Boa tarde amigos,
A premiação do Oscar-2014 coincidiu com o Carnaval e a Rede Globo de Televisão, detentora da exclusividade na transmissão
das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, decidiu exibir apenas agora à tarde, um compacto que chamou de Tapete Vermelho, comandado
pela belíssima, simpática, talentosa e
elegante Fernanda Lima (de quem
confesso ser fã de carteirinha), que
recebeu convidados, dentre os quais, a recém-contratada Mônica Iozzi (ainda pouco à vontade ali emperiquitada, dando uns pitacos aqui e acolá, mas ainda
muito contida e distante da repórter irreverente do CQC) e do ator Alexandre Borges, um confessado cinéfilo, esbanjando a simpatia
de sempre, com intervenções pertinentes e objetivas. Gostei. É claro que no meio do que interessava (a
qualidade e originalidade dos filmes indicados, desempenhos de atores novos e
veteranos, comentários sobre direção, arte, produções, roteiros adaptados,
novidades tecnológicas etc.), a emissora quis tornar a apresentação algo
palatável para a maior parte do público da rede aberta de televisão,
entremeando a exibição das premiações e de trechos dos filmes indicados, com
comentários sobre a vida pessoal dos atores e diretores, os trajes usados por eles, e as gafes como por
exemplo mais uma queda da loiríssima Jennifer
Lawrence.
O compacto se concentrou nos prêmios principais de melhor filme,
melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e melhor
filme de animação, mas mostrou a euforia de Brad Pitt com a escolha de Doze
Anos de Escravidão como o melhor filme, longa que ele praticamente produziu, financiando, e os efusivos saltos do diretor inglês Steve Mc Queen com o anúncio do prêmio máximo. “Dedico este prêmio a todos os que sofreram com a escravidão e que sofrem ainda hoje” foram palavras que disse
ao público presente, depois de quase arrancar o microfone do apresentador. Não
houve grandes surpresas na premiação, tendo em vista as especulações em torno das
indicações. Mas é preciso destacar que os bons filmes “Trapaça” e especialmente “O
Lobo de Wall Street” com várias indicações, não receberam nenhuma estatueta.
E a despeito de mais um grande
desempenho de Leonardo Di Caprio ( O Lobo
de Wall Street), não houve praticamente voz discordante da destinação dada
ao prêmio de melhor ator para Matthew
McConaughey e de melhor ator coadjuvante para Jared Leto, ambos pelas respectivas atuações em “Clube de Compras Dallas”, um drama baseado em história real e que traz no roteiro a
descoberta de contaminação pelo vírus HIV, por um texano heterossexual e
homofóbico, na década de 80, quando o medo, a ignorância da ciência e o preconceito em relação à AIDS ainda eram
muito intensos. Matthew emagreceu 20
quilos e Leto 15, entre o início e a
conclusão das gravações para viverem seus personagens. Um esforço recompensado agora pela Academia e que deverá também se reverter em milhões de
dólares nas bilheterias de cinema de todo o mundo.
A simpatíssima negra Lupita Nyong’o, nascida no México e
criada no Quênia venceu acirrada
disputa com atrizes de peso (Julia Roberts - Álbum de Família; June Squibb - Nebraska; Sally Hawkins - Blue Jasmine e Jennifer Lawrence - Trapaça), pelo prêmio
de melhor atriz coadjuvante pela sua marcante atuação em Doze Anos de Escravidão, e muita gente entendida da sétima arte
garante que aqui nasce mais uma espetacular atriz para o futuro do cinema
americano. Lupita de apenas 31 anos
e seu premio foram muito comemorados por toda a equipe de Doze Anos e pelo seleto público presente. Outra que desbancou
consagradas atrizes foi a australiana, Cate
Blanchett, por sua intepretação em “Blue
Jasmine” do veterano e consagrado diretor, Woody Allen, que há tempos pretendia ter a atriz num filme seu. (As outras indicadas foram Amy Adams (Trapaça), Sandra Bullock (Gravidade), Judy Dench (Philomena) e Maryl Streep (Álbum de Família). Não vi ainda nenhum dos filmes premiados.
Hoje, se conseguir ingresso, vou ver o vencedor, Doze Anos de Escravidão.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Eis a relação
completa dos vencedores: Melhor Filme e
Melhor Roteiro Adaptado: Doze Anos de
Escravidão; Melhor Diretor: Alfonso Cuarón (Gravidade); Melhor Atriz: Cate
Blanchett (Blue Jasmine); Melhor Ator: Matthew
McConaughey (Clube de Compras Dallas); Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o (Doze Anos de Escravidão);
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto
(Clube de Compras Dallas); Melhor
Roteiro Original: Ela; Melhor
Figurino: O Grande Gatsby; Melhor
Maquiagem e Penteado: Clube de Compras
Dallas; Melhor Animação em Curta-Metragem: Mr. Hublot; Melhor Animação: Frozen-
Uma Aventura Congelante; Efeitos Visuais: Gravidade; Melhor Curta-Metragem: Hellium; Melhor Documentário em Curta-Metragem: The Lady in Number 6: Music Saved My Life; Melhor
Documentário: A Um Passo do Estrelato; Melhor
Filme Estrangeiro: A Grande Beleza; Melhor
Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor
Trilha Sonora: Gravidade; Melhor
Design de Produção: O Grande Gatsby; Melhor
Canção Original: Let it Go – Frozen- Uma
Aventura Congelante.
P.S. (2) As imagens da coluna de hoje são, pela ordem: 1) De cena do filme vencedor do Oscar, 12 Anos de Escravidão; 2) Do ator Jared Leto, vencedor do Oscar de Melhor Ator coadjuvante, por sua atuação em Clube de Compras Dallas (www. justfred.com); 3) Da australiana Cate Blanchett, eleita a melhor atriz por sua participação em Blue Jasmine (www.theguardian.com); 4) Do irreconhecível ator Matthew McConaughey mais magro 20 quilos para interpretar o protagonista de Clube de Compras Dallas (www.philly.com); 5) A veterana Meryl Streep, indicada para a categoria de melhor atriz, encarnando personagem no filme Álbum de Família (www.entretenimento.br.msn.com).
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