Bom dia amigos,
Fotos e objetos que lembram a antiga Estrada de Ferro Mogiana, fazem parte da decoração da casa, um prédio amplo e rústico, situado no Jardim Novo Botafogo, aqui
em Campinas, Estado de São Paulo. O
objetivo é resgatar, do fundo da memória, o passado, o tempo áureo dos trens, transporte mais arejado, disciplinado e romântico, devassando, para os
passageiros, nas viagens curtas ou longas, a paisagem bucólica da metrópole ainda provinciana, receptiva ao povo que migrava do campo, trazendo na mala a
esperança de dias melhores. Ali está,
simples, mas majestosa, a churrascaria Estação Mogiana (foto 1 da coluna de hoje
emprestada de golegula.wordpress.com),
local que conheci no último domingo, por
indicação de meu genro, e que toda a família adorou. O cardápio, variadíssimo,
de aves, carnes, peixes e frutos do mar é um desafio para os proprietários,
chefes e cozinheiros. Desconfio muito das amplitudes de cardápios e vou logo
perguntando ao garçom qual é o “carro chefe” da casa, ou seja, aquele prato que
aparece como especialidade, responsável pela boa-fama do estabelecimento e,
sobretudo, pelo diferencial em relação a outros do gênero. A surpresa fica,
amigos, pela constatação de que tudo ali parece bom. Tenho outra mania: além de
especular os garçons, saio à cata de conhecidos, que estão saindo ou entrando, ou já
estão servidos nas mesas, para perguntar o que estão comendo e o que
recomendam. Dou sorte: sempre encontro um ou alguns que já conhecem a casa e me
dão dicas preciosas. Não foi diferente no domingo. O curioso é que também as
indicações eram variadas: !o salmão é maravilhoso!; !não deixe de pedir o “Maria fumaça”,
nome de batismo de um filé na chapa, à
moda japonesa (teppan), coberto com
cebola, tomate e queijo!; !a fraldinha na
mostarda é um belo e suave prato!; !a picanha é boa, especialmente acompanhada da
indefectível salada de rúcula com cebola e cebolete! (as vezes também com
tomate), que dizem foi uma invenção, nos anos 70, aqui na terrinha, do Hirata, um japonês da
Vila Industrial, pioneiro no casamento do delicioso paladar da rúcula com carnes de cortes específicos, como a picanha. Fui na do garçom que me
indicou e afiançou (eu, muito chato, sempre pergunto ao garçom se ele garante
que o prato é realmente bom e que eu vou gostar) e pedi o bife de “chorizo”, ao chamado "ponto menos". Excelente, realmente. O pessoal elogiou
também a fraldinha e o espeto misto. Os preços são honestos: média de R$50,00 por pessoa, tirando
as bebidas (depende do tanto de cerveja, caipirinha ou refrigerante que você
toma), um preço muito razoável pela qualidade de tudo, especialmente da carne,
que vem com a marca Red Angus,
segundo o proprietário. Não deixe de ir mesmo. Bom para um jantar a dois, ou
para um almoço incrementado, com toda a família, no domingo. Para quem não
viajou neste Carnaval, é uma boa pedida também.
Até amanhã amigos.
P.S (1) A churrascaria foi inaugurada no ano de 2.009. Fica na rua Angelo Rossi, n. 12, Jardim Novo Botafogo. Campinas (SP). O telefone é (019) 3212-1880. O horário de funcionamento é de 2a. a 6a., das 11,00 às 15,00 horas (almoço) e das 18,00 às 23,30 horas (jantar). Aos sábados funciona sem interrupção entre 11,00 e meia-noite. Aos domingos das 11,00 às 17,00 horas. Não há jantar, no domingo.
P.S. (2) Destaques do cardápio: 1) PICANHA (acompanha arroz, farofa e
vinagrete); 2) PINTADO NA BRASA (arroz à grega e molho tártaro); 3) FRALDINHA
MOGIANA (fraldinha ao molho de mostarda); 4) MARIA FUMAÇA (filé na chapa,
coberto com cebola, tomate e queijo); 5) ESPETO
MISTO (lombo, lingüiça, frango, filé mignon e cebola); 6) FEIJÃO
TROPEIRO. BEBIDAS: Cerveja Original e Caipirinha de Maracujá.
P.S. (3) O movimento do restaurante é bastante intenso
durante todos os dias em que ele funciona, tanto no almoço, como no jantar. No
entanto, aos domingos, no almoço, a procura é maior ainda. A indicação, para
evitar espera mais longa, é chegar logo ao meio-dia. O problema é que todo
mundo gosta de dormir até mais tarde no domingo e ao meio-dia o café da manhã
ainda está fazendo efeito.
P.S. (4) O estabelecimento (foto n. 2
emprestada do site www.cafeartezanalle.com.br) fica defronte a uma praça, onde
geralmente os fregueses aguardam a chamada. A praça foi adaptada pelo
proprietário da casa, para oferecer maior comodidade. Há bancos e árvores que
protegem contra o sol intenso do horário, neste verão também tórrido. E os
garçons servem ali mesmo, à vontade do freguês, bebidas e tira-gostos
(batatinhas fritas, torresmo, polentinha etc.). Não dá para sentir a espera, que
às vezes chega a 45 minutos ou 1 hora.
P.S. (5) O bife de chorizo (imagem n. 3 emprestada do site www.paratyonline.com. é um corte nobre argentino retirado do miolo do contra-filé. A carne é muito macia e tem sabor acentuado. Possui uma gordura lateral que mantém a umidade natural da carne. Ao contrário da picanha, ela não tem fibra definida, é neutra, e, portanto, você pode cortá-la de qualquer jeito, sem se preocupar com o lado certo da fibra. Ainda ao contrário da picanha, o chorizo não deve ser temperado com sal grosso e sim com tempero comum (cerca de 35 g. por quilo).
P.S. (6) O Teppan ou Teppanyaki é um
estilo de cozinha japonesa que usa uma chapa de ferro para cozinhar alimentos.
A palavra teppanyaki é derivada de teppan (chapa de ferro) e yaki (grelhado,
assado ou frito). No Japão, teppanyaki refere-se a pratos cozinhados com uma
chapa de ferro, incluindo bife, camarão, okonomiyaki, yakisoba e monjayaki (www.wikipedia.com.br). A imagem n. 4 da coluna de hoje é de um
Teppan de Salmão e foi emprestada de www.clubedogordinho.com.br
).
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