terça-feira, 4 de março de 2014

TAPETE VERMELHO - O OSCAR DE 2.014

Boa tarde amigos,


A premiação do Oscar-2014 coincidiu com o Carnaval e a Rede Globo de Televisão, detentora da exclusividade na transmissão das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, decidiu exibir  apenas agora à tarde, um compacto  que chamou de Tapete Vermelho, comandado pela belíssima, simpática, talentosa  e elegante Fernanda Lima (de quem confesso ser fã de carteirinha),  que recebeu convidados, dentre os quais, a recém-contratada  Mônica   Iozzi (ainda pouco à vontade ali  emperiquitada,  dando uns pitacos aqui e acolá, mas ainda muito contida e distante  da repórter  irreverente do CQC) e do ator Alexandre Borges,  um confessado cinéfilo, esbanjando a simpatia de sempre, com intervenções pertinentes e objetivas. Gostei. É  claro que no meio do que interessava (a qualidade e originalidade dos filmes indicados, desempenhos de atores novos e veteranos, comentários sobre direção, arte, produções, roteiros adaptados, novidades tecnológicas etc.), a emissora quis tornar a apresentação algo palatável para a maior parte do público da rede aberta de televisão, entremeando a exibição das premiações e de trechos dos filmes indicados, com comentários sobre a vida pessoal dos atores e diretores,  os trajes usados por eles, e as gafes como por exemplo mais uma queda da loiríssima Jennifer Lawrence.
O compacto se concentrou nos prêmios principais de melhor filme, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e melhor filme de animação, mas mostrou a euforia de Brad Pitt com a escolha de Doze Anos de Escravidão como o melhor filme, longa que ele praticamente produziu, financiando, e os efusivos saltos do diretor inglês Steve Mc Queen com o anúncio do prêmio máximo. Dedico este prêmio a todos os que sofreram com a escravidão e que sofrem ainda hoje” foram palavras que disse ao público presente, depois de quase arrancar o microfone do apresentador. Não houve grandes surpresas na premiação, tendo em vista as especulações em torno das indicações. Mas é preciso destacar que os bons filmes “Trapaça” e especialmente “O Lobo de Wall Street” com várias indicações, não receberam nenhuma estatueta.  E a despeito de mais um grande desempenho de Leonardo Di Caprio ( O Lobo de Wall Street), não houve praticamente voz discordante da destinação dada ao prêmio de melhor ator para Matthew McConaughey e de melhor ator coadjuvante para Jared Leto, ambos pelas respectivas atuações em “Clube de Compras Dallas”, um drama baseado em história real e que traz no roteiro a descoberta de contaminação pelo vírus HIV, por um texano heterossexual e homofóbico, na década de 80, quando o medo, a ignorância da ciência e o preconceito em relação à AIDS ainda eram muito intensos. Matthew emagreceu 20 quilos e Leto 15, entre o início e a conclusão das gravações para viverem seus personagens.  Um esforço recompensado agora pela Academia  e que deverá também se reverter em milhões de dólares nas bilheterias de cinema de todo o mundo.
A simpatíssima negra Lupita Nyong’o, nascida no México e criada no Quênia venceu acirrada disputa com atrizes de peso (Julia Roberts - Álbum de Família; June Squibb - Nebraska; Sally Hawkins - Blue Jasmine e Jennifer Lawrence - Trapaça), pelo prêmio de melhor atriz coadjuvante pela sua marcante atuação em Doze Anos de Escravidão, e muita gente entendida da sétima arte garante que aqui nasce mais uma espetacular atriz para o futuro do cinema americano. Lupita de apenas 31 anos e seu premio foram muito comemorados por toda a equipe de Doze Anos e pelo seleto público presente. Outra  que desbancou consagradas atrizes  foi a australiana, Cate Blanchett, por sua intepretação em “Blue Jasmine” do veterano e consagrado diretor, Woody Allen, que há tempos pretendia ter a atriz num filme seu.  (As outras indicadas foram Amy Adams (Trapaça), Sandra Bullock (Gravidade), Judy Dench (Philomena) e Maryl Streep (Álbum de Família).  Não vi ainda nenhum dos filmes premiados. Hoje, se conseguir ingresso, vou ver o vencedor, Doze Anos de Escravidão.

Até amanhã amigos.


P.S. (1) Eis a relação completa dos vencedores: Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado: Doze Anos de Escravidão; Melhor Diretor: Alfonso Cuarón (Gravidade); Melhor Atriz: Cate Blanchett (Blue Jasmine); Melhor Ator: Matthew McConaughey (Clube de Compras Dallas); Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o (Doze Anos de Escravidão); Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto (Clube de Compras Dallas);  Melhor Roteiro Original: Ela; Melhor Figurino: O Grande Gatsby; Melhor Maquiagem e Penteado: Clube de Compras Dallas; Melhor Animação em Curta-Metragem: Mr. Hublot; Melhor Animação: Frozen- Uma Aventura Congelante; Efeitos Visuais: Gravidade; Melhor Curta-Metragem: Hellium; Melhor Documentário em Curta-Metragem: The Lady in Number 6: Music Saved My Life; Melhor Documentário: A Um Passo do Estrelato; Melhor Filme Estrangeiro: A Grande Beleza; Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora: Gravidade; Melhor Design de Produção: O Grande Gatsby; Melhor Canção Original: Let it Go – Frozen- Uma Aventura Congelante. 

P.S. (2) As imagens da coluna de hoje são, pela ordem: 1) De cena do filme vencedor do Oscar, 12 Anos de Escravidão; 2) Do ator Jared Leto, vencedor do Oscar de Melhor Ator coadjuvante, por sua atuação em Clube de Compras Dallas (www. justfred.com); 3) Da australiana Cate Blanchett, eleita a melhor atriz por sua participação em Blue Jasmine (www.theguardian.com); 4) Do irreconhecível ator Matthew McConaughey mais magro 20 quilos para interpretar o protagonista de Clube de Compras Dallas (www.philly.com); 5) A veterana Meryl Streep, indicada para a categoria de melhor atriz,  encarnando personagem no filme Álbum de Família (www.entretenimento.br.msn.com).

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