quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CENSO DEMOGRÁFICO, A POESIA DE CHICO E GUARANI 100 ANOS

Boa noite amigos.

A divulgação dos resultados do último Censo não causou, para nós,  grandes surpresas. A idade média de vida do brasileiro aumentou. A medicina evoluiu e muito mais já se sabe a respeito do ser humano do que se sabia no final do século passado. A média nacional de idosos, por isso mesmo, subiu, atingindo, em alguns Estados, percentual de 13% da população. Descobrimos também que o índice de natalidade caiu a menos de 2 filhos por casal (cerca de 1,8) e que a média de salários dos amarelos é maior que a dos brancos e a dos brancos maior que a dos negros e a destes mais alta que a dos índios. Pobres indígenas, verdadeiros habitantes desta terra, da qual foram arrostados. Ou, ao menos,  vítimas de disputas pelo espaço e da politicagem do homem branco e de sua cultura. A renda per capita subiu, mas ainda assim  mais da metade da população brasileira vive com R$325,00 por mês, quantia muito inferior ao salário mínimo, evidenciando a persistência do grande abismo entre as classes sociais. Crescemos economicamente, sem dúvida. Mas o nosso índice de desenvolvimento humano está longe de contemplar o princípio da dignidade humana, colocado como bandeira  na Constituição Cidadã de 1.988. É preciso mais. E mais. Vamos refletir, portanto, no nosso dia-a-dia sobre o significado desses resultados e o que podemos fazer, pessoalmente ou em comunidade, para minorar as carências dessa população de 200 milhões de habitantes. E de como cobrar dos representantes, a adoção de  políticas públicas verdadeiramente voltadas para a melhoria das condições sociais do cidadão.

 PIADA DO DIA
O TRAFICANTE “NEM” FOI PRESO. SE FOSSE “ENEM” TINHA VASADO.


MAIS LETRAS DO POETA CHICO BUARQUE

"Talvez o mundo não seja pequeno. Nem seja a vida um fato consumado. Quero inventar o meu próprio pecado. Quero morrer do meu próprio veneno” (Chico Buarque, Cálice, 1973)

 Deixa em paz meu coração. Que ele é um pote até aqui de mágoa. E qualquer desatenção, faça não. Pode ser a gota d’água” (Chico Buarque, Gota D’água, 1.975).

Mesmo com o todavia, com todo dia, com todo ia, todo não ia, a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levanto essa guia” (Chico Buarque, Vai Levando, 1975).
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta. Muita mutreta pra levar a situação. Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça. E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça, ninguém segura esse rojão” (Chico Buarque, Meu Caro Amigo, 1.976).

Olho nos olhos. Quero ver o que você faz. Ao saber que sem você eu passo bem demais”(Chico Buarque, Olho nos Olhos, 1976)

Olho nos olhos. Quero ver o que você diz. Quero ver como suporta me ver tão feliz” (Chico Buarque, Olho nos Olhos, 1976)

O que será que será. Que dá dentro da gente e não devia. Que desacata a gente, que é revelia. Que é feito um aguardente que não sacia” (Chico Buarque, O que Será (À Flor da Pele, 1976).
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá. Olhando aquele inferno, vai abençoar. O que não tem governo nem nunca terá. O que não tem vergonha nem nunca terá. O que não tem juízo” (Chico Buarque, O que Será (À Flor da Pele), 1976).

Agora eu era o rei. Era o bedel e era também juiz. E pela minha lei. A gente era obrigado a ser feliz” (Chico Buarque/Sivuca, João e Maria, 1977).

Mas na manhã seguinte, não conte até vinte, te afasta de mim, pois já não vales nada, és página virada. Descartada do meu folhetim” (Chico Buarque, Folhetim, 1.977)

Agora já é normal. O que dá de malandro regular, profissional, malandro com aparato de malandro oficial. Malandro candidato a malandro federal. Malandro com retrato na coluna social. Malandro com contrato, com gravata e capital. Que nunca se dá mal” (Chico Buarque, Homenagem ao Malandro, 1977).

Eu sou sua menina, viu. Ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz” (Chico Buarque, O Meu Amor, 1.977).

A saudade é o revés de um parto. A saudade é arrumar o quarto. Do filho que já morreu(Chico Buarque, Pedaço de Mim, 1.977)

Eu te encurralava, te dominava, te violava no chão, te deixava rota, morena, se eu fosse o teu patrão” (Chico Buarque, Se eu Fosse o Teu Patrão, 1.977).
Tua beleza é quase um crime. Tu és a bunda mais sublime. Aqui deste covil” (Chico Buarque, Tango do Covil, 1.977).

O amor não é um vício. O amor é sacrifício. O amor é sacerdócio. Amar é iluminar a dor, como um missionário” (Chico Buarque, Viver do Amor, 1.977).

Já murcharam tua festa, pá. Mas certamente. Esqueceram uma semente. Nalgum canto do jardim” (Chico Buarque, Tanto Mar, 1.978).
Sei que há léguas a nos separar. Tanto mar, tanto mar. Sei também quanto é preciso, pá. Navegar, Navegar  (Chico Buarque, Tanto Mar, 1978).

Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde” (Chico Buarque, Trocando em Miúdos, 1.978).
Sou bandida. Sou solta na vida. E sob medida pro carinhos seus. Meu amigo, se ajeite comigo e dê graças a Deus” (Chico Buarque, Sob Medida, 1979).

Sou sua alma gêmea. Sou sua fêmea. Seu par, sua irmã. Eu sou seu incesto, seu jeito, seu gesto. Sou perfeita porque, igualzinha a você, eu não presto.” (Chico Buarque, Sob Medida, 1979).
São seis horas, o samba tá quente. Deixe a morena com a gente. Deixa a menina sambar em paz” (Chico Buarque, Deixe a Menina, 1980).

De todas as maneiras que há de amar, nós já nos amamos. Com todas as palavras feitas pra sangrar, já nos cortamos” (Chico Buarque, De Todas as Maneiras, 1.980).
Foi chegando sorrateiro. E antes que eu dissesse não. Se instalou feito um posseiro. Dentro do meu coração” (Chico Buarque, Teresinha, 1.977). Abaixo vídeo com interpretação majestosa de Bethania sobre essa composição.



GUARANI 100 ANOS

O vigésimo terceiro jogo do Guarani Futebol Clube, pelo Campeonato Brasileiro de 1.978, aconteceu no dia 12 de julho de 1.978, uma quarta-feira, às 21,00 horas, em Campinas, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. O Bugre recepcionou o Botafogo da Paraíba e venceu o jogo pelo placar de 1 a 0. O único gol da partida foi marcado pelo centroavante Careca, aos 25 minutos da primeira etapa. No apito o árbitro José Luiz Barreto, do Rio Grande do Sul. A renda foi de Cr$233.970,00, moeda da época, para um bom público de 9.536 espectadores, entre pagantes (8.523) e menores que nada pagaram (1.013). O Bugre, do técnico Carlos Alberto Silva jogou e venceu com Neneca, Mauro, Gomes, Edson e Miranda; Zé Carlos, Renato (Gersinho) e Zenon; Capitão, Careca e Bozó (Macedo). O Bota, do técnico Caiçara, jogou e foi derrotado com Salvino, Mendes, João Carlos, Deca e Fantick; Nicácio, Zé Eduardo e Dau; Chico Alves, Anselmo e Vandinho.
Até amanhã.


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