Boa noite amigos,
Imagem emprestada de br.blastingnews.com. |
@ Na noite de
ontem, num São Januário lotado e
reformado, o Corinthians finalmente
foi oficializado como Campeão Brasileiro
de 2.015. Um título que já tinha sido conquistado desde aquela partida
contra o Atlético Mineiro, que o Timão venceu pelo elástico placar de 3 a 0, no Estádio Independência, onde o Galo gosta
de mandar seus jogos importantes e decisivos. A distância de pontuação entre as
equipes, que já era considerável num campeonato de pontos corridos, ficou ainda
maior e a proclamação do título era questão de tempo. Mesmo assim, durante os jogos de ontem, que
aconteciam no mesmo horário, a conquista
parecia ser adiada outra vez, pois o Vasco
da Gama, em situação desesperadora, jogava uma partida bastante equilibrada
e, em nenhum momento, sinalizava que perderia o jogo. Sem a vitória no Rio, o Corinthians dependia da derrota do Galo para o São Paulo no
Morumbi, ou ao menos, de um empate. Houve instantes, porém, em que, enquanto o Corinthians perdia por 1 a 0, no Rio, o Galo vencia o
tricolor pelo placar de 2 a 1. Mas
foram resultados parciais, que só serviram para aumentar a temperatura da
competição. No final, um Vagner Love
que ressurgiu nos últimos jogos e que, de vilão passou a herói para a torcida
corintiana, marcou o gol que empatou a partida, dando a ela números finais (1 a 1). Nem precisava. No Morumbi, o São Paulo virava mais uma vez o placar, aplicando um sonoro e
indiscutível 4 a 2 sobre o Atlético, resultado que, mesmo com a
eventual derrota do Timão, lhe dava
o título brasileiro a 3 rodadas do final do campeonato. Com inteira Justiça!
@ O Corinthians foi, além da equipe que mais
pontos conquistou até agora (77), também a melhor em todos os fundamentos. Teve o maior número de vitórias
(23), o menor número de derrotas (apenas 4), o maior número de gols (64), a melhor defesa (apenas 27 gols sofridos), com impressionante
saldo de 37 gols (imaginem que o segundo melhor saldo foi do Grêmio com apenas
18 gols). Números, portanto, que tornam indiscutível a justiça da
conquista. Importante ressaltar que o técnico Tite foi sem dúvida, o grande articulador, não só como assistente
técnico, mas principalmente o responsável pela união do grupo, a motivação para
um trabalho incessante, e a recuperação
de atletas, como nos casos de Vagner
Love e de Renato Augusto. Um grupo que no início do campeonato chegou a
despertar fundada suspeita do torcedor e da imprensa quanto ao que poderia
render, especialmente com as saídas de Emerson,
de Paolo Guerrero e de Fábio Santos;
Vagner Love - Do banco de reservas para a semi-artilharia |
@ Nem mesmo a turbulência política no
clube do Parque São Jorge e as dívidas acumuladas chegaram a ameaçar
a boa campanha do clube, valendo anotar
que mais uma vez Tite foi decisivo,
ao conseguir deixar jogadores e equipe técnica longe das discussões e do
confronto entre candidatos e sucessores;
@ O campeonato
prossegue nas suas três últimas rodadas ainda oferecendo emoções para as
equipes que sonham com uma vaga na Taça
Libertadores, no chamado G-4, e
com a manutenção na elite do futebol brasileiro (o pessoal que está lá embaixo
nas quatro últimas colocações e nas posições de risco – até o 15º lugar
(atualmente o Figueirense, com 39
pontos). Embora ainda não matematicamente livres do rebaixamento é pouco
provável que Fluminense (14ª com 43
pontos) e Chapecoense (13º com 46)
possam correr algum risco efetivo;
Luan Garcia Teixeira, o zagueiro camisa 4 do Vasco |
@ O Vasco da Gama por tudo que tem feito de positivo, no segundo
turno do Campeonato Brasileiro, apresenta, no meu modo de ver, chances reais de
permanecer na série A. A equipe está jogando um futebol muito diferente daquele
com que iniciou o campeonato, e com o qual sofreu sonoras, seguidas e
vexatórias goleadas, dentro da própria casa. Sendo o único com o “status” de GRANDE do sepultado Clube dos 13, imaginei que
pudesse ser beneficiado pelas arbitragens na reta final do campeonato. Não que os
árbitros sorteados pudessem conscientemente beneficiar a equipe cruzmaltina, de tantas tradições. Mas, como é sabido, os
árbitros são homens com virtudes e defeitos. E não venham dizer que a pressão psicológica sobre eles
para que não errem contra as equipes grandes não seja capaz de exercer
influência na atuação, inclusive, e principalmente na interpretação de lances
difíceis e duvidosos. Errar contra
pequenos não tem o mesmo efeito de errar contra os grandes. O barulho é menor.
Alguns até inaudíveis. A consequência para o seguimento da carreira é muito
menos grave. E TODOS ELES SABEM DISSO,
mesmo que digam o contrário. Mas vou dizer francamente aos amigos. Desta vez, o
Vasco não só não está sendo
beneficiado, como tem sido sistematicamente prejudicado. No empate contra a Chapecoense a arbitragem foi decisiva o que
provocou a ira e mais declarações fortes contra a Comissão de Arbitragem da CBF, por parte do lendário,Eurico Miranda. E que dizer do pênalti inexistente marcado a favor do Figueirense na vitória sobre a Ponte Preta, na 4ª. feira? Não se pode
esquecer que o Figueirense é um dos
concorrentes diretos do Vasco na
luta contra o rebaixamento. E se tivesse perdido para a Ponte teria estacionado nos 36 pontos, a apenas 2 da equipe
carioca. Ou, no caso de empate, a apenas 3 (agora está a 5). O “apito amigo”, como diz o Milton
Neves, dessa vez não apareceu para salvar o Vasco. Vamos ver o que acontece nas três últimas rodadas. Mas,
sinceramente, de todas as equipes com risco de rebaixamento, o Vasco é aquela que mais se modificou
durante a competição, contratando, tentando solucionar os inúmeros problemas
que tinha no campo e “extra-campo”. Está jogando hoje um futebol de primeira
divisão. Mas a tarefa será árdua. Muito árdua e dependerá de competência e sorte.
Como dizia o grande e saudoso, Nelson Rodrigues, torcedor doente do Flu, “ Com sorte você atravessa o mundo, sem sorte você não atravessa a rua.”
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Fiquei impressionado com a partida que o jovem zagueiro vascaíno Juan fez ontem contra o Corinthians, em São Januário. O capixaba de 22 anos, 1,83 metros, desponta como uma grande promessa do futebol brasileiro. É um zagueiro vigoroso, mas extremamente técnico, e deu conta dos atacantes do Timão durante considerável parte do jogo, sobretudo quando o Vasco, sem outra alternativa, teve que se aventurar no ataque, deixando espaço para o contra-ataque da equipe de Tite. Fui pesquisar sobre ele. Com um currículo pequeno, tendo em vista a sua pouca idade, vem do juvenil do Vasco e só jogou na equipe de São Januário. Integrou, porém, a Seleção Nacional Sub-20 (2.012-2.013) e a Sub-22 (2.015). De olho, portanto, no menino.
P.S. (2) A imagem de Vagner Love foi emprestada de esporteinterativo.com.br. A do jovem Juan de www.vasco.com.br.
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