terça-feira, 28 de janeiro de 2014

DVD/CD - MILTON NASCIMENTO - UMA TRAVESSIA - 50 ANOS DE CARREIRA

Boa noite amigos,


Aos 71 anos, ele é um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira, seja como cantor, compositor ou instrumentista. Da geração considerada “de ouro”, surgiu no cenário brasileiro na mesma época que Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos, Elis Regina, Chico Buarque, Edu Lobo, Caetano Veloso e outras "feras". Dentre as inúmeras premiações coleciona nada menos do que 5 (cinco) prêmios Grammy, o mais importante da música internacional. Em 2.012, completou 50 anos de vida artística, com composições e interpretações que entraram para a antologia da nossa música popular.     Sua Coração de Estudante, em parceria com Wagner Tiso,  se tornou o hino das Diretas Já, movimento político que levou milhões de brasileiros às ruas, para pedir a abertura democrática à então insustentável e longa ditadura militar. Serviu como tema para embalar a triste despedida de Tancredo Neves, presidente eleito, mas morto antes de tomar posse.  Posteriormente, a sua  Canção da América, que versa sobre a Amizade, foi o tema de fundo dos funerais do inesquecível piloto e ídolo nacional, Ayrton Senna, em 1.994. O seu estilo musical,  classificado como de Música Popular Brasileira, teria surgido de um desdobramento do movimento da bossa Nova, com fortes influências desta, do jazz, do chamado jazz rock,  e de grandes expoentes do rock, como os Beatles e  Bob Dylan. Há ainda traços  da música hispano-americana de  Mercedes Sosa e Violeta Parra, assim como influência dos sons do Caribe, especialmente de Pablo Milanes e Silvio Rodriguez.   Finalmente,   não deixa de se abeberar também em fontes regionais brasileiras, como os cantos folclóricos de Minas Gerais e de outros Estados. Milton, nessa trajetória profissional de meio século, já gravou trinta e quatro álbuns e cantou com grandes artistas como Angra, Maria Bethânia, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Simone, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Beto Guedes, Paul Simon, Peter Gabriel, Herbie Hancock, dentre outros. O CD/DVD,   MILTON NASCIMENTO - Uma Travessia – 50 anos de Carreira, gravado ao vivo no dia 25 de novembro de 2.012,  na casa de espetáculos VIVA RIO, no Rio de Janeiro, comemorando os 50 anos deste extraordinário artista, percorre essa rica e sensível história pessoal e profissional de forma emocionante.  Na faixa  Canção da América, Milton, pede que a própria platéia a cante para ele, como a reclamar nitidamente um afago ou um carinho a esse público que lhe foi fiel durante tantos anos. E o coro que vem do auditório, surpreendentemente afinado (os mais acabam arrastando os menos)  e acompanhado pelos músicos e arranjadores do  cantor,  dá conta da popularidade da música, cuja letra é recitada, de cor e salteado, como se dizia antigamente,   e do compositor amado e respeitado /Amigo é coisa para se guardar/No lado esquerdo do peito/mesmo que o tempo e a distância, digam não/mesmo esquecendo a canção/O que importa é ouvir a voz que vem do coração/Pois, seja o que vier/venha o que vier/Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar/Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.” Os arranjos são magníficos. Destaque para os músicos extraordinários que acompanham Milton: Gastão Vileroy, no baixo, Kiko Continentino no piano e teclado, Widor Santiago nos sopros, Lincoln Cheib na bateria e  Wilson Lopes, no violão e guitarra. Experimente ouvi-los fechando os olhos e você vai verificar como são ricos e empolgantes em cada acorde, em canta toque, em cada batida da bateria, em cada som extraído das cordas do violão ou das teclas do piano.   De Canção do Sal, música de trabalho feita em homenagem aos trabalhadores das salinas de Niterói, a Travessia, segundo lugar, em 1.967, na 2a. edição  do extinto e saudoso  Festival  Internacional da Canção do Rio de Janeiro. De Clube da Esquina a Maria Maria e Morro Velho, Milton é, sem qualquer divergência, um dos mais talentosos e importantes cantores e compositores do que se convencionou chamar de música popular brasileira, em todos os tempos. O CD/DVD homenagem é ilustrativo dessa trajetória e deve ser adquirido, assistido e guardado por todos os que apreciam a música de indiscutível qualidade  que se fazia e se faz neste país.

Até amanhã amigos.

P.S. (1) Elis Regina, confessadamente a musa inspiradora do compositor foi  a sua grande e principal intérprete, tendo gravado considerável parte de suas composições (Canção do Sal, Travessia, Nada Será Como Antes, Canção da América, Cais, Ponta de Areia, Vera Cruz, Morro Velho, Caçador de Mim, Maria Maria). Para Maria Rita, filha de Elis, o artista compôs Encontros e Despedidas, uma bonita canção, tema de abertura de uma das telenovelas da rede Globo;

P.S. (2) Eis o rol das músicas do DVD : 1) CAIS (Milton Nascimento-Fernando Brandt; 2) VERA CRUZ (Milton Nascimento- Márcio Borges; 3) CANÇÃO DO SAL (Milton Nascimento); 4) CLUBE DE ESQUINA 2 (Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges); 5) NUVEM CIGANA (Lô Borges – Ronaldo Bastos; 6) LÍLIA (Milton Nascimento); 7) ANIMA (Milton Nascimento – Zé Renato); 8) LÁGRIMAS DO SUL (Milton Nascimento – Marco Antônio Guimarães); 9) AMOR DE ÍNDIO (Beto Guedes – Ronaldo Bastos); 10) PROMESSAS DO SOL (Milton Nascimento); 11) MORRO VELHO (Milton Nascimento); 12) RAÇA (Milton Nascimento – Fernando Brandt); 13) MARIA, MARIA (Milton Nascimento – Fernando Brandt); 14) NOS BAILES DA VIDA (Milton Nascimento- Fernando Brandt); 15) NADA SERÁ COMO ANTES (Milton Nascimento – Ronaldo Bastos); 16) PARA LENNON E MACARTNEY (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brandt); 17) O TREM AZUL (Lô Borges – Ronaldo Bastos); 18) UM GIRASSOL DA COR DE SEU CABELO (Lô Borges – Márcio Borges); 19) SOFRO CALADO (Milton Nascimento – Regis Faria; 20) CANÇÕES E MOMENTOS  (Milton Nascimento – Fernando Brandt); 21) CANÇÃO DA AMÉRICA (Milton Nascimento – Fernando Brandt); 22) CORAÇÃO DE ESTUDANTE (Milton Nascimento – Wagner Tiso); 23) TRAVESSIA (Milton Nascimento – Fernando Brandt); 

P.S. (3) A imagem da coluna é da capa do CD –DVD, cuja criação, Design e fotografia é de Cássia D’Elia e Marcos Hermes;

P.S. (4) Milton compôs, com vários parceiros, canções notáveis: com Fernando Brant fez Travessia; Cais; Raça; Maria, Maria; Nos Bailes da Vida; Canções e Momentos e  Canção da América. Com Lô Borges e Márcio Borges compos Clube de Esquina n. 2. Com Wagner Tiso, Coração de Estudante. Regis Faria é seu parceiro de Sofro Calado. Zé Renato da faixa n. 7, Anima. Marco Antonio Guimarães é o co-autor de Lágrimas do Sul. Finalmente, a faixa n. 15, Nada Será Como Antes, é de sua  autoria com o excelente Ronaldo Bastos;


P.S. (5) Das 23   composições gravadas no CD/DVD Uma Travessia 50 anos de carreira, só cinco composições  não são de autoria ou co-autoria de Milton: Trem Azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos), Para Lennon e Mccartney  (Lô Borges, Márcio  Borges e Fernando Brandt),  Nuvem Cigana (Lô Borges e Ronaldo Bastos), Amor de  Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) e Um Girassol da Cor de Seu Cabelo (Lô Borges e Márcio Borges);

P.S. (6) Milton nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado em Três Pontes em Minas Gerais, para onde seguiu com seus pais adotivos, Lilia e Josino Campos.  Daí ter por Minas um grande carinho manifestado a todo o tempo. Um de seus CDs mais importantes tem por título exatamente MINAS (EMI-ODEON 1.975). Também em Minas é que conheceu e conviveu com seus parceiros mais frequentes, dentre os quais, Wagner Tiso (com quem teve um grupo que tocava em festas),  Fernando Brandt e os irmãos,  Lô e Márcio Borges.


P.S. (7) Já tendo se tornado músico de sucesso, Milton alavancou a carreira da banda mineira 14 Bis (Flávio Venturini, Vermelho, Sergio Magrão, Reli Rodrigues, Cláudio Venturini). Aliás, foi essa banda que originalmente gravou a música Canção da América”, em 1.987, por especial  deferência dos compositores, ainda com o nome em inglês de Unencouter, língua em que foi composta a canção originalmente.  Experimente ouvir a interpretação que ela dá a esse clássico, que muito se assemelha a um canto gregoriano, ao contrário de outras gravações, como a de Elis Regina e de Daniel, mais em estilo romântico.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MODA DE VERÃO - O VELHO E BOM CHAPÉU PANAMÁ

Boa noite amigos,


Há muitos anos que não enfrentávamos um calor escaldante aqui no Sudeste. O final do ano no litoral foi muito quente e sem chuva,  estiagem que  tem sido rara nos últimos verões e que também contribui para as altíssimas temperaturas que experimentamos. Bem, o tema é propício para falarmos um pouco sobre um artefato que mais do que nunca está na moda. Virou preferência nacional,  como a cerveja, o futebol  ou o pão de queijo. De que se trata?  De sua Majestade o Chapéu Panamá. Apesar do nome ele é fabricado no Equador, especialmente nas cidades de Cuenca e Montecristi e também é conhecido como El Fino. Confeccionado de maneira artesanal,  a partir da palha da planta Carludovica palmata,. a versão mais provável para a origem do  nome com que foi batizado e é conhecido é a de que o Presidente Theodore Roosevelt teria usado esse chapéu de palha, no ano de 1.906,  em uma visita ao Canal do Panamá. Inicialmente era um produto exclusivamente masculino, mas hoje é usado por homens e mulheres, existindo inúmeros modelos exclusivamente femininos. É uma espécie de símbolo dos ambientes praieiros tropicais, mas não se pense que é usável apenas nas praias, com trajes informais. Ele substitui perfeitamente os clássicos chapéus de feltro, em climas tropicais, podendo ser usado com paletó e gravata, como se pode observar da imagem do nosso inesquecível maestro e compositor Tom Jobim, que não o dispensava praticamente nunca.

 Também aqui no Brasil passou a ser um dos símbolos da malandragem carioca. Personalidades do mundo político e artístico, de ontem e de hoje, daqui e de fora,  aderiram à moda: Winston Churchill, Harry Truman, Getúlio Vargas, Humphrey Bogart, Clarck Gable e Michael Jackson.  Santos Dumont foi um dos precursores, notando-se o indefectível chapeuzinho em quase todas as fotos que se publicam do inventor do avião. Bem, de minha parte comprei um e confesso que foi meu companheiro diário nas idas e vindas para a praia ou nas caminhadas a pé no final do ano passado e começo deste ano, período que tirei férias com a família e fui para o litoral. Os meus bonés, inúmeros, adquiridos nas minhas viagens, ficaram lá quietos, semi-aposentados. E se depender de mim e de meu panamá vão continuar lá. Que tal adquirir um também? Depois me contem.

Até amanhã amigos. 
 P.S. (1) O chapéu Panamá é construído artesanalmente e leva um dia inteiro, pelo menos, para ficar pronto. A matéria prima é a planta denominada “Toquilla”, cujo nome científico é Carludovica Palmata. A palha é cortada e levada para um galpão ou casa dos índios descendentes dos incas. Tirada a casca a palha interior é levada ao fogo para ferver. Depois é colocada para secar. Uma vez seca, começa-se a tecê-la em tramas, num trabalho elaborado, lento e  de mestre;

 P.S. (2) O chapéu panamá é preferível ao de feltro em climas tropicais pois são de cor clara, peso leve e respirável. Para viagens ainda tem a vantagem de que pode ser dobrado e posteriormente volta à forma original sem problema. Se ficar com vinco ou vincos pode ser passado à ferro;

P. S. (3) São inúmeros os modelos e cores do chapéu panamá legítimo oferecido para vendas em lojas do ramo: clássico laranja, clássico laranja claro, clássico onça, clássico roxo, clássico branco palha, clássico amarelo, clássico indiana, gota aba larga branco e gota aba larga marrom. Os preços dos autênticos variam entre R$194,00 a R$287,00. Dentre os femininos vários outros modelos, destacando-se o Tradicional Azul e o Tradicional Branco.

P.S. (4) Em algumas praias do litoral norte de São Paulo, os preços são mais acessíveis (entre R$80,00 e R$120,00 mais ou menos), mas  não há garantia de autenticidade.
P.S. (4) As imagens da coluna de hoje, menos a primeira, foram emprestadas de www.tvdimensao.com., biamoraes.com.br., meusonhodevida.blogspot.com.br.modaparahomen.com.br., de onde também se obteve algumas informações. Também houve consulta ao www.wikipédia.com.br.;


P.S. (5) A primeira imagem é de meu neto Rafael com o Panamá do vovô Jamil, fazendo graça.  E o vô babão não resistiu e botou ele logo na abertura.



domingo, 19 de janeiro de 2014

INVICTUS - POEMA E CINEMA

Boa noite amigos,


Quando, em 1.875, o poeta britânico, William Ernest Henley escreveu o poema Invictus, não poderia imaginar que ele serviria de consolo e inspiração para que um dos maiores estadistas e pacifistas de todos os tempos, o sul-africano, Nelson Mandela, morto recentemente, pudesse subsistir e suportar cada dia, cada hora, cada minuto, de um cárcere que lhe foi imposto durante  quase 30 anos.  Certo é que, ao acreditar ser “o senhor de seu destino e o capitão de sua alma”, como afirma a poesia, a despeito de todas as circunstâncias adversas, fez Mandela superar a solidão da reclusão e as adversidades, para se tornar Presidente de seu país. E mais:  servir de inspiração permanente para  enfrentar com coragem e otimismo,  as dificuldades abismais  de uma  proposta quase utópica de implantação de uma democracia com justiça social, a partir da reconstrução de um país desfacelado pelo horror do “apartheid”, confronto  interminável entre negros e brancos. E o mais importante: O humanismo secular, marca da poesia de Henley, cativou Mandela e o levou espiritualmente a perdoar os seus algozes, e a convocá-los,  para surpresa da Nação, a um exercício nunca  visto de nacionalismo, unindo brancos e negros em torno dos mesmos ideais, o  que parecia impossível,  diante da crueldade de uma história marcada pela guerra, pela opressão, e pela ausência dos valores de amor e solidariedade. O roteirista americano Anthony Peckham pega uma parte dessa história, a partir de 1.990, quando Mandela vence as eleições e se torna Presidente da África do Sul e, a propósito do Mundial de Rugby, que ocorreria no país em 1.995, consegue transformar a  desacreditada  e  odiada seleção,    símbolo da opressão dos brancos sobre os negros, em uma paixão única nacional e escreve o roteiro que se converte num filme de 135 minutos de muita sensibilidade e  emoção, sobretudo pelas interpretações magistrais de dois grandes e consagrados atores americanos: O excelente Morgan Freeman ( Conduzindo Miss Daisy; Amistad; Antes de Partir, O Reencontro; Todo Poderoso; Menina de Ouro; Batman Begins e Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge),   no papel de Nelson Mandela e Matt Damon (Gênio Indomável; Código de Honra; O Resgate do Soldado Ryan; A Identidade Bourne; Os Infiltrados), no de François Pienaar, capitão da equipe de rugby sul-africana, os chamados Springboks. Conquanto o roteiro gire, em parte preponderante,  sobre a atuação da seleção de rugby e o mundial que aconteceu em 1.995, são preciosos os diálogos que revelam muito da personalidade e do exemplo do homem e estadista extraordinário que foi Mandela e dos valores apreciáveis que cultivava e revelava, dentre os quais, o nacionalismo, a fé, a humildade, o respeito, a sabedoria, a disciplina, o amor ao trabalho e aos objetivos, a generosidade e o perdão, dentre outros. Imperdível para todas as idades, especialmente para os mais jovens que não chegaram a conhecer suficientemente Mandela e a sua importância como uma das maiores personalidade dos séculos XX e XXI. O filme não está em cartaz nos cinemas. Os vídeos estão disponíveis em todas as locadoras e para venda nas lojas do ramo.

Até amanhã amigos.


P.S. (1) Eis o poema Invictus,  de Henley no original britânico:

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.


In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeoning of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Find and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.


P.S. (2) Agora a tradução:

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
Por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
Eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.


Não me importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor do meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

P.S. (3) Por sua extraordinária luta pelo fim do “apartheid” na África do Sul e pela reconciliação entre brancos e negros em seu país, Mandela recebeu o Premio Nobel da Paz de 1.993,  conferido pela Fundação Nobel, em Oslo, Capital da Noruega.

P.S. (4) É impressionante a semelhança entre Morgan Freeman e o próprio Nelson Mandela, semelhança física essa enriquecida pela excepcional interpretação do ator, que foi indicado para Oscar em 1.998, pela sua atuação no filme, na categoria de melhor ator, sem levar, contudo, a estatueta. Levaria, contudo, o prêmio, como melhor ator coadjuvante, em 2.005, por sua atuação no filme Menina de Ouro, de 2.004. Morgan, por outra grande atuação, no sensível drama “Conduzindo Miss Daisy” de 1.989, recebeu o Urso de Prata do Festival de Berlim;

P.S. (5) Matt Damon fez furor nos EEUU, e também aqui no Brasil, ao protagonizar um filme inesquecível: Gênio Indomável, em 1.997. Embora muito jovem, não só atuou no longa, como foi um de seus co-roteiristas (o roteiro foi escrito por ele e por outro talentoso ator e diretor, Ben Affeck).  O sucesso foi tanto, que apesar do relativo noviciado, ambos receberam o Oscar de melhor roteiro original em 1.998, e também, pela mesma categoria, foram premiados com o Globo de Ouro. Damon também levou o Urso de Prata do Festival de Berlim, como melhor ator, pela mesma atuação, em 1.997;

P.S. (6) As imagens da coluna de hoje são, respectivamente:  a de n. 1 do cartaz do filme Invictus e foi emprestada do site www.viciadoemserie.com;  a de n. 2, do ator Morgan Freeman, ao lado do Presidente Nelson Mandela, para comparar a semelhança e foi  emprestada de atlantablackstar.com;  a de n. 3 do jovem ator, diretor, roteirista e filantropo, Matt Damon (cinema10.com.br)




quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OS RUMOS DO CINEMA NACIONAL

Caros amigos,



Com uma relevante fatia de 21,4% de todo o mercado brasileiro do ano passado, o cinema nacional cresceu em desempenho junto ao público e em montante de bilheteria, o que não indica, necessariamente, que melhorou em termos de qualidade. Mas, inegavelmente, os produtores estão investindo mais, e como se sabe, a tendência, quando se tem maiores orçamentos, é de ganho de competitividade com os cinemas de primeira linha, especialmente, o americano, que monopoliza praticamente todos os mercados internacionais. O domínio absoluto é das chamadas comédias românticas, um gênero que veio para ficar, especialmente entre a juventude, a maior parcela do público cinéfilo. O americano Homem de Ferro 3, com 7.600.000 espectadores encabeça a lista dos mais vistos, seguido de Meu Malvado Favorito 2, com 6.900.000 e de Thor: O Mundo Sombrio, com 4.900.000. Num significativo 4º lugar, aparece então o nacional mais assistido, a comédia  Minha Mãe é uma Peça, com 4.500.000 espectadores, num empate com Velozes & Furiosos 6. Em seguida, outra comédia brasileira,  trazendo a surpreendente Ingrid Guimarães na segunda versão de “De Pernas Pro Ar”, que também superou a marca dos 4.000.000. Nenhum outro filme nacional aparece na lista dos 10 mais vistos, porém, dentre os 10 nacionais mais assistidos (conferir lista abaixo), todos superaram a casa de 1 milhão de espectadores, o que indica um significativo crescimento, como se disse. É importante registrar que o desempenho foi quase o dobro do que o verificado no ano de 2.011 (12,4%), maior do que o de 2.012 (18,6%), superando, também, o bom resultado do ano de 2.010 (19% do mercado). Só que em 2.010, o fenômeno Tropa de Elite 2, levou às telas dos cinemas, sozinho, mais de 11.000.000 de espectadores, batendo o recorde que até então pertencia a Dona Flor e Seus Dois Maridos (10.735.524 espectadores), e se constituindo no filme brasileiro mais assistido de todos os tempos. De qualquer maneira no ano passado foram lançados, nada mais, nada menos, do que 115 filmes nacionais, o que implica dizer que o público total de 25.000.000 foi praticamente distribuído entre 20 filmes nacionais, 13 dos quais do gênero comédia ou comédia romântica. O centenário rol dos restantes, praticamente não foi visto, ou visto muito pouco.  Essa tendência não é nova. A história do relativo sucesso do cinema nacional de todos os tempos, passa necessariamente pelo gênero comédia, com Oscarito, Ankito, Grande Otelo, Zé Trindade, Mazzaroppi e, mais recentemente, pelos Trapalhões. Atualmente há uma safra de bons comediantes e redatores, capazes de interpretar e escrever  roteiros bem elaborados, com humor refinado, sem apelar para os surrados clichês de piadas preconceituosas ou envolvendo necessariamente sexo apelativo. Paulo Gustavo (protagonista da comédia Minha Mãe é uma Peça) e Fábio Porchat e Miá Mello (Meu Passado me Condena), a incrível Fernanda Young (Os Normais 1 e 2), que é escritora, atriz, roteirista e apresentadora, Ingrid Guimarães (De Pernas Pro Ar 1 e 2),  Leandro Hassun (Até que a Sorte Nos Separe), além de uma infinidade de novos talentos, como Bruno Motta, Marcelo Mansfield, Cláudio Torres Gonzaga, Diogo Portugal, Victor Sarro, Rodrigo Cáceres, Rogério Vilela, Oscar Filho são bons exemplos dessa safra.   Entre os filmes americanos, a tendência continua sendo os de aventura, com heróis fabricados e efeitos especiais, repetindo as séries televisivas, que também estão consagradas pelo público mais jovem. Fica, no entanto, uma indagação. Há antológicos filmes nacionais que foram bem recebidos pelo público, fora da comédia. Qual seria a fórmula para cativar o espectador, que quer mais cinema entretenimento do que os dramas ou os chamados “papo-cabeça”. Cito alguns: Dois Filhos de Francisco, Tropa de Elite 1 e 2, Meu Nome não é Johnny; A Dama do Lotação, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Assalto ao Trem Pagador, O Ébrio, Central do Brasil, Carandiru. Penso que possa ser a junção de alguns ingredientes: Uma boa história, original e salpicada de elementos sensíveis e universais,  um orçamento compatível, um roteiro capaz de segurar o interesse do espectador durante toda a duração do filme com emoção ou suspense.  E o mais difícil: o equilíbrio entre esses elementos, como se espera de uma equipe de futebol, nos seus compartimentos de defesa, meio-campo e ataque. 

Até amanhã amigos.  


P.S. (1) Os 10 nacionais mais vistos no ano passado foram: 1) Minha Mãe é Uma Peça (4,5 milhões); 2) De Pernas pro Ar 2 (4,3 milhões que somados aos 500.000 do ano de 2.012, atingiu a  marca de 4,8 milhões); 3) Meu Passado Me Condena (3,1 milhões); 4) Vai que Dá Certo (2,7 milhões), 5) Somos Tão Jovens (1,7 milhões), 6) Crô, o Filme (1,6 milhões); 7) Faroeste Caboclo (1,5 milhões); 8) O Concurso (1,3 milhões); 9) Mato Sem Cachorro (1,1 milhões); 10) Até que a Sorte Nos Separe 2 (793 mil mais 844 mil do ano de 2.012, perfazendo 1,637 milhão);


P.S. (2) Os 10 filmes mais vistos no ano passado incluindo todo o mercado foram, em milhões: 1) Homem de Ferro 3 (7,6); 2) Meu Malvado Favorito 2 (6,9); 3) Thor: O Mundo Sombrio (4,9); 4) Minha Mãe é uma Peça (4,5); 5) Velozes & Furiosos 6 (4,5); 6) De Pernas Pro Ar 2 (4,3); 7) Wolverine: Imortal (3,9); 8) João e Maria: Caçadores de Bruxas (3,7); 9) Detona Ralph (3,6); 10) Jogos Vorazes – Em Chamas (3,5).

P.S. (3) Nem sempre a tentativa de levar para o cinema história ou personagens consagrados pela televisão, funcionam. Crô – o Filme, que levou público de mais de um milhão e meio de espectadores às salas de cinema, é uma das piores comédias do ano, apesar do relativo (era esperado muito mais) sucesso de espectadores;

P.S. (4) Outra tendência verificada é a das cinebiografias ou dos filmes homenagens. No ano passado, Somos Tão Jovens e Faroeste Caboclo, respectivamente, o 5º e o 7º colocados, em público, dentre os 10 nacionais mais vistos, entram na categoria e fazem homenagem à banda Legião Urbana, com seu ícone, o cantor e compositor morto, Renato Russo;

P.S. (5) Minha Mãe é Uma Peça e Meu Passado Me Condena são duas boas comédias brasileiras, ao contrário de Clô e de Se Puder, Dirija. Até que a Sorte Nos Separe 2 não assisti ainda. A julgar pelo n. 1, deve reunir algum mérito.


P.S. (6) As imagens da coluna de hoje são, respectivamente: n. 1 - do campeão do ano de 2.013, em público, a comédia Minha Mãe é uma Peça e nela se vê o criador do personagem e ator-protagonista, Paulo Gustavo; n. 2 - dos Trapalhões no cartaz do filme Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão, do ano de 1.977 e que levou para as salas de cinema nada menos do que 5.700.000 espectadores; n. 3 - Fábio Porchat e Miá Mello, no segundo filme nacional mais visto no ano passado, Meu Passado Me Condena, baseado em série da MTV, que atualmente se encontra em 2a. temporada; n. 4 - Cartaz do ótimo filme Meu Nome não é Johnny,  baseado na vida do produtor musical carioca, João Estrella, preso e condenado como o maior traficante de cocaína da época, no Rio de Janeiro. No detalhe, os atores Selton Mello e Cleo Pires, a película mais vista no ano de 2.008, ano ruim para o cinema nacional em geral. O longa  levou ao cinema, porém,  mais de 2.100.000 espectadores; 5 - Cartaz do filme Faroeste Caboclo com os atores Fabrício Boliveira e a encantadora Ísis Valverde, um tributo à banda Legião Urbana e ao compositor, Renato Russo, um dos sucessos do ano passado, com público de mais de 1 milhão e meio;

P.S. (7) A crítica e o público continuam brigando em matéria de cinema.  Na avaliação da qualidade da comédia Meu Passado Me Condena, terceiro lugar em público no ano passado, a imprensa atribuiu ao filme a média de 2,5 numa escala de 0 a 5. Já pela média do público consultado ela atingiu nada menos do que 4,3 dentro da mesma escala (www.adorocinema.com/filmes/filme.217095);

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

UM CONTO SOBRE A TORRE EIFFEL


Boa noite amigos,


São muitas as histórias que se contam sobre a famosa Torre Eiffel, ícone da cidade de  Paris e, hoje da própria França. Construída por Gustave Eiffel como arco de entrada de uma Exposição Universal que, em 1.889, deveria comemorar o centenário da Revolução Francesa, na época em que foi levantada, a maior estrutura de ferro treliçado do mundo causou alvoroço como obra de engenharia, mas bonita, bonita mesmo, convenhamos, ela não é, com respeito à divergência.  A verdade é que muitos parisienses não gostavam dela e achavam que ela, com seus enormes 324 metros de altura, enfeiava a cidade-luz. Contam que um famoso jornalista francês, articulista de um diário,  de forma sistemática, volta e meia, aproveitava para pichar a tal estrutura, que ele considerava de mau gosto, horrorosa mesmo e que haveria de ser demolida o quanto antes, para o bem da estética e da invejável arquitetura de Paris. O fato interessante é que o tal jornalista, todos os dias, almoçava no restaurante que funcionava exatamente no segundo pavimento da torre. Conhecido pelo proprietário do estabelecimento, pelo mâitre e pelos garçons em geral, as suas criticas causavam profundo mau estar entre o pessoal do restaurante,  pois eram consideradas injustas. Mais que isso, o habitual freguês era tido como insincero e desleal, senão absolutamente incoerente por frequentar o local enquanto criticava a sua existência.  Em determinado dia, depois de mais uma crítica virulenta publicada no matutino, todo o pessoal do restaurante resolveu tirar satisfações com o dito-cujo e os mais radicais queriam até proibir que ele continuasse fazendo as refeições no local. Hora de almoço, muita gente no estabelecimento, eis que chega o nosso protagonista. Como combinado, foi recebido pelo contingente de “ofendidos” e, chamado a um canto do estabelecimento, foi cercado e questionado. Assim acuado, sem entender o que acontecia, foi compelido a explicar, bem explicadinho, a razão pela qual, tecendo críticas à torre, ia almoçar todos os dias justamente no restaurante que ficava no interior do estabelecimento. Diga aí, agora, porque vem aqui? Se não gosta da torre, não gosta de nós, e assim não tem razão para frequentar nosso restaurante. O respeitável profissional,  mesmo acossado, não se intimidou, e com a rude sinceridade francesa, respondeu - Não, não,  sabe. Eu explico, sim.  Na verdade,  eu só venho almoçar aqui todos os dias, porque aqui, nesse restaurante, é o único lugar de Paris que eu consigo comer sem ter que olhar para a porra dessa torre horrorosa.

P.S. (1) Dizem que depois dessa explicação, foi liberado, com a condição de que pegasse leve e  fizesse propaganda  do restaurante como sendo, além de um estabelecimento que fornecia boa alimentação, atendia aos saudosistas que quisessem  apreciar a arquitetura de Paris, antes do levantamento da torre.

Até amanha amigos.

P.S.(2)  A Torre Eiffel  foi levantada para ter caráter provisório. Objeto de concessão ao Engenheiro que a projetou, para exploração comercial, pelo prazo de 20 anos, deveria ser demolida no ano de 1.909. Não foi porque ao último pavimento estava acoplada uma antena de rádio. E por servir como antena potente foi salva da demolição, tudo antes de se tornar o ícone que é hoje.

 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DVD/CD - UM BARZINHO E UM VIOLÃO - VERSÃO MÚSICA SERTANEJA


Boa noite amigos,

A Sony Music, Max Pierre e LCM Records  acreditaram e vêm bancando um projeto inteiramente vitorioso em matéria de música popular brasileira. Em 2.009, a 1ª. edição do CD e DVD, “Um Barzinho e Um Violão” reunia cantores e compositores famosos interpretando o que o diretor artístico, Sérgio Bittencourt,  melhor julgou existir em termos de música sertaneja. Antigos sucessos como “Romaria” imortalizada na interpretação da saudosa Elis Regina, aparecia, então, em nova roupagem, na voz da polivalente  Ivete Sangalo, grávida de seu primeiro filho,  em dueto com o compositor Renato Teixeira. E interessante versão da  brega,  “Boneca Cobiçada”, de Bia e Bolinha, que eu ouvia nos anos 60, durante  minha primeira adolescência, na voz grave e romântica de Nelson Gonçalves ou no dueto da dupla Milionário e José Rico, também aparece na interpretação dos jovens André e Adriano.  E outro versátil,  Zeca Pagodinho, com sua voz rouquinha, mas afinada e marcante,  ressuscita “Panela Velha”,  antigo “hit” de Moraezinho e Auri Silvestre, que o grandalhão Sérgio Reis, gravou  nos anos 80,  causando “frisson” nas então solteironas balzaquianas, que viam na letra abusada, um hino em homenagem a elas: /Não me interessa se ela é coroa/Panela velha é que faz comida boa/... Chitãozinho e Xororó (60 Dias Apaixonado), Gian & Giovani (Nem Dormindo Consigo Te Esquecer), Roberta Miranda (Vá com Deus), Paula Fernandes (Cheiro de Relva), Tania Mara (Casa no Campo), Janaynna (Temporal do Amor), Rick e Renner (Um Beijo pra me Enlouquecer) e outros, mais, ou menos famosos, completam as 28 faixas, tomadas ao vivo (com exceção da  gravação de Ivete Sangalo, feita em estúdio, na Bahia, por causa de sua gravidez),  nos dias 28 e 29 de julho de 2.009, no Villa Country, em São Paulo, onde tudo começou.  À Fafá de Belém, sempre surpreendente, coube a interpretação de Saudade da Minha Terra, um clássico da música sertaneja, uma das mais alegres e marcantes faixas do DVD/CD, na minha opinião. E tem  também, como destaque, Evidências, de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, na interpretação de Cesar Menotti & Fabiano, outra que considero célebre no gênero. Faltaram outros clássicos (Fio de Cabelo Comprido, Entre Tapas e Beijos, Beijinho Doce, Sertaneja, Coração de Papel,  e por aí afora). Mas não dava mesmo para colocar tudo aí dentro das limitações do projeto, que  já está na 5ª. edição. A última,  lançada em julho de 2.013, reúne temas das novelas dos anos 80. Qualquer dia falo das demais edições. Todas indiscutivelmente bem-vindas. Vale a pena ter, colecionar, ver e ouvir. A diversidade, a singeleza dos arranjos apenas com violões e/ou acordeões, e o clima da gravação ao vivo, com público pequeno, lembrando sempre a intimidade de um barzinho ou boteco, sugerem mais a opção pelo DVD do que pelo CD. Mas nada impede que se tenha ambos.

Até amanhã amigos.

P.S. (1) A primeira imagem da coluna de hoje é da capa do CD/DVD da versão sertaneja (emprestada de alobrandalise.blogspto.com). A segunda imagem é da capa do CD/DVD de 2.001, segundo da série, reunindo músicas e músicos famosos, cantadas em clima intimista, como se sugere na proposta;

P.S. (2) Michel Teló, antes da fama conquistada com o sucesso internacional de Ai, Ai se Eu Te Pego,  aparece cantando Barquinho ( Paulinho Levi/Valter Garrincha), e tocando acordeão. Vale conferir;

P.S. (3) A dupla Luiz Cláudio & Giuliano  na 8ª faixa dá vida e harmonia à balada sertaneja  SEU AMOR AINDA É TUDO, do veteraníssimo cantor, compositor, ator e humorista,  Moacyr Franco,  e foi gravada, pela primeira vez, em 1.986, pelo próprio compositor. Há ainda diversas gravações, dentre as quais, a de Agnaldo Thimóteo e da dupla Bruno e Marrone;

P.S. (4) De que Adianta/Viver na Cidade/ Se a felicidade/ não me acompanhar/Adeus Paulistinha/ do meu coração/Lá para o sertão/ eu quero voltar/... são  os  primeiros versos de Saudade de Minha Terra, música composta pelo goiano Góia e gravada em 1.966 pela dupla Belmonte e Amaraí. Clássico da música sertaneja retrataria a decepção do compositor com o “êxodo rural” incentivado pela Revolução de 1.964. Góia teria saído de cidade pequena do Estado de Goiás para a Capital Goiânia e, depois, para São Paulo. Não encontrou, na grande metrópole,  a facilidade e  a felicidade preconizada pelo regime militar revolucionário. Daí os versos de lamento. Há também quem atribua a autoria do dobrado a um maestro de banda,  o potiguar, Estevão Protomartir de Brito Guerra,  que a teria composto no final do século XIX (jornalggn.com.br/blog/luisnassif);

P.S. (5) Luis Nassif, o jornalista comentarista de  economia, em prestigioso jornal paulista,  é também um apaixonado pela música popular, especialmente a sertaneja. E no seu blog acima citado, volte e meia fala a respeito dos esquecidos compositores. Vale conferir.

sábado, 4 de janeiro de 2014

AMIGOS, FELIZ ANO NOVO


Amados e fundamentais amigos,
  
 “ A VIDA É CURTA PARA SER PEQUENA” (De Colegas, filme nacional com atores portadores da Síndrome de Down).

“NA TERCEIRA IDADE PRECISAMOS DE DUAS COISAS APENAS: PROJETOS E AFETOS” (Lya Luft, escritora).

“QUERIA VER O MUNDO LINDO QUE O TOM VE”  (De uma prima do poeta, maestro, músico e compositor Antonio Carlos Jobim, sobre a imensa poesia de sua obra”)

“ ESTOU SIM, FELIZ. MAS, QUE IMPORTÂNCIA TEM O PRÊMIO NOBEL DIANTE DA GRANDEZA DO UNIVERSO?”(Saramago ao responder a um repórter frustrado por não vê-lo manifestar euforia diante da comunicação da concessão do prêmio).

 A chegada de um novo ano sempre vem acompanhada de expectativas. E de projetos. Novos e indispensáveis projetos sobre os quais repousa e repousará toda a nossa possibilidade de vida supostamente lúcida.   Nossa lida ou labuta diária. E que sejam tais projetos como forem: grandes ou pequenos, viáveis ou inviáveis, de amor, paixão ou trabalho.  Incluir amigos nos projetos de vida, dividir com eles os aprendizados e as paixões, os anseios e as  preocupações,  alegrias e  tristezas sempre foi, para mim,  vital,  assim como respirar. Aos meus amigos, os quais não preciso nominar,  e aqueles que me acompanham e me brindam,  de perto ou de longe, por alguma afinidade explícita ou implícita, um feliz ano novo, com projetos que me incluam também, se possível. A todos eles desejo  que as suas vidas sejam espiritualmente grandes no ano novo e que possam ver e sentir o mundo com os olhos e a sensibilidade do poeta. Cientes de que somos pequenos juntos. E muito menores, sozinhos.  Obrigado pela honra da amizade e da consideração. Feliz 2.014,  AMADOS E FUNDAMENTAIS AMIGOS!

Até amanhã.

P.S. A imagem de hoje é do filme Colegas, e foi emprestada de www.blogcolegasofilme.com.