Boa
noite amigos,
Leonel Messi, a grande estrela do Barcelona e do futebol
mundial, que perdeu penalti na decisão contra o Chile da
Copa América do Centenário (imagem emprestada de edi
tion.cnn.com).
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Enquanto
a tocha olímpica caminha por este país-continente, anunciando as Olimpíadas do Rio de Janeiro,
que começa no dia 05 de agosto, o
futebol tem sido destaque como esporte capaz de arrastar multidões aos
estádios, nos quatro quadrantes do mundo, movimentando apostas milionárias e mexendo com emoções
de torcedores, atletas, imprensa e simpatizantes. E principalmente com o
improvável, o inusitado, o inesperado. Na Copa América do Centenário, realizada nos Estados Unidos, um país que
ainda busca sensibilizar o seu povo para esse esporte, a Seleção Brasileira foi
outra vez um fiasco. Eliminada na fase de classificação pela até pouco tempo
inexpressiva Seleção do Equador, por um erro grosseiro de arbitragem, é certo, o
que não afasta a falta de merecimento para um destino melhor, a exclusão trouxe
como consolo a antecipação na já
esperada dispensa da comissão técnica, comandada pelo contestado técnico Dunga.
E a contratação de Tite, ex-Corinthians, um profissional que ganhou muitos
títulos e elogios da imprensa e de torcedores, para a sequência do trabalho
insólito de classificação da equipe para a Copa do Mundo da Rússia, tarefa que,
se for frustrada, porá por terra mais um de nossos recordes e orgulho: o de ser
a única seleção a disputar todas as Copas do Mundo na história do torneio. Chile e Argentina fizeram a final da Copa
América, num jogo de bom nível técnico e
de grande movimentação, tendo o Seleção Chilena conquistado o bicampeonato, na
disputa de pênaltis. Graças a mais um
fato improvável: o tantas vezes indicado e premiado como melhor jogador do
mundo, o badalado Messi, isolou a bola na penalidade que bateu, lembrando, para
nós brasileiros, o chute equivocado do italiano Roberto Baggio, no final da Copa de 94 e a conquista do tetra. O de Messi não foi o último, mas sem dúvida, foi decisivo para a vitória dos
chilenos. Do outro lado do mundo, as empolgantes e milionárias competições
europeias, entraram definitivamente para
a agenda dos brasileiros. Os canais abertos, encabeçados pela poderosa TV
Globo, têm transmitido vários jogos da
Copa dos Campeões, uma competição de clubes que se destacam nos campeonatos de
seus países e que este ano, pela segunda
vez, reuniu, numa final doméstica,
o Real e o Atlético de Madri, com mais um título para a coletânea de troféus do
primeiro.
O mesmo se dá, com a
Eurocopa, que está na fase de quartas-de-final, torneio que reúne as
principais seleções europeias. Com jogos de bom nível técnico, envolvendo
equipes tradicionais e jogadores fora de série, em estádios confortáveis e
seguros, com a sempre ressalva dos inopinados ataques terroristas, que não nos
garante segurança em nenhum lugar do planeta, podemos voltar a apreciar o
futebol competitivo, competente, e às
vezes refinado, além do duelo particular
extra-campo entre os maiores técnicos do mundo, na aplicação de suas
mirabolantes e estudadas táticas, como
num grande jogo de xadrez em que se transformou esse esporte, nos dias de hoje,
a extremar essa prática e seus objetivos,
daquele também ainda chamado “futebol”, que continua a animar a molecada,
nas várzeas da zona urbana e rural, onde prevalece a inteligência, a habilidade sem calções, sem chuteiras, sem
dinheiro, sem fama, mas com a única e obstinada razão: a da alegria de rolar aquele objeto redondo,
disputar a sua posse e de metê-la dentro das traves da meta. É gol!
Até
amanhã amigos.
P.S.
(1) Mesmo perdendo seus principais jogadores e até as simples revelações ou
promessas para o futebol estrangeiro, hoje, incluindo, até a China, o futebol
brasileiro não perdeu a condição do principal e mais apaixonante esporte no
Brasil, que já foi o País do futebol e ainda mantém a fama de produzir os
melhores jogadores no mundo. Só que os principais centros europeus estudam
muito bem hoje uma contratação de nossos atletas. Nossa fama de individualismo
e de indisciplina, dentro e fora do campo, é também velha conhecida lá
fora. A disposição do atleta de se comprometer verdadeiramente
com uma mudança que afaste esses vícios incompatíveis com o futebol moderno, de
disciplina, força, preparo, adaptação aos esquemas traçados e espírito de grupo podem garantir algum sucesso no estrangeiro;
P.S.
(2) Tem muita gente que vai e volta
rapidinho E com aquele papo de não adaptação,
por causa do clima, da comida, de saudade dos churrascos, dos pagodes, dos amigos, da caipirinha e coisas que tais. E
tem ainda, os mais abonados, os que vão ganhar
grandes salários e que, quando solteiros,
arriscam levar papai e mamãe, e
até os amigos mais chegados. Tudo para se sentir em casa. Coisa de brasileiro;
P.S. (3) O ótimo atleta Renato Augusto, ao contrário, esteve na Europa, jogando pelo Bayer Leverkursen, durante quase quatro anos e na mais tradicional equipe alemã, sempre foi um jogador disciplinado e fundamental. Perseguido por muitas lesões, voltou ao Brasil, contratado pelo Corinthians Paulista, onde, após uma primeira temporada ainda inconstante em face de mais lesões, se recuperou e ajudou o alvinegro na conquista de títulos de Campeão Brasileiro e da Recopa. No começo do ano, porém, não resistiu ao assédio de empresários chineses e foi jogar no Beinjing Guoan, para aproveitar, certamente, o que lhe possa restar de uma carreira marcada por muitas lesões e ameaças de encerramento, mesmo almejando a Seleção Brasileira, para a qual foi convocado algumas vezes pelo exonerado técnico Dunga. Com Tite, suas chances de ser reconvocado passa a ser muito grande, pois foi justamente com ele, técnico do Corinthians, que Renato Augusto recuperou a sua melhor condição atlética, se tornando uma das peças fundamentais para a equipe campeã brasileira de 2.015.
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