$194,00 a R$287,00. Dentre os femininos vários outros modelos, destacando-se o Tradicional Azul e o Tradicional Branco.

P.S. (4) Em algumas praias do litoral norte de São Paulo, os preços são mais acessíveis (entre R$80,00 e R$120,00 mais ou menos), mas  não há garantia de autenticidade.
P.S. (4) As imagens da coluna de hoje, menos a primeira, foram emprestadas de www.tvdimensao.com., biamoraes.com.br., meusonhodevida.blogspot.com.br.modaparahomen.com.br., de onde também se obteve algumas informações. Também houve consulta ao www.wikipédia.com.br.;


P.S. (5) A primeira imagem é de meu neto Rafael com o Panamá do vovô Jamil, fazendo graça.  E o vô babão não resistiu e botou ele logo na abertura.



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