quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CINEMA - CARTAS PARA JULIETA


Amigos,
O  amor não tem prazo de validade. Essa é a principal mensagem da comédia romântica americana de 105 minutos de duração e 30 milhões de dólares de orçamento (mas já arrecadou quase 100 milhões),  LETTERS TO JULIET, traduzido no Brasil, para CARTAS PARA JULIETA. Com roteiro de José Rivera (de Diários de Motocicleta) e direção de Gary Winick (Noivas em Guerra e De Repente 30), assim como  no drama de William Shakespeare, Romeu e Julieta,  a trama é ambientada em Verona na Itália, país para onde viaja o jovem casal americano,  Sophie (Amanda Seyfried), aspirante a escritora, e o noivo Victor (Gael Garcia Bernal), na busca de aventura, romance e especialmente receitas culinárias,  pois Victor sonha em montar um bom restaurante nos Estados Unidos. Encantado pela gastronomia e enologia italianas, Victor acaba se desinteressando por outros assuntos e pela própria noiva. Sophie, então, meio solitária, observa que muitas mulheres que visitam a casa de Julieta Capuleto,  a mesma da tragédia shakespeariana,  deixam, num muro, cartas a ela dirigidas, relatando suas dificuldades amorosas e pedindo conselhos. No final do dia, uma moça cuidadosamente recolhe essas cartas. Seguindo a mulher constata que em dependência situada nos fundos de um restaurante, várias mulheres se reúnem para responder a essas cartas, expondo suas visões e sugestões, como se se tratasse da falecida Julieta.  Fascinada por essa prática, que considera delicada e solidária, ela pede que seja admitida no grupo, onde é bem aceita. No dia seguinte, auxiliando uma das companheiras na tarefa de recolhimento das missivas, encontra escondida, num vão entre duas pedras, uma velha carta datada de 1.951, na qual a então jovem Claire Smith (Vanessa Redgrave) relata a sua paixão por um  moço italiano que conheceu durante viagem feita da Inglaterra, onde mora, para Verona, na Itália, declarando não ter coragem de assumir esse amor arrebatador, porque não seria entendida pela família tradicional inglesa, e pedindo ajuda.  Sophie, para surpresa e admiração de suas colegas redatoras, decide escrever para Claire, sem saber qual teria sido o destino de sua vida, cinquenta anos depois. Claire recebe a carta e decide viajar, na companhia do neto Charlie (Christopher Egan) para encontrar Sophie, agradecer a ela a sugestão da resposta  e procurar Lorenzo (Franco Nero), para, quem sabe, se ele estiver vivo e desimpedido, reviver aquele grande e louco amor da adolescência perdida na noite dos tempos. Sophie pede à velha senhora que seja admitida na aventuresca viagem em busca do  tal Lorenzo. A presença de dois grandes atores,  como o mexicano Gael Garcia Bernal (que é também produtor e diretor) e tem uma vasta filmografia de sucesso, atuando em filmes como o Crime do Padre Amaro, Entre Quatro Paredes, E Sua Mãe Também, Má Educação, dentre outros, e da veterana e excelente atriz Vanessa Redgrave, indicada inúmeras vezes ao Globo de Ouro e Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante de 1.978, pelo filme JULIA, onde interpreta o personagem do mesmo nome,   garante o bom andamento e a emoção da película. No papel de Sophie a carismática atriz Amanda Seyfried, jovem ainda,  mas de carreira de sucesso  e que explodiu no musical Mamma Mia, contracenando com Meryl Strepp e outros monstros sagrados,  e no seriado Verônica Mars, também contribui para o clima de romance e fantasia que envolve o roteiro. O desconhecido ator Christopher Egan, não deixa por menos e sua atuação, como neto de Claire, à la James Dean, é muito interessante, prometendo mais um ator de talento para a galeria de Hollywood. A tudo se acrescente a fotografia marcante, mostrando grandes paisagens de  Verona e também da região da Toscana, na Itália, embelezadas pela impecável trilha sonora, composta de  canções americanas e especialmente de imortais canções italianas da nossa juventude (nossa, dos cinquentões e sessentões) . Um romancinho água com açúcar? Talvez. Mas tão bem feito, tão delicado, tão caprichado e  bonito de se ver  que é ideal para uma noite de chuva, de sábado, com a família, ou com a mulher, marido,   namorado, namorada.  Também se pode encarar o programa, numa sessão da tarde daquelas gostosamente preguiçosas. Por certo,  vai garantir uma bela noite de sono. Quiçá de sonhos com cinderelas, duendes, bruxas, gnomos, anões e outros personagens que ainda povoam o nosso imaginário da infância e nos faz acreditar por 1 ou 2 horas, que o mundo é apenas bom e belo.  E que só o amor eterno e desinteressado existe e vence. Experimente!

Até amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário