Boa noite amigos,
São muitas as histórias que se contam sobre a famosa Torre Eiffel, ícone da cidade de Paris
e, hoje da própria França.
Construída por Gustave Eiffel como arco de entrada de uma
Exposição Universal que, em 1.889, deveria comemorar o centenário da Revolução Francesa, na época em que foi
levantada, a maior estrutura de ferro treliçado do mundo causou alvoroço como
obra de engenharia, mas bonita, bonita mesmo, convenhamos, ela não é, com
respeito à divergência. A verdade é que
muitos parisienses não gostavam dela e achavam que ela, com seus enormes 324
metros de altura, enfeiava a cidade-luz. Contam que um famoso jornalista
francês, articulista de um diário, de
forma sistemática, volta e meia, aproveitava para pichar a tal estrutura, que
ele considerava de mau gosto, horrorosa mesmo e que haveria de ser demolida o
quanto antes, para o bem da estética e da invejável arquitetura de Paris. O
fato interessante é que o tal jornalista, todos os dias, almoçava no
restaurante que funcionava exatamente no segundo pavimento da torre. Conhecido
pelo proprietário do estabelecimento, pelo mâitre e pelos garçons em geral, as
suas criticas causavam profundo mau estar entre o pessoal do restaurante, pois eram consideradas injustas. Mais que
isso, o habitual freguês era tido como insincero e desleal, senão absolutamente
incoerente por frequentar o local enquanto criticava a sua existência. Em determinado dia, depois de mais uma crítica virulenta publicada
no matutino, todo o pessoal do restaurante resolveu tirar satisfações com o dito-cujo e os mais radicais queriam
até proibir que ele continuasse fazendo as refeições no local. Hora de almoço,
muita gente no estabelecimento, eis que chega o nosso protagonista. Como combinado,
foi recebido pelo contingente de “ofendidos” e, chamado a um canto do
estabelecimento, foi cercado e questionado. Assim acuado, sem entender o
que acontecia, foi compelido a explicar, bem explicadinho, a razão pela qual,
tecendo críticas à torre, ia almoçar todos os dias justamente no restaurante
que ficava no interior do estabelecimento. Diga aí, agora, porque vem aqui? Se
não gosta da torre, não gosta de nós, e assim não tem razão para frequentar
nosso restaurante. O respeitável profissional, mesmo acossado, não se intimidou, e com a rude
sinceridade francesa, respondeu - Não, não,
sabe. Eu explico, sim. Na verdade, eu só
venho almoçar aqui todos os dias, porque aqui, nesse restaurante, é o único
lugar de Paris que eu consigo comer sem ter que olhar para a porra dessa torre
horrorosa.
P.S. (1) Dizem que depois dessa explicação, foi liberado, com a
condição de que pegasse leve e fizesse
propaganda do restaurante como sendo,
além de um estabelecimento que fornecia boa alimentação, atendia aos saudosistas
que quisessem apreciar a arquitetura
de Paris, antes do levantamento da torre.
Até amanha amigos.
P.S.(2) A Torre
Eiffel foi levantada para ter
caráter provisório. Objeto de concessão ao Engenheiro que a projetou, para
exploração comercial, pelo prazo de 20 anos, deveria ser demolida no ano de
1.909. Não foi porque ao último pavimento estava acoplada uma antena de rádio.
E por servir como antena potente foi salva da demolição, tudo antes de se
tornar o ícone que é hoje.
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