sexta-feira, 20 de novembro de 2015

E O CORINTHIANS É O CAMPEÃO BRASILEIRO - PELA SEXTA VEZ

Boa noite amigos,
Imagem emprestada de br.blastingnews.com.
@ Na noite de ontem, num São Januário lotado e reformado, o Corinthians finalmente foi oficializado como Campeão Brasileiro de 2.015. Um título que já tinha sido conquistado desde aquela partida contra o Atlético Mineiro, que o Timão venceu pelo elástico placar de 3 a 0, no Estádio Independência, onde  o Galo gosta de mandar seus jogos importantes e decisivos. A distância de pontuação entre as equipes, que já era considerável num campeonato de pontos corridos, ficou ainda maior e a proclamação do título era questão de tempo.  Mesmo assim, durante os jogos de ontem, que aconteciam no  mesmo horário, a conquista parecia ser adiada outra vez, pois o Vasco da Gama, em situação desesperadora, jogava uma partida bastante equilibrada e, em nenhum momento, sinalizava que perderia o jogo. Sem a vitória no Rio, o Corinthians dependia da derrota do Galo para o São Paulo no Morumbi, ou ao menos, de um empate.  Houve instantes, porém, em que, enquanto o Corinthians perdia por 1 a 0, no Rio, o Galo vencia o tricolor pelo placar de 2 a 1. Mas foram resultados parciais, que só serviram para aumentar a temperatura da competição. No final, um Vagner Love que ressurgiu nos últimos jogos e que, de vilão passou a herói para a torcida corintiana, marcou o gol que empatou a partida, dando a ela números finais (1 a 1). Nem precisava. No Morumbi, o São Paulo virava mais uma vez o placar, aplicando um sonoro e indiscutível 4 a 2 sobre o Atlético, resultado que, mesmo com a eventual derrota do Timão, lhe dava o título brasileiro a 3 rodadas do final do campeonato. Com inteira Justiça!

@ O Corinthians foi, além da equipe que mais pontos conquistou até agora (77),  também a melhor em todos os fundamentos. Teve o maior número de vitórias (23), o menor número de derrotas (apenas 4), o maior  número de gols (64), a  melhor defesa (apenas 27 gols sofridos), com impressionante saldo de 37 gols (imaginem que o segundo melhor saldo foi do Grêmio com apenas 18 gols). Números, portanto, que tornam indiscutível a justiça da conquista. Importante ressaltar que o técnico Tite foi sem dúvida, o grande articulador, não só como assistente técnico, mas principalmente o responsável pela união do grupo, a motivação para um trabalho incessante,  e a recuperação de atletas, como nos casos de Vagner Love e de Renato Augusto.  Um grupo que no início do campeonato chegou a despertar fundada suspeita do torcedor e da imprensa quanto ao que poderia render, especialmente com as saídas de Emerson, de Paolo Guerrero e de Fábio Santos;
Vagner Love - Do banco de reservas para a semi-artilharia

@ Nem mesmo a turbulência política no clube do Parque São Jorge e as dívidas acumuladas chegaram a ameaçar a boa  campanha do clube, valendo anotar que mais uma vez Tite foi decisivo, ao conseguir deixar jogadores e equipe técnica longe das discussões e do confronto entre candidatos e sucessores;

@ O campeonato prossegue nas suas três últimas rodadas ainda oferecendo emoções para as equipes que sonham com uma vaga na Taça Libertadores, no chamado G-4, e com a manutenção na elite do futebol brasileiro (o pessoal que está lá embaixo nas quatro últimas colocações e nas posições de risco – até o 15º lugar (atualmente o Figueirense, com 39 pontos). Embora ainda não matematicamente livres do rebaixamento é pouco provável que Fluminense (14ª com 43 pontos) e Chapecoense (13º com 46) possam correr algum risco efetivo;

 Luan Garcia Teixeira, o zagueiro camisa 4 do Vasco 
@ O Vasco da Gama  por tudo que tem feito de positivo, no segundo turno do Campeonato Brasileiro, apresenta, no meu modo de ver, chances reais de permanecer na série A. A equipe está jogando um futebol muito diferente daquele com que iniciou o campeonato, e com o qual sofreu sonoras, seguidas e vexatórias goleadas, dentro da própria casa. Sendo o único com o “status” de GRANDE do sepultado Clube dos 13, imaginei que pudesse ser beneficiado pelas arbitragens na reta final do campeonato. Não que os árbitros sorteados pudessem conscientemente beneficiar a equipe cruzmaltina,  de tantas tradições. Mas, como é sabido, os árbitros são homens com virtudes e defeitos. E não venham  dizer que a pressão psicológica sobre eles para que não errem contra as equipes grandes não seja capaz de exercer influência na atuação, inclusive, e principalmente na interpretação de lances difíceis e  duvidosos. Errar contra pequenos não tem o mesmo efeito de errar contra os grandes. O barulho é menor. Alguns até inaudíveis. A consequência para o seguimento da carreira é muito menos grave. E TODOS ELES SABEM DISSO, mesmo que digam o contrário. Mas vou dizer francamente aos amigos. Desta vez, o Vasco não só não está sendo beneficiado, como tem sido sistematicamente prejudicado. No empate contra a Chapecoense a arbitragem foi decisiva o que provocou a ira e mais declarações fortes contra a Comissão de Arbitragem da CBF, por parte do lendário,Eurico Miranda. E que dizer do pênalti  inexistente marcado a favor do Figueirense na vitória sobre a Ponte Preta, na 4ª. feira? Não se pode esquecer que o Figueirense é um dos concorrentes diretos do Vasco na luta contra o rebaixamento. E se tivesse perdido para a Ponte teria estacionado nos 36 pontos, a apenas 2 da equipe carioca. Ou, no caso de empate, a apenas 3  (agora está a 5). O “apito amigo”, como diz o Milton Neves, dessa vez não apareceu para salvar o Vasco. Vamos ver o que acontece nas três últimas rodadas. Mas, sinceramente, de todas as equipes com risco de rebaixamento, o Vasco é aquela que mais se modificou durante a competição, contratando, tentando solucionar os inúmeros problemas que tinha no  campo e “extra-campo”.  Está jogando hoje um futebol de primeira divisão. Mas a tarefa será árdua. Muito árdua e dependerá de competência e sorte. Como dizia o grande e saudoso, Nelson Rodrigues, torcedor doente do Flu, “ Com sorte você atravessa o mundo, sem sorte você não atravessa a rua.”

Até amanhã amigos.

P.S. (1) Fiquei impressionado com a partida que o jovem zagueiro vascaíno Juan fez ontem contra o Corinthians, em São Januário. O capixaba de 22 anos, 1,83 metros, desponta como uma grande promessa do futebol brasileiro. É um zagueiro vigoroso, mas extremamente técnico, e deu conta dos atacantes do Timão durante considerável parte do jogo, sobretudo quando o Vasco, sem outra alternativa, teve que se aventurar no ataque, deixando espaço para o contra-ataque da equipe de Tite. Fui pesquisar sobre ele. Com um currículo pequeno, tendo em vista a sua pouca idade, vem do juvenil do Vasco e só jogou na equipe de São Januário. Integrou, porém, a Seleção Nacional Sub-20 (2.012-2.013) e a Sub-22 (2.015). De olho, portanto, no menino.


P.S. (2) A imagem de Vagner Love foi emprestada de esporteinterativo.com.br. A do jovem Juan de www.vasco.com.br.

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