segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

FIM DO CAMPEONATO BRASILEIRO E MÃO NA BOLA OU BOLA NA MÃO - PARTE DOIS

Boa tarde amigos,



°  (Fim de Campeonato) .......Acabou o Campeonato Brasileiro, o mais longo e importante torneio nacional do Brasil, quiçá, do Continente Americano. Desprovido há anos de craques, quase todos jogando na Europa  (o último a debandar foi Neymar, hoje no Barcelona), não tem o mesmo brilho dos campeonatos passados, mas a potencialidade e a  capacidade de lançar grandes jogadores ainda faz do país o grande centro de observação do mundo e dos milionários clubes europeus, ávidos de novos valores, visando a necessária  reciclagem de suas equipes. Paralisado por causa da Copa do Mundo, nem antes, nem depois, ao que se pode observar, o torneio sofreu desgaste ou desprestígio, quer do público que ordinariamente comparece aos estádios, quer dos espectadores que apreciam o esporte,  que continuaram a  oferecer índices interessantes e médias históricas de audiência, durante a transmissão dos jogos, o que não deixa de ser surpreendente, depois do vexame dos 7 a 1 na desclassificação precoce (precoce?) do Brasil, da Copa do Mundo realizada aqui na terrinha querida;

° (Cruzeiro, bicampeão convincente) .......Em destaque a  hegemonia do Cruzeiro, bicampeão (2013-2014), obtendo o seu quarto título nacional depois da unificação feita pela CBF. O Cruzeiro foi melhor sempre e permaneceu 33 rodadas, das 38 oficiais, na liderança da competição. Ganhou o título, com folga, com duas rodadas de antecedência, com 10 pontos à frente do São Paulo, vice-campeão, e com a maior pontuação da história do Campeonato, na era dos chamados “pontos corridos” (70 pontos). Não houve voz discordante de que a equipe foi a melhor, tanto no aproveitamento, quanto no equilíbrio do elenco e a que jogou o mais bonito e vistoso futebol dentre as 20 equipes participantes.;

° (Cinco atletas na Seleção do Campeonato) ...... Graças ao trabalho da Diretoria, que conseguiu manter praticamente a mesma equipe campeã do ano passado, a despeito dos assédios de clubes e empresários interessados nos atletas de ponta, o Cruzeiro ainda contratou alguns craques, revelando outros. Na Seleção do Campeonato, o clube da Toca da Raposa teve nada menos que 5 (cinco) atletas, meio-time. A Seleção da CBF não é unanimidade entre jornalistas e esportistas em geral, e tem a seguinte composição: Goleiro: Jefferson, do Botafogo; Lateral-Direito, Marcos Rocha, do Atlético  Mineiro; Lateral-Esquerdo: Egídio, do Cruzeiro; zagueiros: Dedé, do Cruzeiro e Gil, do Corinthians; Volantes: Souza, do São Paulo, Lucas Lima, do Cruzeiro; Meias: Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, ambos do Cruzeiro e os Atacantes: Diego Tardelli, do Atlético Mineiro e Guerreiro, do Corinthians. Como  craque do Campeonato, pelo segundo ano seguido, foi eleito o jogador Everton Ribeiro, do Cruzeiro. Chuteira de Ouro para Barcos, do Grêmio e Fred, do Fluminense. Fred foi também o artilheiro da competição com 17 gols. Os eleitos receberão os seus troféus hoje, no programa Bem-Amigos, do SportV, comandado pelo jornalista Galvão Bueno;

° (Aposentadoria de Alex) .......... Enquanto se anunciava a falsa notícia da  aposentadoria do goleiro Rogério Ceni do São Paulo e que, na semana passada, para surpresa de muitos, renovou seu contrato, por mais uma temporada, com o clube paulista, no sul o meia Alex, jogando pelo Coritiba, encerrou ontem efetivamente sua passagem pelo futebol, no clube paranaense. Alex, com seu futebol refinado, marcado por lançamentos longos corretos e cobranças de faltas irrepreensíveis, deixou sem dúvida a sua marca na história do futebol brasileiro. Que seja feliz na trajetória de sua vida pessoal e profissional, juntamente com a família. A ele, a gratidão de todos os que apreciam o futebol e que se encantaram com suas incontáveis jogadas geniais que marcaram a sua vitoriosa carreira;

° (Gol de Voleio) ......  Esse Marcelo Moreno, atacante do Cruzeiro,  foi um destaque altamente positivo no ataque do time mineiro, encaixando-se, como uma luva, na equipe campeã. Ontem, o artilheiro fez o seu 15º gol no campeonato, dois apenas a menos que Fred, o artilheiro, e o  último gol do Cruzeiro no campeonato, em  Minas, na vitória contra o Fluminense, por 2 a 1, de virada. Um gol para ficar na memória do torcedor e do clube. Um golaço de voleio  para coroar a campanha memorável;


° (Quatro em Um. E não é doce da Cica) .........Em destaque o futebol de Santa Catarina. Enquanto Chapecoense e Figueirense conseguiram se manter na série A do Brasileiro, das quatro equipes que subiram da série B, duas são catarinenses: o campeão da segundona, Joinville,  e o Avaí, que, na última rodada, venceu e tirou a vaga quase certa do mineiro Boa, derrotado em casa, para decepção de seus torcedores.  Com o segundo maior número de equipes de um mesmo Estado (perde apenas para São Paulo que terá cinco equipes (Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e Ponte Preta), resta saber como se comportarão as 4 equipes em 2.015, que realizarão, dada a rivalidade,  quase que um campeonato regional dentro da própria competição nacional. Quem viver, verá. Melhor dizendo: Quem vencer, viverá.

°  (De novo a polêmica Bola no braço ou na mão) .......  Ontem, no jogo de vida ou morte do Palmeiras contra o misto do Atlético Paranaense, no Allianz Parque, quando a equipe paulista perdia por 1 a 0, em jogada dentro da área do Furacão, o árbitro apitou penalidade máxima em favor do Verdão. A televisão mostrou várias vezes o lance em que Gabriel chuta para o gol e a bola, desvia a trajetória,  batendo no braço do zagueiro Dráusio, que está de costas.  Já disse aqui e repito que essa tal regra que remete à interpretação do árbitro saber se é mão na bola ou bola na mão, é temerária e confusa. Apelar então para a intenção do atleta é outra baboseira, pois o árbitro não tem o condão de penetrar na sua mente, para constatar a sua real posição anímica. Pois bem, em recente reunião sobre arbitragem promovida pela CBF com representantes dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, na sede da entidade, o ex-árbitro uruguaio Jorge Larrionda, instrutor de arbitragem da Fifa, esclareceu afinal qual é a recomendação para lances de bola na mão dentro da área. Segundo ele, para marcar o pênalti ou não, o árbitro precisa avaliar se o defensor assumiu um risco, ao aumentar,  com os braços,  a área de seu corpo. Isso, conforme destacou Larrionda em sua palestra, é mais importante do que a distância do jogador para o chute ou se o movimento é ou não intencional. Larrionda, arrematou seu posicionamento, afirmando que o jogador pode não saber a trajetória da bola, mas ele não ignora que a regra não permite que ele amplie a área de seu corpo usando braço ou mão para interceptar a bola. Em resumo, trata-se de constatação objetiva (se interceptou a passagem da bola, ampliando a área de seu corpo o atleta comete pênalti). Se, no entanto, não houver essa ampliação (o braço ou a mão, colados ao corpo, foi atingido pela bola), a recomendação é de que não existe a penalidade. Em qualquer caso, é dispensável o exame da intenção do atleta. Parece-me que essa única regra dispensa as demais e sua observância objetiva é o melhor critério para acabar com discussões e interpretações subjetivas. Agora veja o lance no jogo do Palmeiras, ontem. O braço, distante do corpo, intercepta a passagem da bola. E aumenta a área do corpo do atleta, ainda que ele esteja de costas. Ouvi dois comentários diferentes a respeito. Do ex-árbitro, Sálvio Spinolla, no ESPN, insistindo não ter havido pênalti, porque o jogador não teria tido a intenção de cometê-lo, na medida em que está de costas para a bola. E o do Juca Kfouri que em sua coluna diária no UOL, salienta que, embora de costas, o braço aberto implicou em aumento ou ampliação da área do corpo do atleta, o que, segundo a regra, não é permitido. E isso independe do elemento subjetivo.  O pênalti para ele, foi bem assinalado. Concordo também;


° ( Graças ao Prass) ...... Que partida fez ontem o goleiro Fernando Prass do Palmeiras no jogo que selou a sorte da equipe paulista no campeonato. Defesas monumentais, no primeiro tempo, salvaram, sem dúvida, o Palmeiras, da derrota. O velho e experiente Prass voltou a  mostrar um futebol vistoso, digno de convocação para a seleção brasileira.



Até amanhã amigos.


P.S. (1) A primeira imagem da coluna de hoje é do lance em que o atacante Marcelo Moreno prepara o voleio que resultou no segundo gol do Cruzeiro, na partida de ontem contra o Fluminense, no encerramento do Brasileirão 2.014. A imagem foi emprestada de globo.comA segunda e última imagem é do goleiro palmeirense, Fernando Prass, agradecendo aos céus, após o empate contra o Atlético Paranaense, ontem à tarde, em 1 a 1, a permanência do Verdão na primeira divisão do Brasileiro e, é claro, a sua excepcional atuação, segurando o rápido ataque do surpreendente mistão do Furacão, recheado de jovens voluntariosos e bons de bola. A imagem foi emprestada do blogdojuca.uol.com.br.

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